BRASÍLIA - Relator da representação que investiga a compra de empresas de comunicação pelo presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em nome de laranjas, o senador Jefferson Péres (PDT-AL) viaja na próxima semana a Alagoas para ouvir a principal testemunha da denúncia, o usineiro João Lyra.
Os advogados do empresário comunicaram ao relator que Lyra - sócio de Renan nessas transações - está disposto a colaborar com as investigações, mas que não tem condições emocionais ou física para depor no Senado. Péres disse que a participação de Lyra teria "mais força" se ele se dispusesse a ser acareado com Renan ou se aparecesse uma testemunha das conversas que ele teria tido com o senador.
"Quem sabe não aparece alguém novo?", questiona ele, convencido de que será possível apresentar seu parecer no dia 14 de novembro, como acertou no Conselho de Ética. O relator afirmou que só pedirá a cassação de Renan se encontrar provas.
Péres, no entanto, explica que isso não significa nenhuma predisposição em inocentar o presidente licenciado. "Independentemente do que o relator pense, quando se trata de um processo com acusações específicas, como é o caso, se não há provas, o relator não pode dizer que não encontrou nada e, recorrendo a um julgamento subjetivo, pedir a cassação".
Péres explicou ainda que quando fala em "comprovantes" sobre o envolvimento de Renan com laranjas, não quer dizer que esteja se referindo a uma "prova cabal, material". "Não tem de ser uma prova cabal, material. A prova testemunhal também é válida até em juízo; é o conjunto de indícios veementes que podem ser tomados e dar evidência ao cometimento da falta", afirmou.
Como evidências, o senador citou a impossibilidade de o primo de Renan, Tito Uchoa, apontado como o principal testa-de-ferro do presidente licenciado, ter condições financeiras de investir na compra de duas emissoras de rádio e de um jornal diário. "Parece que seu salário era pouco mais de mil reais", disse.
Outro indício é o fato de uma das emissoras ter sido transferida para o filho do senador, Renan Calheiros filho. Péres explicou que programou a viagem a Alagoas de forma a que Lyra possa conhecer a defesa de Renan no episódio. "É preciso que o João Lyra conheça a defesa de Renan; ele precisa saber o que vai dizer o Renan, porque vai rebater a defesa dele", justificou. Outra documentação importante no caso é a que está sendo providenciada pela Junta Comercial de Alagoas.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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