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quinta-feira, março 04, 2021

Cármen Lúcia mandou decisão judicial de soltar Lula ser descumprida, dizem procuradores


por Mônica Bergamo | Folhapress

Cármen Lúcia mandou decisão judicial de soltar Lula ser descumprida, dizem procuradores
Foto: Carlos Moura / SCO / STF

Diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta (4) mostram os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato discutindo como evitar que o petista saísse da prisão por meio de habeas corpus concedido pela Justiça em 2018.

No dia 8 de julho daquele ano, um domingo, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), atendeu a um pedido de advogados e determinou que Lula fosse solto.

Ele argumentou que o petista, embora condenado a mais de 12 anos de prisão, não tinha os direitos políticos cassados e por isso poderia fazer campanha eleitoral. Estaria ainda sendo submetido a constrangimento ilegal porque sua sentença ainda não tinha transitado em julgado. Favreto estava no plantão naquele dia.

A notícia foi recebida como uma bomba nos meios jurídicos e deu início a uma movimentação intensa dos procuradores e de magistrados para que a liberdade de Lula fosse evitada. Os diálogos revelam os bastidores das iniciativas tomadas por eles.

O desafio, naquele momento, era ganhar tempo até que a ordem de Favreto fosse revertida.

Por isso, a Polícia Federal foi orientada a descumprir a determinação do magistrado, mostram as conversas. E, de fato, a PF não soltou o ex-presidente.

O primeiro a se manifestar contra a soltura foi o então juiz Sergio Moro, que, embora de férias, deu um despacho afirmando que Favreto era autoridade "absolutamente incompetente" para se sobrepor à ordem de prisão, proferida pela 8ª Turma do TRF-4.

O desembargador Favreto derrubou o despacho de Moro e deu uma hora para que sua decisão fosse cumprida pela PF.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, que relatava o processo de Lula no TRF-4, teria entrado no circuito para orientar a PF a manter Lula na prisão.

Nos diálogos, analisados pelo perito Cláudio Wagner e enviados ao STF pelo escritório Teixeira Zanin Martins Advogados, o procurador Deltan Dallagnol escreve aos colegas: "Orientação do Gebran è que a PF solte se não vier decisão do presidente do TRF" [a grafia foi mantida na forma original].

Dallagnol afirma ainda que ele mesmo tinha entrado em contato com os policiais: "Pedi pra PF segurar, mas predicávamos deneto dessa 1h ter sinal positivo. Pq eu dizer e nada não muda muito qdo tem ordem judicial".

O procurador ainda afirma que "Moro tb não tem mais o que fazer? ".

Em seguida, eles discutem pedidos e manifestações que podem apresentar para que Lula siga preso. E reconhecem a dificuldade da situação.



"Já enfrentamos desembargadores corruptos antes (Lipmann e Direcei). Aqui a questão parece ser ideológicoa", diz o procurador Januario Paludo. "A posição do MPF tem que ficar clara nos autos. Há abuso de autoridade por parte do Desembargador Favareto".

A esperança a partir daquele momento recai sobre o então presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, que poderia suspender a determinação de Favreto. "Por ora temos 30 min para fazer o Lenz se manifestar. Depois sim, dá para ir com tudo!", diz uma procuradora.

A aflição dos integrantes da Lava Jato aumentava: sem uma decisão rápida de Thompson Flores, Lula poderia ser solto, mostram as conversas. "O problema é que Gebran disse pro Valeixo [o então superintendente da Polícia Federal no Paraná, Maurício Valeixo] cumprir a ordem do Favreto se não vier contraordem tempestiva do president?[e]", escreve Deltan Dallagnol.

"Imprime e leva em mãos para o presidente", diz a procuradora Jerusa Viecili. "Ou driblamos isso ou vamos perder", segue Deltan.

Um pouco mais tarde, o procurador Januario Paludo acalma os colegas: "Waleixo [o superintendente da PF, Mauricio Valeixo] ligou. Lenz ligou para ele pedindo para aguardar a decisão dele".

"Valeixo falou com Thompson que mandou não cumprir até ele decidir", diz Deltan. "Isso nos dá mais tempo".

Em seguida, ele afirma que a então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, teria se envolvido na movimentação. Ela teria telefonado para o então ministro da Segurança, Raul Jungmann, a quem a PF era subordinada, e pedido para Lula não ser solto.

"Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir e teria falado tb com Thompson. Cenário tá bom", escreveu Deltan Dallagnol.

Thompson Flores acabou suspendendo a decisão de Favretoainda naquele domingo. E Lula seguiu preso.

A coluna enviou o trecho do diálogo a Jungmann, que afirmou se tratar de uma "mentira".

"Naquele dia, recebi telefonema da Cármen Lúcia e de várias pessoas que estavam preocupadas com a situação. Mas ela em nenhum momento me pediu absolutamente nada", diz Jungmann.

"Ela é juíza. Ela sabe que eu nada poderia fazer, nem para soltar, nem para manter alguém preso. Seria um crime, seria obstrução de Justiça", segue o ex-ministro.

Ele afirma que vai interpelar Deltan Dallagnol para que o procurador " confirme ou desminta isso".

Jungmann afirma que, no diálogo que manteve naquele dia com Cármen Lúcia, ela apenas manifestou preocupação com decisões desencontradas da Justiça. E disse que divulgaria uma nota.

A ministra de fato divulgou um texto em que afirmava que a Justiça "é impessoal, sendo garantida a todos os brasileiros segurança jurídica, direito de todos. O Poder Judiciário tem ritos e recursos próprios, que devem ser respeitados. A democracia brasileira é segura e os órgãos judiciários competentes de cada região devem atuar para garantir que a resposta judicial seja oferecida com rapidez e sem quebra da hierarquia, mas com rigor absoluto das normas vigentes".

A coluna procurou o gabinete de Cármen Lúcia, que pediu que a demanda fosse enviada por escrito para que a magistrada pudesse se manifestar.

Os procuradores da Lava Jato não reconhecem a autenticidade das conversas. Afirmam que elas foram obtidas por meios criminosos e que podem ser editadas e tiradas de contexto.

Os diálogos aos quais a defesa de Lula teve acesso, e agora entrega ao STF, fazem parte da Operação Spoofing, que investiga a invasão de telefones de autoridades por hackers.

Bahia Notícias

Oposição pede que Aras investigue ofício do MEC sobre manifestação política

 

O Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício para Universidades alertando que manifestação política pode ser punida

Oposição pede que Aras investigue ofício do MEC sobre manifestação política

04/03/21 14:23 ‧ HÁ 1 HORA POR ESTADAO CONTEUDO

POLÍTICA GOVERNO



Líderes da oposição ao governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados apresentaram representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) cobrando investigação sobre ofício enviado pelo Ministério da Educação (MEC) alertando universidades federais que manifestação política dentro das instituições é "imoralidade administrativa" e pode ser punida.

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O documento foi enviado aos reitores das instituições em fevereiro. Em anexo, o MEC apresentou uma manifestação do procurador Ailton Benedito, do Ministério Público Federal e aliado de Bolsonaro, que busca a "tomada de providências para prevenir e punir atos político-partidários nas instituições públicas federais de ensino".

"A utilização de dependências físicas, o uso de bens móveis, materiais ou imateriais, para a promoção de eventos, protestos, manifestações, etc de natureza político-partidária, contrários e favoráveis ao governo, caracteriza imoralidade administrativa", apontou ofício, citando a manifestação assinada por Ailton Benedito.

O ofício foi encaminhado às instituições pela Rede de Instituições Federais de Ensino Superior a pedido da Corregedoria do MEC que, "em face do recebimento de denúncias relativas à matéria, entendeu pela necessidade de envio do documento do MPF às IFES (Instituições de Ensino Superior)".

No pedido de investigação à PGR, os líderes da oposição lembram que Bolsonaro tentou interferir nas universidades federais ao baixar uma Medida Provisória que possibilitava ao MEC indicar reitores fora da lista tríplice durante a pandemia. O texto foi devolvido pelo Congresso e posteriormente revogado pelo presidente. Bolsonaro também tem escolhido nomes menos votados pelos colegiados das instituições na hora de indicar reitores.

"Os ataques às universidades públicas por parte do governo federal não é algo novo. A escalada autoritária em face da autonomia universitária está na ordem do dia do governo Bolsonaro, sobretudo por aqueles que hoje dirigem o Ministério da Educação", apontam. "No governo Bolsonaro, a escolha da direção das instituições federais de ensino é marcada por autoritarismo. A narrativa de que são as universidades públicas têm plantação de maconha e são "ninhos de vermelhos" é a justificativa utilizada para ações autoritárias".

Assinam a representação os deputados José Guimarães (PT/CE), André Figueiredo (PT/CE), Carlos Zarattini (PT/SP), Bohn Gass (PT/RS), Danilo Cabral (PSB/PE), Wolney Queiroz (PDT/PE), Talíria Petrone (PSOL/RJ), Renildo Calheiros (PCdoB/PE) e Joenia Wapichana (Rede/RR).

Em nota, o MEC afirmou que o ofício enviado às universidades atendeu solicitação da Corregedoria da pasta "em face ao recebimento de denúncias envolvendo suposta utilização indevida de dependências de universidades".

"(O ofício) visa orientar as universidades federais para a necessidade de regulamentação e estabelecimento de parâmetros mínimos de observância para a cessão e utilização dos espaços e bens públicos, especificamente em relação aos casos de realização de atos em suas dependências, a fim de evitar que tais espaços e bens sejam utilizados de formas desconexas com a finalidade da instituição de ensino", afirmou.

Com a palavra, o Ministério da Educação

"A comunicação enviada às universidades federais pela Diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior (DIFES), em atendimento a solicitação da Corregedoria do Ministério da Educação, face ao recebimento de denúncias envolvendo a suposta utilização indevida de dependências de universidades, visa orientar as universidades federais para a necessidade de regulamentação e estabelecimento de parâmetros mínimos de observância para a cessão e utilização dos espaços e bens públicos, especificamente em relação aos casos de realização de atos em suas dependências, a fim de evitar que tais espaços e bens sejam utilizados de formas desconexas com a finalidade da instituição de ensino. A DIFES, no cumprimento de suas atribuições de apoiar o funcionamento das Universidades Federais, mantém diálogo constante com todas as instituições, atuando sempre com o objetivo de fortalecer a comunicação e interação desta Pasta com todos os dirigentes universitários e demais membros da comunidade acadêmica."

https://www.noticiasaominuto.com.br/

Bares, restaurantes e shoppings ficarão fechados no final de semana

 em 4 mar, 2021 14:20

Governo anuncia novas medidas restritivas em coletiva de imprensa (Foto: Reprodução de vídeo de rede social)

O Governador Belivaldo Chagas, anunciou durante coletiva a imprensa nessa quinta-feira, 4, que adotará medidas mais restritivas pelos próximos 15 dias para conter o aumento de casos de Covid-19 em Sergipe. Bares, restaurantes e o comércio de todo o estado ficarão fechados durante este e o próximo final de semana.

“ São apenas dois finais de semana de sacrifício, não é o fim do mundo. São medidas necessárias para evitar um colapso no sistema de saúde e evitar mortes. Em oito dias tivemos um aumento de 46% no número de casos. Não fazer nada nesse momento é irresponsabilidade. Não vamos impedir o direito de ir e vir de ninguém, mas durante 48 horas, neste e no próximo final de semana, os bares, restaurantes e os shoppings de todo o estado ficarão fechados”, ressalta o Belivaldo.

O governador anunciou também a proibição, a partir desta sexta-feira, 5, de qualquer tipo de evento ou festa em todo o Estado. Além disso haverá restrição de público e funcionamento no serviço público, igrejas e templos religiosos, e nos serviços prestados em Sergipe. O decreto com as novas restrições será publicado amanhã.

“Não é toque de recolher e nem lockdown, são medidas restritivas. A vida continua normal de segunda a sexta-feira, apenas diminuímos a capacidade de ocupação e aos finais de semana haverá mais restrição para evitar aglomeração. Essas medidas são essenciais, neste momento para evitar um colapso na rede de saúde. Estamos com 60% da ocupação dos leitos da rede pública, mas a preocupação é com a rede privada que não tem como ampliar seus leitos, e não vai poder atender as pessoas que têm seus planos de saúde. E essas pessoas vão procurar o serviço público, isso vai gerar um colapso na saúde. É isso que queremos evitar”, explica.

Belivaldo adianta que o Estado deve abrir na próxima semana mais oito leitos de UTI para Covid-19, mas o Governo se esbarra na falta de profissionais de saúde para atuar nas UTIs. “Nós queremos abrir mais leitos, mas o que está acontecendo é que não há médicos para isso. Falta recurso humano. Os governadores estão sendo responsabilizados por tudo, mas a população não está fazendo a sua parte”, enfatiza o gestor.

As novas medidas devem durar até o dia 21 de março quando uma nova avaliação deve ser feita dos casos de Covid-19 e da ocupação de leitos nos hospitais de Sergipe. “Achamos que essa alta no número de casos é reflexo do carnaval. Não teve festa, mas teve carnaval em casa. O Estado não deu ponto facultativo, mas outros poderes resolveram manter, e o resultado está ai. Esperamos que de fato essa alta no número de casos seja reflexo do carnaval e que cai nos próximos 15 dias”, finaliza.

Por Karla Pinheiro

INFONET

Bolsonaro tem aprovação abaixo de 30%; evangélicos ainda o apoiam, aponta pesquisa

Publicado em 4 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Aroeira (brasil247.com)

Bernardo Mello
O Globo

No pior momento da pandemia e ainda sem a retomada do pagamento do auxílio emergencial, a aprovação do presidente Jair Bolsonaro aparece abaixo do patamar de 30% da população, segundo pesquisa do IPEC (Inteligência, Pesquisa e Consultoria).

O levantamento, realizado entre 18 e 23 de fevereiro, aponta que 28% dos entrevistados consideram a gestão Bolsonaro ótima ou boa, enquanto 39% avaliam como ruim ou péssima. Segundo os dados do IPEC, o eleitorado evangélico é a principal base de apoio a Bolsonaro, que tem avaliação positiva de 38% neste segmento. A margem de erro é de dois pontos.

QUEDA – Em levantamentos de institutos como Datafolha e Ibope em 2020, o nível de aprovação geral do governo Bolsonaro quase sempre ultrapassava um terço da população. Em dezembro, apesar do aumento de mortes em decorrência da Covid-19 após as eleições municipais, o presidente manteve 37% de aprovação.

Já no fim de janeiro, primeiro mês após o fim do pagamento das parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial, o Datafolha apontou queda nas avaliações positivas, com 31% considerando o governo ótimo ou bom, e rejeição na casa de 40%. A retomada do auxílio, agora em quatro parcelas de R$ 250 cada, faz parte da PEC Emergencial no Senado.

O IPEC, instituto formado por executivos que deixaram o Ibope após o encerramento das atividades com pesquisas de opinião pública, aponta ainda neste levantamento que, para 87% dos brasileiros, há alguma expectativa de pagamento do auxílio emergencial “até a situação econômica voltar ao normal” — o que pressupõe um prazo maior do que os quatro meses do planejamento do governo federal. Segundo a pesquisa, 72% concordam totalmente com esta visão; 15% concordam em parte.

91% NO NORDESTE – O maior clamor por uma disponibilização prolongada do auxílio vem do Nordeste, onde 91% concordam total ou parcialmente que o benefício deve ser pago até que o cenário econômico esteja em normalidade. As regiões Norte/Centro-Oeste e Sudeste aparecem com 87% de concordância parcial ou total neste item, enquanto o Sul tem 80%.

No recorte por renda, 93% dos que têm renda mensal de até um salário mínimo — parcela da população à qual o benefício é majoritariamente destinado — concordam, ao menos de forma parcial, que o auxílio deve durar até uma normalidade econômica.

Ontem, a divulgação do PIB de 2020 pelo IBGE apontou que o país não se recuperou do impacto da pandemia da Covid-19, fechando o ano com um rombo de 4,1%. Na última semana, Bolsonaro afirmou que o benefício “custa caro” e representa “um endividamento enorme”, ao justificar que a União não poderia pagar o auxílio indefinidamente.

EXTENSÃO DO BENEFÍCIO – Para a cientista política Luciana Veiga, professora da Unirio, o cenário atual de baixa aprovação, na medida em que traz preocupações para Bolsonaro em seu projeto de reeleição em 2022, pode estimular o presidente a tentar um prolongamento do benefício, contrariando suas próprias declarações e as projeções da área econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes.

A especialista observa que, segundo a pesquisa do IPEC, nos estratos de menor remuneração e no Nordeste a avaliação do governo como regular fica acima da média nacional.

“O que Bolsonaro faz com o auxílio não é conquistar eleitores que não gostam dele, mas sim trazer o que está nesse bloco do regular. É um eleitor muito prático, menos apegado a questões ideológicas, e que pode oscilar a depender do impacto do governo federal em sua vida. É aí que entra o auxílio. Por outro lado, este eleitor também é mais pressionado pelo cenário da Saúde, já que depende da rede pública”, avaliou Veiga.

CONTEXTUALIZAÇÃO – A CEO do IPEC, Márcia Cavalari, afirma que a análise dos resultados deve levar em consideração o contexto à época da realização das pesquisas. O levantamento do IPEC, que ouviu 2.002 pessoas presencialmente em 143 municípios, ocorreu nos dias que se seguiram à primeira ameaça de Bolsonaro de trocar o comando da Petrobras por insatisfação com aumentos nos preços de combustíveis, o que gerou reação negativa do mercado, com forte queda no valor das ações da empresa. O anúncio da demissão de Roberto Castelo Branco da presidência da petroleira ocorreu no dia 19, durante a realização da pesquisa.

“Esta é uma das possíveis hipóteses para que a rejeição ao governo seja mais alta entre os eleitores com maior remuneração do que entre os mais pobres. Para o segmento de menor renda, a troca pode não ter soado tão ruim, por conta do discurso de baratear o combustível”, afirmou Márcia.

Entre os eleitores que declaram renda mensal superior a cinco salários mínimos, 47% disseram considerar o governo ruim ou péssimo, enquanto 24% consideram ótimo ou bom. Entre os mais pobres, com renda de até um salário mínimo, o nível de aprovação é semelhante (26%), mas o percentual dos que rejeitam o governo é bem menor: 38%.

ACENOS CONSERVADORES –  A parcela evangélica do eleitorado apresenta, na pesquisa do IPEC, um desenho inverso em relação à avaliação geral do governo. Neste segmento, é o percentual de avaliações como ótimo ou bom que se aproxima da faixa de 40% dos entrevistados — e não a rejeição, como ocorre no recorte mais amplo da pesquisa. Entre os evangélicos, 27% consideram o governo ruim ou péssimo. É a menor taxa de rejeição registrada em todo o levantamento.

Para a cientista política Luciana Veiga, a situação se explica pelo fato de Bolsonaro se manter “sem inconsistências” na defesa da chamada pauta de costumes ao longo do mandato — o que difere, segundo a especialista, do comportamento oscilante em outras bandeiras, como a agenda econômica liberal e a pauta anticorrupção.

Nos dois primeiros anos de governo, Bolsonaro procurou fazer acenos recorrentes a lideranças evangélicas que atuam em igrejas espalhadas pelo país, e que já o haviam apoiado durante as eleições de 2018. O presidente tem prometido que indicará um evangélico para a próxima vaga que se abrirá no Supremo Tribunal Federal (STF), em julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

Após inquérito por racismo, Weintraub é alvo de investigação por ataques contra universidades federais


Charge do Aroeira (Arquivo do Google)

Deu no Correio Braziliense

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub é alvo de um inquérito aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília por conta das acusações feitas contra universidades federais, quando ainda integrava o primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A portaria de instauração do inquérito civil é do dia 26 de fevereiro deste ano, dois dias depois da mesma Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) arquivar outra investigação contra Weintraub, sobre o suposto crime de racismo contra chineses.

PARÓDIA – A investigação anterior foi aberta depois de um post de Weintraub no Twitter no qual o ex-ministro insinuava que a China poderia se beneficiar da pandemia do novo coronavírus. A postagem também parodiava a forma como os falantes nativos do chinês pronunciam o som da letra “R” em português.

A ementa da nova investigação diz que o inquérito civil visa “apurar suposta improbidade resultante de conduta reiterada do Ministro da Educação Abraham Weintraub, consistente em ataques infundados e sabidamente inverídicos às universidades públicas brasileiras”. A apuração será tocada pela procuradora Luciana Loureiro Oliveira. Como o inquérito acabou de começar, Weintraub ainda não foi convocado para depor.

Quando ainda era ministro, Weintraub acusou as universidades públicas brasileiras de produzirem drogas ilícitas, sem apresentar provas. Segundo o ex-ministro, as universidades comportariam “plantações extensivas de maconha”.

DESINFORMAÇÃO – “Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico. Porque orgânico é bom contra a soja para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda tecnologia a disposição”, disse Weintraub em novembro de 2019, em entrevista ao site “Jornal da Cidade Online”.

Weintraub disse também que haveria produção de metanfetamina, um estimulante sintético, nas faculdades. “Você pega laboratórios de química – uma faculdade de química não era um centro de doutrinação – desenvolvendo drogas sintéticas, metanfetamina, e a polícia não pode entrar nos campi”, disse.

SEM PROVAS – Em dezembro daquele ano, Weintraub foi convocado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e reiterou as acusações – novamente, sem apresentar provas. O ex-ministro, porém, disse que a responsabilidade pelas supostas plantações de maconha não era dos reitores das universidades.

“Eu não falei em momento algum que a culpa é dos reitores (?). Falei que a situação é tão dramática que há plantação (de pés de maconha) em algumas. Não acusei reitores, professores, técnicos. Eu sou professor concursado de uma universidade federal”, disse.

Verbas federais para combate ao coronavírus em Jeremoabo são alvo de questionamento

 Luiz Brito

Foto: Divulgação

Os recursos destinados para o combate ao coronavírus, na terra da Jurema em flor, foram alvo de comentário na tarde desta quarta-feira, 4, durante o programa  “Jeremoabo em Destaque” na rádio Alvorada FM, 87,9.

Em meio às suas cobranças o vereador detentor de 8 mandatos, Antônio Chaves questionou o prefeito Deri do Paloma e sua secretária de Saúde, Débora Carvalho, o valor orçamentário destinado pelo Executivo local para as ações de enfrentamento do vírus, bem como o montante repassado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, visando ações de gestão da pandemia na cidade.

Sobre as vacinas Chaves questionou quantos casos de "fura-fila" foram registrados e qual punição é prevista pela Secretaria de Saúde,

Nota da redação deste BlogEnquanto o inquilino da Prefeitura Municipal de Jeremoabo permanecer  " nesse feudo de muro baixo", a obscuridade e a improbidade continuará imperando, onde para complicar ainda mais a falta de transparência contratou com o dinheiro do povo uma empresa para esculhambar o Design Gráfico do site https://sai.io.org.br/ba/jeremoabo/site, onde para o cidadão comum  fiscalizar, terá que em primeiro lugar submeter-se a um curso porque complicaram tudo, e em segundo lugar comprar uma potente lupa senão nada enxergará, infelizmente é tudo através de trambicagem.

Lamento que os vereadores da oposição  tenham perdido tempo durante um ano em busca do impossível, ou seja, o prefeito demonstrar como e onde foi jogado fora o pelo ralo da improbidade o dinheiro do COVID-19.

Os vereadores esqueceram um endereço tão perto,  que com certeza já teria ficado livre desse peso, bastaria, se deslocar até o MPF em Paulo Afonso, ou então entrar com uma representação e enviar através dos Correios.

A título de cooperação informo ao vereador Antônio Chaves que não são apenas R$ 8.000.000,00(oito milhões de reais), e sim R$ 10.448.581,34(dez milhões quatrocentos e quarenta e oito mil quinhentos e oitenta e um reais e trinta e quatro centavos), mais R$ 180.000.00(cento e oitenta mil reais) que chegou nessa semana.

Enquanto isso falta testes, luvas e EPIs.


Lei Complementar 172/2020 

Entidades médicas criticam “lentidão” da vacinação em Aracaju

 em 4 mar, 2021 12:29

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese), Jilvan Pinto Monteiro, a vacinação na capital é “lenta, arrastada e burocrática (Foto: CRM)

Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 4, na sede da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), algumas entidades de classe da área da Saúde criticaram a lentidão da vacinação contra à Covid-19 em Aracaju, em especial, nos profissionais que estão na linha de frente.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese), Jilvan Pinto Monteiro, a vacinação na capital é “lenta, arrastada e burocrática”. Ainda em sua avaliação, Jilvan diz que há uma grande dificuldade para solucionar problemas. “Mesmo com um ano de pandemia, ainda não conseguimos antever aos problemas. Falta planejamento. Infelizmente”, pontua.

O presidente do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE), Marcos Rios, também participou da coletiva e fez um apelo para que os farmacêuticos sejam vacinados.  “Mesmo no momento mais crítico que passamos da pandemia e de recolhimento, as farmácias nunca fecharam, os farmacêuticos se mantiveram na dispensação e orientação de proteção à Covid-19. Apesar de todo o protagonismo, especialmente no momento da crise, são poucos ou quase nenhum farmacêutico vacinado em nosso Estado. A vacinação destes profissionais é essencial para as políticas públicas de saúde. Pedimos um maior comprometimento dos gestores”, diz.

Cobrança de imposto para vacinação

Outro questionamento na reunião foi feito pelo presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Helton Monteiro. Segundo ele, o governo municipal estaria exigindo o comprovante de pagamento de um imposto para vacinar alguns profissionais de Saúde. “Nós temos visto uma cobrança de ISS para vacinar os profissionais de saúde. Ora, se é um direito, se estamos na ativa [contra à doença], exigência de um comprovante de pagamento de ISS dos últimos três meses para vacinar um profissional de saúde?!”, questiona Monteiro.

Ainda de acordo com ele, em outros estados, há menos “burocracia” para a vacinação dos profissionais que estão na linha de frente, combatendo à doença. “Em outros locais, a exemplo da Bahia, bastava você levar o comprovante de inscrição do Conselho para ser vacinado”, afirma.

SMS

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que a comprovação de exercício da profissão para aplicação da vacina contra a Covid-19 objetiva assegurar que profissionais que estejam na linha de frente de combate à pandemia continuem sendo prioridade.

“O debate em torno da quitação de ISS é superficial e não condiz com a transparência com que a gestão vem conduzindo a vacinação contra a covid-19 em Aracaju, com listas de vacinados e de doses utilizadas publicizados e atualizados diariamente no site da Prefeitura, conforme pactuação com órgãos fiscalizadores”, diz a pasta municipal da Saúde.

Ainda de acordo com a SMS, para a vacinação é necessária a comprovação de atuação e de locais de trabalho, o que é possível através de documentação que qualquer profissional em exercício regular tem. “O compromisso da Prefeitura é imunizar todos os profissionais de saúde. Porém, diante do recebimento gradativo de doses, foi necessária a priorização dentro desse grupo, iniciando a imunização pelos profissionais mais vulneráveis à infecção pelo vírus”, salientou o órgão.

por João Paulo Schneider 

infonet

Após críticas a Bolsonaro, CGU impõe mordaça a professores que participarão de curso de ética como punição

Publicado em 4 de março de 2021 por Tribuna da Internet

Professores estão proibidos de se manifestarem politicamente na universidade

Camila Mattoso
Folha

O professor Eraldo dos Santos Pinheiro, pró-reitor de Extensão e Cultura da Ufpel (Universidade Federal de Pelotas), classifica o processo instaurado pela CGU (Controladoria-Geral da União) contra ele como uma forma do governo tentar “silenciar o outro lado do diálogo”. Além dele, o ex-reitor Pedro Hallal também foi alvo do órgão.

Os dois professores assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a CGU após a abertura de um processo disciplinar contra eles por criticarem o presidente Jair Bolsonaro em uma live. “Quando se acabam os argumentos se entra numa retórica agressiva a fim de silenciar o outro lado do diálogo. Acho que é exatamente isso que acontece”, diz Pinheiro ao Painel.

PROIBIÇÃO – Pelo acordo, os dois professores estão proibidos de fazer qualquer tipo de manifestação política dentro da universidade e terão que participar de um curso de ética no serviço público. Pinheiro diz evitar tecer comentários sobre a ação da CGU para não desrespeitar o acordo firmado, mas diz que caso não assinasse o TAC poderia ser alvo de punições mais duras.

“Não sei se foi uma forma de censura explícita, porque tínhamos opção de não assinar o TAC, mas a questão é que, se não assinar, uma comissão é criada e é fácil encontrarem elementos para uma exoneração ou algo nesse sentido. A questão em si não é o TAC, mas sim o simbolismo por trás desse TAC”, afirma.

A CGU abriu a apuração após denúncia do deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS). A fala que deu origem ao processo disciplinar foi durante uma live, em 7 de janeiro, em que os professores falavam sobre a nomeação da nova reitora da Ufpel. Bolsonaro nomeou Isabela Fernandes Andrade, segunda colocada na lista tríplice.

DEFENSOR DA TORTURA – Na live, eles chamaram Bolsonaro de presidente com “p” minúsculo, defensor de tortura e afirmaram que ele seria contra a vacinação contra a Covid-19. O processo foi aberto porque a CGU entendeu que como a live foi feita em canais oficiais da Ufpel os dois professores estavam no local de trabalho.

“A mensagem que a gente passa é que vamos continuar lutando pela autonomia da universidade, continuamos com o trabalho aqui na nossa comunidade e os pensamentos não serão cerceados, isso eles podem ter certeza”, concluiu.

Por fim, ele voltou a falar que enviará uma equipe para Israel a fim de selar uma possível aquisição do spray israelense, EXO-CD24. O mandatário pretende testar a terceira fase da medicação no país. Medicação, contudo, não possui comprovação de eficácia e carece de estudos aprofundados. Ele também voltou a defender o tratamento precoce, que também não possui comprovação contar a covid-19.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os educadores disseram que Bolsonaro é um presidente com “p” minúsculo, defensor da ditadura e contra a vacinação. Em que momento mentiram? Se der uma volta no quarteirão de qualquer cidade facilmente será ouvido coisa muito pior. Enquanto isso, Bolsonaro se desdobra a cada dia para criar novos factoides e insuflar seus seguidores com desinformação. Mas cadê que é punido ? (Marcelo Copelli)

Ex-dono da mansão de Flávio Bolsonaro namora assessora de juiz do STJ que anulou provas da rachadinha

Juscelino Sarkis, que vendeu a casa de R$6 milhões a Flavio, é namorado da juíza Claudia Silvia de Andrade, que trabalhou com o ministro João Otávio Noronha, responsável por mandar soltar Queiroz e um dos que votou a favor da anulação da quebra de sigilo do senador

 


https://revistaforum.com.br/brasil/ex-dono-da-mansao-de-flavio-bolsonaro-namora-assessora-de-juiz-do-stj-que-anulou-provas-da-rachadinha/?fbclid=IwAR3P01gZ86FUY1yGvKP5nSNmrzVYpnlQwNgcoyW9FcL2qEPQLT2kXk8Rsjo 


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