Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, setembro 26, 2020

Fake news! Foto de indígena em queima controlada é de 2014 e não tem relação com o Pantanal

 

Foto de indígena em queima controlada é de 2014 e não tem relação com incêndios no Pantanal

Mais uma informação manipulada por falsos jornalistas

Tiago Aguiar
Estadão

Uma postagem viral no Facebook usa uma foto de 2014 para acusar “ONGs e militantes de esquerda” de serem os responsáveis pelos incêndios no Pantanal. Na realidade, a fotografia que mostra um indígena com um galho em chamas foi publicada originalmente na revista “Ciência Hoje”, em uma reportagem sobre o uso de fogo controlado no cerrado.

Além disso, ao contrário do que alega a peça de desinformação, não há denúncias sobre queimadas criminosas iniciadas por ativistas no Mato Grosso, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

REVISTA CIÊNCIA HOJE – O primeiro registro da foto encontrado por mecanismos de busca reversa de imagem é de junho de 2014, na revista “Ciência Hoje, que não está mais em circulação.

Apesar de não haver informação sobre a autoria da fotografia, é possível saber que a imagem ilustra uma reportagem sobre queimas controladas utilizadas pelos índios xavantes de Mato Grosso. Na técnica, indígenas ateiam um círculo de fogo para tratar a terra de plantio.

A postagem ainda cita uma lei que classifica como crime a prática de incêndios “com o fim de atentar contra a segurança do Estado”. Ao contrário do que o texto menciona, a pena é de 3 a 8 anos de reclusão, e não de 15 a 30 anos.

INSTITUTO CHICO MENDES – Em meio à repercussão sobre os incêndios que consomem o Pantanal, o Estadão Verifica checou vários conteúdos enganosos sobre as queimadas. Por exemplo, um vídeo que mostrava uma queima controlada com o objetivo de combater o fogo foi tirado de contexto para responsabilizar o Instituto Chico Mendes (ICMBio) pelo desastre ecológico. Fotos de animais feridos e outras imagens antigas também foram compartilhadas fora de seu contexto original.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social.

APOIO DO FACEBOOK – Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É muito importante esse trabalho da grande mídia na identificação de fake news, que abundam na internet brasileira. Porém, enquanto não houver severa punição , esses criminosos continuarão agindo e influenciando os eleitores(C.N.)

Em destaque

Caras jornalistas, caros jornalistas,

c , Caras jornalistas, caros jornalistas, Nesta próxima sexta-feira, 26 de abril, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) vai ter eleições...

Mais visitadas