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sexta-feira, junho 02, 2006

Interesse pelo PMDB, mesmo sem coligação

Por: Tribuna da Imprensa

SÃO PAULO - O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro, voltou a afirmar ontem, em palestra para empresários, em São Paulo, que o PT pretende caminhar junto com o PMDB nestas eleições."Queremos o PMDB com Lula, com ou sem coligação", enfatizou.
Genro acrescentou que, se o partido se coligar com o PT, terá o direito de indicar o candidato a vice-presidente na chapa. Na avaliação dele, o PMDB tem uma vocação importante para o futuro do País.
"O PMDB está vocacionado a compor um eventual governo Alckmin (Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB a presidente) ou um eventual governo Lula, se ele for mesmo candidato", afirmou. Entretanto, Genro reconheceu que o PMDB enfrenta uma dificuldade dentro da legenda para integrar a chapa petista em razão da verticalização. Mesmo assim, disse que o PT continuará a trabalhar para ter o PMDB ao lado neste pleito.
"A idéia é fazer uma coalizão em cima de um documento programático, e não em troca de repartições de cargos e poder, que é uma questão posterior ao processo eleitoral." O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República admitiu, entretanto, que, se não for possível uma coligação formal com os peemedebistas, o PT buscará um candidato a vice-presidente dentre os aliados convencionais.
Genro citou o vice-presidente José Alencar, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes e o presidente nacional do PSB, deputado Eduardo Campos (PE). Mas afirmou que esta questão ainda não está definida. Ele proferiu ontem uma palestra para os empresários Lide - Grupo de Líderes Empresariais, que reúne mais de 600 empresários de 354 empresas e representa 38% do Produto Interno Bruto (PIB) privado do País.
Nada certo
Genro afirmou para uma platéia de cerca de 350 empresários, em São Paulo, que a eleição não está ganha para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição. Apesar de não confirmar a candidatura de Lula, Genro reconheceu que hoje ele é o mais forte candidato. Porém, isso não significa que Lula vencerá o pleito, de acordo com ele.
Na avaliação do chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, é precipitado tirar conclusões das pesquisas eleitorais. "Eu mesmo já perdi e ganhei algumas eleições", afirmou.
Genro disse que, se as eleições fossem hoje, o presidente seria o candidato favorito. "Mas isso é apenas um indício que não quer dizer nada", ressaltou. Além de minimizar o impacto dos levantamentos eleitorais, ele também elogiou o pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB)."Alckmin é um político respeitável. Eu espero que essa seja uma batalha política qualificada."
Antes do início da conferência, foi feita uma enquete para avaliar as perspectivas dos pré-candidatos a presidente e também analisar a percepção empresarial. A amostra, realizada com cerca de 350 empresários, revelou que a eficiência geral do governo federal está na faixa de 2,4%; do governo de São Paulo, em 5,8%, e da Prefeitura da capital paulista, 6%.
Para 52% dos entrevistados, a situação dos negócios das empresas está melhor do que em 2005. O principal fator que impede o crescimento dos negócios continua sendo a carga tributária, com 66%.
Durante a discussão, Genro falou, mais uma vez, da necessidade de fazer-se um acerto social que permita a governabilidade em 2005, independentemente de quem vença as eleições de outubro.
"Isso não significa cooptação da oposição pelo governo, mas sim que devemos discutir temas prioritários", disse, citando especificamente, as reformas política e tributária. Os empresários questionaram Genro sobre questões polêmicas, dentre elas, a "deterioração" ética das instituições governamentais.
O chefe da Secretaria de Relações Institucionais rebateu os questionamentos, abordando a necessidade de criar-se mecanismos eficientes para "que as perversões dos partidos do governo e das empresas sejam exemplarmente punidas".
Genro refutou também a hipótese de Lula ter tido conhecimento dos escândalos que atingiram a administração federal e o PT. "Eu também acredito que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não sabia da compra de votos que ocorreu em seu governo, pois o poder leva à solidão", declarou.
O chefe da Secretaria de Relações Institucionais reiterou: "Eu acredito que o presidente Lula não sabia (dos acontecimentos)." Genro provocou risos na platéia quando falou que o presidente ainda não havia decidido se é ou não candidato à reeleição.
"A posição de um candidato ocorre na convenção, e é natural que o presidente preserve sua posição; faz parte da liturgia do cargo", emendou. Ao defender a concertação em torno da governabilidade, o chefe da secretaria julgou que a estabilidade parlamentar em 2007 "não é problema só do presidente Lula".
"É preciso governar com estabilidade, e esta posição não é só do meu partido", acredita. Ainda nos questionamentos dos empresários, o chefe da secretaria admitiu que as absolvições dos acusados do mensalão "foram injustas".

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