Pedro do Coutto
Esquecendo que a Constituição determina que o presidente da República é o comandante-em-chefe das Forças Armadas, Jair Bolsonaro inverte a questão ao sustentar que “quem decide se o povo vai viver na Democracia ou Ditadura, são as Forças Armadas”.
A reação a tal absurdo circulou intensamente nos meios políticos e, como é natural, foi destacada pelos principais jornais brasileiros entre eles O Globo, Folha de São Paulo e Estadão. No Globo reportagem é de Bruno Goés e Maurício Ferro, na Folha, Daniel Carvalho e Gustavo Uribe e no Estadão a matéria não é assinada.
MAIS UMA AMEAÇA – Encurralado no corner, Bolsonaro tenta escapar dos ataques criando uma situação que pode ser considerada indiretamente uma ameaça. Entretanto, arrisca-se a receber uma resposta pouco afetiva por parte do Exército, Marinha e Aeronáutica. O ministro da Defesa pode se pronunciar, como o vice Hamilton Mourão já o fez.
Matéria de Jussara Soares e Natália Portinari, O Globo desta terça-feira, assinala que Bolsonaro mudou de estratégia para tentar recuperar terreno perdido.
O presidente da República perdeu 20 pontos nos cálculos do IPD, segundo a Folha desta terça-feira, matéria de Flávia Faria.
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BURGER KING LANÇA CAMPANHA À BASE DE PAULO GUEDES
O Burger King iniciou campanha publicitária com base na imagem de Paulo Guedes juntando um grupo de pessoas que possuem nome semelhante. João Paulo Guedes e Paulo Ferreira Guedes são exemplos para a campanha. A campanha foi idealizada por Thais Souza Nicolau. diretora de marketing. A meu ver a iniciativa do Burger King, embora marcada pelo humor, escolheu um nome impróprio para fazer uma brincadeira com os próprios nomes dos diversos “Paulos Guedes”.
Ocorre que a imagem do ministro Guedes é muito ruim em matéria de opinião pública. Seu projeto constante é defender o mercado financeiro e não dar a menor importância a questão dos salários. Estão congelados.
Agora mesmo Adriana Fernandes, o Estadão, revela que Guedes espera a vitória de Arthur Lira como presidente da Câmara para reapresentar a proposta de nova CPMF. Portanto, outra iniciativa impopular condenada até por Jair Bolsonaro.
DÍVIDA NOS EUA – A dívida pública dos Estados Unidos eleva-se ao recorde de 27 trilhões de dólares junto aos bancos americanos e investidores do mundo inteiro, especialmente a China.
O fato é que o Tesouro americano acumulou dívidas no montante de 27 trilhões de dólares, valor praticamente igual ao valor do PIB do país. Da mesma forma que a dívida brasileira, o endividamento americano dificilmente poderá ser saldado. A solução é a capitalização dos juros, ou seja, a troca dos juros pela emissão de novos títulos, numa roleta girando sem parar.