Fernando Exman
BRASÍLIA. Decidido a renunciar à presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) trabalha para salvar o mandato e influenciar a própria sucessão. O senador transformou a residência oficial do Senado em quartel general, onde recebe parlamentares aliados para conversas reservadas.
Acuado por diversas representações por suposta quebra de decoro parlamentar, Renan anunciou no dia 11 o afastamento do cargo por 45 dias. Hoje, o presidente licenciado do Senado enfrenta quatro processos no Conselho de Ética. É acusado de beneficiar a fabricante de bebidas Schincariol, usar laranjas para comprar veículos de comunicação, participar de esquema de desvio de dinheiro público de ministérios e espionar adversários.
Na terça-feira, a Mesa Diretora da Casa decidirá se envia ao Conselho a sexta representação contra Renan. Desta vez, o senador é acusado de apresentar emenda orçamentária para beneficiar uma empresa fantasma. Em setembro, o alagoano foi absolvido pelos colegas da acusação de ter recebido ajuda de um lobista para pagar a pensão de uma filha.
Os senadores evitam discutir a sucessão de Renan às claras. Nos bastidores, no entanto, a corrida pelo cargo já começou. Embora negue, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-SP), tenta conquistar o apoio dos demais senadores para permanecer no poder. Desta vez, a oposição diz querer manter a tradição segundo a qual a maior bancada - no caso, o PMDB - tem o direito a indicar o presidente da Casa. São cotados para suceder Renan os peemedebistas José Maranhão (PB), Garibaldi Alves Filho (RN), Pedro Simon (RS), Gerson Camata (ES), Edison Lobão (MA) e o ministro das Comunicações, Hélio Costa (MG) - hoje senador licenciado.
O governo quer evitar o debate sobre a sucessão. Acha que a discussão pode atrapalhar a tramitação da proposta de emenda constitucional que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O tema também tem contrariado Renan. Para ameaçar os que tentam apressar o processo de sucessão e a tramitação das representações no Conselho de Ética, os aliados do presidente licenciado do Senado têm espalhado boatos de que o senador pode retomar o cargo.
Fonte: JB Online
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