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sexta-feira, novembro 29, 2024

Afinal, por que Costa Neto foi indiciado no inquérito do golpe?

Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Valdemar Costa Neto aumenta o próprio salário para R$ 30.483

De repente, Costa Neto virou um tremendo conspirador

Milena Teixeira, Gustavo Zucchi e Igor Gadelha

O relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito do golpe diz que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi indiciado por atuar “de forma coordenada” para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Segundo o documento, cujo sigilo foi retirado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26/11), Valdemar praticou os crimes de associação criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

QUESTÃO DAS URNAS – A PF concluiu que o presidente nacional do PL tinha “ciência da falsidade das alegações de fraude eleitoral e, mesmo assim, as utilizou para tentar anular o resultado das eleições de 2022”.

Além disso, segundo a PF, a participação de Valdemar no esquema golpista se deu, entre outras ações, por meio da “Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária” junto ao TSE questionando as urnas.

“Essa representação foi elaborada com a participação de diversos membros da organização criminosa, incluindo Carlos Rocha e Éder Balbino, com quem Valdemar mantinha contato direto”, diz um trecho do documento da Polícia Federal.

CONTATO COM JUIZ – A PF também aponta que Valdemar teve contato com o juiz federal Sandro Nunes Vieira, que atuou junto ao TSE, para discutir a possibilidade de irregularidades nas urnas eletrônicas.

“Em resumo, a PF concluiu que Valdemar Costa Neto teve um papel central na tentativa de golpe de Estado, atuando de forma coordenada com outros membros da organização criminosa para disseminar informações falsas, pressionar autoridades e criar um clima de instabilidade institucional”, diz a polícia em outro trecho do relatório.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Valdemar da Costa Neto teria atuado de forma dolosa no ajuizamento de “Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária” junto ao TSE pela agremiação partidária em novembro de 2022, a partir de ‘argumentos técnicos’ os quais tinha ciência de que eram falsos”, diz o relatório. Em tradução simultânea, fica parecendo que a força-tarefa de Moraes fez um esforço hercúleo para indiciar Valdemar Costa Neto, sem haver justificativa concreta. Indiciar por que contratou uma empresa que lhe foi indicada? Ora, teria sido muito mais decente se o indiciassem pelo “conjunto da obra”. Mas quem se interessa? Vamos voltar ao assunto.  (C.N.)

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