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sexta-feira, setembro 02, 2022

O que vem por aí




As emendas de relator foram o preço que o Centrão cobrou de um presidente enfraquecido para preservar sua cabeça

Por Merval Pereira (foto)

O orçamento secreto tornou-se um dos pontos mais importantes do debate político na eleição presidencial justamente porque sua existência retirou do Executivo a possibilidade de comandar as políticas públicas, já que parte relevante do Orçamento da União é distribuída por deputados e senadores para suas bases eleitorais sem que haja visão do conjunto para que sejam alocadas nos projetos prioritários para o país, não para os individuais de parlamentares.

Um ponto que vale destacar: o orçamento secreto é necessariamente sinônimo de corrupção justamente por não ser transparente e sua execução ocorrer por decisão dos presidentes das Casas Legislativas, em vez de pelo Executivo, abrindo espaço a comportamentos desviantes e corruptos. O cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getulio Vargas do Rio, especialista na questão, lembra que o presidencialismo multipartidário perde funcionalidade quando o Executivo não tem ferramentas discricionárias de construção e manutenção de maiorias no Legislativo:

— As emendas individuais e coletivas funcionavam como ingredientes fundamentais nesse jogo, pois eram relativamente baratas. Geravam, ao mesmo tempo, retornos eleitorais para os legisladores e de governabilidade para o presidente.

A situação começou a mudar quando, às vésperas de seu impeachment e em situação de extrema vulnerabilidade política, a presidente Dilma Rousseff aceitou abrir mão da discricionariedade na execução das emendas individuais dos parlamentares.

Essa era uma exigência antiga de deputados e senadores que, com o poder do Executivo de contingenciar suas emendas, ficavam nas mãos do presidente e de ministros, “mendigando” a execução delas. Dilma perdeu os anéis para não perder os dedos, mas foi muito tarde. O mesmo aconteceu com o ex-presidente Collor, que, depois de um longo desgaste com o Congresso, tentou cooptar a maioria para barrar o impeachment liberando verbas e fazendo favores, mas acabou derrubado com a participação daqueles a quem procurara tardiamente em busca de apoio.

Os casos dos presidentes cassados Collor e Dilma têm outra situação comum. O ex-presidente Lula se gaba de ter criado vários instrumentos de investigação e de não ter impedido a apuração da corrupção que agora admite ter ocorrido nos governos petistas. Também Dilma agiu da mesma maneira e assinou a legislação que institui na legislação brasileira as delações premiadas, que acabariam ferindo de morte os governos petistas. Collor agiu da mesma maneira, não impediu nem tentou interferir nas investigações que acabaram levando a seu impeachment. Deve haver alguma explicação psicológica para essas atitudes, talvez uma vontade inconsciente de ser punidos. Mas, voltando a Bolsonaro, por completa incompreensão do presidencialismo multipartidário brasileiro, ele também cedeu e perdeu a discricionariedade nas emendas coletivas. O cientista político Carlos Pereira explica as consequências:

— No momento em que os parlamentares internalizaram que não precisavam mais votar consistentemente com os interesses do Executivo para obter em troca a execução de suas emendas, o Executivo foi forçado a encontrar novas moedas de troca. A saída via orçamento secreto para lidar com a impositividade da execução das emendas foi predatória, porque o presidente escolheu se aliar ao Centrão em condição de extrema vulnerabilidade política e, portanto, com baixo poder de barganha para estabelecer os termos de negociação.

As emendas de relator foram o preço que o Centrão cobrou de um presidente enfraquecido para preservar sua cabeça. O governo Bolsonaro não só criou um mecanismo pouco transparente de recompensa, mas também entregou sua execução ao Legislativo. Entretanto, institucionalmente, as emendas de relator ainda não são obrigatórias. Portanto, podem simplesmente não ser executadas se assim o próximo presidente desejar.

Para Carlos Pereira, não será difícil convencer parlamentares de que “o jogo orçamentário coordenado pelo presidente gera menos incertezas para os próprios legisladores”. O inquietante, segundo ele, “é que Lula, a alternativa eleitoral mais viável até o momento para derrotar Bolsonaro, também demonstrou ser um mau gerente de coalizão (via mensalão e petrolão), e não há sinais claros de aprendizado diante de seus erros”.

Não sou tão otimista quanto Pereira quanto à aceitação dos parlamentares de abrir mão dos poderes conquistados. Ao contrário, vejo nesse ponto a origem de atritos políticos relevantes se Bolsonaro for derrotado. Ou a volta dos mensalões da vida, dependendo do eleito.

O Globo

A alegação de Lula de que seu governo foi o que mais preservou a Amazônia não passa de mito




Desafortunadamente para a floresta, para o Brasil e para o mundo, no primeiro mandato de Lula, a Amazônia sofreu como nunca antes desde o início do monitoramento. Essa é uma conta que não dá para apagar. 

Por Leonardo Coutinho (foto)

Dos oito países que compartilham a Amazônia com o Brasil, nenhum tem o histórico e capacidade de monitorar a floresta como os brasileiros fazem. Está no site do Inpe a mais completa radiografia do desmatamento – ano a ano, desde 1988. Sendo assim, é acessível e fácil verificar qualquer informação sobre a evolução da devastação. Mais do que isso, é no site do Inpe que está a prova de quem está mentindo ou não nesta campanha, quando o assunto é a preservação da Amazônia.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adora dizer que foi quem mais reduziu o desmatamento. As agências de checagem já verificaram que não é bem assim. Classificam como “erro”, até.

O sobe e desce dos indicadores do desmatamento nos últimos 34 anos mostra que o “erro” de Lula foi ainda mais grosseiro. Objetivamente contabilizando a média de desmatamento por cada ciclo de governo, Lula estaria justamente na posição inversa a que ele e o PT vendem e na qual seus seguidores teimam em acreditar.

No ranking da devastação, o primeiro mandato de Lula ocuparia a primeira posição. Em seu governo, a floresta perdeu 21.617 km2 por ano. Os governos de Fernando Henrique Cardoso ocupam a segunda (segundo mandato) e a terceira posição (primeiro mandato).

Desafortunadamente para a floresta, para o Brasil e para o mundo, no primeiro mandato de Lula, a Amazônia sofreu como nunca antes desde o início do monitoramento. Essa é uma conta que não dá para apagar.

Lula tem em seu favor uma queda acentuada na devastação na segunda metade de seu primeiro mandato, que impediu a tendência trágica de seu governo que, além de ter a estrela do ambientalismo global Marina Silva como ministra do Ambiente, contava com a simpatia das ONGs em atividade na Amazônia. Muitas delas, por sinal, perderam nomes de seus quadros que foram transplantados para repartições dos órgãos ambientais.

A queda das taxas parece ter arrefecido o compromisso de Lula em proteger a floresta. O sintoma mais evidente foi como Marina Silva se demitiu do governo em maio de 2008, ano em que a taxa de desmatamento voltaria a empinar depois de três anos de quedas sucessivas.

Marina enviou uma carta para Lula na qual deixou claro que não tinha mais condições de trabalhar. “Esta difícil decisão, Sr. Presidente, decorre das dificuldades que tenho enfrentado há algum tempo para dar prosseguimento à agenda ambiental federal”, escreveu a então ministra. Ela se queixou do fato de ter sido tratorada pelo grupo desenvolvimentista liderado pela “Mãe do PAC”, Dilma Rousseff.

Era de conhecimento público que Marina havia sido pressionada a abrir a porteira de projetos de infraestrutura na Amazônia, afrouxando as regras de licenciamento. Ao recusar-se a deixar passar a boiada (como definiu certa vez o ex-ministro bolsonarista Ricardo Salles), Marina já havia colocado o cargo à disposição ainda no começo do segundo mandato de Lula.

Se, com Marina, a Amazônia já estava em segundo plano, sem ela a floresta parecia ser candidata a ser transformada em um grande estacionamento.

Não demorou para Marina deixar o PT e se aventurar-se no PV, partido pelo qual saiu candidata à presidência da República em 2010. Derrotada por Dilma e tratada como traidora por muitos petistas, a ex-ministra do Meio Ambiente fundou a Rede.

O ex-presidente e candidato Lula trata seu desempenho na área ambiental como algo espetacular e digno de celebração. Pura autoindulgência de dimensões amazônicas.

Jair Bolsonaro, que herdou uma curva ascendente do governo Temer e registra taxas crescentes, está fora do pódio dos campeões do desmatamento, mas não está longe dele. Na quarta posição, seu governo coincide com um período de alta valorização do dólar e de pressão por alimentos. A tempestade perfeita para expansão da fronteira agrícola. Fatores econômicos que são agravados por uma ruptura nas ações de comando e controle na selva. Bolsonaro pouco fez para reverter a situação.

Os debates – eleitorais ou não – tergiversam o essencial sobre a região. A Amazônia não é só um amontoado de árvores com uma biodiversidade sem igual. A floresta comporta metrópoles como Belém e Manaus. Uma lista consistente de cidades médias e uma infinidade de municípios, vilas e assentamentos que, junto com os índios e ribeirinhos espraiados pela mata, formam uma população de mais de 30 milhões de habitantes.

A gritaria oculta o fato de que a Amazônia é pobre. Muito pobre. A lista dos municípios com os piores índices de desenvolvimento humano do Brasil é dominada pelas cidades amazônicas.

Pensar somente nas árvores, criminalizar quem vive na floresta ou pensar que a subsistência delas deve ser construída sobre uma lógica extrativista pré-industrial é cruel.

A Amazônia é uma terra de mitos. O seu próprio nome é derivado de um. Mas é preciso parar por aí. Não haverá salvação para a Amazônia sem passar pelo desenvolvimento de seus habitantes. E a salvação aqui não tem relação alguma com a catástrofe ambiental que é iminente há quase 40 anos. A região precisa de governança, modernidade, trabalho e renda para valer. Blá blá blá de campanha não vai proteger a Amazônia e nem cuidar de quem vive nela.

Gazeta do Povo (PR)

O bem e o mal




Dadas as analogias que se podem estabelecer entre o comportamento de Putin e o de Hitler, qual seria a posição que os negadores da causalidade patente na invasão da Ucrânia adotariam em 1939?

Por Paulo Tunhas 

Ainda não cheguei às maiúsculas, nem creio até que lá chegue, mas tenho-me apanhado a pensar no bem e no mal. Não são, confesso, termos que utilize frequentemente, nem sequer em pensamento. A coisa passa-se diferentemente com “bondade” e “maldade”. Com esses termos sinto-me razoavelmente à-vontade, até porque se colocam no mero plano da psicologia descritiva e não têm ambições metafísicas. São termos necessários ao nosso entendimento das coisas do dia-a-dia (todos nós encontramos na vida exemplos de bondade e de maldade) e podemos usá-los em sentido razoavelmente lato, sem necessidade de definições rigorosas ou de voos especulativos. Podemos até reduzir em parte a bondade e a maldade a outras características mentais. Por exemplo, creio que a maior parte das vezes que fiz algo de “mau”, o fiz por falta de discernimento, ou, se se preferir, por estupidez. E julgo que isso acontece com a maior parte das pessoas.

Em contrapartida, falar, mesmo sem maiúsculas, de bem e de mal requer uma muito maior abstracção. É como se passássemos a lidar com entidades autónomas em relação à nossa experiência que encarnam nos actos – ou, de forma mais profunda, no carácter – dos indivíduos (as maiúsculas enfatizam essa dimensão). Não são, ao contrário de “bondade” ou “maldade”, conceitos puramente descritivos. Designam, em princípio, algo acima destes, algo que produz o carácter dos humanos e o determina de forma unívoca, sem vestígio de equivocidade. Deixo de lado o modo como as religiões pensam estas coisas, e não pretendo falar da maneira como as várias filosofias se referiram aos conceitos de bem e do mal, embora esteja mais à-vontade no que diz respeito a este segundo tipo de maneira de pensar (julgo saber o que são o bem e o mal para Leibniz ou Kant, por exemplo). Fico-me, portanto, por esse traço distintivo muito genérico dos conceitos de bem e de mal: são conceitos muito mais abstractos do que os de bondade e maldade.

Acontece, no entanto, que eles também têm lugar no discurso comum, sem que sejam usados com preocupações religiosas ou filosóficas. As pessoas falam de “bem” e de “mal” correntemente. Não tanto como de “bondade” ou “maldade” – mas falam. Isso deve fazer-nos reflectir. Porque é, de certo modo, o sinal de alguma naturalidade dos conceitos – e, secundariamente, de uma continuidade entre o entendimento comum e o entendimento filosófico. É claro que há diferenças. O bem e o mal, no discurso comum, não aparecem como determinações inequívocas, como em certas tradições filosóficas, mas sim como algo do qual temos uma intuição mais ou menos vaga. Sendo vaga, essa intuição não é, no entanto, menos real, não designa uma mera fantasia do espírito, por mais que ela esteja marcada pelas convenções de cada cultura (nas teorias do contrato social, pela própria passagem do estado de natureza ao estado civil). É nesse sentido, simultaneamente vago e real, de “bem” e de “mal” que me tenho apanhado a pensar. Um sentido “desinflacionado”, como se diz em filosofia.

E tenho-me apanhado a pensar nisto por causa de várias reacções à invasão russa da Ucrânia e de certas analogias históricas que ela evoca. Com efeito, o que menos faltou por estes meses foi gente a defender que nesta guerra não havia bem nem mal, que a única questão em jogo se resumia ao conflito de interesses geoestratégicos e que qualquer outro tipo de considerações era não só irrelevante como voluntariamente encobridora da realidade. Esta doutrina tem sido igualmente partilhada por gente de esquerda e de direita e comunicada em diversos tons, que vão de alguma sofisticação teórica à brutalidade mais declarada, sem que, no essencial, varie grandemente.

Dou-me, de facto, mal com este entendimento das coisas. Não, obviamente, por julgar que as questões geoestratégicas não se coloquem. Mas porque me parece que tal redução exibe uma cegueira face a várias dimensões essenciais do conflito que, confesso, não parou de me espantar. E em primeiro lugar, obviamente, uma cegueira face à distinção crucial entre agressor e agredido, cegueira essa obtida muitas vezes a custo da inversão de relações causais patentes. Por exemplo: a Rússia limitou-se a reagir a uma provocação ucraniana (ou, genericamente, do Ocidente), o que lhe garante à partida uma dose substancial de inocência. Ou, se quiserem, foi Abel que matou Caim. Essa cegueira é também, e fundamentalmente, uma cegueira face às intuições comuns do bem e do mal. Ela radica talvez naquilo que Kierkegaard chamava a “angústia face ao Bem”, uma angústia que é, em última análise, uma angústia face à liberdade. Mas, seja como for, esta cegueira, que visa uma “explicação” das causas da guerra, elimina qualquer possibilidade da compreensão da guerra.

Porquê? Porque compreender esta guerra implica forçosamente colocar como ponto de base a distinção entre agressor e agredido. A partir do momento em que a distinção é recusada, ou invertida, ou relativizada, a “explicação”, por mais realista que se pretenda, gira no vazio. A cegueira face à distinção entre bem e mal, fundada na distinção entre agredido e agressor – entre Abel e Caim, se se quiser –, é tão mais extraordinária quanto os testemunhos empíricos de tal distinção são inúmeros e as imagens que os revelam, que revelam simultaneamente a derrelicção de uma população atacada e a extraordinária coragem da sua resistência, possuem toda a força de uma indisputável evidência. A estratégia que consiste em negar tal força, colocando-a sob suspeita de “propaganda”, releva da má-fé (da recusa da evidência) ou do cinismo puro e duro, também ele, talvez, uma manifestação da “angústia face ao Bem”, do medo da liberdade. E o medo da liberdade, aqui, é, por via da recusa da distinção entre o bem e o mal, o medo de compreender. Há “explicações” especialmente fabricadas para impedir a compreensão. Uma compreensão que, de facto, só é possível se aceitarmos a distinção entre o bem e o mal.

Mas convém ir mais longe. Dadas as analogias que se podem estabelecer entre o comportamento de Putin e o de Hitler – uma analogia não funciona como uma prova de identidade, mas uma analogia histórica é boa se o passado e o presente colocados em relação se iluminam reciprocamente, o que me parece ser o caso –, era bom perguntarmo-nos qual seria a posição que os negadores da causalidade patente na invasão da Ucrânia adoptariam em 1939? É claro que, sendo as coisas o que são, seria arriscado, além de injusto, declarar taxativamente que seria uma posição a favor de Hitler. Resta que a recusa da distinção entre o bem e o mal – e lembro mais uma vez que uso os termos no sentido das intuições vagas, mas reais, que as pessoas comuns deles têm – nos permite pensar que poderia muito bem ser, de facto, a favor de Hitler. A possibilidade está em aberto. A agressão teria vindo das democracias: não faltou, de resto, gente simpatizante dos nazis para o dizer à época.

Tudo isto para dizer uma coisa. Não são apenas conceitos como os de “bondade” e “maldade”, com a sua função descritiva, que são de legítimo uso em matérias ético-políticas. Os conceitos de “bem” e de “mal”, num seu entendimento desinflacionado, isto é, sem se alçarem a um patamar metafísico, têm uma legitimidade que lhes vem da sua função compreensiva. Não podemos compreender o mundo ético-político, por mais que procuremos evitar o uso de abstracções, sem, em certos casos, a eles recorrermos. Ou, de preferência, a conceitos que a eles indirectamente reenviem – como, por exemplo, o conceito de “monstruoso” – e que mantenham alguma dimensão descritiva. Sublinho: em certos casos. Porque, para além da vasta legião de casos indiferentes, onde só um micrólogo, ocupado com a mínima entidade moral microscópica, buscaria o bem e o mal, o grosso do domínio ético-político passa muito bem sem o uso de tais conceitos.

Há, no entanto, situações que, pela sua própria natureza, os requerem. O caso da invasão da Ucrânia é, sob este aspecto, exemplar. Como seria exemplar, por exemplo, a longa história de monstruosidade que foi, desde Lenine, a da defunta União Soviética e das suas vítimas. Aqueles que inventam explicações que põem tais conceitos entre parêntesis nestas situações cegam-se voluntariamente. Decidiram não compreender. A má-fé – ou, nos casos mais extremos, o cinismo – coloca uma barreira à compreensão. É que foi mesmo Caim que matou Abel. Isso, as pessoas comuns que falam de bem e de mal sabem-no.

Observador (PT)

Datafolha: Lula tem 45% contra 32% de Bolsonaro

 Quinta, 01 de Setembro de 2022 - 21:38

por Redação

Datafolha: Lula tem 45% contra 32% de Bolsonaro
Foto: Reprodução

A um mês do primeiro turno das eleições 2022, o Datafolha divulgou, na noite desta quinta-feira (1º), a 1ª pesquisa de intenção de voto para presidente contratada pela TV Globo e Jornal Folha de São Paulo, após o debate presidencial no último domingo (28). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando com 45% e o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar com 32%.

 

Ciro Gomes (PDT) pontuou 9% e Simone Tebet, 5%. O novo levantamento mostra Soraya Thronicke (União Brasil), Pablo Marçal (PROS) e Felipe d'Avila (Novo) com 1% cada um. Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Constituinte Eymael (Democracia Cristã), Léo Péricles (UP) e Roberto Jefferson (PTB) não pontuaram. Em branco/nulo/nenhum: 4% (6% na pesquisa anterior); Não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior). 

 

 

Entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, a pesquisa ouviu 5.734 pessoas em 285 municípios. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-00433/2022.

Bahia Notícias

Tribunal internacional condena Bolsonaro por crimes contra humanidade por Redação

 Quinta, 01 de Setembro de 2022 - 21:40

por Redação

Tribunal internacional condena Bolsonaro por crimes contra humanidade
Foto: Reprodução / Flickr Palácio do Planalto

O Tribunal Permanente dos Povos (TPP) condenou nesta quinta-feira (1) o presidente Jair Bolsonaro (PL) por crimes contra a humanidade cometidos durante a pandemia da Covid-19 e indicou que uma outra política teria salvo pelo menos 100 mil pessoas.

 

A condenação, porém, não deve ter consequências práticas contra Bolsonaro. Ainda que apenas simbólica e moral, a decisão poderá ampliar a pressão internacional contra o presidente brasileiro, de acordo com o Uol. 

 

O órgão internacional, criado nos anos 70, não tem o peso do Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, nem a capacidade de tomar ações contra um estado ou chefe de governo. Mas a condenação é considerada por grupos da sociedade civil, ex-ministros e juristas como uma chancela importante para colocar pressão sobre o Palácio do Planalto e expor Bolsonaro no mundo. 

 

Conforme a coluna antecipou no início da semana, a sentença declarou que o brasileiro foi diretamente responsável por graves violações de direitos humanos e crimes contra a humanidade. Bolsonaro, segundo o tribunal, cometeu "atos dolosos" e "intencionais" contra sua população.

 

Os membros do órgão ainda recomendam que o Tribunal Penal Internacional avalie ainda a possibilidade de genocídio cometido pelo estado, ao longo de décadas e intensificada mais recentemente. Se fosse estabelecido em um tribunal como o de Haia, tal sentença poderia até representar a prisão perpétua do acusado. O governo brasileiro ignorou o procedimento e nem sequer mandou um representante à audiência, organizada há dois meses.

 

"Ao contrário da maioria das sentenças do nosso Tribunal Permanente dos Povos, esta sentença refere-se à responsabilidade pessoal, ou seja, à responsabilidade penal de uma única pessoa: à culpa do presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro por crimes contra a humanidade", afirma a sentença.

 

"O crime pelo qual o presidente Bolsonaro foi responsável consiste em uma violação sistemática dos direitos humanos, por ter provocado a morte de dezenas de milhares de brasileiros devido à política insensata que promoveu em relação à pandemia de covid-19", declarou.

Bahia Notícias

Governo deve incluir mais 804 mil famílias no Auxílio Brasil às vésperas da eleição

 Quinta, 01 de Setembro de 2022 - 22:00

por Thiago Resende e Idiana Tomazelli | Folhapress

Governo deve incluir mais 804 mil famílias no Auxílio Brasil às vésperas da eleição
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O governo Jair Bolsonaro (PL) prepara a inclusão de mais 803,8 mil famílias no Auxílio Brasil a um mês das eleições. Com isso, o número de domicílios beneficiados deve subir para mais de 21 milhões em setembro.
 

Ampliar o alcance do programa social é uma das apostas do chefe do Executivo para melhorar seu desempenho eleitoral em um contexto de inflação elevada e aumento da pobreza e da fome. Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

O presidente conseguiu aprovar no Congresso uma elevação do benefício mínimo para R$ 600 até o fim do ano, além de ter obtido espaço para levar o número de famílias contempladas a um patamar recorde.
 

Mesmo assim, o Auxílio Brasil temporário de R$ 600 é visto como abaixo do necessário pela maior parte da população. Segundo pesquisa Datafolha, 56% dos eleitores afirmam que o valor é insuficiente.
 

A nova rodada de inclusão de famílias não foi explicitada pelo governo quando houve a negociação do espaço adicional no Orçamento com o Congresso Nacional por meio da PEC (proposta de emenda à Constituição) "das bondades". A proposta atropelou a legislação orçamentária e eleitoral para autorizar um furo no teto de gastos e uma ampliação de despesas sociais em meio à corrida presidencial.
 

Na época, as projeções iniciais indicavam que o número de atendidos chegaria a 19,8 milhões. Depois, a Caixa informou que a primeira leva de inclusões resultou em um público de 20,2 milhões de famílias contempladas pelo programa —um acréscimo de 2 milhões.
 

O próprio governo, porém, calcula que a quantidade de beneficiários chegará a 21,6 milhões até o fim do ano. Isso significa, na prática, que a PEC abriu caminho para a inclusão de 3,5 milhões de famílias até dezembro.
 

A previsão foi feita pelo próprio Ministério da Cidadania e incluída, sem alarde, na exposição de motivos da MP (Medida Provisória) que abriu o crédito extraordinário de R$ 26 bilhões para bancar a ampliação do programa no segundo semestre do ano.
 

"Deste total, 2.049.513 famílias seriam inseridas no programa imediatamente no mês de agosto e as outras 1.450.000 famílias terão acesso no decorrer dos meses subsequentes", diz o texto.
 

Manobra faz concessão superar fila do Auxílio Brasil A estratégia permite ao governo manter a fila do Auxílio Brasil zerada durante a campanha eleitoral, uma vez que o número supera até mesmo a fila de espera reconhecida pelo Ministério da Cidadania —ela chegou a um pico de 1,6 milhão de famílias no mês de julho.
 

A PEC autorizava a inclusão das "famílias elegíveis na data de promulgação desta Emenda Constitucional", mas a pasta está adotando uma visão mais ampla do critério.
 

O texto foi promulgado em 14 de julho, mas famílias habilitadas depois dessa data estão sendo incluídas porque, no entendimento da Cidadania, elas já eram elegíveis antes e sua habilitação ainda dependia da regularização do cadastro.
 

O aval dado pelo Congresso foi comemorado pela campanha eleitoral de Bolsonaro, pois o programa social faz parte da estratégia de tentar reduzir a vantagem de Lula na preferência de eleitores que recebem a transferência de renda.
 

A PEC permitiu elevar a verba do programa em 2022 para R$ 114,5 bilhões —um recorde histórico. Desse total, já foram gastos R$ 63,2 bilhões. Portanto, restam R$ 51,3 bilhões para serem usados de setembro a dezembro.
 

Com esse valor, o Ministério da Cidadania consegue atender a uma quantidade maior de famílias. Por isso, a pasta aprovou a documentação das 803,8 mil famílias extras, que devem entrar no programa a partir de setembro, segundo técnicos da pasta.
 

Procurado, o Ministério não respondeu sobre a previsão de inclusão de novos beneficiários no Auxílio Brasil em setembro.
 

Programa foi criado para substituir Bolsa Família O programa foi criado em novembro de 2021, após Bolsonaro extinguir o Bolsa Família —associado às gestões petistas— na tentativa de deixar uma marca própria na área social.
 

Desde então, aliados políticos tentam ampliar o número de beneficiários para alavancar Bolsonaro nas pesquisas eleitorais.
 

A cobertura do programa era de aproximadamente 14,5 milhões em novembro do ano passado, quando o valor médio recebido por família era de R$ 224.
 

Pouco depois, o número de famílias subiu para 18 milhões de famílias, e o valor médio subiu para R$ 409,50 por mês.
 

Em agosto, após a aprovação da PEC, Bolsonaro conseguiu elevar o benefício para R$ 607,88 por mês em média, contemplando 20,2 milhões de domicílios.
 

Apesar de uma melhora no desempenho do presidente, na esteira dos esforços do governo, Lula mantém a dianteira na preferência da população de baixa renda.
 

O petista tem 56% das intenções de votos no primeiro turno entre pessoas que recebem o Auxílio Brasil ou moram com alguém que é beneficiário do programa, segundo pesquisa Datafolha. Bolsonaro tem 28% entre esses eleitores. No fim de maio, o presidente tinha 20%, contra 59% de Lula.
 

Apesar de a pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto não ter captado ganhos expressivos de Bolsonaro nessa fatia do eleitorado, uma ala de aliados de Lula avalia que o atual presidente ainda pode lucrar com o efeito da concessão do benefício.
 

A campanha petista busca neutralizar o crescimento do chefe do Executivo nesse segmento, ressaltando o que é apontado como caráter eleitoreiro do aumento do Auxílio Brasil, promovido por Bolsonaro apenas até o fim do ano.
 

Nesse sentido, aliados de Lula têm batido na tecla de que a proposta de Orçamento para 2023 foi enviada prevendo apenas o pagamento média de R$ 405, apesar das promessas do presidente de manter o piso de R$ 600.
 

Em outra frente, o QG de Bolsonaro admite que a aprovação do novo pacote chegou tarde. Aliados do presidente avaliam que a iniciativa será decisiva para que ele cresça nas intenções de voto, mas reconhece a dificuldade de obter os dividendos eleitorais antes do primeiro turno.
 

Pesquisas feitas à época do pagamento do auxílio emergencial, por exemplo, mostraram que Bolsonaro só atingiu o ápice da popularidade no quarto mês de pagamento do benefício, que na primeira rodada podia chegar a R$ 1.800 por família.
 

Caso esse cenário se repita, a tendência é que os pagamentos turbinados do Auxílio Brasil só tenham efeito pleno entre o primeiro e o segundo turno das eleições, segundo a campanha do presidente.

Bahia Notícias

VÍDEO: Cristina Kirchner sofre tentativa de atentado em Buenos Aires

 Quinta, 01 de Setembro de 2022 - 22:33

por Redação

VÍDEO: Cristina Kirchner sofre tentativa de atentado em Buenos Aires
Foto: Reprodução / Twitter

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de atentado na noite desta quinta-feira (1º) em Buenos Aires, quando estava chegando em sua casa. A polícia identificou o suspeito como Fernando Sabag Montiel, brasileiro de 35 anos. 

 

Nas imagens, Kirchner estava rodeada de apoiadores e abaixou a cabeça em determinado momento. De repente, uma pessoa se aproximou com uma pistola e tentou atirar, mas a arma falhou. Prontamente, os seguranças da vice-presidente se aproximaram para imobilizar o suspeito.

 

Confira o vídeo: 

 

Mata Atlântica: Bahia derruba 49 campos de futebol por dia e lidera desmatamento em 2022

 Sexta, 02 de Setembro de 2022 - 00:00

por Leonardo Almeida

Mata Atlântica: Bahia derruba 49 campos de futebol por dia e lidera desmatamento em 2022
Foto: Reprodução / Ibama

Com o Brasil batendo recorde de desmatamento nos últimos anos, a Bahia conseguiu se destacar e derrubou 7.411,6 hectares (ha) de Mata Atlântica nos primeiros seis meses de 2022, sendo o estado que mais desflorestou o bioma no país. A estatística representa que os baianos desmataram um pouco mais de 49 campos de futebol por dia, sendo, com sobras, o pior estado no quesito de manutenção da Mata Atlântica. Os dados são do terceiro boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) e foram organizados pelo Bahia Notícias.

 

O município de Baianópolis, na Bacia do Rio Grande, foi o que mais derrubou vegetações de Mata Atlântica no Brasil, de forma isolada. A cidade desmatou 1.697 hectares do bioma no primeiro semestre deste, cerca de 2.056 campos de futebol. A distância de Baianópolis entre os demais municípios é tão grande que a área desmatada na cidade é igual a soma dos outros quatro mais “bem” colocados, que são Santa Rita de Cássia (BA), 440 ha; Porto Murtinho (MS), 440 ha; Corrente (PI), 415 ha; e Parnaguá (PI), 402 ha.

 

Baianópolis também liderou as estatísticas de desmatamento entre 2020 e 2021, derrubando mais de 1600 hectares de Mata Atlântica, equivalente a quatro campos de futebol por dia (veja mais aqui). Os outros municípios que mais desflorestaram vegetação do bioma no primeiro semestre de 2022 foram: Cotegipe (296 ha), Vitória da Conquista (233 ha) e Encruzilhada (211 ha).

 

 

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo (Ceama) e do Núcleo Mata Atlântica (Numa), Yuri Lopes de Mello, se tem uma dificuldade em definir o bioma do oeste da Bahia, na Bacia do Rio Grande, e que a expansão do agronegócio o que vem agravando o desmatamento no local.

 

“Nós temos uma dificuldade em definir essa Mata Atlântica do oeste, porque na verdade são ‘manchas’ de Mata Atlântica. Já existem decisões dos tribunais que definiram que a vegetação da região não é efetivamente de Mata Atlântica. A região também é a grande fronteira agrícola da Bahia, nós temos um problema de desmatamento para além das ‘manchas’, é muito grave”, afirmou Mello.

 

De acordo com o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente e Urbanismo (Ceama), do Ministério Público, na Bahia podem ser encontradas 11 áreas consideradas como de extrema importância biológica e 25 outras prioritárias para a conservação. Uma das áreas consideradas prioritárias, fica na região da Bacia do Rio Grande, mesmo setor onde fica o município de Baianópolis.

 

 

Imagem: Reprodução / Ceama

 

Mostrando que o agronegócio e a preservação ambiental, talvez, não andem tão lado a lado assim, o setor de agricultura foi responsável pelo desmatamento de 90,6% de Mata Atlântica na Bahia, de acordo com os dados do Boletim SAD. 2,7% ficou por conta da expansão urbana, 0,2% pela mineração e a porcentagem restante foi categorizada como outras motivações variadas

 

“Temos um problema muito grave que é o avanço da agricultura e da agropecuária no cerrado baiano, muito dele legalizado. É uma região [oeste] que não tem indústria, então o avanço do desmatamento deve ser por causa disso”, explicou o coordenador do Ceama.

 

Mello também explicou que a Mata Atlântica detém uma legislação específica, que, na maioria das vezes, não permite o desmatamento do bioma para o agronegócio.O gestor também criticou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que é um dos fiscalizadores pela manutenção da reserva ambiental.

 

“A Lei de Proteção à Mata Atlântica proíbe a autorização de supressão de vegetação para a modificação do uso da terra, que é basicamente a atividade agropastoril. Na Mata Atlântica só pode ter autorização para atividades de ‘utilidade pública’ e ‘social’, que são atividades como construção de estradas, de aterros sanitários, não são atividades de agropecuária”, disse Mello.

 

“90% desse desmatamento que está aí é ilegal, se for Cerrado o Caatinga aí você pode dar a autorização para suprimir a vegetação nativa, desde que preserve a reserva legal, que é de 20%. No caso da Mata Atlântica, raramente vai haver essa autorização de supressão. A atuação do Inema não é tão eficiente, sendo considerado até em pesquisa recente”, completou o coordenador do Numa.

 

Em comparação com o mesmo período do ano passado, os baianos reduziram o desflorestamento da Mata Atlântica em, aproximadamente, 41%. Nos seis primeiros meses de 2021, a Bahia havia derrubado 12.553 hectares do bioma, o equivalente a desmatamento de 82 campos de futebol por dia. 

 

O Brasil, no geral, desmatou 21.302 hectares, uma queda de 10,67% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O desmatamento no país corresponde à emissão de mais de 10,2 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, medida utilizada para calcular as emissões de gases de efeito estufa.

 

Atrás da Bahia, os estados que mais desmataram Mata Atlântica no primeiro semestre foram: Minas Gerais (5.535 ha), Paraná (1.607 ha), Piauí (1.364 ha), Santa Catarina (1.350 ha).

 

O DESMATAMENTO E A POLÍTICA NA BAHIA

Dos 37 deputados baianos analisados, 24 apresentaram uma performance “ruim” em questões relacionadas ao meio ambiente (veja mais aqui), de acordo com dados do Ruralômetro. A Bahia também é o estado com o maior número de deputados envolvidos em infrações ambientais, com cinco representantes. 

 

Além disso, o estado da Bahia é o quarto com maior número de deputados que são membros da bancada ruralista, com 16 integrantes, de acordo com site oficial da Frente Parlamentar Agropecuária.

Bahia Notícias

VÍDEO: Salles atropela motociclista e foge sem prestar socorro à vítima em SP

  2022 - 07:20

VÍDEO: Salles atropela motociclista e foge sem prestar socorro à vítima em SP
Foto: Reprodução Redes Sociais

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi flagrado atropelando um motociclista durante uma manifestação que ocorria em São Paulo, na noite de quinta-feira (1º). Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver o momento em que Salles atinge a motocicleta e passa por cima do veículo. Percebendo que o carro ia em sua direção, o motoboy conseguiu saltar da moto segundos antes. O ex-ministro fugiu do local sem prestar socorro.

 

Segundo reportagem publicada pelo portal O Tempo, o carro conduzido por Salles era um Citroën C4 Cactus, de cor vermelha. Mesmo após destruir a moto do entregador de comida, o ex-chefe da pasta federal do Meio Ambiente fugiu do local, em alta velocidade, e por pouco não atropela um pedestre e colide com outro veículo, que chegava na rua na hora.

 

O atropelamento aconteceu em frente à Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), na zona sul da capital paulista. Salles estava no local dando uma palestra, enquanto um grupo de estudantes, do lado de fora, se organizou em protesto à presença dele na unidade de ensino.

 

Esta foi a segunda confusão protagonizada por Salles em menos de uma semana. No último domingo (28), o ex-ministro também ganhou destaque na mídia após se envolver em uma bate-boca acalorado com o deputado federal André Janones, nos bastidores do debate presidencial na TV Bandeirantes (lembre aqui).

 

Com informações do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

52% dizem não votar em Bolsonaro de jeito nenhum, ante 39% em Lula, mostra Datafolha

 Sexta, 02 de Setembro de 2022 - 08:20

por Carolina Linhares | Folhapress

52% dizem não votar em Bolsonaro de jeito nenhum, ante 39% em Lula, mostra Datafolha
Lula e Bolsonaro na Band | Foto: Reprodução / YouTube

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a taxa de rejeição entre os eleitores, já que 52% declaram que não votariam nele de jeito nenhum. O dado é da pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (1°). O segundo candidato mais rejeitado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 39%
 

No levantamento anterior, de 18 de agosto, Bolsonaro tinha 51% de rejeição, e Lula, 37%. Na terceira posição, está Ciro Gomes (PDT), com 24% de rejeição -ele tinha 25% na pesquisa anterior.
 

Roberto Jefferson (PTB), que teve seu registro de candidatura negado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta, é rejeitado por 20% -antes, eram 25%. Em seguida, a lista tem Vera Lúcia (PSTU), com 15%, Felipe d'Avila (Novo) e Simone Tebet (MDB) e Léo Péricles (UP), os três com 14%, Soraya Thronicke (União Brasil) e Sofia Manzano (PCB), ambas com 13%, e Eymael (DC), com 12%.
 

Outros 3% não sabem, enquanto 1% não rejeita nenhum e 1% rejeita todos. Pablo Marçal (Pros) tem 14% de rejeição, mas sua candidatura foi retirada pelo partido e é alvo de disputa interna e na Justiça.
 

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 5.734 pessoas em 285 cidades do país de terça-feira (30) a quinta-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-00433/2022.
 

A pesquisa mostra que Lula lidera em intenção de votos, com 45%, ante 32% de Bolsonaro. Na série histórica do Datafolha, tendo como base as primeiras pesquisas feitas após o início do horário eleitoral na TV e rádio, Lula está no patamar de rejeição que tinha em 30 de agosto de 1994, de 38%, até então a rejeição mais alta registrada pelo petista nas cinco vezes em que disputou a Presidência.
 

Ele chegou ao final daquele pleito com 40% de rejeição. Em 9 de setembro de 2002, Lula marcava 30% de rejeição (29% ao final). Já em 22 de agosto de 2006, sua rejeição era de 26% (chegou a 30% no fim da eleição).
 

O atual presidente vem à frente no índice de rejeição desde maio, mas o percentual vinha caindo --54% em maio, 55% em junho, 53% em julho e 51% em agosto. A nova pesquisa mostra que a trajetória de queda foi interrompida, com oscilação para 52%, ou seja, variação dentro da margem de erro.
 

A pesquisa desta quinta capta mudanças de humor a partir do início da propaganda eleitoral na TV e no rádio, do debate no último domingo (28) e das entrevistas dos presidenciáveis ao Jornal Nacional.
 

O debate, por exemplo, explorou o desgaste de Bolsonaro com as mulheres, já que o presidente atacou uma jornalista. A rejeição dele, que é de 52% na média, chega a 55% entre esse grupo.
 

A rejeição a Bolsonaro é de 48% entre homens, 58% entre jovens de 16 a 24 anos, 56% entre quem recebe até 2 salários mínimos, 43% entre quem recebe mais de 10 salários mínimos, 55% entre quem tem ensino fundamental, 53% entre quem tem ensino superior, 46% entre moradores do Norte e do Sul, 32% entre empresários, 59% entre desempregados, 36% entre evangélicos e 54% entre quem recebe Auxílio Brasil.
 

Já o índice de rejeição a Lula vem subindo -33% em maio, 35% em junho, 36% em julho e 37% em agosto.
 

A tendência de alta se manteve com os 39% atuais. Nos últimos 15 dias, Lula se indispôs com o setor agro, por ter chamado parte dele de "fascista e direitista" e teve acusações de corrupção exploradas pela campanha bolsonarista. Além disso, foi alvo de fake news que buscavam desgastá-lo junto aos evangélicos. Nesse grupo, a rejeição a Lula, que é de 39% na média nacional, chega a 52%.
 

A rejeição de Lula é de 44% entre homens, 35% entre mulheres, 44% entre quem tem de 25 a 34 anos, 29% entre quem recebe até 2 salários mínimos, 55% entre quem recebe mais de dez salários mínimos, 27% entre quem tem ensino fundamental, 48% entre quem tem ensino superior, 28% para moradores do Nordeste, 63% entre empresários, 27% entre desempregados e 29% entre quem recebe Auxílio Brasil.
 

Os candidatos mais rejeitados --Bolsonaro e Lula-- são também os mais conhecidos, já que existe uma relação entre esses quesitos. Lula é conhecido por 98%, e Bolsonaro, por 97%. Ciro é conhecido por 89%.
 

Os candidatos que participaram do debate viram um salto em suas taxas de conhecimento em relação à pesquisa de 18 de agosto. Tebet era conhecida por 27% e, agora, por 44%. Já Soraya foi de 7% para 24%, e d'Avila passou de 19% para 27%.


Bahia Notícias

Salvador aciona Justiça para cobrar R$ 20 milhões da União para agentes de saúde e endemias

 Sexta, 02 de Setembro de 2022 - 09:00

por Redação

Salvador aciona Justiça para cobrar R$ 20 milhões da União para agentes de saúde e endemias
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

A prefeitura de Salvador ingressou nesta sexta-feira (2) com uma ação na Justiça para cobrar que o governo federal repasse ao Município o valor integral referente ao pagamento do salário de todos os 3.437 agentes comunitários de saúde e de combate às endemias da cidade. Atualmente, o governo federal repassa R$ 20 milhões a menos, porque o Ministério da Saúde calcula que a capital baiana teria um excedente de 637 profissionais.

 

De acordo com a gestão municipal, a Emenda Constitucional 120, contudo, estabelece que o benefício tem que ser pago a todos os profissionais. Hoje, a União repassa à prefeitura R$ 88 milhões para o pagamento da categoria, quando deveria ser R$ 108 milhões. A ação na Justiça é mais uma medida da prefeitura para encontrar uma solução em torno do reajuste salarial da categoria. 

 

Em caso de vitória na Justiça, a gestão municipal se compromete a repassar o valor aos agentes, por meio de Gratificação de Competência. Nesse cenário, a remuneração chegaria a quase R$ 3,8 mil.

 

A prefeitura de Salvador também informa que tem mantido diálogo com os profissionais e que segue aberta a ampliar os debates para encontrar um caminho. Recentemente, o prefeito Bruno Reis se reuniu por quase quatro horas com representantes dos agentes para discutir o assunto. 

 

A última proposta de reajuste da prefeitura, rejeitada pela categoria em assembleia, foi de um aumento de 74%, com remuneração de R$ 3.393. Este valor é quase 40% superior ao piso de dois salários mínimos (R$ 2.424), estabelecido na EC 120/2022. 

 

Antes da proposta, a prefeitura colocava dos seus recursos R$ 77 milhões anuais para pagamento dos salários dos agentes. Caso a proposta fosse aceita, a gestão municipal aportaria mais R$ 44 milhões, chegando a R$ 121 milhões destinados à remuneração da categoria. Já o governo federal tem repassado R$ 88 milhões.

Bahia Notícias

Não é fácil a vida dos candidatos de segunda classe

 Adiberto de Souza

em 2 set, 2022 8:00

A campanha eleitoral tem dois tipos de candidatos: os contemplados pelo bilionário Fundo Eleitoral e aqueles que não terão direito a qualquer centavo dos R$ 4,9 bilhões. É que os partidos estão usando o dinheiro público para custear postulantes com potencial de votos, além dos projetos de reeleição, principalmente dos caciques partidários, que não querem largar o bem bom. Portanto, os candidatos de segunda classe estão tendo que se virar nos trinta para levar suas mensagens aos eleitores. Muitos já desistiram da empreitada ao perceberem a desigualdade entre eles e os privilegiados pelas legendas. Outros insistem em seguir com a campanha, mesmo sabendo que, sem direito ao Fundo Eleitoral, as suas chances de vitória são ínfimas Pior é que os relegados ao segundo plano não terão a quem reclamar, pois a resolução da Justiça Eleitoral não deixa dúvida de que os quase R$ 5 bilhões dos contribuintes serão rateados a critérios dos partidos. Coisas desse Brasilzão de meu Deus!

Sentiu-se discriminada

O Fórum Empresarial de Sergipe está sendo acusado de misoginia por ter excluído a candidata a governadora Niully Campos (Psol) da sabatina promovida com os postulantes ao governo de Sergipe. Segundo a distinta, a justificativa para deixa-la de fora do bate-papo é “descaradamente misógina”, além de demonstrar a falta de compromisso do Fórum com um diálogo democrático de direito. Niully denuncia que a mulher na política está reduzida apenas a coadjuvante das decisões do estado: “E esta constatação não é mimimi, como os machistas autoritários gostam de falar”, discursa a candidata. Aff Maria!

Bateu em retirada

O deputado estadual Gilmar Carvalho (PL) desistiu de disputar a reeleição. No comunicado de desistência protocolado na Justiça Eleitoral, o radialista alegou “razões pessoais” para bater em retirada. Gilmar não foi o primeiro nem será o último a abrir mão da candidatura. A maioria dos que já desistiram alega falta de recursos para tocar a campanha. Também existem os que reclamam dos partidos, acusados de privilegiarem uns candidatos em detrimento de outros. Por fim, tem aqueles que tiram o time de campo porque tiveram seus currais eleitorais invadidos pelos adversários. Misericórdia!

O Iate e a política

O Iate Clube de Aracaju está virando referência quando o assunto é lançamento de candidaturas políticas. Ontem, a festança foi comandada pelo postulante a deputado federal, vereador Nitinho Vitale (PSD). Uma multidão lotou as dependências daquele clube social. O concorrente a governador Fábio Mitidieri (PSD) disse que Nitinho é “um cara preparado, parceiro de PSD e que vai me ajudar a fazer muito pelos sergipanos”. O candidato a senador, Laércio Oliveira (PP), também foi ao Iate levar o seu apoio ao vereador, que vem a ser o presidente da Câmara de Aracaju. Marminino!

Festival de Caranguejo

E o vereador Fabiano Oliveira (PP) parabenizou a Prefeitura de Aracaju pela realização do Festival de Caranguejo, iniciado ontem e que prossegue até o próximo dia 11. A primeira etapa do evento acontece na Orla de Atalaia e a segunda nos estabelecimentos comerciais da capital associados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Segundo o vereador aracajuano, o Festival de Caranguejo contribui para movimentar o turismo e a economia, através do potencial gastronômico da cidade. É vero!

Abaixo os fichas sujas

Protegidos por liminares ou porque seus processos ainda não foram concluídos, políticos fichas sujas tentarão se eleger em outubro próximo. O papel do eleitor é punir estes vampiros do dinheiro público, negando-lhes o voto. Aliás, o magote de congressistas corruptos encastelados em Brasília é um bom exemplo de como não se deve votar. Portanto, cabe ao eleitor verificar o passado dos candidatos, analisar as propostas de cada um e não votar em quem está interessados em se eleger para continuar metendo a mão grande no dinheiro do contribuinte. Diga não aos fichas sujas. Creindeuspai!

De olho na pobreza

A candidata a deputada federal Katarina Feitoza (PSD) anda preocupada com as mazelas do Baixo São Francisco. Segundo a fidalga, que é vice-prefeita de Aracaju, aquela é uma das regiões de Sergipe que mais concentra pobreza, mesmo estando situada numa das maiores bacias hidrográficas da América do Sul. E para arrematar o discurso, Feitoza lembra que, a despeito da situação dos moradores do Baixo São Francisco, a região ribeirinha tem enorme potencial na produção de arroz, peixe e camarão: “Nessas contradições é que o nosso mandato vai atuar”, promete Katarina. Então, tá!

Filosofia de Britto

Do sergipano Carlos Ayres de Britto, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal: “As horas se sabem iguais em minutos e não vêem a hora de ver as pessoas iguais em dignidade.”. Ah, bom!

Apoio de amigos

E o candidato a deputado estadual José Carlos Machado (PL) recebeu o apoio de ex-secretários da Prefeitura de Aracaju. São seus amigos e amigas que estiveram com ele na última gestão do ex-prefeito da capital João Alves Filho (DEM). Machadão foi vice do saudoso demista, que encerrou o mandato com a folha de pessoal atrasada, a cidade cheia de lixo e a Prefeitura sem crédito na praça pra comprar ao menos um prego. Muito por isso, João Alves tentou se reeleger, porém teve apenas 9,99% dos votos, não conseguindo passar nem para o 2º turno, vencido por Edvaldo Nogueira (PDT). Danôsse!

Democracia ameaçada

É assustador o clima de beligerância instalado no Brasil pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL). Dia sim outro também o dito-cujo arranja encrencas graúdas com os mais variados setores da sociedade, inclusive com países vizinhos, como fez agora com o Chile. E quem discorda de suas anacrônicas posições é logo taxado de comunista, inimigo do Brasil. O homem não se dobra nem para as sucessivas pesquisas, escancarando a sua impopularidade. Estamos, portanto, assistindo a uma permanente ameaça à democracia. Decididamente, nos encontramos no mato sem cachorro. Só Jesus na causa!

Ajuda ampliada

O governador Belivaldo Chagas (PSD) comemorou a aprovação pela Assembleia do Projeto de Lei do Executivo ampliando o Cartão Mais Inclusão para pessoas vivendo com HIV/AIDS. Segundo ele, cerca de mil pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza e que hoje são acolhidas pelo governo estadual com cestas básicas e outras ações do programa IST/AIDS, passarão a receber o benefício de R$ 200 mensal. O cartão CMAIS foi criado durante a pandemia para ajudar as famílias sergipanas que mais precisavam, estando ajudando a garantir comida na mesa de milhares de sergipanos. Supimpa!

Ouro de tolo

Tem R$ 50 milhões querendo entrar em sua conta bancária. É quanto vai pagar o concurso da Mega-Sena deste sábado, bolada que pode ser sua se você acertar sozinho as seis dezenas sorteadas. Coisa lá de fácil! E então, vai ficar aí sentado, com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar? Mexa-se!

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