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sexta-feira, setembro 11, 2020

Lava-Jato não mudará com novo prazo, diz substituto de Dallagnol em Curitiba

 


Oliveira diz estar otimista com continuidade do trabalho

Gustavo Schmitt e Thiago Herdy
O Globo

 A renovação do trabalho da força-tarefa Lava-Jato no Paraná por apenas cinco meses,e não por um ano, não impactará o planejamento do grupo, de acordo com o novo coordenador da força-tarefa, Alessandro Oliveira. “O planejamento não será alterado, tampouco haverá a exclusão de alguma linha de investigação. A manutenção de equipe pelo prazo dado é fator positivo para a continuidade dos trabalhos. Estamos otimistas de que haverá continuidade na força-tarefa Lava Jato”, disse ele em entrevista ao O Globo, por e-mail.

Com estilo conciliador e avesso a temas polêmicos, o novo coordenador defende um olhar com “autocrítica” para o trabalho realizado em Curitiba, com intuito de buscar “aperfeiçoamentos, mudanças de rotinas e revisões”. “O que pretendo enfocar é que não haverá mudança significativa nos rumos da operação, eis que notório modelo de sucesso nos propósitos a que se destina”, afirmou.

PACIFICAÇÃO – Perguntado se considera seu papel buscar pacificar a relação com a Procuradoria-Geral da República, ele minimizou: “Não estou aqui para pacificar ou aumentar a tensão; estou aqui para dar continuidade aos trabalhos de combate à criminalidade de colarinho branco, especialmente a corrupção”.

Enquanto seu antecessor Deltan Dallagnol usava as redes para criticar mudanças legislativas e decisões do STF que tornam mais difícil o trabalho da Lava-Jato, Oliveira contemporiza ao comentar o tema, dizendo que  “avanços e retrocessos” fazem parte do jogo: “Do ponto de vista da Lava Jato, são resultados naturais de uma complexa democracia como a brasileira e decorrem do exercício legítimo das instituições”, afirma.

SEGUNDA INSTÂNCIA – Ainda assim, o novo coordenador também é crítico à decisão do STF que acabou com a prisão em segunda instância. “O fim da execução de sentença a partir de confirmação em segunda instância cria limitações aos procedimentos, investigações e processos da Lava Jato, especialmente no campo da colaboração premiada “, disse.

E continuou: “O aspirante a colaborador sempre faz um cálculo de custo benefício, que pende para a não realização considerando a possibilidade real de procrastinação do processo, sobretudo diante da ampla possibilidade recursal oferecida pelo sistema processual”, conclui. Atualmente a Lava-Jato em Curitiba conta com 14 procuradores com dedicação exclusiva, e que vêm relatando confiança na continuidade do trabalho, apesar da saída de Deltan Dallagnol, por motivos pessoais.

INVESTIGAÇÕES E AÇÕES – De acordo com o grupo, estão em curso cerca de 400 investigações e 150 ações penais que devem ser conduzida até a sentença. Estão ainda sob responsabilidade da força-tarefa 1130 procedimentos de diversas ordens, parte deles acordos de cooperação internacional.

Segundo os procuradores, está descartada a hipótese de debandada voluntária de integrantes, embora seja provável que mudanças na composição já previstas anteriormente se concretizem, também por razões pessoais.Oliveira foi escolhido por ser o mais antigo procurador da carreira no Paraná a se colocar como disponível para trocar de posição com Dallagnol e assumir a coordenação.

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