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sábado, maio 04, 2019

Juíza que teve bens bloqueados pretendia disputar vaga no CNJ


por Frederico Vasconcelos | Folhapress
Juíza que teve bens bloqueados pretendia disputar vaga no CNJ
Foto: Divulgação / Prefeitura do Rio de Janeiro
A juíza federal Cláudia Valéria Mello, de São João de Meriti (RJ), que teve os bens bloqueados pela Justiça Federal, pretendia disputar uma vaga para compor o colegiado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ela é titular da 4ª Vara Federal de São João de Meriti desde 2013, com jurisdição criminal em toda Baixada Fluminense, e diretora do Foro da Subseção da comarca, além de presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal Regional Federal da 2ª. Região (TRF- 2).

Nesta quinta-feira (2), a Procuradoria da República no Rio de Janeiro informou que a Justiça Federal concedeu medida cautelar para bloquear as contas e os bens da juíza. Em ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF), ela foi acusada de conceder, entre 2000 e 2003, liminares indevidas a empresas de combustíveis.

Foi retirado do site do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o formulário padronizado com os dados fornecidos pela magistrada para concorrer à vaga de juiz federal no CNJ. A eleição para indicação dos juízes federais candidatos será realizada no próximo dia 8.

No item em que o STJ questiona se o candidato (a) responde a sindicância, e se foi punido (a) em processo administrativo disciplinar, a juíza informou que respondeu a Processo Administrativo Disciplinar “há mais de dez anos”, encerrado em 2011, “por força de decisão unânime do Conselho da Justiça Federal”.

A juíza Cláudia Varela Mello informou à reportagem que desistiu da candidatura por motivos de saúde na família. “Estou muito tranquila. O Ministério Público está questionando atos jurídicos e fatos que já foram julgados pelo TRF-2”, disse. “Fomos absolvidos na ação penal pelo tribunal regional, decisão mantida por unanimidade pela 3ª Seção do STJ e pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

No último dia 30 de janeiro, o procurador da República Rodrigo da Costa Lines ajuizou ação civil pública, atribuindo à causa o valor de R$ 495 milhões —ou seja, o montante de indisponibilidade dos bens referentes à juíza.

“A magistrada proferia decisões arbitrárias e visando vantagem indevida, pois, além de ter proferido as liminares em tempo exíguo e sem qualquer verificação de domicílio, postergava a comunicação ao Ministério Público Federal e à Fazenda Nacional quanto à concessão das liminares”, afirmou o procurador.

O MPF sustenta que, “pelo menos em 11 ações protocoladas entre 2000 e 2003 nas Varas Federais do Rio de Janeiro, Angra dos Reis e Nova Friburgo, comprovaram-se que, apesar de as empresas terem sede em outros estados, foram simuladas suas transferências para os locais onde a magistrada Cláudia Valéria estava exercendo a jurisdição e, assim, obterem liminares favoráveis.”

“Paralelamente, foram observados diversos indícios de incompatibilidade patrimonial e do recebimento de vantagens indevidas por meio de depósitos sem origem lícita comprovada e da celebração de contrato simulado com a empresa Mello’s Mel Empreendimentos Artísticos, pertencente ao marido da juíza, Allyrio Domingues de Mello Júnior”.

Ainda segundo os autos, submetida a Procedimento Administrativo Disciplinar, o TRF-2 concluiu que as condutas tomadas pela magistrada configuraram faltas funcionais graves, já que desviaram das finalidades jurisdicionais apresentadas na Lei Orgânica da Magistratura. Na esfera criminal, no entanto, a magistrada foi absolvida pelo Tribunal.

Em 2007, foi aplicada a penalidade de disponibilidade, com vencimentos proporcionais. O STF deferiu o compartilhamento de provas para fins de ajuizamento de ação de improbidade administrativa.

O MPF apresentou denúncia contra a magistrada e seu marido em 4 de julho de 2008.

Em julgamento iniciado em abril de 2013 no TRF-2, vários magistrados acompanharam o entendimento do relator de que “o Ministério Público não havia demonstrado o recebimento da vantagem indevida e de que forma ocorreu a promessa de vantagem indevida”.

Esse julgamento foi suspenso com pedido de vista do juiz federal Abel Gomes, que, “em voto-vista traçou histórico, por meio de provas reunidas, das liminares concedidas pela magistrada nos juízos em que atuou, com depósitos encontrados nas suas contas e na do marido”.

Houve suspensão do julgamento com novo pedido de vista. Em 8 de agosto de 2013, por maioria, a juíza e o marido foram absolvidos.

“A absolvição, no entanto, não impede o ajuizamento de ação de improbidade administrativa”, registra o procurador Rodrigo da Costa Lines.

DADOS CURRICULARES
Segundo informações fornecidas ao STJ, a juíza Cláudia Valéria Mello concluiu em janeiro deste ano o Curso de Doutorado em Direito Penal, na Universidade de Buenos Aires. Atualmente, está em fase de preparação do projeto de tese. Tem pós-graduação em Responsabilidade Civil em Direito do Consumidor pela Universidade Estácio de Sá, realizado entre 2010 e 2011

Antes de ingressar na magistratura, foi advogada da Petrobras e do Banco do Brasil, empresas nas quais ingressou por concurso público.

Foi juíza do trabalho substituta e professora de Direito Processual Penal da Universidade Cândido Mendes e Direito Administrativo da Unirio Universidade do Rio de Janeiro.

Publicou ainda os seguintes títulos: “Narcotráfico – O Grande Mal da Humanidade” – 2000 – Revista do Instituto Iberoamericano de Direito Processual; “A Valoração da Prova no Processo Penal” – 2007 – Revista de Combate a Fraudes em Seguros; “A Robotização do Poder Judiciário” – 2009 – sites jurídicos; “A Tutela Coletiva na Defesa do Consumidor Portador de Deficiência” – Revista Cidadania e Justiça, 2013; “Aspectos Filosóficos do Direito de Punir do Estado e Garantismo Penal” – Revista Internacional Consinter de Direito – Madri – 2018; e “Sociologia das Ocupações Juridicas” – Livro Latinoamerica y Derecho em Exposición – Volume X – Editora Livro Rápido – 2018.
Bahia Notícias

Governo corre para tentar convencer Congresso a liberar extra de R$ 248 bi


por Thiago Resende | Folhapress
Governo corre para tentar convencer Congresso a liberar extra de R$ 248 bi
Foto: Agência Brasil / Divulgação
Com uma base parlamentar modesta e instável, o Palácio do Planalto corre o risco de ficar sem recursos para pagar subsídios e benefícios a idosos carentes e pessoas com deficiência (BPC).

Para contornar esse grave problema de caixa, a equipe econômica do ministro Paulo Guedes passou a articular a aprovação do projeto de lei que autoriza o governo a gastar R$ 248 bilhões com recursos a serem obtidos com títulos do Tesouro Nacional.

É a primeira vez que o Poder Executivo precisará desse tipo de aval do Congresso Nacional para realizar despesas como as transferências assistenciais aos mais pobres.

A chamada "regra de ouro" impede o governo federal de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência Social e benefícios assistenciais.

Guedes pediu ao Congresso para que, em 2019, haja uma exceção a essa limitação.

Por ser um caso incomum, o governo federal terá de obter 257 votos na Câmara dos Deputados e 41 votos no Senado depois que o projeto sair da Comissão Mista de Orçamento (CMO), onde está parado.

O governo, porém, deve sofrer uma derrota. Relator da proposta na comissão, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) informou à reportagem que deve excluir a autorização para que Guedes use títulos públicos para pagar subsídios.

Se essa ideia prevalecer no Congresso, a equipe econômica não teria, a partir de julho, mais recursos para programas federais.

Estariam em risco o Pronaf (programa de fortalecimento para agricultura familiar), o Proex (financiamento às exportações), o PSI (programa de sustentação do investimento) e também operações de investimento rural e de custeio agropecuário.

"Não tem sentido nenhum aumentar esses gastos se temos um déficit tão grande, que temos de emitir títulos do Tesouro para pagar despesas básicas, como o BPC", disse Rocha.

Vincular despesas como BPC, Previdência, Bolsa Família e subsídios à autorização pedida ao Congresso foi uma decisão do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), durante a elaboração do Orçamento de 2019.

A antiga gestão acreditava que quem fosse eleito não teria dificuldade em receber o sinal verde dos parlamentares para conseguir recursos destinados a essas áreas sociais.

O dinheiro tem de ser usado para esses setores, cumprindo o previsto no Orçamento e no projeto que está no Congresso.

Para tentar garantir que o projeto seja aprovado até julho, secretários de Guedes começaram nesta semana a entrar em contato com o relator -duas semanas depois de o deputado assumir a função. O prazo para a área econômica, no entanto, é curto.

Desarticulado no Congresso, o governo Bolsonaro depende do aval dos parlamentares para que, a partir de julho, não interrompa o pagamento do BPC, benefício assistencial a idosos em condições miseráveis e pessoas deficientes.

Segundo técnicos da Câmara, se o governo fizer, no segundo semestre, a transferência aos beneficiários sem ter a autorização do Congresso, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) poderá cometer crime de responsabilidade.

Nos bastidores, deputados dizem não acreditar que interlocutores do Palácio do Planalto consigam aprovar o projeto de lei até junho.

A oposição já prepara um pacote para atrasar a votação da proposta na CMO, pedindo, por exemplo, audiências públicas para debater a situação das contas públicas e a "regra de ouro".

Depois da comissão, o projeto ainda terá de passar pelo plenário do Congresso.

Por ser um pedido excepcional, a autorização para esses gastos precisará de maioria absoluta da Câmara e do Senado, e não apenas maioria dos parlamentares presentes, o que exige mobilização dos aliados de Bolsonaro.

Outra dificuldade de Guedes é que a pauta do Congresso está trancada por 23 vetos presidenciais, que têm prioridade na votação. Bolsonaro precisará de amplo apoio as Casas para conseguir superar essa situação.

Dos R$ 248 bilhões pedidos no projeto de lei, R$ 201 bilhões são para despesas com a Previdência Social.

A partir de setembro, o governo não teria mais recursos para benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) se o projeto não for aprovado. O INSS tem 35 milhões de beneficiários.

Para o BPC, são R$ 30 bilhões -previstos para os pagamentos a partir de julho. Os R$ 8 bilhões para subsídios são necessários também a partir de julho.

A equipe econômica afirmou a parlamentares que talvez não precise emitir títulos do Tesouro Nacional para bancar o valor total das despesas previstas (R$ 248 bilhões). Uma parte poderia ser custeada com recursos do Banco Central.

Ainda assim, de acordo com técnicos da Câmara, o Congresso tem de autorizar os gastos previstos para o segundo semestre. Estudo do Senado aponta que o custo real para pagar as despesas seria ainda maior caso o governo se endivide para obter os recursos.

Em nota técnica sobre o projeto enviado por Guedes, técnicos legislativos calculam que haveria um custo adicional de R$ 23,2 bilhões por ano com os juros se forem emitidos títulos no valor total de R$ 248 bilhões.
Bahia Notícias

Jeremoabo: perseguição de policiais a ciganos após morte de PM é investigada


[Jeremoabo: perseguição de policiais a ciganos após morte de PM é investigada]
03 de Maio de 2019 às 12:30 Por: Reprodução / Google Street View Por: Adelia Felix0comentários
A perseguição à uma comunidade cigana em Jeremoabo, no nordeste baiano, após a morte de um policial militar durante uma discussão com ciganos em um bar, é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF). O crime ocorreu no dia 2 de novembro de 2017.
Na época, dois ciganos também morreram. Um inquérito instaurado pela Polícia Civil investiga o motivo da morte do policial José Bonfim Lima, além dos assassinatos dos ciganos Lwillys Messias da Silva e Donizete Alves da Silva.
De acordo com o órgão federal, em março do ano passado foi instaurado um procedimento preparatório que apura supostas perseguições à comunidade após o episódio. As informações estão em uma portaria assinada pelo procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho, publicada nesta sexta-feira (3).
Suspeitos de matarem o policial, Jelson da Silva, o "Gelson Cigano", os filhos dele, Bruno Jordão Matos da Silva e Rogério Matos da Silva, além de Cosme de Jesus Silva e Carlos Daniel dos Santos Lima, foram presos em um imóvel do bairro Saudade II, em Castanhal,  no estado do Pará. Com eles, os policiais encontraram duas armas de fogo e cerca de R$ 28 mil em espécie.
Testemunhas relataram para polícia que o PM José Bonfim Lima brigou no bar com os filhos de Jelson, mas o pai dos rapazes não estava no estabelecimento. Houve luta corporal e um dos homens tomou a arma do policial, fugindo em seguida. Portando uma segunda arma, José foi à casa de Jelson e dos filhos. Houve troca de tiros e o policial que estava na corporação há 14 anos morreu.
À reportagem, a assessoria da Polícia Militar informou que todas as medidas penais e administrativas foram adotadas pela unidade operacional que detém a responsabilidade pela área de atuação no município de Jeremoabo. Acrescentou ainda que a corporação coloca-se à disposição do colegiado do MPF para colaborar no que for possível e necessário para cumprir o mister constitucional do procedimento instaurado
/www.bnews.com.br

Liberdade de imprensa ainda é única ponte entre os fatos e os seres humanos

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Resultado de imagem para liberdade de imprensa frasesPedro do Coutto
A Associação Nacional dos Jornais, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão e a Associação Nacional de Editores de Revistas publicaram nesta sexta-feira, nos grandes jornais do país, peça publicitária altamente importante, focalizando a liberdade de imprensa cuja comemoração mundial ocorreu no dia de ontem. Entre os grandes jornais, a mensagem foi reproduzida pelo O Globo. No texto, as Associações destacaram, com plena razão, que a liberdade de imprensa não se destina a homenagear jornalistas, mas sim destacar o direito que se refere à opinião pública.
O texto acrescenta que a liberdade de imprensa interessa diretamente a todas as pessoas, inclusive revelando opiniões diversas para os fatos que acontecem no dia a dia.
A ABI, CALADA – Surpreende o silêncio da ABI, cuja história através dos tempos por diversas vezes foi marcada por confrontos entre o jornalismo e o poder. Esta verdade é mundialmente abrangente e, para termos noção exata do que ela representa, basta citar as ditaduras em relação as informações e versões.
A primeira medida das ditaduras é suprimir a liberdade de expressão e opinião. Basta dar como exemplo o Nazismo de Hitler, extrema-direita, e o de Stalin, extrema esquerda, cenário em que podemos incluir Cuba e Venezuela, com a ressalva da ditadura de Vargas de 1937 a 1945, que tinha viés trabalhista.
É horrorosa a figura torpe dos que tentaram abafar as vozes que se levantaram para assegurar a volta de direitos humanos perdidos no tempo.
Resultado de imagem para liberdade de imprensa frasesO ESSENCIAL – É claro que não se pode dizer que tudo o que os jornais, emissoras de rádio e televisão e agora incluindo as redes sociais, tudo seja verdadeiro e razoável. Mas não tem importância isso. O essencial é garantir a liberdade, que é o tema principal que rege os regimes democráticos. No qual pode se afirmar inclusive a presença das vocações e das emoções de todos nós. É fato que a verdade não resulta de nenhuma tendência absoluta, mas sim decorre de um processo multilateral que impulsiona a espécie humana.
Além disso, é só medir a capacidade que a mídia em geral possui de se comunicar ao mesmo tempo com milhões de pessoas, caminho que não pode ser percorrido individualmente. Daí a expressão comunicação de massa.
O Brasil já viveu tempos de censura: o Estado Novo de Vargas, derrubado pela entrevista de José Américo de Almeida ao repórter Carlos Lacerda, do Correio da Manhã, em fevereiro de 1945.
À LUZ DOS SÉCULOS – A luta pela liberdade apresenta-se à luz dos séculos como um esforço gigantesco contra o arbítrio e também contra a violência do poder, especialmente a tortura e o assassinato no cárcere, que constituem os maiores crimes hediondos praticados pelos agentes da escravidão ditatorial.
Portanto, nós jornalistas, no dia de ontem, encontramos motivo para irmos ao encontro da opinião pública, sem temores e rancores do passado.

Moro diz que tentativa de transferir Coaf para Economia é fruto de incompreensão


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro 02/05/2019 Foto: José Cruz/Agência Brasil / Agência O Globo
Moro ainda tem esperanças de vencer a pressão dos deputados
Jailton de CarvalhoO Globo
O ministro da Justiça, Sergio Moro , afirmou nesta sexta-feira que o movimento para a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de volta para o Ministério da Economia é fruto de incompreensão de parte do Congresso sobre trabalho dele. Segundo o ministro, não existe, dentro do governo, articulação para devolver o Coaf à antiga casa.
— O que existe é uma discussão dentro do Congresso, um pouco  baseada numa certa incompreensão do que nós pretendemos fazer —  disse o ministro, em entrevista coletiva.
MEDIDA PROVISÓRIA – Para Moro, a posição do governo foi firmada na edição da medida provisória da reforma administrativa, definida pelo presidente Jair Bolsonaro logo depois da posse. Pela medida provisória, o Coaf, criado no antigo Ministério da Fazenda, passa a integrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Deputados e senadores envolvidos no debate querem mandar o Coaf de volta para o Ministério da Economia. Eles argumentam que, no Ministério da Justiça, o Coaf estaria mais exposto à ação política. Poderia ser usado na produção de informações contra adversários políticos do governo. Afirmam também que a reforma, se levada adiante, hipertrofia os poderes do ministro da Justiça.
QUESTÕES OPERACIONAIS – Moro discorda das críticas. Para ele, a transferência do Coaf de uma área para outra se deu por questões operacionais. Mais próximo das instituições policiais, o Coaf facilitaria o combate à criminalidade, defende o ministro.
— Nós entendemos que é importante o Coaf estar presente aqui na Segurança Pública e na Justiça, porque ele tem informações essenciais em matéria de lavagem de dinheiro e que nos serão extremamente úteis para combater organizações criminosas. Se você não tem o rastro do dinheiro, se você não tem identificação do patrimônio, é muito difícil combater essas grandes organizações criminosas — afirmou.
Moro sustenta ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem interesse em receber de volta o Coaf. Com a reforma administrativa, o Ministério da Economia passou a acumular as atribuições dos ministérios do Planejamento, Desenvolvimento e Trabalho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É uma ilusão achar que o Coaf “poupará” políticos e autoridades corruptas, caso seja transferido para a área de Paulo Guedes, que está com nome sujo na praça. Desde o governo Lula que o órgão vem mostrando excelentes serviços. Os técnicos do Coaf saberão reagir a qualquer tentativa de pressão, conforme o presidente do conselho já avisou. (C.N.)

Equipe econômica demonstra não ter condições de tirar o país da grave crise

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Paulo Guedes não aceita debater as grandes questões econômicas
Carlos Newton
Vivemos tempos sombrios, mas a eleição de Jair Bolsonaro encheu o país de esperanças, sinal de um novo tempo. Era de se esperar que desde a época da campanha eleitoral o atual ministro Paulo Guedes e sua equipe já viessem estudando soluções para a crise econômica e social. Praticamente um ano se passou após Guedes surgir na política brasileira como futuro condutor da economia, e até agora, nada. As medidas mais importantes do governo, além do pacote anticrime, foram a extinção do imposto sindical obrigatório e o fim dos quase 700 conselhos federais, pois quase todos não têm a menor utilidade, salvo as exceções de praxe.
Quanto à crise econômica propriamente dita, até agora a única proposta é a reforma da Previdência Social, que não pode ser levada a sério, pois seus dados estão mantidos sob sigilo e o projeto não engloba os militares, um dos setores de maior déficit.
NENHUMA PALAVRA – Todos sabem que o maior problema brasileiro é a dívida pública, que engessa os três níveis da República – federal, estadual e municipal. O ministro Paulo Guedes não dá uma só palavra a respeito, a numerosa equipe econômica também está fechada em copas, como dizem os jogadores de carteado.
O ministro garante que vai economizar R$ 1,1 trilhão em dez anos com a reforma, mas não explica como nem exibe os números. Outro dia, deixou passar a informação de que pretende faturar mais R$ 1 trilhão com as vendas dos ativos da Petrobras e os leilões do pré-sal, mas isso no prazo de 30 anos, e até lá Inês é morta, Bolsonaro e Guedes, também. E seu plano econômico consiste nisso. O resto é silêncio, como diria Érico Veríssimo.
De antemão, é claro que isso não vai dar certo. No caso da Previdência, não há movimentos para aumentar a receita evitado a chamada elisão tributária, como se denomina a redução do pagamento de impostos dentro da “legalidade”.
OS PEJOTAS –  Na campanha, Bolsonaro por duas vezes citou o problema da pejotização, julgou-se que tomaria providências  a esse respeito, mas foi ilusão. Hoje, no Brasil, não existem mais trabalhadores nem artistas bem sucedidos. Todos os executivos de empresas, atores, jornalistas, diretores de bancos e de qualquer tipo de empreendimento empresarial– todos esses enriquecidos empregados se tornaram falsas pessoas jurídicas aqui na filial Brazil, embora na matriz USA isso não ocorra, porque lá sonegação de impostos dá cadeia, perguntem ao grande ator Wesley Snipes.     
Com a pejotização, a empresa deixa de pagar ao INSS 20% sobre o salário do empregado, mais 8% de FGTS, perfazendo 28% de elisão. Além disso, a empresa reduz seu Imposto de Renda, porque lança o salário do empregado integralmente na rubrica “Despesas Operacionais”, diminuindo  o lucro real.
O empregado deixa de pagar 11% ao INSS e seu Imposto de Renda cai de 27,5% para até 10%, perfazendo elisão de 28,5%. Além disso, ele diminui ainda mais o IR ao embutir na contabilidade da falsa empresa todos os seus gastos pessoais com imóveis, veículos, empregados, viagens, compras, restaurantes, hotéis, o que você possa imaginar.
SEM DISCUSSÃO – O mais impressionante é que não há discussão. Parece que as elisões fiscais não existem; a dívida pública, também. O grande debate econômico jamais é travado, até  porque o Brasil vive uma era de radicalismos ideológicos. Não se procura simplesmente raciocinar sobre o que é certo e o que está errado. Hoje o que interessa é se posicionar contra ou a favor de Bolsonaro, num embate ridículo entre esquerdopatas e olavetes.
É nesse cenário que se destaca a importância da Tribuna da Internet, onde se exercita a utopia de procurar defender as opções acertadas e denunciar o que estiver equivocado.
No próximo dia 16 completaremos 10 anos de funcionamento contínuo, 365 dias ao ano, prestando esses serviços aos brasileiros. Podem ter certeza de que na TI iremos elogiar o governo sempre que acerte, como nos casos do imposto sindical e dos conselhos federais inúteis, mas iremos protestar quando erro, o que acontece na inexplicável recusa de auditoria na Previdência e na dívida, especialmente quando as autoridades  mantêm dados sob sigilo.

sexta-feira, maio 03, 2019

Piada do Ano! Em discurso, chanceler se empolga e compara Bolsonaro a Jesus Cristo


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Ernesto Araújo chegou a chorar ao fazer o discurso na cerimônia
Julia Lindner e Daniel WetermanEstadão
Em discurso na cerimônia de formatura dos novos diplomatas do Instituto Rio Branco, o chanceler Ernesto Araújo elogiou o presidente Jair Bolsonaro, comparando-o a Jesus Cristo, e se emocionou diversas vezes. Em referência ao presidente da República, que estava presente na cerimônia, Araújo citou trecho do Evangelho que diz que “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”. No Evangelho, a pedra angular simboliza Jesus Cristo.
“A pedra que os órgãos da imprensa rejeitaram, a pedra que os intelectuais rejeitaram, que os especialistas rejeitaram… Essa pedra tornou-se a pedra angular do edifício do novo Brasil”, completou o chanceler.
SANGUE NAS VEIAS – Citando a homenageada da turma de 30 formandos do Instituto Rio Branco, Aracy Guimarães Rosa, Araújo disse que “diplomacia não significa ficar em cima do muro, nem ficar assistindo em cima do muro esperando ver quem ganha e aí aderir ao vencedor”. “Diplomacia precisa ter sangue nas veias”, disse.
Ainda fazendo menção à Aracy, que no período nazista salvou a vida de dezenas de judeus, Araújo disse que se solidariza aos que sofrem perseguição política atualmente “na Venezuela e em todos os lugares do mundo”.
Ao se dirigir aos formandos, o ministro de Relações Exteriores afirmou que o governo luta por renovação e que Bolsonaro admitiu os diplomatas nessa “causa” de maneira inédita. Também orientou os formandos a “pensarem” e “não terceirizarem informações aos meios de comunicação”.
VALORIZAÇÃO – “Nenhum presidente da República valorizou mais o papel do Itamaraty do que o senhor, nenhum teve visão mais clara sobre o papel da política externa para a transformação nacional”, elogiou o chanceler ao dirigir-se a Bolsonaro.
Araújo contou que, recentemente, Bolsonaro enviou a seguinte mensagem: “enquanto não faltar água no mar, não deixaremos de lutar”. Ele frisou que esse sentimento do presidente o anima. “Temos a oportunidade única de mudar o Brasil e transformá-lo em uma grande nação.”
Sobre a crise na Venezuela, o chanceler afirmou que o Brasil ajudou “de maneira decisiva a criar uma marcha irreversível de democracia na Venezuela”. Também lamentou pessoas que, segundo ele, torcem a favor “da tirania e do cinismo” no país vizinho apenas por torcer contra o governo Bolsonaro, mencionando entre essas pessoas setores da imprensa.
HOUVE AVANÇO – Depois do evento, Araújo afirmou aos jornalistas que o líder opositor venezuelano Juan Guaidó não foi derrotado no último dia 30 ao convocar a população para pressionar Nicolás Maduro. A interpretação de Araújo foi que houve “avanço” no processo e que a pressão diplomática dos países do Grupo de Lima já fez efeito no país vizinho.
 “No Grupo de Lima, hoje, nós queremos deixar muito claro o fato de que o que aconteceu no dia 30, no dia 1.º, não é de forma nenhuma uma derrota desse ímpeto pela liberdade, pela democracia. Ao contrário, isso exige que a comunidade internacional continue trabalhando, como vem trabalhando”, disse.
O ministro afirmou que os países que apoiam o autoproclamado presidente interino da Venezuela se esforçam para não deixar ser criada uma narrativa, “que seria falsa”, de um retrocesso no processo. Ele enfatizou que houve “um avanço” e que é preciso discutir novos elementos de pressão diplomática sobre a Venezuela.
REELEIÇÃO DE MACRI – Araújo negou que o presidente Jair Bolsonaro apoie a reeleição de Mauricio Macri na Argentina, mas destacou que há uma preocupação do chefe do Planalto com uma eventual eleição de Cristina Kirchner no país vizinho.
“Apoio acho que não é bem a questão. Acho que é simplesmente esse nosso compromisso com achar uma pauta, já temos uma pauta muito intensa com o governo Macri”, disse o ministro após almoço com diplomatas formando do Instituto Rio Branco, no Itamaraty.
Ele destacou que Bolsonaro deixou bem claro sua “preocupação” com um retorno de um regime anterior na Argentina. O chanceler afirmou ainda que o governo brasileiro espera desenvolver a relação “independentemente do governo” daquele país.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Das duas, uma. Este cidadão é meio desequilibrado ou um tremendo comediante. A terceira alternativa seria aumentar a dose do remédio para regular a voltagem, como se diz no linguajar dos mecânicos. (C.N.)

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