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quarta-feira, outubro 24, 2007

Padre muda versão sobre extorsões

SÃO PAULO - O padre Júlio Lancelotti, 64 anos, mudou sua versão sobre como pagou uma Mitsubishi Pajero a um ex-interno da antiga Febem. Durante quase três horas, o padre prestou novo depoimento à polícia, no inquérito em que é vítima de extorsão, na noite de anteontem. Em setembro, quando revelou à polícia que estava sendo chantageado, o padre contou ter quitado oito prestações, de R$2.012, da Pajero que estava no nome de Conceição Eletério, 44, mulher de Anderson Batista, 25, o ex-interno. Anteontem, Lancelotti admitiu ter pago também, de uma vez só e pessoalmente, os R$30 mil de entrada do veículo, totalizando R$80 mil em extorsões.
Batista, a mulher e os irmãos Everson e Evandro dos Santos Guimarães tiveram a prisão preventiva decretada, sob a acusação de extorsão. Só Everson havia sido preso até ontem. O padre disse ter sido chantageado pelo grupo por três anos. Sob ameaças, ele dizia inicialmente ter repassado cerca de R$50 mil aos acusados. Segundo o delegado André Luiz Pimentel, responsável pelas investigações, o padre mudou a versão e revelou ter pago os R$30 mil de entrada após saber que a polícia pediria à concessionária André Veículos, da zona leste, cópia do contrato da venda. O padre afirmou anteontem que pagou os valores com economias pessoais. Lancelotti diz ter renda mensal de R$3.480 – R$1.000 da ONG Casa Vida na qual é voluntário e outros R$2.480 da Fundação Casa.
Ontem, o padre Lancelotti voltou a dizer que não comentaria mais o caso. O advogado do ex-interno, Nelson Bernardo da Costa, disse à polícia que o dinheiro era repassado pelo padre ao seu cliente por “espontânea vontade”. O dinheiro era da ONG Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, segundo o advogado. Costa, porém, não apresentou documentos para comprovar a acusação. À polícia, o padre negou ter acesso às finanças da ONG. “Por enquanto, as explicações do padre foram satisfatórias. O advogado do foragido não apresentou provas de que havia desvio de dinheiro da entidade”, disse Pimentel. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal fez ontem um ato de desagravo ao padre Lancelotti. Cerca de 350 pessoas foram ao evento organizado pelo vereador Beto Custódio (PT). O padre não foi. (Folhapress)

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