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segunda-feira, outubro 22, 2007

Novo aparelho acaba com desconforto do cateterismo

Tomografia computadorizada é menos invasiva e perigosa e realiza exame com a mesma eficiência


Alexandre Lyrio
A invasiva e perigosa introdução do catéter para se identificar doenças cardíacas pode estar com os dias contados. Um novo aparelho de tomografia computadorizada é capaz de realizar o exame de cateterismo com a mesma eficiência e muito mais comodidade. Em poucos segundos, sem que seja necessário o internamento do paciente, o chamado tomógrafo multidetectores revela imagens minuciosas da coronária sem qualquer incisão por entre as veias. O aparelho foi adquirido recentemente pelo Hospital São Rafael(HSR), e é um dos mais avançados no mundo em diagnóstico radiológico. Em cada mês, pelo menos três mil pacientes do Sistema Único de Saúde(SUS) terá acesso a esse tipo de exame.
Com o tomógrafo multidetectores, a velocidade de giro do imenso tupo de raio-x e o movimento da mesa onde se coloca o paciente permite captar 64 imagens em 0,35 segundos. Isso significa que, entre outros tantos atributos, o aparelho pode examinar o coração como se ele não estivesse pulsando. O “congelamento” do músculo cardíaco torna possível um resultado semelhante ao obtido pelo catéter. “A grande dificuldade em se diagnosticar doenças do coração por meio de tomografia é o movimento que o músculo cardíaco faz, além da velocidade que ele bate. O novo tomógrafo é tão rápido que capta a imagem do coração como se ele estivesse parado”, explica o médico radiologista do HSR, Paulo Englacio Souza. Todo o estudo das veias e coronárias é feito de forma periférica, sem a introdução de cilindros intravenosos, aliando-se a otimização do exame dos vasos sangüíneos ao ganho de tempo. “Imagens submilimétricas dos vasos e das coronárias são obtidas de forma rápida, com uma resolução espacial impressionante”, descreve. Além de substituir o cateterismo, o aparelho pode realizar diagnósticos definitivos em qualquer parte do corpo. “Só para se ter uma idéia, o tomógrafo multidetectores consegue fazer um estudo completo do tórax em apenas três segundos”, garante o especialista.
Por ser realizado em menos tempo, o tomógrafo também diminui significativamente a dose de radiação sobre o paciente, identificando cânceres com mais rapidez e especificidade. Além disso, contribui para o estudo completo de doentes pouco colaborativos, como as crianças, por exemplo. “O exame é tão rápido que as crianças não precisam ser sedadas. É o que há de mais moderno em matéria de bioimagem”, confirma o médico. O recém-inaugurado setor de bioimagem do HSR, que agora conta também com novo aparelho de ressonância magnética e mais cinco ultra-sons, custou algo em torno de R$10 milhões. O investimento não beneficia apenas os pacientes. A implantação do novo parque tecnológico vai gerar 80 empregos diretos e 240 indiretos.
O novo parque tecnológico do HSR foi inaugurado durante o Congresso Brasileiro de Radiologia, realizado em Salvador entre os dias 11 e 13 de outubro. As maiores autoridades no assunto se mostraram admiradas com a nova aquisição. “Isso integra o São Rafael ao nível dos melhores hospitais do país”, confirma o presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, Fernando Moreira. A tomografia computadorizada tem evoluído bastante nas últimas décadas. O primeiro aparelho a surgir no mercado, o Axial, gastava longo tempo para captar uma imagem de cada vez. A invenção seguinte, o tomógrafo Helicoidal, permitiu raio-X com giro contínuo, mas com varredura ainda limitada. O aparelho multidetector tem larga evolução sobre as tomografias anteriores.
Fonte: Correio da Bahia

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