Diversas profissionais do sexo de Ilhéus, no sul do estado, pediram ajuda a Defensoria Pública da Bahia (DP-BA), diante das dificuldades e os riscos que estão vivendo durante a pandemia da Covid-19. Em uma roda de conversa realizada pela instituição, as prostitutas falaram sobre suas vulnerabilidades. O objetivo da conversa foi encontrar soluções para os problemas.
“A condição de vulnerabilidade destas trabalhadoras aumentou, ainda mais, desde o começo da pandemia e os relatos apontaram que falta dinheiro até para comprar alimentos para sobreviver. Segundo elas, o número de clientes diminuiu e, os poucos que aparecem, não aceitam as condições impostas por elas, como o uso de máscaras, por exemplo”, relatou a psicóloga Marisa Silva, da Defensoria.
De acordo com a defensora pública Cristiane Barreto, a partir desta escuta, que aconteceu em pleno Mês da Mulher [dia 30 de março], percebe-se que a Rede Socioassistencial e de Proteção à Mulher do Município deve se articular para acolher e tentar minimizar as dificuldades e os riscos pelos quais elas passam.
“Além de aproximar a Defensoria das mulheres, esta conversa promoveu novas articulações em Rede para atendimento e acolhimento destas trabalhadoras que também tiveram suas atividades afetadas pela pandemia”, acrescentou a defensora.
Desde o início deste ano, a Câmara Municipal de Ilhéus defende a criação de um Auxílio Emergencial para os moradores que perderam as condições de trabalho e renda na pandemia. A possibilidade de tornar o Auxílio um projeto de lei vem sendo discutida com a Prefeitura.
“A Defensoria é a favor deste projeto e acompanhará todas as discussões sobre o tema. Estamos aqui para atuar de forma estratégica e para garantir o acesso da população aos seus direitos”, assegurou o coordenador da 3ª Regional da DP-BA, Leonardo Salles.
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