O Brasil está em alerta contra a dengue. Somente nos primeiros nove meses de 2007, já foram registrados 481.316 casos da doença no país, contra 321.368 notificações no mesmo período do ano passado. Na Bahia, este ano, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) registrou 10.227 ocorrências de dengue clássica, sendo 1.125 em Salvador. Foram contabilizados 28 casos de dengue hemorrágica e três óbitos – dois na capital baiana e um no município de Luís Eduardo Magalhães. Em virtude dos dados assustadores, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou ontem a Campanha Nacional de Mobilização contra a Dengue. Com o tema “Combater a dengue é dever meu, seu e de todos. A dengue pode matar”, a campanha foi lançada, justamente, antes do período chuvoso, quando o risco da doença aumenta. A idéia é estimular a população a eliminar os locais de água parada, onde o mosquito transmissor se multiplica. “Temos um número de casos muito grande. É uma epidemia que é preocupante por vários motivos, principalmente pelas características do vírus, que tem quatro sorotipos, e três sorotipos já circulam no País, e pelas características deste mosquito, que tem fantástico grau de adaptação. Já se adaptou nas áreas urbanas e nas áreas rurais, inclusive em áreas em que se imaginava que não adaptaria, como a região serrana [do Rio] e o Sul do país”, disse o ministro. Temporão disse estar preocupado com o número de mortes causadas pela dengue. “A dengue é um problema sério e mata. Neste ano, 1.076 pessoas tiveram a dengue hemorrágica, que é a forma mais grave da doença. Desse total, 121 morreram”, disse Temporão. Em 2002, os casos de dengue atingiram 794 mil pessoas no País. O número caiu para 345 mil no ano passado, no entanto, até agora as notificações aumentaram em 50%. A diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), da Sesab, informa que o órgão vem realizando o acompanhamento e monitoramento dos municípios do Estado, realizando ações de bloqueio de transmissão, com a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), mais conheA?Ô?š?cido como “fumacê”, nos municípios com ocorrência de dengue clássico, confirmado laboratorialmente, e casos suspeitos de dengue hemorrágica. O técnico da Divep, João Emanuel Araújo, assegura que em 64 municípios onde foram realizadas amostra de infestação do mosquito, no mês de agosto, todos apresentaram resultado negativo. Outros 151 municípios tiveram índice abaixo de 1% - a meta do programa de controle da doença do governo federal é que apenas 1% dos imóveis estejam infestados pelo mosquito Aedes aegypti. O sanitarista ressalta que é de responsabilidade dos municípios o trabalho de controle da doença e vigilância epidemiológica. Segundo ele, as principais dificuldades para a realização das operações de controle são a falta de colaboração da população e o número de agentes que ainda é insuficiente. “Se cada pessoa tomar conta de sua casa, eliminando os recipientes que são propícios para a manifestação do mosquito iremos obter ótimos resultados no controle da doença”, afirma Araújo, acrescentando que 80% dos focos são encontrados no interior das casas.(Por Renata Leite)
Prevenção ainda é o melhor combate
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti (fêmea), que se desenvolve em áreas ou em recipientes com água parada. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. O verão é a época mais propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, mas neste período da primavera o alerta deve continuar. A participação da população é fundamental neste processo de combate à dengue, principalmente dentro de casa. Os especialistas recomendam não deixar exposta à chuva, pneus ou recipientes que possam acumular água limpa e parada, servindo de criadouro do mosquito transmissor da doença. As garrafas devem ficam viradas de boca para baixo, manter as lixeiras tampadas e secas, não jogar lixo em terrenos baldios. Para o ministro da Saúde, a prevenção é a melhor maneira de combater a dengue. “O quadro deste ano é ruim e estamos fazendo a campanha antes do período de chuvas, quando o mosquito transmissor se prolifera. Ou seja, temos tempo para a prevenção, mas os resultados dependem da participação de todos”, disse Temporão. Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. A dengue clássica apresenta-se, geralmente, com febre alta, forte dor de cabeça, moleza e dor no corpo, náuseas e vômitos, perda de paladar e apetite. A pessoa também pode ter dor nos ossos, nas articulações e por trás dos olhos, tonturas, extremo cansaço, manchas e erupções na pele semelhante ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores. A dengue clássica pode afetar crianças e adultos, mas raramente mata. Já a dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença. Além dos sintomas da dengue clássica, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e pode levar à morte. As pessoas devem ficarA?n?š?À?????ido como “fumacê atentas, quando acaba a febre e persistirem alguns sintomas: dores abdominais fortes; vômitos; pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; manchas vermelhas na pele; sonolência, agitação e confusão mental; sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória; e perda de consciência. Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica vão a óbito.(Por Renata Leite)
Fonte: Tribuna da Bahia
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