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terça-feira, março 29, 2022

Ministro do TSE errou ao censurar Pabllo Vittar em manifestação pró-Lula

Publicado em 29 de março de 2022 por Tribuna da Internet

TSE atendeu pedido do partido de Bolsonaro sobre artista

Pedro do Coutto

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Raul Araújo tentou, na tarde de domingo, censurar a apresentação de Pabllo Vittar no Lollapalooza porque o artista apresentou um cartaz apoiando a candidatura de Lula da Silva para as eleições presidenciais deste ano.

A decisão provocou uma tempestade e acabou alimentando a repercussão do fato. Na noite do mesmo dia, o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, convocou para o final da tarde de ontem, segunda-feira, uma reunião do Tribunal para anular a decisão, uma vez que a censura é inconstitucional.

CENSURA PRÉVIA – Isso não quer dizer que aquele que protagoniza qualquer manifestação estará isento de ser responsabilizado, nada disso. O que não pode existir é a censura prévia, conforme a Constituição estabelece. O episódio teve uma repercussão muito maior do que aquela que o recurso do PL, partido do presidente da República, tentou evitar ao recorrer ao ministro Raul Araújo.

Uma das reações foi a de um grupo de artistas que, como revelou a Folha de S. Paulo, em fotografia com destaque, exibiu uma manifestação de “Fora Bolsonaro”. Alegar que o ato de Pabllo Vittar representasse uma antecipação da campanha eleitoral não poderia ser defendido pelo PL, já que no fim de semana o presidente Bolsonaro praticamente fez o mesmo ao lado de apoiadores e políticos.

RADICALIZAÇÃO – O presidente Jair Bolsonaro no evento do Centro de Convenções procurou inclusive radicalizar a campanha de outubro, afirmando que se trata da luta do “bem contra o mal”. Deixou claro o ataque ao candidato do PT. O Datafolha publicou ontem também um novo levantamento chegando à conclusão de que a economia e a questão salarial serão temas centrais na campanha presidencial.

Na Folha de S. Paulo a reportagem é de Alexa Salomão. No O Globo, de Cássia Almeida e Ana Flávia Pilar. A expectativa da retomada da economia apresenta sinais ruins; 42% não acreditam em tal hipótese, enquanto em dezembro eram 20%.

PODER DE COMPRA – A maioria dos assalariados, numa proporção de 55%, acha que os salários estão perdendo o poder de compra. Para 52%, o desemprego vai aumentar e a situação econômica do país não vai evoluir.  

As perdas de salários nos dois últimos dois anos representam um total de R$ 18 bilhões e com isso cai o poder de compra em consequência. Pesquisas feitas por consultorias e corretoras confirmam as tendências apontadas pelo Datafolha.

As próximas pesquisas, sejam elas do Datafolha ou do Ipec, devem abranger os reflexos da candidatura de Geraldo Alckmin como vice de Lula e o aumento dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. De qualquer forma, o governo não pode deslocar o embate para este plano. Vai procurar fazer, como Bolsonaro deixou claro, um confronto entre heróis e bandidos, tradição do faroeste americano.

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