Fernando Exman
Brasília. A discussão sobre a sucessão do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou a bancada do PMDB em xeque. Enquanto o senador não renuncia ao cargo, diversos parlamentares do partido são apontados como potenciais sucessores do alagoano. Impossibilitados de iniciar oficialmente a campanha, esses senadores começam a sofrer desgastes e podem ter as eventuais candidaturas enfraquecidas.
Como a renúncia é decisão unilateral de Renan e não deve ocorrer nos próximos dias, a bancada do PMDB tem dificuldades em dar o pontapé inicial nas conversações oficiais sobre a sucessão, a fim de não contrariar o presidente licenciado da Casa. Desde o dia 11, quando Renan decidiu afastar-se por 45 dias, a bancada do PMDB não se reuniu para tratar do assunto. A conversa não tem data para ocorrer. Anteontem, o senador licenciou-se por 10 dias para realizar exames médicos.
Melhor para o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), que tenta ganhar espaço e ser visto pelos colegas como uma solução definitiva para a crise da instituição. Outro beneficiário da fritura das pré-candidaturas dos colegas é José Sarney (PMDB-AP), que trabalha nos bastidores para voltar à presidência do Senado ou para emplacar a filha, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), no cargo.
Tradicionalmente, a legenda que tem o maior número de representantes indica o presidente da Casa. Neste caso, o PMDB tem o direito a manter o controle da cadeira. Líder do partido na Casa, o senador Valdir Raupp (RO) não esconde o desconforto com a situação. Sabe que a cada dia que passa os peemedebistas cotados para suceder o presidente li cenciado perdem força.
- Isso não é bom, pois os nomes vão sendo colocados na frigideira e fritados - disse o líder do PMDB.
Dois exemplos são Gerson Camata (PMDB-ES) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). De acordo com senadores da oposição, o primeiro precipitou-se ao lançar pré-candidatura no início da crise que fustigou Renan Calheiros. Já Garibaldi Alves Filho, embora lembrado por senadores do PSDB e DEM como potencial candidato, não tem sido prestigiado pelos colegas de bancada. Garibaldi enfrenta também resistências do Executivo devido à sua atuação na CPI dos Bingos. Ex-relator da comissão, o senador chancelou as investigações que levaram o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci a renunciar ao cargo.
Pedro Simon (PMDB-RS), outro cotado para suceder Renan, é rejeitado pelos governistas porque não segue as orientações da bancada de seu partido, o maior da coalizão. Comentou-se ainda que o ministro das Comunicações, Hélio Costa, poderia reassumir a cadeira de senador a fim de ser eleito presidente da Casa. O nome dele, entretanto, não é bem recebido pela oposição.
O PSDB e o DEM já avisaram que tendem a apoiar um integrante da bancada do PMDB para ocupar a presidência do Senado, desde que o nome seja capaz de acabar com a crise.
- Precisa ser um nome que restabeleça a imagem da Casa - comentou o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN).
Apesar de Tião Viana trabalhar para permanecer no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deixou claro que a presidência do Senado deve continuar nas mãos do PMDB. Para o Palácio do Planalto, o ideal seria a eleição de um senador que faça a Casa trabalhar. A principal preocupação do Executivo é a aprovação da proposta de emenda constitucional que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O governo pretende arrecadar cerca de R$ 40 bilhões por ano por meio do imposto.
Fonte: JB Online
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