Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

terça-feira, outubro 16, 2007

PMDB baiano virá forte para eleição de 2008

Acostumado com as lutas, o PMDB, nascido do antigo MDB, enfrentou a ditadura, encampou as Diretas Já, liderou a Constituinte de 1988, e sempre teve em seus quadros lideranças como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Itamar Franco, Pedro Simon ou Chico Pinto. Como entender, então, um partido ser dono desse imenso cabedal político, e nunca conseguir chegar ao poder máximo do País? Seria um erro de estratégia, ou opção pela província? Agora, após o encerramento do prazo das filiações partidárias, sabe-se a olho nu que foi o PMDB o partido que mais cresceu na Bahia. Resta saber com que capilaridade ele vai para a disputa de 2008 e como chegará em 2010. Diante de tanta história, o legado que ficou do velho MDB é muito grande. Nem mesmo a mensagem ética de um Pedro Simon, misturada com a postura enlamaçada de um Renan Calheiros, consegue impedir a sua brilhante trajetória. Por isso, dizer que o PMDB, hoje, ainda é o maior e o que possui a história mais bonita entre os partidos brasileiros, é fato. Mas nem por isso pode-se esconder que ele viveu uma crise após a febre do Plano Cruzado, em 1986, quando elegeu 22 dos 23 governadores do País. Na Bahia, esta crise acentuou-se mais após o governo e a saída de Waldir Pires, com conseqüências durante toda a década de 1990, período em que o PMDB baiano sempre teve um tamanho inferior ao nacional. Segundo Lúcio Vieira Lima, presidente do diretório estadual, “isso foi fruto da queda da sublegenda e do surgimento do pluripartidarismo, que possibilitaram o surgimento de outros partidos”. Mas, se neste período o PMDB baiano passou por dificuldades, as suas lideranças souberam ter paciência para alavancá-lo mais adiante. O divisor de águas começou quando o hoje ministro Geddel Vieira Lima, filho do ex-deputado Afrísio Vieira Lima, galgou o primeiro mandato para a Câmara Federal, onde ocupou importante função no governo de Fernando Henrique Cardoso. Dissidentes do carlismo, os Vieira Lima resolveram enfrentar o então poderoso Antonio Carlos Magalhães. Nestes embates Geddel ganhou espaço, transformando-se na maior liderança peemedebista baiana, com grande influência no plano nacional. “O PMDB pode ser considerado o partido responsável pela queda do carlismo”, avaliou Lúcio Lima. Assim, reconhecer, hoje, que o PMDB é o maior partido da Bahia, é óbvio. Quem quiser avaliar o seu crescimento e a sua nova estrutura para enfrentar as próximas eleições, nem precisa recorrer às lideranças, vereadores, prefeitos ou deputados que se filiaram nos últimos 12 meses. Para não ter dúvidas, basta usar a cabeça, ou uma máquina de calcular, e fazer as contas. Segundo Lúcio Vieira Lima, em 2004 o PMDB elegeu 29 prefeitos na Bahia (o TRE informa que foram vinte), atrás do PFL (hoje DEM), com 155, o PL (hoje PR), com 65, e o PP, com 56. Hoje, o PMDB possui cerca de 130 prefeitos e mais de mil vereadores filiados no Estado. Tomando como parâmetro estas filiações, houve um crescimento do partido de quase 450% em relação a 2004. Atualmente, além de Salvador, a 3ª maior cidade brasileira, o PMDB administra também municípios importantes em diferentes regiões da Bahia. No Recôncavo e região Metropolitana: Cachoeira, Vera Cruz e Madre de Deus; no Norte/Nordeste: Euclides da Cunha, Juazeiro e Campo Formoso; na Chapada Diamantina: Jacobina, Morro do Chapéu e Irecê; No Oeste: Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Lapa e Brumado; e no Sudoeste/Sudeste/Sul: Itapetinga, Ubaitaba e Jaguaquara. Para quem gosta de fazer uma continha, é bom ir se acostumando, pois não foram somente prefeitos e vereadores que se filiaram à legenda peemedebista nos últimos meses. No rol deste crescimento também vieram quatro deputados federais de outras legendas: Marcelo Guimarães Filho (DEM), Colbert Martins e Raimundo Veloso (PPS) e Sérgio Brito (PDT). Na verdade, em 2006 o PMDB elegeu para a Câmara Federal apenas Geddel Vieira Lima. Mas, graças aos 287 mil votos que ele recebeu (o 3º mais votado no Estado), a coligação PMDB/PSB/PPS/PV elegeu, além de outros, Edson Duarte (PV) com baixa votação, e depois abriu vaga para o desconhecido Edigar Mão Branca, também do PV, com a ida de Geddel para o ministério do presidente Lula. Mas, se a bancada federal cresceu 400%, na Assembléia Legislativa não foi diferente. Em 2006, o PMDB elegeu seis deputados estaduais, mas, hoje, já conta com dez, incluindo os quatro que aderiram depois: Arthur Maia, Capitão Fábio, Maria Luiza e Reinaldo Braga. Isso, sem falar dos dois deputados que não se filiaram em respeito à decisão do Supremo sobre a fidelidade partidária, mas que seguirão a orientação peemedebista, mesmo continuando no DEM: Carlos Gaban e Mizael Neto. (Por Evandro Matos)
"Crescimento é fruto de muito trabalho"
“O partido tem este tamanho hoje como conseqüência do trabalho que fizemos nós últimos anos. Um partido que não é escravo e que sabe ser governo”, declarou, da Bélgica (Europa), onde se encontrava em missão de governo, o ministro Geddel Vieira Lima, o principal responsável pelo crescimento do PMDB baiano. Mas, para se saber qual a real musculatura do partido, é importante lembrar que os peemedebistas estão com bandeiras desfraldadas nas esferas do poder político municipal, estadual e federal. Em Salvador, além de oferecer abrigo para o prefeito João Henrique, o partido controla as secretarias de Transporte e Infra-Estrutura, Sesp e Fazenda. O presidente peemedebista, Lúcio Vieira Lima, concorda que a presença de Geddel no ministério ajuda a atrair filiados, “mas o crescimento não é de agora. O PMDB é um partido que se caracteriza por proteger os seus quadros, honra seus compromissos e mantém a sua coerência. Com isso, ele vai atraindo a simpatia do eleitorado”. No plano estadual, os peemedebistas controlam as secretarias de Infra-Estrutura e da Indústria e Comércio, e órgãos importantes que compõem as estruturas municipal e estadual como Sudic, Ebal, CBPM, Derba e Agerba. Além disso, o vice-governador Edmundo Pereira também pertence ao PMDB, “um homem do interior”, como ele mesmo se define, e que tem colaborado para que o partido chegue aos grotões mais distantes da Bahia. “Vejo o crescimento do partido como uma coisa natural”, disse. Mas é no plano federal, com a presença do ministro Geddel Vieira Lima no comando do Ministério da Integração Nacional, onde se encontra a maior referência do partido, seja no aspecto da sua liderança, seja no aspecto atrativo das verbas que a pasta controla, que tem uma política voltada para a região nordestina. Talvez por isso Geddel venha sendo vítima de ciúmes de alguns, que comentam discretamente o crescimento do PMDB baiano. (Por Evandro Matos)
Bandeira em 410 municípios
“A avaliação do momento é muito positiva, porque o partido tem história e representa o estuário de expectativa para prefeitos e lideranças”, definiu o ministro Geddel Vieira Lima, avaliando o que representa o partido na Bahia, atualmente. Dos 417 municípios baianos, o PMDB fincou uma bandeira em 410, com diretórios organizados e gente preparada para disputar as próximas eleições. “Não criamos diretórios em todos os municípios porque não quisemos. O ideal era estruturar o partido com gente que estará disputando a eleição para prefeito ou vereador. Filiar por filiar, nós não fizemos”, revelou, entusiasmado, o presidente Lúcio Vieira Lima. Em 2008, o partido deverá disputar as eleições com candidaturas fortes nas principais cidades baianas. Em Salvador (João Henrique), Feira de Santana (Colbert Martins), Juazeiro (Mizael Aguilar), Irecê (Juracy Dourado), Ilhéus (Raimundo Veloso), Itabuna (Capitão Fábio), Itapetinga (a definir), Jequié (Luis Amaral ou Joaquim Caíres), Vitória da Conquista (Reitor Abel), Brumado (a ser definido pelo vice-governador Edmundo Pereira), Barreiras (Antônio Henrique), Alagoinhas (Jucélio Carmo), Euclides da Cunha (Rosângela de Abreu), Jacobina (Rui Macedo), Cachoeira (Fernando Antonio Pereira), Bom Jesus da Lapa (a ser definido pelo deputado Arthur Maia), entre outras. Mas, com toda essa musculatura, será que o partido teria outros ingredientes importantes para enfrentar as próximas eleições? Para o presidente do partido, Lúcio Vieira Lima, sim. Mesmo sem querer quantificar, ele arriscou: “Nós deveremos eleger cerca de 200 prefeitos em 2008”. Bem, aí cabe uma nova conta. Para quem elegeu 29 prefeitos em 2004, estaria, quatro anos depois, dando um salto de crescimento de 690%. Se tudo vale quanto pesa, como ficaria este gigante após as eleições de 2008? Dois anos depois, em 2010, acontecerão novas eleições para a Assembléia Estadual, Câmara Federal, o Senado, a presidência da República e, especialmente, para o governo do Estado. Admitindo-se estes números, como ter um time desse porte e não botar em campo para jogar? “Um dos princípios do PMDB é costumar respeitar a fila. E quem está na frente da fila é o governador Jaques Wagner”, explicou Lúcio, negando uma possível candidatura do ministro Geddel Vieira Lima para o governo do Estado. “Agora, se o governador Jaques Wagner for candidato a presidente, o PMDB é postulante a ter candidatura própria”, concluiu. Entenderam? Se Wagner for candidato, o PMDB apóia; se não, o PMDB bota o time em campo.(Por Evandro Matos)
Marcos Medrado quer investigar Sobradinho
Ainda esta semana, o deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PDT em Salvador, Marcos Medrado, terá uma audiência com o presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco para apurar as denúncias feitas pela imprensa de que o reservatório do Lago de Sobradinho perdeu 62% da sua capacidade em apenas seis meses, em virtude da falta de água nas regiões sul e sudeste. E o mais grave, afirma o deputado, é que a própria Chesf reconhece que não é somente pela falta de chuvas que houve esta queda brusca da reserva de água em Sobradinho, mas também pela necessidade da geração de maior quantidade de energia por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel) conforme explica Edson Gonçalves, assessor da gerência da Chesf em Sobradinho - “quanto mais se gera energia, mais água se gasta”. A população precisa saber o que realmente está acontecendo, se foi o consumo do Nordeste que aumentou ou se Sobradinho teve de transferir energia para outras áreas do País. “O governo federal precisa ser transparente com a população e com os segmentos geradores de emprego e impostos, tais como indústria e comércio, e não confiar somente nas chuvas, porque o reservatório só está com 38% da sua capacidade.” Diante desse quadro por ele considerado altamente preocupante, é que o deputado Marcos Medrado questiona, também, a realização das obras de transposição do Rio São Francisco. A pergunta é a seguinte, afirma Medrado: nas circunstâncias em que se encontra o Rio São Francisco, há condições, é prudente, é viável se tirar água do Velho Chico para outros estados?
Fonte: Tribuna da Bahia

Em destaque

A Destruição da Praça da Malhada Vermelha: Um Símbolo do Descaso da Gestão Passada em Jeremoabo!

  A Destruição da Praça da Malhada Vermelha: Um Símbolo do Descaso da Gestão Passada em Jeremoabo ! Jeremoabo ainda carrega as marcas do aba...

Mais visitadas