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terça-feira, agosto 02, 2022

Legado de Guedes: Aluguéis sobem mais do que a inflação e governo corta verbas em universidades

Publicado em 2 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Genildo (Arquivo Google)

Pedro do Coutto

Mais dois episódios que se acrescentam ao desastroso legado do ministro Paulo Guedes oferecido a um país que enfrenta disparadas seguidas de preços e congelamentos de salários. Até a previsão do salário mínimo para 2023, segundo a proposta de Orçamento enviada ao Congresso, prevê um reajuste de 9%, ultrapassado até agora por uma inflação que se aproxima de 12 pontos.

No Ministério da Economia, regendo a administração de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes ultrapassa até a atuação de Delfim Netto, ministro em todos os governos militares, exceto o de Geisel. Na ocasião, Delfim Netto criou a expressão “milagre brasileiro”. Um crescimento extraordinário do Produto Interno Bruto que não foi acompanhado pela respectiva redistribuição de renda. Tanto assim, que as favelas crescem velozmente e hoje no Rio nelas reside um terço da população da cidade, sob condições de vida que vão de mal a pior.

ALUGUÉIS –  Excelente reportagem de Raphaela Ribas, Marcelo Mota, Ana Clara Veloso e Bruna Martins, O Globo, destacam a subida no valor dos aluguéis que, no primeiro semestre deste ano, subiram 9,4%. A  inflação do período subiu 5,5%. Em algumas cidades, a diferença é até maior, mas o problema se eterniza, pois como é possível pagar aluguel se os preços se projetam incessantemente e os salários permanecem estacionados?

Mas esse problema não existe para Paulo Guedes, voltado para o mercado financeiro e para o que ele mesmo diz ser o ambiente de negócios, como prova de desenvolvimento. O problema da locação é enorme. No país, provavelmente, existem cerca de 10 milhões de imóveis sob locação. Como os inquilinos vão se livrar desse problema é um enigma.

O fenômeno também não é favorável aos proprietários de imóveis que têm sido obrigados a reajustar os aluguéis em índices menores. E quando isso não acontece, a reportagem de O Globo acrescenta que, como consequência, 13,8% dos imóveis alugados ficaram vazios até agora. Os proprietários têm que arcar assim com o condomínio e com o IPTU.

UNIVERSIDADES PODEM PARAR –   É o que revela Bruno Alfano, reportagem no O Globo desta segunda-feira, mostrando que este ano os cortes de verba se repetem, atingindo 17 universidades brasileiras, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujos recursos a partir de setembro não serão suficientes para pagar as taxas de energia elétrica, de água e outras despesas inadiáveis.

Para se ter uma ideia do panorama geral, em 2019, as universidades receberam R$ 5,7 bilhões. Para 2022, a previsão é de R$ 5,1 bilhões, reduzindo o total e não compensando a inflação superior a 20% do período. Verifica-se uma situação caótica do ensino superior, pois os cortes atingiram universidades de diversos estados. O que vai no pensamento do ministro Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro ?

RACISMO – Apesar das reações que se generalizam, o racismo permanece como uma manifestação de atraso, de injustiça, e de ignorância. Agora mesmo, assistindo ao Fantástico de domingo, na TV Globo, o episódio que envolveu o ator Bruno Gagliasso e sua esposa Giovanna Ewbank  ocorreu próximo à Lisboa. Ofensas contra dois filhos do casal.

É incrível que através dos séculos, exista preconceito. No fundo, no meu modo de ver, só existe uma raça: a raça humana que iguala a todos. A respeito do racismo, muito bom o artigo de Ana Cristina Rosa, Folha de S. Paulo de ontem e o aviso da Universidade do Rio Grande do Sul: “Nesta universidade não há vagas para racistas”.

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