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domingo, outubro 03, 2021

Oposição a Bolsonaro mostra força, mas "frente ampla" ainda engatinha

 




Manifestantes pediam o impeachment de Bolsonaro

Termômetro das manifestações no país, Avenida Paulista tinha nove carros de som, dos quais oito eram de esquerda

Atos levaram milhares às ruas em todo o país. Partidos variados participaram da organização, mas em São Paulo esquerda se destacou. Analistas questionam viabilidade de união suprapartidária contra o presidente.

Os protestos de rua realizados neste sábado (02/10) em diversas cidades do país e do exterior contra Jair Bolsonaro, a exatamente um ano das eleições de 2022, mostraram que a oposição ao governo segue capaz de levar pessoas para a rua, mas que uma "frente ampla" substantiva contra o presidente ainda está distante.

A pauta dos atos deu ênfase à crise econômica e social do país, com menções aos preços da gasolina e do gás de cozinha, à fome e ao desemprego. Na Avenida Paulista, uma estrutura inflável em frente ao Museu de Artes de São Paulo (MASP) representava um grande botijão de gás, com o preço de R$ 125.

Também eram presentes faixas e palavras de ordem pelo impeachment do presidente, apesar de faltarem as condições objetivas para isso no momento. Bolsonaro segue com apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe deflagrar o processo de impeachment, e de parte significativa do Congresso e do Centrão.

Organização diversa, público nem tanto

Os atos deste sábado tiveram um arco de organizadores mais amplo do que as manifestações antibolsonaristas que vinham sendo convocados pela centro-esquerda e esquerda desde maio, puxados inicialmente pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e pelo PSOL e que depois ganharam o apoio do PT e outras legendas.

Neste sábado, participou ativamente da organização, por exemplo, o Solidariedade, que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e chegou a indicar pessoas para cargos de segundo escalão no governo Bolsonaro, mas agora sinaliza apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. A legenda é presidida pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), que também é presidente licenciado da Força Sindical. Além do PT, do PSOL e do Solidariedade, estavam na organização dos atos deste sábado PC do B, PSB, Cidadania, PV, Rede e PDT.

As manifestações também tiveram o apoio do grupo Direitos Já!, criado em 2019 e que reúne dezenove partidos à esquerda e à direita, incluindo o PSDB, o PSL e o Novo. O movimento Acredito!, uma das iniciativas de "renovação da política", participou do ato. No carro de som, discursos ressaltaram a importância de ter "pessoas de todas as cores" contra o governo.

'Protestos tiveram muitas críticas à crise econômica e referências à inflação'

"Temos muitas divergências, mas temos uma unidade. Não queremos mais Bolsonaro governando este país", afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de cima do caminhão de som. "O grito de hoje não é um ponto final, mas o início de uma caminhada que une os diferentes contra um desgoverno que quer restringir liberdades", disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS), em mensagem gravada reproduzida em São Paulo.

O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), enviou mensagem reproduzida no ato em São Paulo. "Esse Brasil exige união de todos os democratas. O lado certo é o lado da resistência, da denúncia dos desmandos do atual governo", afirmou. O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) também enviou um vídeo com sua fala.

A participação de siglas à direita, porém, foi fragmentada e restrita a algumas pessoas. Lideranças importantes desse campo, como o governador paulista João Doria, do PSDB, não compareceram – ele estava fazendo campanha das prévias do PSDB em Minas Gerais. O Livres, movimento liberal suprapartidário, tampouco foi aos atos.

Márcio Moretto, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e coordenador do Monitor do Debate Político no Meio Digital, foi ao ato da Paulista fazer uma pesquisa de campo e relatou à DW Brasil que havia nove caminhões de som na avenida, dos quais oito tinham uma clara orientação à esquerda.

No carro de som central, em frente ao MASP, ele notou um "esforço grande" dos organizadores para compor uma frente ampla de oradores, "mas os manifestantes não estavam tão abertos a essa amplitude toda". Ciro Gomes, do PDT, foi bastante vaiado durante a sua fala, assim como Paulinho da Força.

Em termos de comparecimento, as manifestações deste sábado foram significativamente mais amplas do que as de 12 de setembro, quando os grupos de direita Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, que haviam convocado atos para aquela data, tentaram atrair setores da esquerda mas não encheram as ruas . Naquela oportunidade, não houve envolvimento direto de partidos na organização, e esquerdistas evitaram engrossar atos que tinham originalmente o mote "Nem Bolsonaro, nem Lula" – que foi retirado pelo MBL na véspera.

Mas, na Avenida Paulista, a impressão de Moretto é que o ato não superou o número de apoiadores de Bolsonaro que foram ao local ouvir o presidente no feriado de 7 de setembro. Na ocasião, os bolsonaristas adotaram como estratégia concentrar os protestos em São Paulo e em Brasília, em vez de se dispersar em cidades variadas, e a Polícia Militar estimou um público de 125 mil pessoas na capital paulista.

Segundo o portal G1, neste sábado foram registrados atos em 84 cidades do país, incluindo as 27 capitais. A Polícia Militar de São Paulo calculou um público de 8 mil pessoas na Avenida Paulista, enquanto os organizadores estimaram o público em 100 mil pessoas.

"Abaixo da expectativa"

O cientista político Bruno Bolognesi, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), avalia que os atos deste sábado ficaram abaixo da expectativa que havia sido criada pelas legendas em torno de uma suposta capacidade de mobilização da "frente ampla", e não foram capazes de oferecer uma "resposta satisfatória" diante dos atos bolsonaristas de 7 de setembro. "Não foi o suficiente para botar pressão e dizer 'somos maiores, temos mais gente'", diz.

Ele é cético quanto à tentativa de criação de uma "frente ampla" contra Bolsonaro comandada por partidos, que no Brasil, diz, em geral não refletem de forma orgânica as suas bases nem têm capacidade de mobilização de militantes.

"É uma ilusão achar que uma frente com 15 partidos vá mobilizar, pois não estamos em um país onde os partidos fazem sentido para seus militantes. O que mobiliza no Brasil são líderes carismáticos", diz. Bolognesi nota que a eventual ida de Lula ao ato poderia alavancar a participação de mais pessoas, mas o petista não tem ido às manifestações "por questões estratégicas de sua campanha".

Ele considera a tentativa de "frente ampla" "capenga", pois "o que aparece nas ruas não é frente ampla, é a esquerda, pois a direita e a centro-direita não conseguem mobilizar".

Bolognesi acrescenta que outro motivo para os atos deste sábado não terem sido mais cheios é que a pauta do impeachment de Bolsonaro perdeu força, pois "institucionalmente não há nenhuma vontade de fazer isso acontecer", o que teria um efeito desmobilizador.

"Diante das circunstâncias, um sucesso"

A cientista política Márcia Ribeiro Dias, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), tem uma avaliação diversa e diz que, diante de desafios atuais para levar a oposição a Bolsonaro às ruas, os atos deste sábado tiveram resultados muito positivos.

Entre esses desafios, ela menciona que o campo de oposição ao presidente está dividido entre um polo em torno de Lula e um polo de centro-direita que não aceita o ex-presidente como um possível líder de uma "frente ampla".

Além disso, Dias afirma que a prática de realizar protestos em finais de semana, segundo ela introduzida pela direita durante os atos pelo impeachment de Dilma, acabou sendo adotada pela esquerda, mas desfavorece esse campo. "A tradição da esquerda era fazer manifestação de dia de semana, para o trabalhador ir depois do expediente, para atrapalhar e chamar a atenção. É outra coisa mobilizar durante o final de semana", diz.

A professora da UniRio acrescenta que há pessoas que fazem oposição a Bolsonaro que ainda preferem não ir às ruas por causa da pandemia, e que mesmo assim as manifestações foram muito maiores do que as do dia 12 de setembro, convocadas por MBL e Vem Pra Rua. Ela também considera os protestos deste sábado mais significativos que os atos bolsonaristas de 7 de setembro, considerando a amplitude nacional. "Acho que foi um sucesso", diz.

O momento do governo Bolsonaro

O presidente enfrenta a sua pior aprovação popular desde o início do governo. Pesquisa realizada pelo PoderData em 27 a 29 de setembro mostra que 58% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo, maior taxa desde que ele tomou posse. É a terceira pior marca para um presidente neste momento do mandato, e só perde para Michel Temer e José Sarney.

A alta na sua desaprovação ocorre em um momento de crise econômica no país, que vê a inflação anual se aproximar de 10%, com alta no preço de alimentos e da energia, como gasolina, gás e eletricidade – este último, em função da crise hídrica – e mais de cinco meses de uma CPI no Senado expondo má gestão e suspeitas de irregularidades na condução da pandemia de covid-19, que se aproxima da marca de 600 mil mortos.

A taxa de desemprego atingiu seu recorde da série histórica no trimestre encerrado em abril, em 14,7%, e recuou para 13,7% no trimestre encerrado em junho, mas ainda atinge 14,1 milhões de pessoas. Em abril, havia cerca de 27,7 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, o equivalente a 13% da população, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas divulgada em setembro – em 2017, essa taxa era de 11,2%.

O auxílio emergencial, transferência de renda mensal criada em abril de 2020 para amparar as famílias mais pobres afetadas pela pandemia, está programado para terminar neste mês de outubro. Bolsonaro chegou a anunciar que o substituiria por um novo programa Bolsa Família, com maior valor e para mais beneficiados, mas dificuldades orçamentárias e políticas do Planalto reduziram as chances de isso ocorrer. O governo estuda prorrogar o auxílio emergencial por mais alguns meses.

Por outro lado, além do prestígio junto ao presidente da Câmara, que protege Bolsonaro de um impeachment, a parcela da população que avalia sua gestão como boa ou ótima está estável há vários meses em cerca de um quarto da população. Quando Dilma foi afastada do cargo de presidente, 13% consideravam seu governo ótimo ou bom, e Fernando Collor deixou o Palácio do Planalto com essa taxa em 9%

Deutsche Welle

Eleitores de Firmino Alves e mais 18 cidades voltam às urnas para escolha de novo prefeito

Eleitores de Firmino Alves e mais 18 cidades voltam às urnas para escolha de novo prefeito
Foto: Reprodução/EBC

Os eleitores de Firmino Alves, município localizado no território de identidade Médio Sudoeste da Bahia, vão às urnas e definem neste domingo (3) um prefeito e vice-prefeito. A cidade tem 4.667 eleitores aptos a votar na eleição suplementar, e poderão escolher entre duas chapas formadas pelos candidatos Fabiano de Jesus Sampaio (PDT), para a vaga de prefeito, e Isaac Barreto, para vice-prefeito ou Samuel Pereira (PSD), como prefeito, e Jackson Santos, na vaga de vice-prefeito.

 

A eleição foi convocada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manter o indeferimento da candidatura de Padre Agnaldo (reveja). 

 

Firmino Alves é um dos 19 municípios, em seis estados, que realizam eleições neste domingo para escolher seus novos prefeitos. Isso é necessário porque a Justiça Eleitoral acabou por impedir que a chapa eleita em 2020 exercesse o mandato.

 

As cidades que voltam às urnas neste domingo são: Firmino Alves (BA); Juazeiro do Piauí (PI); Goianésia do Pará (PA); Capoeiras e Palmeirina (PE); Paranhos (MS); Mendonça (SP), São Lourenço da Serra (SP), Mineiros do Tietê (SP), Guaíra (SP), Apiaí (SP), Campina do Monte Alegre (SP), Itaoca (SP), Piacatu (SP), Santo Antônio do Jardim (SP), Trabiju (SP), Anhembi (SP), Cajati (SP)e Angatuba (SP).

 

Os candidatos vencedores nas eleições suplementares devem ocupar o cargo até dezembro de 2024.


Nota da redação deste Blog - Enquanto isso, em Jeremoabo apenas expectativa, o município sofre de uma patologia crônica intitulada Distúrbio de Atraso Crônico.

Senadores ganham holofote com CPI e crise política e se cacifam para a Presidência

por Danielle Brant e Renato Machado | Folhapress

Senadores ganham holofote com CPI e crise política e se cacifam para a Presidência
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Por causa da alta popularidade da CPI da Covid ou por ter adotado uma postura mais crítica em relação ao governo Jair Bolsonaro, o Senado ganhou proeminência e visibilidade ao longo do ano de 2021, ao ponto de senadores aproveitarem o momento para tentar a candidatura a presidente.
 

Cinco senadores chegaram a apresentar pré-candidaturas ou são cotados para disputar a eleição presidencial de 2022. Em contrapartida, na Casa vizinha, nenhum deputado federal tem seu nome vinculado à disputa pela sucessão de Bolsonaro.
 

São pré-candidatos ou veem seus nomes aparecerem nos principais cenários eleitorais os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Simone Tebet (MDB-MS), Jorge Kajuru (Podemos-GO) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
 

Tasso Jereissati (PSDB-CE) chegou a apresentar seu nome para as prévias internas do PSDB. No entanto, decidiu na semana passada sair da disputa, optando por apoiar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
 

Políticos e analistas afirmam que a quantidade de senadores pré-candidatos é um reflexo do momento vivido pela Casa, que esteve à frente de iniciativas importantes, como as propostas que permitiram uma nova rodada do auxílio emergencial e a compra de vacinas contra a Covid-19.
 

Em contraste com a Câmara, mais alinhada ao Planalto durante a presidência de Arthur Lira (PP-AL), o Senado em determinados momentos se tornou um foco de oposição a ações e arroubos de Bolsonaro.
 

"Isso ocorre pelas escolhas que foram feitas por cada uma das Casas. O Senado resolveu cumprir protagonismo, tentar ser uma válvula de contraponto aos excessos do bolsonarismo", afirmou o líder da oposição e vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
 

"A Câmara, lamentavelmente com Arthur Lira, se tornou uma correia de transmissão", disse.
 

As sessões ao vivo da CPI da Covid se tornaram um fenômeno midiático. Os fatos revelados, as brigas e as polêmicas instantaneamente figuram entre os temas mais comentados das redes sociais.
 

Dois dos nomes incluídos na corrida presidencial, Alessandro Vieira e Simone Tebet, inclusive, são personagens de destaque nas sessões da comissão. Mas senadores afirmam que a CPI não é o único fator.
 

"A política é feita de circunstâncias, fatos momentâneos e é muito dinâmica. No atual momento, o que se tem aparentado é uma evidência maior do Senado em função dos acontecimentos políticos que estão se desdobrando", afirmou Nelsinho Trad (PSD-MS), líder da segunda maior bancada da Casa.
 

"A CPI é um deles. A própria questão dentro do Senado, de ser um colegiado mais progressista, isso faz com que se aproxime do eleitor. Mas isso é momentâneo, é um retrato que pode evoluir de acordo com a dinâmica da política", disse.
 

Alguns especialistas também apontam uma mudança no perfil dos deputados federais, com uma grande parcela cada vez mais voltada para as questões de suas regiões, em detrimento dos grandes problemas nacionais.
 

"A Câmara foi perdendo status ao longo do tempo. Eu brinco que antes a gente usava aquela expressão alto clero e baixo clero. Hoje a gente não fala mais em baixo clero, porque não existe o alto. De um tempo para cá, as lideranças partidárias experientes, deputados de opinião, foram desaparecendo", disse Carlos Melo, cientista político e professor do Insper.
 

O analista afirma que os congressistas que tratam preferencialmente dos temas nacionais ainda existem, mas são minoria.
 

Além disso, segundo ele, houve uma mudança geracional e os mais comprometidos com grandes temas, como economia, educação, meio ambiente, são jovens, ainda sem nome e bagagem para alçar voos mais altos.
 

Melo cita os exemplos de Tabata Amaral (PSB-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Kim Kataguiri (DEM-SP).
 

Em contrapartida, deputados citam que a maior "estabilidade" dos senadores os torna candidatos naturais. Isso porque os mandatos são de oito anos, contra quatro dos deputados federais.
 

Por isso, dizem, alguns senadores podem arriscar uma candidatura majoritária, com a garantia de que retornarão a Brasília em caso de derrota.
 

"O Senado é composto por políticos conhecidos em todo o estado, muitas vezes com o apoio de governadores e quase sempre com muitos prefeitos. Além disso, é possível disputar eleição sem perder o mandato, coisa que deputados não conseguem fazer", afirma Kataguiri.
 

Alessandro Vieira é até o presente momento o único pré-candidato oficial. O delegado de polícia se tornou um dos principais destaques durante os depoimentos da CPI, por sua forma de inquirir os convocados.
 

Ele lançou seu nome em suas redes sociais, buscando preencher o espaço da terceira via, contrapondo os polos ocupados por Bolsonaro e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Cidadania oficializou a pré-candidatura.
 

O MDB trabalha nos bastidores com o nome de Simone Tebet, em um movimento de renovação política, buscando lançar lideranças mais jovens.
 

A senadora tem dito a interlocutores que pretende anunciar sua decisão até a metade de outubro.
 

Um dos focos de resistência é o fato de ela ser uma senadora em fim de mandato e, por isso, seria natural buscar a reeleição, para não ficar sem cargo.
 

No entanto, muitos enxergam a movimentação do MDB como uma forma de barganhar espaço em uma eventual chapa, indicando um nome para a vice-presidência.
 

Na eleição para a presidência do Senado, em fevereiro, o partido lançou Tebet e prometeu unidade até o fim. No entanto, pouco antes da eleição, se dividiu para não ficar sem cargos importantes da Casa.
 

A pré-candidatura de Rodrigo Pacheco, por sua vez, envolve a aguardada movimentação de filiação ao PSD. O presidente da legenda, Gilberto Kassab, patrocina abertamente o nome de Pacheco ao Planalto.
 

Jorge Kajuru, no entanto, lançou sua pré-candidatura, mas ele próprio deixa claro não ter certeza de que seguirá até o fim e diz estar aberto a apoiar outros nomes de sua confiança.

Bahia Notícias

Boas condições da economia mundial continuam a impulsionar as exportações brasileiras

Publicado em 2 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet

Exportação de carne bovina tem melhor julho da história

Exportção de carne é um dos destaques da balança comercial

Deu no Estadão

As boas condições da economia mundial continuam a impulsionar as exportações brasileiras e a assegurar bons resultados nas contas externas do País. O ingresso líquido de investimentos estrangeiros diretos mantém-se positivo, mas poderia ser mais intenso se o ambiente interno não estivesse agitado por causa de atitudes preocupantes do governo e da falta de rumo nas suas decisões econômicas e fiscais, que potencializam incertezas com que a pandemia ainda turva o cenário internacional.

Este é o quadro que as estatísticas do setor externo divulgadas pelo Banco Central (BC) traçam para as relações financeiras e comerciais do País com a economia mundial.

EXCELENTE RESULTADO – As transações correntes do balanço de pagamentos registraram superávit de US$ 1,684 bilhão em agosto, no segundo maior resultado positivo para o mês desde o início da série do BC, em 1995. É também o melhor resultado desde 2006, quando o superávit alcançou o recorde de US$ 2,217 bilhões.

Esse resultado foi decorrente, basicamente, do bom desempenho da balança comercial, que, pela metodologia utilizada pelo BC, registrou saldo positivo de US$ 5,648 bilhões em agosto.

A demanda internacional – especialmente do principal comprador de produtos brasileiros, a China – mantém-se expressiva e as cotações dos principais itens da pauta de exportações do País continuam atrativas.

HOUVE DÉFICIT – A conta de serviços, também componente das contas correntes do balanço de pagamento, teve déficit de US$ 1,577 bilhão no mês. As rendas primárias apresentaram déficit de US$ 2,601 bilhões e as secundárias, superávit de US$ 213 milhões. O superávit das contas correntes é a soma algébrica desses valores.

A conta financeira, de sua parte, registrou superávit de US$ 1,724 bilhão. O ingresso de investimento direto no país (IDP) alcançou US$ 4,451 bilhões em agosto, abaixo da mediana das projeções de analistas do mercado financeiro. Em 12 meses, o volume é de US$ 49,536 bilhões.

A mais recente previsão do BC é de ingresso de investimento direto de US$ 60 bilhões em 2021. Estimativas do setor privado são predominantemente menores, de cerca de US$ 50 bilhões. O cenário mundial e fragilidades econômicas internas são apontados como fatores para conter a expansão mais rápida do investimento direto, de impacto expressivo sobre o crescimento econômico.

Em Portugal, o sucesso contra a Covid-19; e na Alemanha, a vitória da terceira via


Olaf Scholz, líder do Partido Social-Democrata da Alemanha, em imagem de 27 de setembro de 2021 — Foto: Hannibal Hanschke/Reuters

Social-democrata, Scholz foi a terceira via na eleição alemã

João Gabriel de Lima
Estadão

A marca registrada do vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo, em suas entrevistas à TV portuguesa, era o traje militar de camuflagem. Quando questionado sobre a indumentária, Gouveia e Melo respondia: “Se isso não é um combate, então o que é um combate?” Ele se referia à pandemia: foi o coordenador da força-tarefa da vacinação em Portugal.

Deixou o cargo coberto de glórias. Portugal é o país com melhor média de vacinação no mundo, 84% da população com duas doses. Em seu discurso de despedida, em vez da camuflagem, usou um traje de gala de almirante, todo branco.

FATORES POSITIVOS – “Portugal conseguiu esse resultado por causa de muitos fatores: a cultura de campanhas de vacinação, a competência de autoridades como Gouveia e Melo e também a atuação da imprensa, que enfatizou o tempo todo a importância da vacina”, diz Ricardo Alexandre, diretor adjunto da rádio portuguesa TSF, professor universitário e um dos principais jornalistas do país.

Em clima de pós-pandemia, Portugal derrubou ontem algumas das últimas restrições. Casas noturnas reabriram com grandes festas, e as esplanadas dos cafés se encheram de gente a aproveitar a temperatura amena e ensolarada do início do outono.

Os portugueses curtem os últimos dias de férias circulando pela União Europeia com reluzentes passaportes de vacinação. O país virou emblema de um fato científico que, infelizmente, não é aceito por todos: é possível vencer a pandemia com vacinação em massa.

TUDO AO CONTRÁRIO – Falta de vacinas, negacionismo, inflação, crise hídrica, desemprego, Luciano Hang na CPI, Jair Bolsonaro na ONU. As notícias ruins no Brasil se sucedem e se acumulam.

Nesses momentos, é útil olhar para exemplos inspiradores de outros países: democracias que funcionam normalmente, governos que atuam com competência e políticos que demonstram espírito público. São os casos da já citada vacinação em Portugal e das eleições na Alemanha.

Os dois partidos que mais cresceram no parlamento de Berlim foram os Verdes e os Social-democratas. Trata-se de uma boa notícia, pois são os maiores defensores de políticas ambientais rígidas.

METAS AMBIENTAIS – “A Alemanha tem muito a fazer nessa área, pois seus resultados ainda são inferiores a vários outros países da União Europeia – e a União Europeia quer ser a líder mundial do combate à mudança climática”, diz Ricardo Alexandre. Os Verdes venceram em várias cidades grandes e entre o eleitorado com menos de 30 anos – aquele que mais sofrerá se o futuro for um filme de terror, com secas recorrentes e safras agrícolas perdidas.

A boa notícia da eleição alemã não está só no resultado, mas também na forma. O líder social-democrata, Olaf Scholz, levou seu partido à vitória com uma campanha cujo slogan se compunha de uma única palavra: “Respeito”. Sua equipe de comunicação estudou minuciosamente as derrotas recentes de candidatos moderados e progressistas.

TERCEIRA VIA – Ao constatar que o discurso de ódio turbinou as vitórias do Brexit e de Donald Trump nos Estados Unidos, Scholz fugiu da polarização, rebateu as ofensas com propostas concretas – e venceu a eleição.

Civilidade e eficiência: eis as lições a extrair das duas histórias. Democracias se fortalecem com um debate de alto nível. É preciso também que seus líderes demonstrem competência para resolver problemas concretos. Quando isso não ocorre, abre-se a fresta para o discurso antidemocrático dos autocratas populistas.


Afinal, o que ganham as pessoas no Pix, num país como o Brasil? Os riscos se repetem

Publicado em 3 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet

Invasão através do Banco de Sergipe obteve informações de 395 mil pessoas

Pedro do Coutto

Qual a vantagem das pessoas físicas, no caso, os assalariados, integrando-se ao sistema de pagamentos imediatos do Pix? É uma pergunta que faço aos leitores deste site e aos especialistas capazes de traduzir a realidade, cujos efeitos francamente ainda não percebi. Só observei que as invasões de contas se repetem, como revelou ontem Clarissa Garcia em excelente reportagem na Folha de S. Paulo.

Há cerca de um mês haviam ocorrido vazamentos praticados por hackers. Agora, na última semana, através do Banco  do Estado de Sergipe, outras invasões aconteceram. Tanto assim, que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou novas medidas de segurança para o sistema. Se há necessidade de novas medidas de segurança é porque, evidentemente, as ações de proteção não funcionavam como seria de supor numa rede bancária.

VANTAGEM – Não atinei ainda qual a vantagem de pagamentos por parte de pessoas físicas através do novo mecanismo. O efeito imediato das transações somente pode interessar às empresas e aos aplicadores de curtíssimo prazo no mercado financeiro. Estes poderiam aplicar mais rapidamente quantias recebidas, incluindo os seus clientes no mercado. Mas essa rapidez sem o overnight não pode ser maior do que 24 horas. O pagamento feito por nós, assalariados, através dos cartões de débito do Itaú, do Bradesco ou do Santander, no que nos diz respeito é a mesma coisa do que pagar noturnamente através do Pix.

É possível que aplicadores atuem na Bovespa, no mercado de ganho e nas cotações do ouro. Mas tais investimentos não podem estar condicionados a transferências de valores muito pequenos como são os limitados pelo Banco Central. O especialista Victor Hugo Pereira Gonçalves, presidente da empresa Sigilo, especializada em proteção de dados, disse na reportagem que infelizmente, institucionalmente, o Banco Central e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados não têm feito nada, mas a situação é grave e requer atenção. Não está claro, dentro das regras do Pix, quais são os mecanismos de segurança adotados.

Para ele, a estrutura desenvolvida para as chaves de segurança não geram confiança, pois a estrutura demanda que cada instituição desenvolva sua parte no processo. E isso gera um risco ainda maior. Desta vez, a invasão de dados foi praticada através do Banco de Sergipe na quinta-feira, operação criminosa que obteve informações de 395 mil pessoas. Presumo que através de uma conta num determinado banco, violado o sistema de chaves, talvez seja possível aos hackers saltarem para outro estabelecimento de crédito.

CONSULTAS INDEVIDAS – O banco revelou ter detectado consultas indevidas de pessoas que não eram clientes, embora as informações tenham sido obtidas através do próprio banco. O presidente do Banco Central anunciou medidas complementares de segurança e acentuou não ter havido falha no sistema do Bacen. O hacker acessou as informações utilizando a infraestrutura tecnológica do sistema do Banese. Pessoalmente não sei se o sistema do Banco Central não tem segurança capaz de impedir o voo de hackers de um ponto para outro.

Para Roberto Campos Neto, os hackers jamais tiveram acesso direto aos diversos sistemas do Banco Central. Acrescentou que medidas de segurança complementares já foram adotadas para impedir um outro vazamento de dados. O problema, entretanto, é objeto de comentários de vários especialistas e executivos de empresas de segurança. Para Rafael Stark, presidente do Stark Bank, o vazamento foi uma falha exclusiva do Banese, e admitiu que possa ter ocorrido transmissão de informações sigilosas por parte de funcionários comprometidos.

FALTA DE SEGURANÇA – Peterson dos Santos, presidente da empresa Trio, não atribui o vazamento à falta de segurança, mas ressalta que a implantação do novo meio de pagamento ocorreu muito rapidamente. Por isso, estão aprimorando diariamente a capacidade de evitar fraudes. Logo, na minha opinião, a segurança não estava completa até a última semana. Tanto que que o próprio Bacen limitou as operações entre às 20h de um dia e às 6h da manhã do dia imediato a apenas R$ 1 mil, e também passou a poder reter operações que considerar suspeitas. Portanto, a desconfiança permanece, o que naturalmente conduz a um aumento da segurança. Assim, o Banco Central admitiu tacitamente que existiam vulnerabilidades que precisam ser bloqueadas.

Houve até o caso de sequestros de pessoas obrigadas a realizar transferências para contas indevidas. Minha pergunta permanece, qual a vantagem para os assalariados na realização de pagamentos imediatos? Sobretudo porque mais de 90% dos pagamentos realizados se destinam à empresas tanto de pequeno, quanto de média e grande porte.

GASOLINA E DIESEL –  Folha de S. Paulo, edição de sábado, destaca a preocupação que está envolvendo o Palácio do Planalto em função dos aumentos de preços da gasolina e do diesel no processo eleitoral, ameaçando seriamente  a possibilidade de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

O problema discutido pelo chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, está encontrando uma saída muito difícil. Isso porque, fora da Petrobras, só uma alteração na participação dos estados através da incidência do ICMS. Mas isso promoverá uma revolta em série por parte dos governos estaduais que perderiam grandes parcelas  de suas receitas. Seria um novo fator de crise que o governo teria que enfrentar na tentativa de obter recursos para o Auxílio Brasil, nova forma do Bolsa Família.

CUSTO DE VIDA – Na manhã de ontem, sábado, no programa da TV Globo, coordenado por Cissa Guimarães, a jornalista Talitha Morete fez uma brilhante exposição sobre o custo de vida e o seu reflexo no consumo de alimentos da população, impulsionado fortemente pelo aumento de preços do óleo diesel, já que o transporte de gêneros alimentícios é realizado por caminhões movidos por este combustível.

Ela exibiu uma foto publicada pelo Jornal Extra, ressaltando o acesso de pessoas famintas a ossos, peles e gorduras não utilizadas na venda de carnes pelos supermercados. Destacou o absurdo que é um país como o Brasil, maior produtor do mundo em matéria de alimentos, não consiga sequer impedir a fome de grande parte de sua população. A crise chegou a um ponto intolerável, uma vergonha nacional, uma desumanidade com a população.

O custo de vida está impedindo que uma grande parcela de brasileiros e brasileiras possam escapar do flagelo da fome e de suas consequências. A exposição de Talitha Morete, na minha opinião, constitui-se num ponto alto  divulgado através do jornalismo pela televisão.

APROXIMAÇÃO COM CENTRÃO – Numa entrevista a Fábio Zanini, Folha de S. Paulo, Flávio Dino, governador do Maranhão, afirmou que quanto mais centrista Lula for, melhor eleitoralmente será para ele. O governador disse que o ex-presidente Lula da Silva, que lidera as pesquisas para as eleições de 2022, deve continuar se aproximando do Centro para unir os votos desta corrente aos votos que lhe são destinados pelas posições de centro-esquerda.

Para Flávio Dino, o isolamento contra a candidatura de Lula deve ficar restrito à faixa da extrema-direita, cuja fração de votos não é suficiente para ameaçar a sua vitória nas urnas. A polarização entre Lula e Bolsonaro está cristalizada e, portanto, impõe-se uma coalisão dos partidos para que, seguindo a maioria do eleitorado, posicionem-se contra a política atual do Planalto.

sábado, outubro 02, 2021

“Governo já decidiu furar teto de gastos de maneira disfarçada”, diz Marcelo Ramos


Sorriso Pensante-Ivan Cabral - charges e cartuns: Charge do dia: Gráficos

Charge do Ivan Cabral (Arquivo Google)

João Vitor Tavarez
Correio Braziliense

Em entrevista ao programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília —, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que há uma tentativa, por parte do governo federal, de “dar um calote” em cima da questão dos precatórios.

“O mesmo governo que reclama de pagar R$ 89 bilhões de precatórios — cujo Poder Judiciário reconheceu que deveria pagar em 2022 — é o mesmo que recebeu R$ 80 bilhões em decisões judiciais no ano passado”, apontou Ramos. Precatórios são valores derivados de decisões judiciais definitivas, dos quais a União é cobrada a pagar às pessoas físicas, jurídicas, e aos estados e municípios.

ABONO A PROFESSORES – O deputado explica que dentro dos precatórios, R$ 19 bilhões voltam-se ao fundo de Educação, dos quais 60% devem ser revestidos para pagamento de abono para professores.

“O problema é que o governo quer usar o montante para pagar os R$ 89 bi no ano que vem fazendo o seguinte: ou parcelar em 10 vezes, pagando 15% disso. Ou pagar R$ 40 bi, referente ao valor dos precatórios de 2016, deixando 50 bilhões para uma negociação compulsória, onde o credor é obrigado a receber uma ação de estatal ou imóvel da União; ou compensar com um débito tributário com a União, e o resto deixar para os anos seguintes”, detalhou.

É CALOTE, MESMO – “Isso, sob lógica do credor, é um calote, pois o governo tem que pagar e diz que não quer.

E sob outra lógica, é uma pedalada fiscal, porque precatório é despesa obrigatória — que se empurrada de um ano para outro, junta com outras despesas”, continuou.

Antes, o parlamentar explicou que R$ 40 bilhões seriam pagos considerando o valor dos precatórios de 2016, atualizados até 2022, e com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A SOLUÇÃO – “A inflação de junho a julho dá 6,27%, o que abre no teto de gastos mais R$ 24 bilhões. A dívida (precatórios) é de aproximadamente R$ 89 bilhões. Então os R$ 40 bilhões somados aos R$ 24 bi resultam em R$ 64 bi. Assim, sobram R$ 26 bi, dos quais, conforme minha proposta, seriam pagos fora do teto de gastos, com o governo emitindo o título da dívida pública”, sugeriu.

O parlamentar ponderou: “Isso é furar o teto de uma forma transparente, sem dar calote e com segurança jurídica. A solução para o problema é o pagamento total do precatório”.

Manifestação em SE pede o impeachment do presidente Jair Bolsonaro

em 2 out, 2021 16:16

Manifestantes protestam contra a alta dos preços no país e o desemprego (Foto: CUT/SE)

Trabalhadores realizam neste sábado, 2, uma marcha pelas ruas da zona sul de Aracaju para protestar contra a reforma administrativa (PEC 32/20), privatizações, alta no preço dos produtos, desemprego e contra todas as políticas do governo federal, que afetam a classe trabalhadora e a população mais vulnerável. Os manifestantes podem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

A marcha foi organizada em Sergipe pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais. Os manifestantes se concentraram no bairro Coroa do Meio e de lá seguiram em marcha pelas ruas da cidade até a Passarela do Caranguejo, na Orla de Atalaia.

Manifestantes pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro (Foto: CUT/SE)

De acordo com a CUT, a aprovação da reforma administrativa precariza o serviço público, dificulta o combate à corrupção, acaba com a estabilidade do servidor público e reduz a realização de concursos públicos.

O ato desse sábado, segundo a CUT,  também é um alerta sobre o desemprego que segue em nível elevado, com crescimento da informalidade e queda na renda. São mais de 14 milhões de trabalhadores sem carteira assinada ou atuando por conta própria, e 19 milhões brasileiros que passaram fome só em 2020.

Por Karla Pinheiro

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