Aristóteles Drummond
Diário de Petrópolis
Os seis mil sócios do Jockey Clube estão sendo convocados para as eleições de outubro. O clube é emblemático na cidade, o turfe envolve milhares de pessoas entre proprietários, tratadores, cavalariços, veterinários, os empregados da própria instituição. E os que acompanham a atividade pela televisão, em estimadas cem mil pessoas, no Brasil inteiro. E uma sede social das mais frequentadas da zona sul da cidade.
A gestão do clube não é profissional; é feita por um voluntariado de pessoas ligadas à entidade, que é a mais importante para a criação do cavalo nacional, num cenário em que os demais três clubes – São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul – atravessam graves problemas. O do Rio está com suas responsabilidades em dia, recebendo, na parte social e recreativa, mais de mil famílias por final de semana. Seu complexo aquático é o maior entre os clubes da cidade, assim como a excelência de suas quadras de tênis, de reconhecimento internacional por fazer parte do calendário mundial com a competição anual do Rio Open.
MOTIVO PARA REFLEXÃO – O que se passa no clube da Gávea, torna-se importante na avaliação do cidadão que vive o Rio não apenas pela sua eleição, mas serve também de exemplo para instruir o voto na eleição municipal que se avizinha.
O presidente Luiz Alfredo Taunay, que disputa a reeleição, anteriormente já exerceu o cargo em dois mandatos, ocasião em que terminou a sede da Lagoa, hoje tão frequentada, ampliando e aprimorando suas instalações. Recuperou a economia, enfrenta a pandemia com caixa, numa gestão prudente, transparente e competente.
Taunay é homem independente, titular de uma grande banca de advogados, com laços familiares com a história do clube e o turfe. É bom lembrar que foram fundamentais Oswaldo Aranha, seu tio, o estadista que almoçava quase todos os dias no clube, o primo Euclides, e os Taunay, que estão entre os primeiros sócios.
VALE PARA TUDO – É uma pena que Luiz Alfredo Taunay nunca tenha se deixado levar pelo gosto da política, ampliando os serviços prestados à cidade. Mas dá um bom exemplo.
Na tempestade, a experiência e a personalidade do comandante são fundamentais. E vale para tudo!
Que bom se o eleitor carioca tivesse a mesma oportunidade de eleger um competente comandante em meio a esta crise que a todos atinge.