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quinta-feira, fevereiro 16, 2023

Ministros do Supremo consideram que há provas de crimes de militares no golpismo

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 por Tribuna da Internet

Dispensado na véspera da invasão do Planalto, Batalhão da Guarda  Presidencial tem, na prática, duplo comando

Batalhão da Guarda Presidencial teria mostrado conivência 

Guilherme Amado
Metrópoles

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão convencidos de que há provas suficientes sobre crimes cometidos por militares — de diferentes patentes — no 8 de janeiro. E esses crimes teriam sido cometidos, na visão de alguns ministros, em dois momentos.

Em um primeiro momento, ao proibir a Polícia Militar do Distrito Federal de desmontar o acampamento golpista, militares de patentes mais altas teriam permitido que o espaço servisse para a formação de uma célula terrorista, onde foram planejados e de onde partiram os ataques aos Três Poderes naquele domingo.

NOVA PROIBIÇÃO – Conforme revelou a coluna, essa proibição ocorreu também na noite do 8 de janeiro, por parte do Comando Militar do Planalto (general Gustavo Dutra de Menezes) e do Comando do Exército (general Júlio Arruda). Os dois afirmaram ao interventor Ricardo Cappelli que não permitiriam a remoção.

O comandante do Exército chegou a dizer para o então comandante da Polícia Militar, coronel Fábio Augusto Vieira, que a tropa sob seu comando era maior do que a da PMDF.

Em depoimento após ser preso, o coronel Jorge Eduardo Naime, que era o comandante de Operações da PMDF, afirmou que também havia sido proibido de desmontar o acampamento em dezembro, ainda no governo Bolsonaro, quando o Exército era comandado por Marco Antônio Freire Gomes.

CONJUNTO DE PROVAS – Nesse rol de possíveis crimes, os ministros veem um conjunto de provas, formado pelos depoimentos já prestados e outros que ainda deverão ocorrer.

Já nos ataques propriamente ditos, a comprovação de conivência e omissão proposital está dada pelos vídeos, que mostram a Guarda Presidencial do Palácio do Planalto, formada por militares do Exército, não fazendo nada e deixando o palácio ser destruído.

Diversas imagens, algumas publicadas pela coluna, e relatos de servidores do Planalto, como este, também entrevistado pela coluna, mostram que os militares da Guarda Presidencial queriam deixar os golpistas saírem do palácio sem ser presos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Uma coisa é admitir que houve crimes de militares, fato que está fora de dúvida. Outra coisa, muito diferente, é punir os militares. O processo e o julgamento têm de ser feitos pela Justiça Miiltar, cabendo recurso ao Supremo somente em caso de inconstitucionalidade da decisão. E nesses casos, quase sempre o corporativismo fala mais alto. (C.N.)


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