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sexta-feira, novembro 01, 2019

Bolsonaro manda governo cancelar assinaturas da Folha e ameaça os anunciantes


Bolsonaro imita Trump que também cancelou assinaturas
Deu na Folha
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira, dia 31, que determinou o cancelamento de todas as assinaturas da Folha no governo federal. Em tom de ameaça, o presidente também disse que os anunciantes do jornal “devem prestar atenção”.
“Determinei que todo o governo federal rescinda e cancele a assinatura da Folha de S.Paulo. A ordem que eu dei [é que] nenhum órgão do meu governo vai receber o jornal Folha de S.Paulo aqui em Brasília. Está determinado. É o que eu posso fazer, mas nada além disso”, disse, em entrevista à TV Bandeirantes.
CENSURA – “Espero que não me acusem de censura. Está certo? Quem quiser comprar a Folha de S.Paulo, ninguém vai ser punido, o assessor dele vai lá na banca e compra lá e se divirta. Eu não quero mais saber da Folha de S.Paulo, que envenena o meu governo a leitura da Folha de S.Paulo.”
Questionado pelo apresentador José Luiz Datena se seria uma forma de censura, o presidente respondeu: “Não é uma forma de censura, nada”. Mais tarde, em live nas redes sociais, Bolsonaro voltou ao tema e ameaçou anunciantes do jornal. “Não vamos mais gastar dinheiro com esse tipo de jornal. E quem anuncia na Folha de S.Paulo presta atenção, está certo?”, disse.
VIOLAÇÃO – “Se confirmada, a decisão de Bolsonaro configura uma violação dos princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade na administração pública”, afirma Luiz Francisco Carvalho Filho, advogado da Folha. “Trata-se de atitude típica de governos totalitários. Chávez e Maduro, por irônica que seja a comparação, fizeram exatamente a mesma coisa com a imprensa na Venezuela. Os veículos todos são ameaçados, não apenas a Folha”, diz Taís Gasparian, também advogada do jornal.
Em nota, a Folha afirmou que “lamenta mais uma atitude abertamente discriminatória do presidente da República contra o jornal e vai continuar fazendo, em relação a seu governo, o jornalismo crítico e apartidário que a caracteriza e que praticou em relação a todos os outros governos”.
CAFÉ DA MANHà– Antes de anunciar o cancelamento das assinaturas, Bolsonaro citou um café da manhã que teve com jornalistas da Folha no Palácio da Alvorada, em 3 de setembro. Participaram desse café, além de Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência, Fábio Wajngarten, e o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP). O encontro ocorreu das 7h40 às 9h10.
Durante a conversa, o presidente autorizou que todo o teor da conversa fosse publicado, com exceção dos palavrões ditos por ele durante o café da manhã, o que foi respeitado pela Folha. À TV Bandeirantes nesta quinta-feira, porém, Bolsonaro deu uma declaração falsa ao dizer que o jornal publicou palavrões na entrevista e que o conteúdo das declarações foi todo distorcido —reclamação que ele não havia feito quando a reportagem foi publicada.
“Recebi a Folha uma questão de uns 45, 50 dias atrás. Conversei com eles numa boa e, no dia seguinte, foi um festival de desinformação. Eu até fui criticado por assessores meus, e com razão. Por que falou com a Folha? Eu fui tentar dar uma chance pra eles.”
“DESINFORMAÇÃO” – “Não saiu nada do que eu falei. Só saiu desinformação. E algumas palavras que eu usei ali e falei: ‘Isso aqui é palavrão, segura a onda, escorreguei’. Saiu palavrão [na entrevista], saiu tudo lá. Não dá pra gente confiar, por exemplo, na Folha de S.Paulo.”
O ataque desta quinta-feira não é o primeiro de Bolsonaro à Folha. Em outubro do ano passado, em entrevista ao Jornal Nacional, o então presidente eleito afirmou que “por si só, esse jornal se acabou”. “Não quero que [a Folha] acabe. Mas, no que depender de mim, imprensa que se comportar dessa maneira indigna não terá recursos do governo federal”. O presidente eleito, depois, completou: “Por si só esse jornal se acabou”.
FAKE NEWS – Uma semana antes do segundo turno da eleição de 2018, no dia 21 de outubro, Bolsonaro afirmou que “a Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil”. A declaração, feita em vídeo ao vivo exibido em telões na Avenida Paulista, foi recebida com gritos de apoio dos eleitores do então candidato.
Na última semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou que as agências federais do país cancelassem as assinaturas dos jornais The New York Times e The Washington Post por discordar da cobertura que as duas publicações fazem de seu governo.
A seguir, a nota da Folha sobre as declarações do presidente: “A Folha lamenta mais uma atitude abertamente discriminatória do presidente da República contra o jornal e vai seguir fazendo, em relação a seu governo, o jornalismo crítico e apartidário que a caracteriza e que praticou em relação a todos os governos. A entrevista mencionada pelo presidente reflete de maneira correta o conteúdo de suas declarações. Ela foi produzida a partir de uma conversa inicialmente feita off the records (não destinada à publicação, no jargão jornalístico). Ao final da conversa, Bolsonaro autorizou que a Folha publicasse suas declarações, evitando reproduzir os palavrões pronunciados por ele. O jornal respeitou o pedido, ao contrário do que o presidente afirma agora.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Bolsonaro escolhe o mesmo caminho de Trump e a mesma linha de pensamento. Não se trata de coincidência. Nas últimas semanas, Trump tem atacado as notícias publicadas nos jornais que considera como opositores ao seu governo, chegando a declarar que a mídia é “a verdadeira inimiga do povo”, com informações “imprecisas, e até fraudulentas”.  Tal e qual. (Marcelo Copelli

Polícia Federal resiste e mantém a indicação de delegado que Bolsonaro não aceitou


Superintendente da Polícia Federal Carlos Henrique Oliveira de Souza Foto: Divulgação
Delegado Carlos de Souza deverá ser o novo superintendente no Rio
Jailton de CarvalhoO Globo
Dois meses depois da confusão que quase resultou na demissão do diretor-geral Maurício Valeixo, a cúpula da Polícia Federal decidiu manter a indicação do delegado Carlos Henrique Oliveira de Sousa para comandar a superintendência da instituição no Rio. Atual superintendente da PF em Pernambuco, o nome de Sousa chegou a ser anunciado em setembro como futuro chefe no Rio. Mas a nomeação foi suspensa porque o presidente Jair Bolsonaro queria emplacar outro delegado, Alexandre Silva Saraiva, superintendente no Amazonas.
Em meio às divergências, Bolsonaro chegou a ameaçar trocar o diretor-geral Valeixo à revelia do ministro Sergio Moro, com o argumento de que ele, como presidente da República, é quem manda.
UMA CERTEZA – O nome de Sousa deve ser anunciado formalmente pela segunda vez nos próximos 15 dias, segundo disse ao Globo um integrante da equipe de Valeixo. Há duas semanas, outro interlocutor do diretor-geral chegou a dizer que só havia uma certeza: O futuro superintendente do Rio não seria, de modo algum, Saraiva, até o mês passado o preferido de Bolsonaro.
A crise começou com uma reação do presidente à vinculação do deputado Hélio Negão (PSL-RJ), amigo de Bolsonaro, a um inquérito sobre fraudes no INSS do Rio de Janeiro. O nome do deputado teria sido incluído na investigação de forma irregular, numa disputa de poder pelo comando da superintendência.
Sem conhecer a extensão do problema, Bolsonaro exigiu, em uma entrevista coletiva em agosto, o afastamento do então superintendente Ricardo Saadi por questões de “gestão” e “produtividade”. Em uma outra entrevista, indicou Saraiva para o cargo.
SEGUNDO ESCALÃO – A direção da PF concordou em antecipar em quatro meses a saída de Saadi, mas não abriu mão da indicação de Sousa. Para alguns delegados, Bolsonaro poderia indicar o diretor-geral, mas não teria poderes para interferir no segundo escalão, área administrativa da polícia. O presidente elevou o tom e chegou a dizer que, se não pudesse indicar o superintendente, substituiria o diretor-geral, indicado por Moro. A ameaça de demissão perdurou até a descoberta de que Hélio Negão não estava sob investigação.
Com o deputado fora da mira, Bolsonaro parou de pressionar pela troca de chefes na polícia. A retirada do tema da pauta levou a cúpula da PF a decidir manter a indicação de Sousa. Não está claro, no entanto, se houve consultas prévias ao Palácio do Planalto.
Depois de deixar a chefia da PF no Rio, Saadi retornou para Brasília com a promessa que seria recompensado com a criação de um cargo para ele na Polícia Europeia , na Holanda. Mas a criação do cargo depende de aprovação do Congresso Nacional.

Que sirva de exemplo para Jeremoabo

IMPEACHMENT: Jornalista protocola pedido de cassação de ...

5 de out. de 2018 - O primeiro pedido de impeachment do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, foi protocolado pelo jornalista Carlos Caldeira na manhã desta ..


Nota da redação deste Blog - Jeremoabo só irá desenvolver,  o povo começar a ser feliz e ter seus direitos respeitados, se  algum dia acontecer um milagre e aparecer um Jeremoabense que proceda da materia exposta na matéria acima.
Esse dia será o início da verdadeira mudanças, onde qualquer gestor irá contar até mil antes de querer praticar a costumeira improbidade. 
Vamos torcer paar que esse milagre apareça

Leiam a matéria acima e tirem bom proveito.

O Procurador Municipal de Paulo Afonso Igor Montalvão representando o Prefeito Dr. Luiz de Deus

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O Procurador  Igor Montalvão representando o Prefeito de Paulo Afonso  Dr. Luiz de Deus na  solenidade  de entrega  de cidadão honorário  de Paulo Afonso ao Dr.  Luis Viana, vice-presidente do Conselho Federal  da OAB.
No mesmo expediente a Câmara também concedeu o Diploma de Amiga da cidade, a Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Paulo Afonso, presidida pela Dra Socorro Rolim. o vereador Jean Roubert é o autor da homenagem.


Promotoras apressaram a perícia sobre o porteiro, que foi feita em apenas 2h25m

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As promotoras se basearam numa perícia incompleta
Caio Sartori e Roberta JansenEstado de S.Paulo
A perícia nos áudios dos interfones do Condomínio Vivendas da Barra no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco só foi feita um dia após a divulgação do caso pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e ficou pronta em cerca de 2h25. A análise das conversas entre um funcionário da portaria e moradores da casa 65/66 foi solicitada oficialmente às 13h05m11s de ontem.
Por volta das 15h30, após a perícia, o Ministério Público (MP) afirmou que o porteiro mentiu ao dizer, em depoimento, que um dos acusados do homicídio, Elcio Queiroz, havia pedido para ir na casa 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro.
MAIS LIMITAÇÕES – Além disso, todas as sete perguntas feitas pelo MP para os peritos fazem referência à casa 65/66, de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime junto com Queiroz. Os dois estão presos desde março de 2019.
No ofício do MP, encaminhado ontem à coordenadora de Segurança e Inteligência do MP do Rio, Elisa Fraga de Rego Monteiro, não há nenhuma questão sobre a casa 58 – como é presidente, Bolsonaro só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista ao Jornal Nacional na noite de ontem, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que, “provavelmente” no mesmo dia analisou e arquivou informações sobre a suspeita de que Bolsonaro autorizou a entrada de um suspeito de matar Marielle no condomínio onde tem uma casa.
POSSIBILIDADES  – O MP tem os áudios com as conversas entre a portaria e as casas pelo menos desde o dia 14 de outubro. Durante a entrevista coletiva de ontem, promotoras do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disseram que os áudios da portaria mostram que a autorização para Queiroz entrar no condomínio foi dada por Lessa e afirmaram que não havia qualquer gravação da suposta conversa entre o porteiro e algum morador da casa 58.
Sobre a possibilidade de algum áudio do computador da portaria ter sido excluído ou renomeado, o MP respondeu: “Na mídia enviada não há indícios de adulteração no dia 14/03 ou qualquer outro dia dos analisados entre os meses de janeiro e março. Todos os registros de entrada constantes nas planilhas foram confrontados com os registros de voz”.
OS PEDIDOS – A integridade da gravação e a possibilidade de adulteração é a primeira das seis perguntas feitas pelas promotoras aos peritos. Elas também perguntam se a voz que autoriza a entrada de Queiroz é mesmo de Lessa e pedem todas as ligações atendidas pelo suspeito.
Na mesma nota, o MP confirmou que formalizou os quesitos da perícia no dia 30, mas que o material tinha sido enviado para análise em 15 de outubro.
Na terça-feira, reportagem do Jornal Nacional mostrou que Queiroz teria pedido para ir à casa 58 quando chegou ao condomínio, horas antes do assassinato de Marielle. Ainda segundo o JN, o porteiro teria anotado que “seu Jair” dera autorização para que o suspeito entrasse. Bolsonaro estava em Brasília no dia. O Estado não teve acesso ao livro de ocorrências do condomínio, onde estariam as anotações do porteiro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Na terça-feira a TV Globo exibiu o original da planilha, em que consta a visita à casa 58, de Bolsonaro. A versão digitalizada da planilha, exibida por Carlos Bolsonaro no dia seguinte, apenas prova que houve manipulação e fraude de informações, porque essa segunda versão difere do original e só pode ser usada para demonstrar que houve conluio no condomínio para proteger o morador da casa 58, que vem a ser o presidente da República. Que situação, hein? (C.N.)

‘Não tenho bandido de estimação’, diz Witzel, ao criticar ‘denúncias levianas’ de Bolsonaro

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Witzel desmente Bolsonaro e repete que não disse nada ao presidente
Gustavo GoulartO Globo
O governador do Rio Wilson Witzel negou com veemência, nesta sexta-feira, que tenha informado o presidente Jair Bolsonaro sobre o aparecimento do nome dele nas investigações do caso Marielle Franco e Anderson Gomes, como o presidente afirmou esta semana.
“Eu não vazei nenhuma informação sob sigilo e não tive acesso aos autos do processo de investigação do caso Marielle” — afirmou. “ Não tenho bandido de estimação. Seja ele político, filhos de todo-poderoso, miliciano”.
ESTADO ANORMAL– Witzel : ‘Não está, talvez, em seu estado normal’; o que está em jogo na disputa política com Bolsonaro
O governador também falou sobre as críticas que o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer a seu respeito: “São declarações levianas e sem prova. Uma conduta não compatível com a democracia. Não vou permitir atentar contra o povo do Rio e a democracia, pois seria crime de responsabilidade” — disse Witzel. “Não esperava esse comportamento do presidente”.
Uma reportagem do “Jornal Nacional” mostrou que um dos suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco, horas antes do assassinato, foi ao condomínio onde mora Bolsonaro, alegando que iria à casa do presidente. Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília em 14 de março de 2018.
Ainda segundo os depoimentos revelados pelo “JN”, o porteiro contou que, depois que Élcio entrou, ele acompanhou a movimentação do carro pelas câmeras de segurança e viu que o veículo tinha ido para a casa 66 do condomínio, onde, na época, morava Ronnie Lessa. “Não sei quem é o porteiro. Eu não tive acesso como a Globo teve, como o Witzel teve. O processo corre em segredo. Nós sabemos que são pessoas humildes, que quando são tomados depoimentos sempre estão preocupados com alguma coisa. No meu entender o porteiro está sendo usado pelo delegado da Polícia Civil, que segue ordem do senhor Witzel, governador” — disse o presidente.
UM AVISO – Bolsonaro também afirmou que, há um mês, ouviu do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, em uma cerimônia na Escola Naval, que iria para o Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação sobre o caso envolvendo o presidente. Witzel teria citado também a Bolsonaro o depoimento do porteiro.
“No (dia) 9 deste mês,  outubro, às 21h, eu estava no Clube Naval do Rio de Janeiro quando chegou o governador Witzel. Ele me viu lá, foi uma surpresa eu estar lá. E para mim também, que eu fui ao aniversário de uma autoridade” — contou Bolsonaro.
Um dia após a reportagem do “JN”, nesta quarta-feira, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) informou que o depoimento do porteiro do condomínio do presidente sobre a liberação da entrada do ex-PM Élcio Queiroz não é compatível com a gravação da chamada feita pelo interfone da portaria.
VOZ DO SARGENTO – O MP afirmou que o áudio confirma que quem autorizou a entrada de Élcio no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi o sargento aposentado da Polícia Militar Ronnie Lessa . A perícia feita pelo MP, que ficou pronta no dia seguinte à reportagem do “Jornal Nacional”, confirmou que a voz é do sargento aposentado. Segundo o órgão, embora a planilha de controle de entradas e saídas no condomínio indique que Élcio teria informado que iria à casa 58, a gravação mostra que houve contato da portaria com a casa 65.
Nesta quinta-feira, uma reportagem da “Folha de S.Paulo” apontou que a perícia do MP que contrapôs o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra na investigação da morte da vereadora Marielle Franco foi incompleta por ter analisado somente os áudios que foram gravados em um CD do condomínio, e não o computador original que poderia apontar eventuais adulterações.

PF cumpriu mandados contra navio grego suspeito de vazar óleo no Nordeste


Investigação via satélite indica que este cargueiro grego vazou o óleo
Deu na Folha
A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (1º), mandados de busca e apreensão em uma agência marítima e na sede de representantes de uma empresa no Rio de Janeiro. Os dois alvos são ligados à empresa Delta Tankers Ltd., proprietária do navio mercante Bouboulina, de bandeira grega, indicado como origem do derramamento de óleo na costa do Nordeste brasileiro. ​
Segundo o delegado de Polícia Federal Agostinho Cascardo, um dos responsáveis pela investigação no Rio Grande do Norte, as duas empresas no Rio de Janeiro ligadas à dona do navio petroleiro — Lachman Agência Marítima e Witt O Brien’s — não são, a princípio, suspeitas de crime, mas podem ter informações e dados úteis para a PF.  A Lachman representa a empresa no Brasil, e a Witt O Brien’s faz recomendações e planos para ela em casos de desastre no mar.
NA ÁFRICA – Segundo Cascardo, o navio está agora na costa da África. Ele afirma que ainda não se sabe se foi um vazamento acidental ou um descarte intencional.
O Ministério Público Federal concordou com a manifestação da PF e pediu à Justiça Federal a expedição dos mandados, emitidos pelo juiz da 14ª vara criminal do Rio Grande do Norte.
O inquérito policial sobre o caso, no Rio Grande do Norte, teve acesso a imagens de satélite que partiram das praias atingidas até o ponto de origem de forma retrospectiva.
AÇÃO CONJUNTA – Segundo a Marinha e o Ministério da Defesa, a investigação contou com esforços em diferentes áreas de conhecimento, como o estudo da influência das correntes oceânicas, a análise do tráfego marítimo, o uso de geointeligência e a análise química dos resíduos.
Análises feitas pela Petrobras e pela Universidade Federal da Bahia apontaram, primeiro, que o óleo que chegou à costa do Nordeste tinha sido produzido na Venezuela.
Estudos realizados pelo Centro de Hidrografia da Marinha junto a universidades e instituições de pesquisa depois conseguiram determinar uma área inicial de possível ocorrência do descarte de óleo.
TRIAGEM – A partir dessa área inicial, e com dados sobre o tráfego marítimo obtidos pelo Centro Integrado de Segurança Marítima (CISMAR), a Marinha chegou a um número de 1100 navios e depois refinou para 30.
Paralelamente, uma empresa privada especializada em geointeligência indicou uma mancha de óleo no dia 29 de julho a 733 km a leste da Paraíba (primeiro estado a registrar as manchas) e fragmentos se movendo em direção à costa brasileira.
Os procuradores Cibele Benevides e Victor Mariz afirmam que há fortes indícios de que a empresa, o comandante e tripulação do navio deixaram de comunicar às autoridades competentes acerca do vazamento/lançamento de petróleo cru no oceano Atlântico.

DESASTRE AMBIENTAL -O MPF classifica o impacto do derramamento de óleo como de “proporções imensuráveis”. O desastre ambiental atingiu estuários, manguezais e foz de rios em todo o Nordeste brasileiro, com prejuízos para as atividades de pesca, de maricultura e de turismo.
A última atualização do Ibama, divulgada nesta quinta (31), indica que 286 locais em 98 cidades de todos os estados do Nordeste foram atingidos pelas manchas de óleo.
Segundo o MPF, os responsáveis devem responder nas esferas cível (com o pagamento de multa e indenização por danos morais, materiais e sociais) e penal, tipificado na Lei de Crimes Ambientais, artigo 54 (pena de um a cinco anos de reclusão) e artigo 68 (pena de um a três anos de detenção).

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