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quarta-feira, agosto 03, 2022

Gilmar Mendes acha que Bolsonaro aceitaria uma eventual derrota, sem tentativa de golpe


ministro Gilmar Mendes

Não há clima no país e no exterior para o golpe, diz Gilmar

Guilherme Amado e Eduardo Barretto
Metrópoles

O ministro Gilmar Mendes, do STF, disse, nesta terça-feira (2/8), acreditar que Jair Bolsonaro respeitará o resultado das urnas em outubro. Mendes afirmou também que não existe nas Forças Armadas intenção de partir para uma aventura golpista.

“Acho que sim, Bolsonaro aceitará o resultado eleitoral. Me parece que é um pouco mais a explicação para um momento eleitoral delicado que está vivendo. Se é a melhor forma de explicar, aí já é outra questão”, disse Gilmar Mendes em entrevista ao Boletim Metrópoles 2ª Edição, apresentado pela jornalista Larissa Alvarenga.

IMITAÇÃO DESAJEITADA – Para Mendes, esse comportamento de ameaça às eleições, repetido por Bolsonaro em público, é reflexo de discursos iliberais mundo afora. O ministro avaliou que no Brasil há uma imitação desajeitada dessa estratégia.

“Faz parte um pouco desse discurso de grupos que se organizaram em alguns lugares do mundo, a chamada democracia iliberal. Aqui, até de uma maneira um pouco canhestra, tentamos mimetizar isso, sem muita elaboração ou talento. Ficamos um pouco numa versão pastelão desse modelo”, ironizou.

O decano do STF disse também não ver entre os militares uma disposição de apoiar algum ato golpista. “Não me parece que haja clima nem no plano internacional nem no nacional para esse tipo de aventura ou investida”, afirmou.

ARMAS DA LEI – Sobre a postura do Supremo frente a ameaças antidemocráticas, o ministro acrescentou: “As nossas armas são aquelas que estão nas leis”. Gilmar Mendes ainda saiu em defesa do sistema eleitoral e elogiou um notório desafeto de Bolsonaro: o ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro costuma ofender Moraes e mentir sobre a urna eletrônica em discursos. No Sete de Setembro do ano passado, ameaçou não cumprir decisões do Supremo. Depois, recuou.

 “O ministro Moraes cumpriu uma função importante no inquérito das fake news, dos atos antidemocráticos. O inquérito contribuiu para um certo controle naquele quadro de descontrole. É uma pessoa firme, conhece bem o direito, mas também é um homem do diálogo, o que é fundamental no TSE”, acentuou Gilmar Mendes.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Nenhuma novidade no front ocidental. Nada mudou no Supremo, liderado por Gilmar Mendes, que leva o tribunal a fazer o que ele bem entende. Foi Gilmar quem comandou, através do discípulo Dias Toffoli, a libertação de Lula. Depois, através do seguidor Edson Fachin, a anulação das condenações do petista. No Brasil de hoje, Gilmar Mendes é uma espécie de Rasputin sem barba, lambendo os beiços, prazerosamente. (C.N.)  

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