Vicente Limongi Netto
Bolsonaro amadureceu o nome. No pregão dos oferecidos e cotados, bateu o martelo e escolheu o general Braga Netto como candidato a vice-presidente nas eleições de outubro. O chefe da nação tem o direito de escolher quem quiser. A batata quente é dele. Que embale e cuide do astro que tirou da cartola.
O ministro da Defesa é homem probo. Virtude saudável, mas não suficiente para enfrentar ávidos animais políticos. O sisudo Braga Netto não tem estofo nem cancha para dialogar com parlamentares. Políticos experientes não costumam avançar em diálogos e ações com vice que não tem votos. O general também enfrenta arestas nas Forças Armadas.
FUTURO INCERTO – Decidindo por Braga Netto, Bolsonaro imagina que não ficaria refém do Centrão. Esquece que eleição se ganha com votos. O chefe da nação foi deputado. Sabe que no surrado e viciado presidencialismo brasileiro, ninguém governa sem o apoio do Congresso.
Hoje o poderoso e guloso Centrão apoia Bolsonaro. Mas até as eleições, as nuvens da política, cantadas pelo matreiro Magalhães Pinto, podem mudar de rumo.
Enquanto isso, no centro do poder, o secretário-geral da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, mostra ter marcantes e saudáveis vocações de decorador e arquiteto amador. De repente, decidiu colocar em prática suas formidáveis prendas domésticas.
ESPERAR SENTADO? – Depois de cuidar esmeradamente da feirinha do Palácio do Planalto, demonstrando carinho de pai e avô, o irrequieto ministro vai acabar com poltronas e sofás nos corredores do quarto andar. Ou seja, que fique em pé quem tiver de esperar por audiências nas diversas dependências palacianas.
Ao mesmo tempo, Ramos estuda a possibilidade de instalar carrocinhas de cachorro-quente, pastel e caldo de cana nas dependências do palácio. São quitutes favoritos do chefe.
O ministro-general também está de olho nos amplos espaços do Palácio da Alvorada e quer aumentar o acervo de obras da biblioteca, colocando exemplares da Bíblia, ilustradas com fotos do agora ministro licenciado da Educação, Milton Ribeiro, o pastor que vale ouro. E outra estupenda ideia é construir um estante de tiros, para Bolsonaro e filhos não perderem a forma. Os alvos serão fotos coloridas de Lula, Ciro, Moro e Dória.
PARABENS À ABI – Esta segunda-feira foi um dia radiante, merecido e justo para o valoroso jornalista Paulo Jerônimo de Sousa, que desde 2019 vem presidindo a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), com intensa participação no vida política, econômica e social do país.
Na Assembleia do Rio de Janeiro, o presidente da ABI desta vez virou notícia. Foi condecorado com a Medalha Tiradentes, maior comenda do Legislativo estadual, por proposta apresentada pela deputada Mônica Francisco (PSOL), aprovada por unanimidade.
A gestão do experiente e respeitado Paulo Jerônimo dignifica e honra os jornalistas e nossa centenária entidade. Do céu, Helio Fernandes saúda e vibra com a honraria recebida por Paulo Jerônimo, e parabeniza não somente o jornalista, mas também a própria ABI.
NO IATE CLUBE – Depois que a colunista Denise Rothenburg (Correio Braziliense, dia 27) revelou que o ministra da Secretaria de Governo, deputada Flávia Arruda, quando tem folga sempre pratica beach tennis, o trânsito para o Iate Clube de Brasília ficou ainda mais congestionado e o Detran precisa tomar providências.
Camelôs estão faturando com aluguéis de caixotes e de escadas para aqueles não são sócios e, portanto, não conseguem entrar no clube. É grande a procura para ficar pendurado nas grades e nos muros e conseguir assistir às certeiras raquetadas da bela ministra.