Vicente Nunes
Correio Braziliense
Estão cada vez mais fortes os movimentos para tirar Paulo Guedes do Ministério da Economia. A guerra nesse sentido saiu do Congresso, atravessou a rua e contaminou o Palácio do Planalto.
Ciente desses movimentos, o presidente Jair Bolsonaro fez questão de levar Guedes a tiracolo no jantar desta quarta-feira com megaempresários em São Paulo. Quis mostrar que o ministro continua firme no cargo.
MAIS UM DO CENTRÃO – No Planalto, já se fala abertamente que, com a saída de Guedes do governo, serão recriados os ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio, este, a ser entregue a um integrante do Centrão.
Para a Fazenda, o nome que circula entre os que defendem a queda de Guedes é o do economista Luiz Fernando Figueiredo, que foi diretor de Política Monetária do Banco Central e é sócio da Mauá Capital.
UMA FORÇA-TAREFA – Que Guedes não vive o seu melhor momento no governo, está claro. Ele, inclusive, montou uma força-tarefa no ministério para medir até que ponto se sustenta no cargo. As reuniões dos integrantes desse grupo têm sido frequentes.
Guedes quer continuar no governo, pois acredita que ainda não cumpriu sua missão. Mas resta saber até quando vai aceitar ser alvo do tiroteio do qual é vítima e que parte dos principais aliados políticos do presidente da República.