BRASÍLIA - Para impedir as investigações e apressar a absolvição do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), escolheu ontem para relator de dois dos três processos contra ele o mais destacado membro da tropa de choque do presidente do Senado, o senador Almeida Lima (PMDB-SE). Antes mesmo das apurações no Conselho de Ética, os aliados de Renan dizem com que argumentos querem absolvê-lo.
Almeida Lima relatará a representação em que ele é suspeito de ter adquirido em nome de laranjas duas emissoras de rádio e um jornal diário em sociedade com o usineiro alagoano e ex-deputado João Lyra (PTB-AL). O outro processo que ele relatará acusa Renan de participação no esquema de cobrança de propina nos ministérios comandados pelo PMDB.
O Conselho de Ética tem uma reunião agendada para as 10 horas de hoje, depois de ter paralisado os trabalhos por quase um mês. É a primeira vez que o Conselho de Ética se reúne desde que o presidente do Congresso foi inocentado no plenário, no dia 12, por 40 votos e 6 abstenções, entre elas, a do senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
O Conselho analisará na sessão de hoje a sugestão de juntar as duas denúncias que serão relatadas por Almeida Lima, embora tenham chegado ao Senado com diferença de mais de um mês e guardem entre si diferenças na apuração não só de locais - Alagoas e Brasília -, mas, igualmente, da forma como ocorreram.
Uma favorecendo a Renan e familiares, e a outra sustentada por ele e outras figuras do partido. O senador do PMDB de Sergipe deve pedir o arquivamento da denúncia sobre as empresas de comunicação em nome de testas-de-ferro, sob a alegação de que a sociedade foi instituída no mandato anterior do senador do PMDB alagoano no Senado, iniciado em 1994.
Procedimentos
O líder do PMDB na Casa, Valdir Raupp (RO), alega que esse mesmo procedimento foi adotado quando a Mesa Diretora decidiu engavetar as acusações contra o senador Gim Argello (PTB-DF) - a maioria entendeu que os negócios suspeitos o envolvendo com o ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) e o empresário Nenê Constantino aconteceram quando ele ainda não exercia o mandato de senador.
Como a Mesa não adotou essa posição em relação a Renan, Raupp afirmou acreditar que "houve um engano". Ele não respondeu sobre o fato de que o senador alagoano, em1998, quando se uniu a Lyra, era senador, nem tão pouco a respeito dele continuar se beneficiando das rádios adquiridas naquela época, sempre em nome de laranjas.
No encontro de hoje, o relator João Pedro (PT-AM), encarregado da relatoria da segunda suspeita contra Renan, pedirá que essa representação seja suspensa até que a Câmara examine a situação do deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).
Irmão do presidente do Congresso, Olavo Calheiros também é o alvo da ação em que ele é apontado como tendo atuado para reduzir as dívidas da Schincariol na Receita Federal e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após a empresa ter pago R$ 27 milhões por uma fábrica de refrigerante do deputado, que estava em situação deficitária.
Pacote
Pedro havia anunciado que mandará arquivar a acusação. Mudou de idéia após a bancada da legenda ter sido cobrada nas ruas por ter dado a maioria dos votos - pela absolvição ou pela abstenção - em favor da manutenção do mandato de Renan.
Partiu do senador Aloizio Mercadante a idéia de fazer um pacote com os processos que ainda restam contra o presidente do Senado. Ao expor a proposta em plenário, alegou que a iniciativa apressaria o julgamento, concorrendo para acabar com a crise no Senado.
Mas para a oposição, o que ficou claro foi a vontade dos petistas de restringir a apenas um dia três votações. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que trabalhará para impedir que a idéia seja aprovada hoje no colegiado.
Fonte: tribuna da Imprensa
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