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quarta-feira, abril 07, 2021

Além da Abin, também a Receita entrou no esquema para blindar Flávio Bolsonaro e Queiroz


O novo secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, durante entrevista no Senado em 2015 — Foto: Pedro França/Agência Senado

Tostes Neto teve der admitir as reuniões com os advogados

Guilherme Amado
Revista Época

O secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, confirmou à Câmara dos Deputados que se encontrou com Flávio Bolsonaro para tratar de suspeitas do senador sobre a origem do caso Queiroz.

A resposta foi dada a um requerimento de informações apresentado pelos deputados Tiago Mitraud, Gilson Marques, Alexis Fonteyne, Vinicius Poit, Marcel Van Hattem, Adriana Ventura, Paulo Ganime e Lucas Gonzalez, todos do Novo.

PESQUISA ILEGAL – Conforme a coluna revelou em outubro, a defesa de Flávio suspeita que a Receita Federal tenha feito uma pesquisa ilegal no perfil tributário do senador.

O levantamento teria o objetivo de municiar o Conselho de Controle de Atividades Econômicas (Coaf) na produção do relatório que mostrava movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz, então chefe de gabinete do filho do presidente na Assembleia do Rio.

A Receita informou cada pessoa presente às reuniões.

“As reuniões foram realizadas em 26 de agosto de 2020, com a participação das senhoras Luciana Pires e Juliana Bierrenbach; 4 de setembro de 2020, com a participação da senhora Juliana Bierrenbach; e 17 de setembro de 2020, com a participação da senhora Luciana Pires e do senador Flávio Nantes Bolsonaro”, escreveu a Receita Federal no documento aprovado por Tostes Neto.

SEM DETALHES – Mas a Receita Federal não revelou o que foi tratado nessa série de reuniões:

“As pautas das reuniões dizem respeito à situação fiscal de pessoas físicas e jurídicas, na condição de sujeito passivo da obrigação tributária. Desse modo, a Receita Federal resta legalmente impossibilitada de prestar mais esclarecimentos” – diz o documento.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê não foi apenas a Agência Brasileira de Inteligência. Também a Receita participou do esquema para blindar Flávio Bolsonaro, uma vergonha inédita na História deste país. (C.N.)

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