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terça-feira, julho 02, 2019

Entidade internacional cobra do governo brasileiro o fim da perseguição a Greenwald

"O governo brasileiro deve suspender imediatamente as investigações sobre Glenn Greenwald e The Intercept Brazil", defende a Fundação da Liberdade de Imprensa. O texto publicado no site da entidade aponta que "os ataques de Bolsonaro e Moro têm crescido severamente" contra o jornalista após os vazamentos do site The Intercept




247 - A entidade internacional Freedom of the Press Foundation (Fundação da Liberdade de Imprensa) cobra do governo brasileiro o fim da perseguição ao jornalista estadunidense Glenn Greenwald, editor do site The Intercept, que publica vazamentos envolvendo o ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato.
"O governo brasileiro deve suspender imediatamente as investigações sobre Glenn Greenwald e The Intercept Brazil", defende a entidade. Texto publicado em seu site aponta que "os ataques de Bolsonaro e Moro têm crescido severamente" contra o jornalista após os vazamentos.





A instituição traz em seguida a notícia divulgada nesta terça-feira 2 pelo site O Antagonista de que a Polícia Federal pediu ao Coaf um relatório das movimentações financeiras de Glenn. A PF funciona sob o comando do ministério da Justiça, de Moro.
Glenn Greenwald reagiu à tentativa de investigação e disse que Moro age como um tirano. "Grupos de liberdade de imprensa em todo o mundo terão muito a dizer sobre isso. Enquanto você usa táticas tirânicas, eu continuarei reportando junto com muitos outros jornalistas de muitos outros jornais e revistas", afirmou, acusando o ministro ainda de "abuso de poder".
Leia o texto, em inglês, publicado no site da Freedom of the Press Foundation.
Brasil 247

Moro se autoincriminou na Câmara, diz Nassif

"O argumento de Sérgio Moro, de que não pediu a substituição da procuradora, mas apenas sugeriu que a preparassem para o interrogatório é autoincriminatório. É o juiz orientando como a procuradora deve se comportar. Não é argumento de gente esperta", disse Nassif pelo Twitter
247 - O jornalista Luís Nassif afirmou que o ministro Sérgio Moro produziu prova contra si mesmo durante depoimento nesta terça-feira, 2, na Câmara, sobre as revelações do The Intercept, de que atuou em conluio com o Ministério Público Federal.
"O argumento de Sérgio Moro, de que não pediu a substituição da procuradora, mas apenas sugeriu que a preparassem para o interrogatório é autoincriminatório. É o juiz orientando como a procuradora deve se comportar. Não é argumento de gente esperta", disse Nassif pelo Twitter. 

PF indicia três assessores ligados ao ministro do Turismo e quatro candidatas-laranja


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Os federais encontraram provas suficientes para o indiciamento
Aguirre TalentoO Globo
A Polícia Federal (PF) indiciou os três assessores ligados ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), pelo caso de desvios de recursos através de candidaturas-laranja do PSL. Eles haviam sido presos temporariamente na quinta-feira passada, durante a Operação Sufrágio Ostentação, e foram soltos nesta segunda-feira.
A PF acusou Mateus Von Rondon, atual assessor especial do ministro; Roberto Silva Soares, que coordenou a campanha de Marcelo Álvaro Antônio ao cargo de deputado em 2018, e Haissander Souza de Paula, ex-funcionário do seu gabinete, pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa.
E OS OUTROS? – O ministro Marcelo Álvaro Antônio não figura entre os indiciados. Por causa de uma possível participação nesses crimes, também foram indiciadas quatro candidatas-laranja usadas para os desvios.
Na investigação, a PF aponta que eles atuaram para desviar recursos do fundo partidário destinados a quatro candidatas que foram lançadas pelo PSL de Minas Gerais apenas para cumprir a cota mínima exigida por lei. As candidatas-laranja teriam feito repasses a gráficas e empresas de fachada, sem prestação de serviços, com o intuito de desviar os recursos.
O indiciamento significa que a PF considerou haver indícios suficientes para imputar os crimes aos indiciados. Agora, o relatório é enviado para o Ministério Público, que avaliará se há elementos para oferecer denúncia e o juiz então decide se abre o processo.
REPASSES – Segundo a PF, Mateus Von Rondon, principal elo com o ministro, também teria recebido repasses das candidatas-laranja sem prestação de serviços, por meio de uma empresa aberta em seu nome.
A defesa de Mateus Von Rondon negou as suspeitas de irregularidades, afirmou que o assessor prestou serviços gráficos às candidatas e acusou a investigação de ter motivação política. As defesas dos demais indiciados não foram localizadas para comentar.

Eduardo Bolsonaro defende o irmão Carlos nas críticas que fez ao pessoal do GSI


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Eduardo acha normal o irmão Carlos fazer criticas aos ministros
Deu em O Tempo(Estadão Conteúdo)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho mais novo (03)  do presidente Jair Bolsonaro, saiu em defesa do irmão Carlos que, na segunda-feira, dia 1º, abriu nova frente de ataques a alas militares do governo. Desta vez, o alvo do vereador carioca do PSC foi o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno. Em suas redes sociais, em diálogo com aliado político, o vereador do Rio, filho 02 do presidente da República, criticou a segurança institucional, dizendo não confiar nela.
O ataque de Carlos a militares não é inédito. O filho de Bolsonaro já criticou publicamente o vice-presidente Hamilton Mourão, além do advogado Gustavo Benianno e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que acabaram demitidos da Secretaria-Geral da Presidência e da Secretaria de Governo.
CRÍTICAS AO GSI – Sem citar o nome do ministro Augusto Heleno, que estava sendo criticado diretamente na rede social, Carlos Bolsonaro levantou suspeitas sobre a conduta do GSI no episódio que levou à prisão o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, flagrado na Espanha com 39 kg de cocaína em voo da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI?”, respondeu o vereador Carlos Bolsonaro em um comentário. “Sua grande maioria podem (sic) ser até homens bem intencionados e acredito que sejam (sic), mas estão subordinados a algo que não acredito. Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado. Estou sozinho nessa, podendo a partir de agora ser alvo mais fácil ainda tanto pelos de fora tanto por outros.”
APOIO DO IRMÃO – Para Eduardo Bolsonaro, as críticas foram normais. “O Carlos só expressou uma desconfiança dele, pessoal e, mesmo assim, fazendo uma ressalva dizendo que a maioria dos funcionários, das pessoas que trabalham dentro do GSI ou fora, são pessoas que fazem um bom trabalho. Ele comentou em cima de um vídeo de uma jornalista desconfiada de alguns membros de forças armadas e etc. O recado que essa jornalista passou no vídeo é que não existe categoria 100% confiável. E ela está certa. Nem 100% dos políticos são honestos, 100% de qualquer categoria está acima do bem e do mal”, afirmou o deputado, assinalando: “Ele não falou que desconfia do general Heleno”.
Nessa segunda-feira, o governo tentou minimizar a fala de Carlos. O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, afirmou a jornalistas em entrevista coletiva que o GSI possui qualificação “bastante extremada” e que seus recursos humanos “são preparados da melhor forma possível para promover segurança”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Com esse tipo de filho, o presidente Jair Bolsonaro nem precisa de inimigos. Seus próprios rebentos de encarregam de bagunçar o governo(C.N.)

ONU e OEA se manifestam contra ataques que Glenn Greenwald está sofrendo de autoridades brasileiras



As ameaças e ataques que o jornalista Glenn Greenwald vem sofrendo de políticos e autoridades brasileiras chamou a atenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por Vinicius Segalla no DCM

Nesta segunda-feira (1), O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, David Kaye, emitiram um comunicado informando ao mundo inteiro que o jornalista do Intercept Brasil vem sofrendo “as ameaças, desqualificações por parte das autoridades e as intimidações recebidas pelo jornalista Glenn Greenwald da agência de notícias The Intercept Brazil, bem como com seus parentes, após a divulgação de informações e denúncias de interesse público.”

As autoridades internacionais destacaram o importante papel desempenhado pela mídia para a democracia, especialmente quando se trata de jornalismo investigativo ativo. “Como resultado, os jornalistas que investigam casos de corrupção ou ações impróprias por autoridades públicas não devem estar sujeitos a assédio judicial ou outro tipo de assédio em retaliação por seu trabalho.”

Os relatores lembraram também que “o Estado brasileiro tem a obrigação de prevenir, proteger, investigar e punir a violência contra jornalistas, especialmente aqueles que foram submetidos a intimidação, ameaças ou outros tipos de violência.””


Leia, abaixo, a íntegra do comunicado conjunto da ONU e da CIDH:

O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, David Kaye, expressam sua preocupação com as ameaças, desqualificações por parte das autoridades e as intimidações recebidas pelo jornalista Glenn Greenwald da agência de notícias The Intercept Brazil, bem como com seus parentes, após a divulgação de informações e denúncias de interesse público.

Os Relatores Especiais instam o Estado do Brasil a conduzir uma investigação completa, efetiva e imparcial das ameaças recebidas pelo jornalista e sua família. Também lembra as autoridades brasileiras de suas obrigações de prevenir e proteger os jornalistas em risco e garantir a confidencialidade das fontes de informação.

De acordo com informações de conhecimento público, no dia 9 de junho a Intercept Brazil começou a publicar uma série de vazamentos que denunciavam alegadas irregularidades na chamada “operação anticorrupção Lava Jato”.


Imediatamente após a publicação, o jornalista Glenn Greenwald começou a receber insultos, calúnias e ameaças de morte. US congressista David Miranda – – e os filhos do casal também sob o rótulo #DeportaGreenwald, uma campanha coordenada de assédio contra o jornalista e seu marido (o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) se tornou viral.

As autoridades públicas apontaram para a natureza supostamente ilegal do material vazado recebido pela Intercept Brasil de uma fonte anônima para desqualificar ou restringir a liberdade de imprensa.

Além disso, os deputados federais defenderam a possibilidade de convocar o jornalista Glenn Greenwald para a Câmara dos Deputados e acusaram-no de cumplicidade com “práticas de ativismo jornalístico através de um ato criminoso, que (ele faz) cúmplice”. Esses legisladores expuseram o jornalista como um agente que estaria enfrentando instituições e autoridades brasileiras ou “cometendo crimes contra a segurança nacional”, implicando que ele poderia ser criminalmente criminalizado ou deportado do país.

Os Relatores Especiais também documentaram as publicações de um legislador federal que exibiu uma foto de Greenwald no Facebook sob o título “Inimigo do Brasil”. A publicação também envolveria seu marido, David Miranda.

Por meio de um comunicado datado de 17 de junho, Miranda divulgou uma série de ameaças contra ele e seus filhos, também informou que havia apresentado uma queixa à Polícia Federal brasileira, devido ao crescente número de ataques recebidos pelo deputado após que o marido dela publique os vazamentos.

Além disso, o Relator Especial da CIDH regista a informação fornecida antes de emitir a declaração do Estado do Brasil, o que indica que o jornalista pode ativar o “Programa de Proteção para Defensores dos Direitos Humanos, comunicadores sociais e Environmentalist” ( PPDDH), que desde setembro de 2018 expandiu seu escopo de atuação para incluir jornalistas e comunicadores sociais.

Em várias ocasiões, os Relatores Especiais destacaram o importante papel desempenhado pela mídia para a democracia, especialmente quando se trata de jornalismo investigativo ativo. Como resultado, os jornalistas que investigam casos de corrupção ou ações impróprias por autoridades públicas não devem estar sujeitos a assédio judicial ou outro tipo de assédio em retaliação por seu trabalho. O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas declarou que os ataques contra pessoas que exercem sua liberdade de expressão não podem ser compatíveis com o artigo 19 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos em nenhuma circunstância. No mesmo sentido, os Estados-Membros da OEA reafirmaram que “o jornalismo deve ser exercido livre de ameaças, abuso físico ou psicológico ou outro assédio” e pediu para implementar abrangente de prevenção, protecção e aplicação neste Matter (AG / RES. 290, XLVII-O / 17), aprovada pela Assembléia Geral da OEA no marco de seu 47 ° período ordinário de sessões.

Os Relatores Especiais lembram que o Estado brasileiro tem a obrigação de prevenir, proteger, investigar e punir a violência contra jornalistas, especialmente aqueles que foram submetidos a intimidação, ameaças ou outros tipos de violência. A obrigação de prevenir, supõe – entre outros – o de adotar um discurso público que contribua para prevenir a violência contra jornalistas, que “exige que os funcionários públicos se abstenham de fazer declarações que exponham jornalistas e trabalhadores da mídia a um maior risco de atos de violência “. Além disso, a Relatoria da ONU declarou que “O Estado deve assegurar a integridade física e psicológica dos jornalistas”.

Da mesma forma, a proteção de fontes jornalísticas constitui um princípio que faz parte do direito à liberdade de expressão, dado seu valor inestimável para a sociedade acessar informação de interesse público que, sem essa proteção, dificilmente se tornaria pública. O Princípio 8 da Declaração de Princípios sobre Liberdade de Expressão da CIDH estabelece que “todos os comunicadores sociais têm o direito de reservar suas fontes de informação, anotações e arquivos pessoais e profissionais”. Da mesma forma, em âmbito internacional, a confidencialidade das fontes deriva das garantias do direito de buscar, receber e divulgar informações, o que está consagrado no artigo 19 do Pacto.

Sobre os autores do comunicado:

David Kaye (EUA) foi nomeado Relator Especial para a promoção do direito à liberdade de opinião e expressão em agosto de 2014 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Os Relatores Especiais são parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Os Procedimentos Especiais, o maior corpo de especialistas independentes no sistema da ONU para os Direitos Humanos, é o nome geral dos mecanismos de pesquisa e monitoramento do Conselho de Direitos Humanos para lidar com situações específicas em países ou questões temáticas em todos os países. o mundo. Os especialistas dos Procedimentos Especiais trabalham voluntariamente; eles não são funcionários da ONU e não recebem salário pelo seu trabalho. Eles são independentes de qualquer governo ou organização e agem individualmente.

Edison Lanza (Uruguai) é relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O Escritório do Relator Especial para a Liberdade de Expressão foi criado pela CIDH para promover a defesa do direito à liberdade de pensamento e expressão no Hemisfério, dado o papel fundamental que esse direito desempenha na consolidação e desenvolvimento do sistema democrático.

FONTE:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/onu-e-oea-se-manifestam-contra-ataques-que-glenn-greenwald-esta-sofrendo-de-autoridades-brasileiras

Bolsonaro manifesta respaldo ao general Heleno, após ataque de seu filho Carlos


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Bolsonaro manda que perguntem ao filho Carlos sobre o assunto
Gustavo UribeFolha
​Em meio a uma nova saia-justa criada por Carlos Bolsonaro, o presidente Jair Bolsonaro entrou em contato com o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, e manifestou respaldo a ele.
A informação foi confirmada à Folha nesta terça-feira (2) por dois assessores presidenciais, segundo os quais Bolsonaro atuou para prestigiar o ministro e evitar que o episódio se transformasse em uma nova crise política em meio à tramitação da reforma previdenciária.
RESERVA – ​Em público, no entanto, o presidente evitou comentar o episódio. Perguntado na chegada a almoço no Ministério da Defesa, ele pediu que a imprensa perguntasse sobre o assunto ao vereador pelo Rio de Janeiro.
Nos bastidores, a crítica indireta do filho do presidente ao general foi condenada pela cúpula militar, para a qual ele insiste em causar desarmonia no governo de seu pai.  ​
Na segunda-feira (dia 1º), Carlos fez um comentário em uma página bolsonarista na qual uma pessoa que se identificava como jornalista acusava o GSI e a FAB (Força Aérea Brasileira) como cúmplices do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha com 39 kg de cocaína.
DISSE CARLOS – “Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI? Sua grande maioria podem (sic)ser até homens bem intencionados e acredito que seja (sic), mas estão subordinados a algo que não acredito. Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado”, escreveu o vereador.
O site bolsonarista atacou diretamente Heleno, dizendo que “a culpa é dele”, replicando o que assessores palacianos haviam dito quando o caso estourou. O general chegou a responder, dizendo que a responsabilidade pelas revistas de aeronaves era da FAB.
Não é a primeira vez que Carlos entra em conflito com a núcleo militar do Palácio do Planalto. Nas redes sociais, o filho do presidente já fez críticas públicas ao vice-presidente Hamilton Mourão e ao ex-ministro da Secretaria de Governo Carlos Alberto dos Santos Cruz.
NOTORIEDADE – Nesta terça-feira (dia 2), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que, ao atacar Carlos Bolsonaro, seu irmão, “a imprensa está lhe dando notoriedade”.
“Estão repetindo a fórmula que elegeu um deputado desconhecido do baixíssimo clero a Presidência da República”, escreveu, em uma referência ao seu pai, Jair Bolsonaro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse episódio demonstra que a irresponsabilidade não é característica apenas de Carlos Bolsonaro (Zero Dois), pois as maluquices dele são incentivadas  pelo irmão Eduardo Bolsonaro (Zero Três), que poderia funcionar como elemento moderador, mas prefere se portar como incentivador das atitudes disruptivas e desagregadoras do irmão, que age como um incendiário que tentar atear fogo ao governo do próprio pai. (C.N.)  

Congresso prevê ‘divórcio’ com Planalto depois da reforma da Previdência


JAIR BOLSONARO
Sem ter maioria, Bolsonaro vai depender de Alcomlubre e Maia
Vera Rosa, Mariana Haubert e Daniel WetermanEstadão
O Congresso prevê uma temporada de atritos com o Planalto após a esperada aprovação da reforma da Previdência, no segundo semestre, se o presidente Jair Bolsonaro não mudar o jogo com os parlamentares. Alvo de ataques em redes sociais bolsonaristas e em manifestações de rua, como as de domingo, políticos de vários partidos avaliam que o governo não terá votos suficientes para tirar do papel os seus projetos e só não enfrentará um “apagão legislativo” porque há uma agenda pós-Previdência construída pela cúpula da Câmara e do Senado.
Tudo o que tem a digital do Planalto é visto com ceticismo pelo Congresso. Pouco antes dos seis meses de mandato, completados nesta segunda-feira, dia 1º, Bolsonaro mexeu na articulação política do governo, que agora será comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, mas nem mesmo o anúncio da troca serviu para apaziguar os ânimos.
EDUARDO AMEAÇA – Ao participar no domingo do ato em apoio ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, à Lava Jato e à reforma da Previdência, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que “todas as vezes que esse Congresso aprontar” haverá protestos no País. “E, se for preciso, a gente propõe uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para reduzir o número de parlamentares”, discursou o filho “03” do presidente.
O pacote anticrime do ministro Sérgio Moro é hoje uma das medidas que podem enfrentar retaliações no Congresso. Pelas contas do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o Planalto não terá votos para aprovar projetos relevantes, após mexer nas regras da aposentadoria.
DIFICULDADES – “Depois da reforma vai ser muito difícil unificar Câmara e Senado com esse modelo”, disse Alcolumbre, em jantar promovido há oito dias pelo jornal digital Poder 360. “No Senado, o governo tem os quatro votos (da bancada) do PSL. Tem que procurar um método de se aproximar da política. A campanha acabou, não dá para ficar incentivando a divisão.”
Alcolumbre vê “muito mais dificuldades” para pautar propostas do Executivo na volta do recesso parlamentar, em agosto, a não ser que elas sejam de interesse dos parlamentares. “Sou do Amazonas. Lá, por exemplo, o cara precisa de arma”, comentou o senador, em uma referência ao controverso decreto editado por Bolsonaro.
Apesar de admitir tropeços do governo na relação com Câmara e Senado, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) disse acreditar que a pressão popular ajudará Bolsonaro a emplacar projetos, como o pacote de Moro, o decreto que amplia o porte de armas e as privatizações. “Aposto na pressão das ruas nas principais pautas”, afirmou.
CLIMA LITIGIOSO – O problema é que, passados seis meses de mandato, Bolsonaro não tem um polo de sustentação no Congresso e o clima, ali, continua de divórcio litigioso.
“Até agora, nós não sabemos qual é a agenda do governo além da reforma da Previdência”, constatou o prefeito de Salvador, ACM Neto. Prefeito de Salvador. Presidente do DEM, Neto destacou, ainda, que, diante desse cenário, fica difícil fazer um “prognóstico” sobre votos favoráveis a outras propostas do Executivo. “Ao que tudo indica, o governo fez uma opção clara por não ter uma base”, resumiu ele.
Na avaliação do senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), nada irá para a frente enquanto o Planalto não arquivar as polêmicas com o Congresso nem apresentar medidas concretas. “O que vejo é só discurso. Qual é a agenda? Privatização por acaso é agenda?” Para Cardoso, Bolsonaro não tem plano B, nem C, nem D. “O governo só tem o plano A, que é a reforma da Previdência, mas não abre a caixa-preta da dívida pública.”
“DAY AFTER” – Em nova tentativa de se contrapor à “ofensiva” do Congresso e, principalmente, do Centrão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, montou uma estratégia para o “day after” da Previdência. Guedes aposta as fichas na reforma tributária que o governo vai apresentar e quer discutir o tema junto com a proposta enviada pelo líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP).
“A reforma tributária não é do governo. É uma agenda dos governadores, dos prefeitos e, principalmente, da sociedade, que paga tantos impostos”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Foi Maia que pediu a Rossi para encaminhar o projeto que unifica cinco impostos, com base em estudo do economista Bernard Appy.
Com Alcolumbre, Maia prepara um pacote de medidas s e iniciativas que tratam de temas sociais, como segurança, saúde e educação. Estão no radar, ainda, propostas como autonomia do Banco Central, redução da taxa de juros no cheque especial, contrato de cessão onerosa entre União e Petrobrás e novo marco legal de saneamento básico.
RAINHA DA INGLATERRA – Bolsonaro declarou, recentemente, que o Congresso quer transformá-lo em uma “rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa. Após assegurar na campanha que é contra a reeleição, ele admitiu disputar novo mandato, em 2022, caso não seja aprovada “uma boa reforma política”. A que tramita na Câmara prevê mandato de cinco anos e fim da reeleição.
No domingo, Eduardo Bolsonaro defendeu limitar o número de mandatos parlamentares. “O Congresso precisa ser oxigenado”, disse. Seu pai, o presidente, porém, foi reeleito seis vezes quando era deputado.

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Publicado em 28 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Duke (Arquivo |Google) Charge do Duke ...

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