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terça-feira, março 29, 2022

Bolsonaro enfim demite o general insolente e vai mudar a política de preços da Petrobras

 


Quem é Adriano Pires, indicado pelo governo para comandar a Petrobras |  Economia | G1

Economista Adriano Pires, o novo presidente da Petrobras

Deu no G1

Prestes a completar um ano à frente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna foi demitido da cadeira a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele permaneceu 343 dias no cargo, e acabou derrubado por motivos muito parecidos com seu antecessor.

O general substituiu o economista Roberto Castello Branco, que sofreu pressão do governo federal por conta da política de preços da estatal. Desde 2016, ainda na gestão de Pedro Parente, a empresa adotou a política de paridade internacional (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias.

CAUSA DA INFLAÇÃO – A política de paridade internacional é orientada pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Com o dólar ainda em patamares elevados e o valor crescente das commodities desde o ano passado, essa tem sido a principal injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil.

Mesmo com reajustes mais esporádicos, Silva e Luna desagradou ao seguir a lógica de mercado para definição dos preços. Diante da tensão crescente após o estouro do conflito entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras ficou 57 dias sem reajustes enquanto estudava a escalada de preços de commodities no mundo. Mas a demora a obrigou a fazer um severo reajuste nos preços, com aumento de 18,8% no litro da gasolina e de 24,9% no litro do diesel para as refinarias.

Na bomba, a gasolina chegou a uma média de R$ 7,210, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

BOLSONARO CRITICOU – Foi o bastante para que o presidente Bolsonaro voltasse a fazer uma série de críticas públicas à empresa, mirando tanto a PPI como o lucro recorde da empresa em 2021, de R$ 106 bilhões.

À época da demissão de Castello Branco, Bolsonaro também fez uma série de críticas aos reajustes de preços de combustíveis, e já falava em mudar a política de preços da estatal com o apoio da Câmara dos Deputados.

O economista teve que lidar com uma desvalorização feroz do real perante o dólar em virtude da aversão a risco no primeiro ano de pandemia da Covid-19 além dos efeitos da crise política e fiscal no país. A moeda americana terminou 2020 com alta de 29,36%, o que impulsionou o preço dos combustíveis.

“FORA DA CURVA” – Antes do anúncio de troca, Bolsonaro afirmou em sua live semanal que o último reajuste da gestão Castello Branco foi “fora da curva” e que “alguma coisa” iria acontecer na Petrobras.

“Nesses dois meses nós vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar o imposto para ajudar a contrabalancear esses aumentos, no meu entender excessivo, da Petrobras. Mas eu não posso interferir, nem iria interferir na Petrobras, se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias, você tem que mudar alguma coisa, vai acontecer”, disse em transmissão na quinta.

No dia seguinte, uma nota foi publicada em rede social, com cabeçalho atribuído ao Ministério de Minas e Energia. A medida contrariava regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e indicava interferência do governo. As ações da Petrobras caíram mais que 20% no pregão da segunda-feira seguinte, quando o mercado absorveu o impacto da mudança na presidência.

A MESMA POLÍTICA – Já sob a batuta de Silva e Luna, a Petrobras renovou o desafio com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional, puxado pela reabertura da economia após o avanço da vacinação contra a Covid.

Em sua cerimônia de posse, Silva e Luna deu ênfase à “previsibilidade” como marco da Petrobras sob sua gestão, sem se desvincular com a “paridade internacional” com os preços internacionais do petróleo.

“Sabemos que credibilidade não é fruto de uma percepção momentânea, é o somatório de uma longa coerência de atitudes. (…) Não há dúvidas de que os principais desafios, entre tantos outros, são fazer a Petrobras cada vez mais forte, trabalhando com visão de futuro, com segurança, respeito ao meio ambiente, aos acionistas e à sociedade em geral, de forma a garantir o maior retorno possível ao capital empregado e crescer sustentada em ativos de óleo e gás de classe mundial”, disse Silva e Luna.

NADA MUDOU – Os fatores que impactam a política de paridade internacional continuaram em alta. No ano passado, o dólar acumulou nova alta de 7,47%. E o preço do barril de petróleo tipo Brent passou de uma média de US$ 44 em 2020 para os US$ 70 no ano seguinte.

Em 2022, houve boa entrada de dólares no país, que permanece abaixo dos R$ 5. Mas a disparada do preço do petróleo no mercado internacional por conta da Guerra na Ucrânia fez com que o real não consiga compensar as defasagens de preço dos combustíveis. Neste mês de março, o Brent chegou a um pico de US$ 140.

Nesse contexto, a Petrobras anunciou o último reajuste de preço nas refinarias no dia 10 de março. E o presidente Bolsonaro já havia voltado à cena.

NOVAS CRÍTICAS – Dias antes do aumento, em entrevista à rádio Folha, de Roraima, em março, o presidente defendeu que toda alta do preço do barril de petróleo não seja repassada ao consumidor. As declarações fizeram as ações da estatal caírem 7% no pregão daquele dia, diante da ameaça de nova intervenção.

“Se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível você fazer. (…) A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil”, disse.

“Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema, nós vamos buscar uma solução para isso de forma bastante responsável”, acrescentou.

LUCRO ABSURDO – Dias depois do ajuste da estatal, Bolsonaro voltou a criticar a empresa em conversa com jornalistas após participar de um evento de filiação de deputados ao seu partido, o PL.

“Olha só, eu tenho uma política de não interferir. Sabemos das obrigações legais da Petrobras e, para mim, particularmente falando, é um lucro absurdo que a Petrobras tem num momento atípico no mundo. Então, não é uma questão apenas interna nossa”, disse.

Sem uma mudança na política de preços da Petrobras, não há impacto imediato no preço dos combustíveis apenas com a troca na presidência. O sucessor de Silva e Luna foi anunciado. É o economista Adriano Pires, que está no comando do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 A matéria do G1, sem assinatura, parece ter sido escrita pelos filhos de Roberto Marinho. Defende absurdamente a política de paridade internacional, que é um esquema insano e irreal, beneficia os acionistas mas prejudica os interesses nacionais. Com sua ignorância abissal, Bolsonaro pensou (?) que havia uma exigência legal para que a Petrobras adotasse essa inflacionária política de preços. “Mas isso non ecziste”, diria Padre Quevedo.

Não há lei nem norma estatutária que determine essa cavilosa paridade internacional. A Petrobras foi fundada em 1953 e somente 64 anos depois é que a empresa adotou essa política de preços, quando era presidida por um mau brasileiro, o tucano americanófilo Pedro Parente, que o presidente Michel Temer teve a insensatez e a desfaçatez de nomear.

Esse general de pijama Luna e Silva também é um mau brasileiro, um militar lunático e insolente que não sabe defender os interesses de seu país. Recebeu ordens do presidente da República e não cumpriu. Já vai tarde, como se dizia antigamente. (C.N.)

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Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Duke (O Tempo) Mario Sabino Metrópoles...

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