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domingo, janeiro 06, 2019

Guedes foi fiador de “empresa de prateleira”, segundo a Procuradoria em Brasília


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Guedes é alvo de três investigações na PF e na Procuradoria
Fábio FabriniFolha
Documentos de fundos de pensão, sob análise do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, mostram que o ministro da Economia, Paulo Guedes, atuou como uma espécie de fiador de negócios suspeitos de fraude, feitos por uma de suas empresas com entidades de previdência patrocinadas por estatais. Guedes diz que não tinha protagonismo nos negócios. No entanto, pelos relatórios da Funcef, fundação previdenciária dos empregados da Caixa Econômica Federal, a experiência de Guedes compensaria a falta de segurança e de garantias dos investimentos.
O ministro é descrito como pessoa-chave no controle da destinação dos recursos. Caberia a ele, segundo os documentos, “participar ativamente das estratégias de investimento e desinvestimento”.
GESTÃO FRAUDULENTA – Guedes é alvo de três investigações, na Polícia Federal e na Procuradoria da República no Distrito Federal, para apurar indícios de gestão fraudulenta ou temerária ao captar e aplicar, a partir de 2009, R$ 1 bilhão de sete fundos de pensão. E, além da Funcef, estão incluídos os fundos Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios).
O dinheiro foi aportado nos fundos de investimento em participações (FIPs) BR Educacional e Brasil de Governança Corporativa, por Guedes criados, e usado em projetos diversos.
Como noticiou a Folha em outubro, a suspeita é que transações com eles geraram ganhos excessivos para Guedes, em detrimento das entidades que injetaram o dinheiro, responsáveis pela aposentadoria complementar de milhares de empregados das estatais. Na época, elas eram capitaneadas por executivos ligados ao PT e ao MDB.
BR EDUCACIONAL – Para administrar os recursos dos fundos, Guedes criou a BR Educacional Gestora de Ativos. Segundo as investigações, apesar da alta cifra captada, a empresa não tinha experiência, tendo, em 2009, obtido recentemente autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para operar.
Além disso, a primeira empresa a receber investimentos, a BR Educação Executiva S.A., era, segundo investigadores, “de prateleira”. Havia sido criada em abril de 2009 por um escritório de advocacia especializado em vender CNPJs. Constavam como sócios dois funcionários da banca, que são responsáveis por várias outras firmas.
Pelas investigações em curso, a empresa recebeu R$ 62,5 milhões do FIP BR Educacional. Não tinha patrimônio líquido, histórico de faturamento ou qualquer outra garantia.
TROCA DE NOME – A BR Educação Executiva teve o nome alterado para HSM. Guedes atuou nas duas pontas do negócio. Foi presidente do conselho administrativo da empresa, que recebeu recursos dos fundos de pensão. Ao mesmo tempo, era sócio majoritário da gestora, que decidia o destino do dinheiro.
Para os investigadores, esse duplo papel pode configurar um conflito de interesses. Guedes foi intimado a depor na Procuradoria duas vezes, mas as oitivas foram desmarcadas pelos investigadores na primeira ocasião e pelo ministro na segunda. Ele alegou problemas de saúde.
Em petição enviada à força-tarefa Greenfield —grupo de procuradores responsável pelo caso—, a defesa de Guedes  disse que ele “não detinha participação na operacionalização cotidiana dos investimentos em questão, à qual cabia às equipes técnicas da gestora”.
PREJUÍZO ELEVADO – O roteiro do investimento de R$ 62,5 milhões, iniciado em 2009, terminou em 2015 com prejuízo de R$ 22 milhões aos fundos de pensão (valores atualizados pela Selic, a taxa básica de juros da economia), de acordo com a força-tarefa.
O valor inicialmente aportado foi usado para comprar a empresa HSM do Brasil, voltada a cursos e palestras para executivos. O pagamento foi feito a um grupo com sede em Delaware, paraíso fiscal dos Estados Unidos.
Do total investido, R$ 50,2 milhões foram pagos como ágio sobre as ações por se tratar da compra de uma marca. Em 2011, dois anos após o desembolso, um documento da empresa registrou que esse mesmo ativo, a marca, valia cerca de 10% do que fora pago (R$ 5,1 milhões).
Para os técnicos que auxiliam a força-tarefa, a desvalorização é um item fundamental.
INSOLVÊNCIA – De 2012 a 2013, parte das ações da HSM foi vendida e parte trocada por participação na Gaec Educação. Na ocasião, segundo documentos, a empresa tinha alto endividamento e risco de insolvência.
Os investigadores sustentam que o fundo administrado por Guedes pagou valor bem mais alto do que outros acionistas pelas ações na Gaec. Foram vendidas de 2013 a 2015, resultando no prejuízo estimado de R$ 22 milhões.
A Procuradoria também investiga o FIP Governança Corporativa, que aplicou em 2010 R$ 112,5 milhões em um grupo de infraestrutura, a Enesa. O negócio, concluído em 2018, deu perda total às entidades. No início de 2018, um laudo constatou que a Enesa havia perdido o valor de mercado e o FIP de Guedes vendeu por simbólicos R$ 100 mil as ações que havia adquirido por R$ 112,5 milhões.
GUEDES SE DEFENDE – A defesa de Paulo Guedes reafirmou “a legalidade e a correção de todos os investimentos dos fundos que, diga-se de passagem, têm sido lucrativos aos cotistas, incluindo os fundos de pensão”.
Em nota, os advogados do ministro, Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, informaram que foi apresentada ao Ministério Público Federal “vasta documentação e petição comprovando a diligência, a lisura e a lucratividade dos investimentos”. “O ministro, aliás, se colocou à disposição dos órgãos investigatórios.”
A Gaec disse que “apenas a partir de 23 de março de 2013”, assumiu o controle da HSM, “instituição de educação corporativa brasileira que promove a HSM Expo, maior evento de educação corporativa da América Latina”. Procurada, a Enesa não se pronunciou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O ministro “se colocou à disposição dos órgãos investigatórios”, mas se esqueceu de depor… Aliás, marcou propositadamente uma viagem de surpresa à Europa justamente na data em que iria depor em dezembro, e esqueceu também de avisar os procuradores. Acabou não viajando e alegou uma infecção respiratória para não comparecer à Procuradoria. Em tradução simultânea, Guedes não é nada confiável. Bolsonaro precisa se livrar dele. (C.N.)

Falando em grego

MIGUEL GUSTAVO TORRES



Foto reprodução

O juramento de Hipócrates garantiu uma prática humana da medicina e o vosso juramento de servir à pátria e aos seus interesses permanentes é a virtude divina que carregais em vossos corações. Os ímpios e corruptos sempre conseguiram se infiltrar nas hostes do bem para fazer o mal e destruir.
O novo chanceler do Brasil, o culto e erudito Ernesto Araújo, fala em alinhamento direto da diplomacia do Brasil com o seu povo. Não sabemos que povo é esse. Será que é o povo de Deus que atravessou o deserto por 40 anos sob o comando político de Moisés, que dominou todas suas rebeliões e fez o filho sacerdote, para não ser derrubado pelas conspirações do sumo sacerdote, que só pensava em ganhar carneiros e acumular ouro? Ou será o povo brasileiro que vive, ao lado da Índia, nas maiores favelas urbanas do planeta terra?
A Rocinha, lembro, pediu saneamento básico aos governantes do Rio e recebeu uma olimpíada para se divertir. Mas os chefes de templos cariocas repartiram os lucros com suas bancadas políticas. A Índia é a campeã universal dos favelados. Nós temos o segundo lugar, a medalha de Prata.
A diferença é que a Índia já é uma potência industrial, militar, cientifica e tecnológica pujante, e nós fomos enquadrados pelas potencias mundiais a permanecer na agricultura, e dela não sair.
Portanto, as previsões feitas pela ESG na década de setenta do século passado, de que seríamos uma Belíndia no final do século XX, não se concretizaram. Não chegamos a ser nem uma Bélgica e muito menos uma potência nuclear e espacial como a Índia dos nossos dias. Somos um produtivo campo agrícola e uma monstruosa favela urbana dissolvidos numa geleia geral da ignorância e de doenças crônicas.
Enquanto as mulheres brasileiras parem no chão imundo de hospitais abandonados pelos traidores de Hipócrates, as bestas do apocalipse discutem se vestimos azul ou cor de rosa.
A minha geração, Senhor Ministro, trabalhou com afinco e dedicação à pátria para construir um Brasil justo e desenvolvido. Conseguiu abarcar o mundo com uma diplomacia reconhecida universalmente. Trouxe dinheiro, educação, ciência, cultura, tecnologia, e estabeleceu parcerias estratégicas com os Estados Unidos, Alemanha e China.
Se fomos ocupados, em determinado momento, por uma legião de hipócritas carreiristas, que venderam a alma ao diabo em troca de promoções e postos de luxo, para servir a um projeto partidário momentâneo de poder, digo a Vossa Excelência que o oposto do oposto é o igual ao igual.
Peça ao seu colega nomeado para a assessoria internacional da Presidência da República para fazer o concurso para a carreira diplomática. Se passar, integre-o à carreira de estado à qual o Senhor pertence. Não deixe se repetir a nefasta atuação do Professor Marco Aurélio Garcia, que servia ao PT e não ao Brasil. Não toque fogo em sua própria casa.
Quando Ministro-Conselheiro em Havana, no auge do poder petista, e com um chefe membro do partido dos trabalhadores, proibi terminantemente reuniões políticas na Embaixada. Com argumentos de bom senso convenci a minha chefia de que a Embaixada era do Brasil e não do PT. O Secretário de Relações Internacionais do PT, que frequentava regularmente Havana, foi fazer suas reuniões partidárias com o Partido Comunista de Cuba, em outro lugar, que desconheço.
Não participe da destruição de sua Casa. Triste ver chanceleres de 13 países inexpressivos serem comandados por teleconferência desde Washington, com um capataz canadense ao lado. Os Estados Unidos, senhor Chanceler, é quem mantém viva a ditadura de Maduro comprando o seu petróleo, da mesma maneira que mantém viva e operante a monarquia sanguinária e ditatorial da Arábia Saudita.
Não é em cada cem anos que o Brasil tem a sorte de ter um Chefe militar com as qualidades morais, patrióticas, democráticas e a força física e espiritual do General Villas Boas. Corremos o sério risco de uma politização em nossas forças armadas. Não será uma divisão da guerra fria, entre esquerda e direita. Será, e Deus queira que não aconteça, uma divisão entre nacionalistas e entreguistas.
Muitos não aceitarão sair das garras dos serviços de inteligência de Cuba para cair nas garras dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel. Preste atenção no que está acontecendo na Alemanha de Ângela Merkel. Quem está interessado em destruir o Itamaraty?, é a pergunta que se faz nos corredores de sua Casa.
Miguel Gustavo de Paiva Torres é diplomata.
https://diariodopoder.com.br/falando-em-grego/

sábado, janeiro 05, 2019

Tremei corruptos! Delegado da PF (formado pelo FBI) é nomeado para cargo estratégico | Diário do Brasil

Oftalmologista Arnaldo Lopes Filho é encontrado morto com tiro no peito dentro de seu apartamento em Paulo Afonso

Por REDAÇÃO - PA4.COM.BR | 5 de Janeiro de 2019 às 13:03
Arnaldo atendia seus pacientes em sua clínica particular, o Instituto de Olhos, localizado no centro de Paulo Afonso. Foto/Montagem: PA4.COM.BR
Por volta das 11h da manhã de hoje (5), uma notícia pegou a população de Paulo Afonso de surpresa. A morte do oftalmologista Arnaldo Lopes Filho.

Segundo as primeiras informações, o corpo do oculista foi encontrado com a marca de um tiro no peito, dentro de seu apartamento, localizado no Residencial Padre Lourenço Tori, na Avenida ACM, no Bairro Panorama, em Paulo Afonso (BA).

De acordo com pessoas que faziam parte do círculo de amizades do oftalmologista, e que estão no local, ele vinha passando por problemas depressivos, por esse motivo, existe a hipótese do mesmo ter tirado a própria vida, cometido portanto, um suicídio.

Aranaldo Lopes Filho atendia diariamente em sua clínica particular, o Instituto de Olhos, localizado na Avenida Landulfo Alves, vizinho ao Banco do Brasil, centro de Paulo Afonso. Oftalmologista renomado, era um dos melhores profissionais da área em toda região.

Nesse momento, equipes da Polícia Técnica estão dentro do apartamento para periciar o local e realizar a remoção do corpo para o IML de Paulo Afonso.

Equipes da Polícia Técnica no local para remoção do corpo do oftalmologista. Foto: Carlos Alexandre (PA4.COM.BR)

Que alguém explique: por que não se faz uma auditoria nas contas da Previdência?


ChargePrevidência
Charge do Kleber Salles (Estadão)
Antônio Fallavena 
Somente uma auditoria séria, eficaz e independente poderá colocar a verdade sobre os números da Previdência Social dos dois lados – num deles o governo e no outro a Associação Nacional dos Fiscais da Previdência. Então, saberemos quem está manipulando dados, números, ou seja, mentindo. Não apenas concordo com auditoria, como faz anos que venho cobrando a sua realização. Da mesma forma, a dívida pública também merecer uma auditoria, mas os rentistas/investidores têm medo e o governo reluta em fazê-lo.
No caso da Previdência, e as fraudes nos pagamentos? E as aposentadorias frias? E os desvios de recursos para tudo que é coisa que foi inventada? Alguma dúvida de que o enrosco é grosso?
TUDO DOMINADO – Se não fizerem uma auditoria externa, séria e sem comprometimento com qualquer dos atores, vão continuar escondendo a verdade. E um dia, quando menos esperarem os espertos cidadãos, o buraco terá tragado tudo!
A reforma é tão complexa que, após aprovada na Câmara/Senado, deveria ser plebiscitada. Somente assim os atuais e futuros trabalhadores/contribuintes poderão decidir e se responsabilizar pelo que desejam! Se der certo, os trabalhadores acertaram. Se der errado, que assumam o erro.
Na verdade, há segmentos que querem se proteger (e têm representação forte) e os que são fracos e acabam sendo puxados de roldão.
TRANSPARÊNCIA – A questão previdenciária merece uma auditoria externa, competente e sem interferência dos interessados. Sem ela, tudo ficará no grito: é superavitária ou deficitária?
Por último, considerando que as mulheres vivem mais e as tarefas estão sendo dividias (muitos homens assumindo a casa, os filhos etc.), quais as justificativas para a idade da aposentadoria não ser a mesma? Afinal, é igualdade ou superioridade? Quem pode ajudar a entender?
E mais? Repita-se que são os futuros atingidos que devem assinar embaixo. Se escolherem errado, paciência! Se a reforma não sair como é preciso, que os trabalhadores que serão por ela atingidos votem e assumam a responsabilidade da escolha de seus futuros!
Digo isso porque, dependendo das corporações, a reforma sairá um monstro como o Frankenstein e depois quem pagará a conta?

Durante recesso, suplentes assumem por um mês, com verba reajustada


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Charge do Nani (nanihumor.com)
Ranier BragonFolha
Aproveitando a ida de deputados federais para cargos nos governos federal e dos estados, um pelotão de 12 suplentes tomou posse nos últimos dias para cumprir um mandato de apenas um mês —até 31 de janeiro—, em plenas férias parlamentares. Apesar de não haver praticamente nenhuma atividade no Congresso nesse período, todos terão direito à maior parte dos benefícios do cargo.
Entre as verbas está o salário de R$ 33,7 mil, cotão para atividades parlamentares (que varia de R$ 30,8 mil a R$ 45,6 mil) e uma verba para contratar até 25 assessores que teve o seu valor reajustado agora, em janeiro, passando de R$ 106,8 mil para R$ 111,7 mil ao mês.
UM DEPUTADO – O Congresso entrou oficialmente em recesso no dia 23 de dezembro e só volta às suas atividades em 1º de fevereiro. Nesta sexta-feira (4), por exemplo, apenas um dos 513 deputados apareceu na Câmara.
Dos 12 suplentes que assumiram as vagas que se abriram nos últimos dias, sete nunca foram deputados federais na vida. Os que foram localizados ou responderam às perguntas da Folha afirmam que pretendem, mesmo nas férias parlamentares, percorrer ministérios e apresentar ideias de projetos aos novos parlamentares que assumirão em fevereiro.
Isso porque os “deputados de verão” não podem nem apresentar projetos nas férias parlamentares. Pelas regras da Câmara, tudo vai automaticamente para o arquivo no dia 31.
“PENSEI NA VOTAÇÃO” – “Fiquei preocupada sim com essa situação de ser período de férias, de não ter nenhuma atividade parlamentar, mas o que eu pensei? Na hora de decidir se ia aceitar ou não, eu pensei na votação que tive. Fui a nona deputada mais votada, a primeira suplente da coligação. Nessa hora eu coloquei como prioridade as pessoas que confiaram em mim. Por mais que seja um período pequeno, eles confiaram me mim. Então, por eles resolvi assumir”, disse Marfiza Galvão (PSD-AC).
A deputada, que assumiu em 2 de janeiro na vaga do deputado Rocha (PSDB), eleito vice-governador do Acre, afirma que visitará ministérios, suas bases no estado e que tentará conversar com parlamentares que assumem em fevereiro sobre propostas como a de incorporar ao Mais Médicos também profissionais de educação física, sua área de formação.
OUTROS SUPLENYES – Felipe Souza (PHS-AM) enviou por meio de sua assessoria projetos que apresentou e requerimentos de informação encaminhados a ministérios. O gabinete de Júnior Coringa (PSD-MS), que assumiu a vaga do novo ministro da Justiça, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que nesta sexta ele estava incomunicável porque estava voltando de carro para o estado, em um percurso de quase 1.000 quilômetros.
No gabinete de Carla Stephanini (MDB-MS) — suplente da ministra da Agricultura, Tereza Cristina —, ninguém atendeu ao telefone na tarde desta sexta.
SEM RESPOSTA – A Folha não recebeu resposta dos demais. Entre os “deputados de verão” da atual legislatura está Zé Augusto Nalin (DEM-RJ), que assume a vaga do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ostenta uma espécie de recorde por já ter assumido e deixado o mandato por oito vezes nesta legislatura.
Das vezes que virou deputado-tampão, entrou nas vagas, entre outros, de Marco Antônio Cabral (MDB-RJ), filho do ex-governador Sergio Cabral, de Leonardo Picciani (MDB-RJ), filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Jorge Picciani, e de Celso Jacob (MDB-RJ), condenado a 7 anos de prisão, sempre voltando para a suplência após os titulares reassumirem as vagas.
VAIVÉM DE BALDY – Um caso curioso neste início de 2019 foi o do então ministro das Cidades de Temer Alexandre Baldy. Tendo ficado na pasta até 31 de dezembro, saiu da Esplanada e reassumiu no dia 1º o mandato de deputado federal apesar de ter sido confirmado como secretário de Transportes Metropolitanos do governo de João Doria, que já lhe deu posse.
“Uma pessoa do gabinete dele me ligou e disse que ele precisaria retomar o mandato, mas não sei por que”, disse o deputado Sandes Júnior (PP-GO), que ocupava a vaga de Baldy e acabou temporariamente voltando à suplência.
“DESPEDIDA” – Baldy se licenciou novamente no dia 1º para assumir a secretaria no estado de São Paulo. À Folha, o ex-ministro e agora secretário disse que ação nada a teve a ver com eventual benefício ou burocracia da Câmara. “Voltar a sentir como é estar deputado para me despedir, por 24 horas, entre dia 31 a 1”, afirmou o ministro sobre o objetivo da reassunção-relâmpago do mandato. “Só o gostinho da despedida do mandato, este é o único benefício.”
Os suplentes de janeiro receberão os benefícios proporcionais ao tempo em que cumprirem o mandato, à exceção da ajuda de custo que a Câmara paga em fim de legislaturas.
Se todos eles usarem o máximo a que têm direito, a Câmara terá um custo de ao menos R$ 2,3 milhões.
Os suplentes são os deputados mais votados nas coligações partidárias que não conseguiram atingir um resultado suficiente para a eleição. No caso de vacância, a Câmara convoca o suplente melhor posicionado. Em caso de recusa, passa ao seguinte e assim por diante, até que a composição de 513 deputados esteja completa.

Na Previdência, as mudanças de regra são sempre ilegais, mas acabam tendo validade


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Charge do Amarildo (amarildo.com)
Jorge Béja
Muitos e muitos especialistas dizem, pregam e provam que a Previdência Social é superavitária. Que a dinheirama sobra. Isso sem falar no patrimônio imobiliário e nos volumosos créditos devidos à Previdência nacional por contribuintes obrigatórios que não pagam e a Procuradoria-Geral da República e a própria autarquia não ingressam na Justiça com as respectivas ações de cobrança. São devedores poderosos, intocáveis que devem fortunas, não pagam e nem são incomodados. Um só exemplo: clubes de futebol.
Mas existe um pacto odioso, uma trama diabólica, deturpada, um conluio, enfim, para sustentar a Previdência e prejudicar o contribuinte, ou seja, todo o povo brasileiro. A questão é de uma simplicidade que até os leigos em Direito entendem, menos o Judiciário.
MILHARES DE AÇÕES – Durante anos e anos de minha vida profissional combati um bom combate junto à Justiça e em defesa dos contribuintes da Previdência. Foram milhares de ações contra o INSS e poucas delas acolhidas apenas na primeira instância por juízes de ampla visão social, independentes e de raciocínio lógico. Mas sempre e sempre sobrevieram recursos e as instâncias hierarquicamente superiores cassavam as sentenças e davam ganho de causa à Previdência.
O fundamento vem do Direito Romano estampado nesta locução “Tempus Regit Actum”. Ou seja, é a lei do tempo do contrato (no caso, da filiação à Previdência) que rege o ato, o vínculo entre o contribuinte e a Previdência, por toda a vida, ainda que posteriormente outra lei (ou outras leis) venha alterar aquela sob cuja existência e vigência ocorreu a filiação do contribuinte.
SEGURANÇA JURÍDICA – Exemplo: se Tício se filiou à Previdência Social sob a vigência da lei que estipulasse aposentadoria aos 60 anos e benefício previdenciário correspondente a tantos salários mínimos sobre os quais Tício contribuiu mensalmente, tanto não pode ser modificado no curso do contrato. Aqui, recorre-se a outra máxima jurídica que nos legaram os Romanos: “Pacta Sunt Servanda” (Somos servos do pacto, somos e estamos obrigados à letra do pacto, do contrato).
Portanto, é da segurança jurídica de que estamos falando. É óbvio que nos contratos, uma vez celebrados, uma das partes não pode, unilateralmente, introduzir nele modificação, de espécie alguma. Contrato assinado torna-se lei entre as partes até seu final cumprimento.
MÁ INTERPRETAÇÃO – Mas, não. A Justiça (das instâncias superiores) deram e dão interpretação àquele princípio “Tempus Regit Actum”, sempre em desfavor do coitado do contribuinte que fica ao desamparo da lei sob a qual ele ingressou no INSS para sujeitá-lo à(s) nova(s) lei(s) que veio (vieram) após à celebração do contrato. Diz a Justiça (sempre da segunda e terceira instâncias) que aquele princípio refere-se não à época em que o contribuinte assinou o contrato e ingressou no INSS, mas sim à época em que o contribuinte cumpriu o contrato.
No caso de Tício, ao completar 60 anos sua aposentadoria está garantida, mesmo que após (após, repita-se) tenha surgido lei aumentando a idade para 61, 62, 63…anos. Mas se esta nova lei surgiu no curso do contrato que Tício e o INSS assinaram, aí Tício perde aquele direito de se aposentar aos 60 e fica sujeito à nova lei.
É TUDO ILEGAL – Em resumo: no caso de Tício, se a lei que prejudica e exige idade maior é posterior à data em que Tício completou 60 de idade, o direito de Tício é intocável. Ele se aposenta com 60 anos. Se a lei for anterior, isto é, entrar em vigor antes que Tício complete 60 de idade, aí Tício vai ter que esperar até atingir a idade que a nova lei estabeleceu.
Não, isso não é razoável, não é legal, nada tem de segurança, mas de insegurança jurídica e o coitado do contribuinte fica sempre na corda bamba e nunca saberá quando vai se aposentar, isto porque a lei que vigia ao tempo do seu ingresso como contribuinte do INSS de nada valeu, não serve e nem presta mais.
OUTRO EXEMPLO – É o mesmo que uma pessoa firmar um plano de previdência privada para pagar mensalmente 2 salários mínimos durante 25 anos, digamos, e se aposentar aos 60 com pensão também de 2 salários mínimos e, no curso do plano a previdência privada passar a exigir 30 anos de contribuição, 65 de idade e pagar, depois, apenas 1 salário mínimo de pensão.
A questão é de Direito Natural, de Igualdade de Tratamento, de Comutatividade, de Reciprocidade, previsto na legislação e mais severamente no Código de Proteção e Defesa do Consumidor. E não venham dizer que a relação entre contribuinte da Previdência com a própria Previdência não é relação de consumo. É, sim. É relação consumerista de ordem pública.
Não se está afirmando aqui que a lei previdenciária não pode ser mudada. Pode, sim, desde que respeitado o Direito Adquirido daqueles que ingressaram na Previdência sob a vigência da legislação anterior e que a nova lei que sobreveio somente valha para o futuro. Ou seja, para quem ingressar no sistema previdenciário sob a égide da nova lei.

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