Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet
Weslley Galzo
Estadão
O general e os conspiradores “kids pretos” presos nesta terça-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) escolheram o dia 15 de dezembro de 2022 para executar o plano que previa assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo as investigações.
Na data escolhida pelos militares para realizar o golpe de Estado, as três autoridades – apelidadas de Jeca, Joca e Professora – estavam em agendas públicas fora das sedes dos Poderes.
NATAL DOS CATADORES – Lula, na ocasião, presidente eleito, estava na Associação Nacional dos Catadores, em São Paulo, onde participou de uma confraternização de Natal. A associação fica localizada no centro da capital paulista, na Rua 24 de maio, no bairro da República.
Já Alckmin participou do evento “Pacto pela Aprendizagem”, organizado pela Unesco e pela ONG Todos pela Educação, no B Hotel, localizado na área central de Brasília, e despachou da sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), também na capital federal, que mantinha algumas atividades abertas ao público durante aquele período.
O ministro Alexandre de Moraes, que à época exercia o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou de um evento em um condomínio de luxo na Asa Norte de Brasília. O Condomínio ION, onde foi realizado o 4º Seminário STF em Ação, conta com uma série de salas de conferência e escritórios. Os organizadores do encontro venderam ingressos ao público interessado em assistir às palestras de Moraes e outros ministros do STF.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Entre planejar e executar, há quilômetros de distância. Justamente por isso, a lei não considera crime o mero planejamento, sem haver, pelo menos, a tentativa de cometê-lo. No caso, como matar Lula, Alckmin e Moraes no mesmo dia? Nem Osama Bin Laden conseguiria. (C.N.)