Publicado em 24 de junho de 2021 por Tribuna da Internet
Rosane de Oliveira
Gaúcha/ZH
Coadjuvante em todas as últimas eleições, com um desempenho esquálido com Henrique Meirelles em 2018, o MDB resolveu disputar o espaço da terceira via lançando a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata a presidente em 2022.
O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi, garante que Simone tem o apoio de pelo menos 80% do partido e que não haverá disputa. A conferir, porque Simone se lançou candidata a presidente do Senado contra o Centrão e acabou rifada pelos caciques do partido.
JÁ ACEITOU – Ao presidente da Assembleia gaúcha, Gabriel Souza, com quem se encontrou nesta quarta-feira, Simone confirmou que topa a empreitada. Gabriel está entusiasmado:
“Além de ser a única mulher na disputa até aqui, Simone é uma senadora de posições firmes, equilibrada, inteligente e preparada para quebrar a polarização representada por Lula e Bolsonaro. Como maior partido de centro, o MDB tem obrigação de oferecer um nome”.
A ideia dos líderes do MDB é aproveitar o recesso parlamentar para apresentar Simone ao Brasil, em um périplo pelos Estados onde o partido é mais forte.
LIBERAL PROGRESSISTA – A vingar a candidatura, Simone se apresentará como uma “liberal progressista”, defensora de um Estado moderno, mas atenta às questões sociais e à defesa dos direitos civis.
Filha do falecido senador Ramez Tebet, Simone é advogada e na CPI da Covid se fortaleceu como líder do grupo de senadoras que brigou por espaço e marca presença em todos os depoimentos.
Os caciques do MDB acreditam que Bolsonaro tende a se desgastar com a combinação entre os efeitos da pandemia, o escândalo da vacina, as acusações contra o agora ex-ministro Ricardo Salles, a inflação e a radicalização do discurso, abrindo espaço para uma candidatura de centro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Importante matéria enviada por Antonio Fallavena, sempre atento ao lance. O MDB está em franca decadência, mas ainda é um grande partido. A senadora Simone Tebet é um nome a ser considerado como terceira via. É respeitável, presidiu com louvor a Comissão de Justiça e tem duas vantagens enormes em relação a Lula e Bolsonaro – sua rejeição é baixíssima. (C.N.)