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sexta-feira, setembro 11, 2020

Fritado por Bolsonaro e sem nenhum poder, Guedes virou uma figura caricata no governo

 

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Nova CPMF é estelionato eleitoral (Bernardo Mello Franco, O Globo) | Jornal Contato

Charge do Cao Gomez (Arquivo Google)

Carlos Newton

Nenhum ministro da Fazenda concentrou tantos poderes quanto ele, que colocou no chinelo figuras importantíssimas como Martim Francisco de Andrada, Ruy Barbosa, Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, José Maria Alkmin, Octavio Bulhões, Delfim Neto, Mário Henrique Simonsen, Dilson Funaro e Henrique Meirelles. O surpreendente Paulo Guedes comandava (no passado recente) as pasta da Fazenda, do Planejamento, do Trabalho e da Previdência, embrulhadas no mesmo pacote sob o codinome de Ministério da Economia.

Menos de dois anos depois, já não comanda mais nada, seu pomposo cargo é apenas decorativo.  Perder os poderes é fato comum, são coisas da vida. O pior é perder, ao mesmo tempo, a dignidade e o amor próprio, para se tornar uma figura caricata, uma pastiche de si mesmo.

REFORMAS DOS OUTROS – Hipoteticamente, Paulo Guedes seria o autor dos três grandes projetos de recuperação da economia nacional. Depois de meses e meses, apresentou a reforma da Previdência, mas o Congresso mudou os termos, aprovou em 2019 sua própria proposta, uma espécie de projeto Frankenstein, colando pedaços daqui e dali.

Em fevereiro de 2020, ainda no comando do Posto Ipiranga, Guedes entregou ao Planalto a reforma tributária, na qual tentava recriar a CPMF. O presidente Bolsonaro ficou furioso e sentou em cima da proposta, nem deu resposta a Guedes. Desde então o superministro foi perdendo seus poderes e submergindo na Praça dos Três Poderes.

ENFIM, AS REFORMAS – No ápice da pandemia, Guedes voltou à tona e apresentou novamente a reforma tributária e, logo depois, a reforma administrativa, que não agradaram a ninguém, muito pelo contrário.

Bolsonaro tem uma maneira diferente de fazer as coisas. Como nada entende de economia, passa a responsabilidade ao Congresso e se comporta como se nada tivesse a ver com o assunto.

Esse posicionamento do presidente fortalece a tal ponto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que ele simplesmente excluiu Paulo Guedes das negociações. Assim, de repente o superministro não é mais nada, não apita nada, não pode dizer nada.

Ontem, no Jornal Nacional, deu uma declaração patética, chamando o presidente da Câmara de “Rodrigo”, como se tivesse intimidade com ele e as relações entre os dois estivessem normais.

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P.S. – Paulo Guedes está completamente desorientado. Ao comentar o aumento do preço do arroz, que está sendo exportado para a China sem que o governo crie um estoque regulador, o ex-superministro acabou defendendo um aumento salarial para o presidente Bolsonaro e os ministros do Supremo. Parece estar no mundo da Lula. Enquanto isso la nave va, cada vez mais fellinianamente. (C.N.)

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