Paulo Cappelli
O Globo
Nas Forças Armadas, 51 mil militares da ativa já foram infectados pelo Covid-19 desde o início da pandemia. O índice de infecções pela doença em integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica representa 14,7% do total do efetivo na ativa nas três Forças.
Percentualmente, trata-se de mais que o dobro da média nacional, que tem 13.286.324 casos de coronavírus contabilizados e a taxa está em 6,3%. Os dados obtidos pelo O Globo são referentes ao último levantamento feito pelo Ministério da Defesa, nesta quarta-feira.
LINHA DE FRENTE – Segundo as informações oficiais, 50.927 militares contraíram Covid-19 até o momento. Destes, 44.410 (87,2%) se recuperaram , 6.426 (12,6%) estão em acompanhamento médico e 91 (0,17%) morreram em decorrência da doença. Segundo o Ministério da Defesa, o alto número de infectados pela doença nas Forças Armadas ocorre porque os militares estão “na linha de frente” no combate à pandemia.
“Esse número elevado, somado à grande quantidade de dependentes, militares da reserva, reformados e pensionistas, normalmente de idade bastante avançada, que são atendidos por lei, tem mantido o sistema de saúde das Forças, e hospitais militares, no limite de suas capacidades, como no restante do país, em uma situação que evolui diariamente”, disse o Ministério da Defesa em nota enviada à reportagem.
Em dezembro, a revista Época noticiou que 809 militares haviam morrido de Covid-19. Os números, no entanto, incluíam os militares da reserva. Do total, 770 eram militares reformados – superando o número de pracinhas mortos na Segunda Guerra Mundial.