O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ameaçou nesta terça-feira, 31, retirar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) do plenário após o parlamentar questioná-lo sobre sua intenção de pautar a privatização da Petrobras. A confusão começou porque Glauber chamou Lira de ditador e perguntou se ele não tinha vergonha de dar entrevistas afirmando que iria pautar projetos para privatizar a estatal.
Durante o bate-boca, Lira cortou o áudio do microfone do colega e além de ameaçar retirá-lo à força do plenário, o presidente da Câmara também disse que iria processar Glauber no Conselho de Ética. "A diversidade de pensamentos nesta Casa é permitida, só não é aceita nesta Casa falta de respeito", completou.
Após a discussão, Lira deu a palavra para que Glauber Braga falasse na tribuna da Casa, em nome do partido. O deputado do PSOL, então, voltou a criticar o presidente da Casa pelas falas recentes a favor da privatização da Petrobras.
Estadão / Dinheiro Rural
***
Prefeito de Fortaleza vai acionar Petrobras na Justiça após venda da Lubnor
O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), afirmou em vídeo divulgado nesta terça-feira, 31, pelas redes sociais, que vai judicializar a venda da refinaria Lubnor pela Petrobras para a Grepar Participações, por US$ 34 milhões, anunciada na última quinta-feira. A operação ainda precisa ser avaliada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
De acordo com Sarto, a prefeitura tem 30% do terreno onde está instalada a Lubnor, ou 60.489,98 metros quadrados, e a venda prejudica a cidade.
"(A Petrobras) está vendendo uma refinaria que está na nossa cidade desde a década de 1970, por um preço muito abaixo do valor de mercado, o que traz prejuízo para o Brasil e principalmente para Fortaleza, que tem 30% do terreno da refinaria", afirma Sarto.
Ele informou que já oficializou à Petrobras e à Grepar que vai judicializar o processo para saber se está de acordo com o Plano Diretor e à Lei de Uso de Ocupação do Solo de Fortaleza.
"Não vamos deixar que Fortaleza seja prejudicada de jeito nenhum por esse processo", afirmou.
Estadão / Dinheiro Rural