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sexta-feira, janeiro 08, 2021

“Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump”, ironiza Rodrigo Maia


Caio Spechoto
Poder360

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou sua conta no Twitter nesta 5ª feira (7.jan.2021) para atacar o presidente Jair Bolsonaro por uma declaração dada mais cedo pelo chefe do Executivo, que dissera novamente a apoiadores que, se as eleições de 2022 não tiverem voto impresso, o Brasil passará por situação semelhante à dos Estados Unidos.

“Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump”, escreveu Rodrigo Maia. “A frase do presidente Bolsonaro é um ataque direto e gravíssimo ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e seus juízes”, declarou o presidente da Câmara, afirmando também que “os partidos políticos deveriam acionar a Justiça para que o presidente se explique”.

EXEMPLO DE TRUMP – Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump insiste em dizer que a eleição que perdeu para o democrata Joe Biden em novembro de 2020 foi fraudada – versão aceita e propagada por Bolsonaro, embora o americano jamais tenha apresentado provas, tendo perdido cerca de 60 recursos judiciais.

Bolsonaro apoia a tese de Trump e insiste que as urnas eletrônicas, usadas no Brasil desde a década de 1990, são suscetíveis a fraudes. O presidente afirma inclusive que a eleição que o levou ao Palácio do Planalto também foi fraudada. Caso contrário, teria ganhado no primeiro turno. Em março ele chegou a dizer que mostraria provas dessas afirmações, mas nunca o fez.

BRIGAS SUCESSIVAS – Maia e Bolsonaro já tiveram diversos atritos desde 2019, quando o presidente tomou posse no Planalto. A exceção foi um período no 1º semestre de 2020, depois de Maia ter uma conversa com o chefe do Executivo.

O deputado também desestimulou parte de uma agenda legislativa conservadora nos costumes que Bolsonaro gostaria de ver aprovada. Trata-se de tema que mobiliza seus apoiadores.

Rodrigo Maia, porém, está nas últimas semanas à frente da presidência da Câmara. Ele comanda a Casa desde 2016. Em fevereiro, porém, será escolhido um novo nome para o cargo.

ROSSI CONTRA LIRA – Maia apoia Baleia Rossi (MDB-SP), em um acordo político da cúpula de seu grupo com a cúpula dos partidos de esquerda. O candidato apoiado pelo governo é Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, que se aproximou do Planalto ao longo de 2020.

Lira está em campanha há meses. Baleia, por outro lado, é candidato apenas desde o fim de dezembro. A impressão na Câmara é que, se a eleição fosse hoje, Lira seria vencedor.

Ele tem pedido votos no varejo para deputados de partidos próximos de Baleia e Maia. Conseguiu diversos apoios, como no PSB e no DEM.

CÂMARA E SENADO – Para o governo é importante ter um aliado à frente da Câmara porque quem ocupa o cargo tem a prerrogativa de escolher quais projetos os deputados analisarão. O Senado também terá eleição em fevereiro.

O pleito tem tido menos atenção porque a gestão de Davi Alcolumbre (DEM-AP) causou menos problemas ao Planalto que a de Maia. Hoje, o favorito na disputa é Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – No final da matéria, o repórter deu uma viajada, porque Lira não é favorito. É uma disputa muito dura, mas sem favoritos. Quanto ao Senado, Rodrigo Pacheco também não é favorito, até porque é o único candidato até agora e, mesmo assim, seu nome ainda nem conseguiu decolar. (C.N.)

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