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quarta-feira, outubro 13, 2010

Nos jornais: tucano usará telefonia para defender privatizações

Folha de S. Paulo

Tucano usará telefonia para defender privatizações

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, deverá insistir no exemplo das telecomunicações como modelo de privatização bem sucedido no governo FHC. Na madrugada de ontem, após participar do debate da Band, Serra mostrou apreensão com a insistência da adversária Dilma Rousseff (PT) na abordagem do assunto. E consultou aliados sobre a eficácia do argumento de que, sem a privatização, não haveria tanto acesso a linhas telefônicas e o país ainda se comunicaria via orelhão.
No que depender do comando da campanha de Serra, o candidato irá recorrer ao caso das teles e da siderurgia toda vez que a candidata petista falar em privatização. Além de ser de fácil compreensão, tem apelo popular. Para os próximos debates, Serra pretende lembrar como o telefone celular facilitou a vida dos menos favorecidos. Outro argumento será o de que o PT também privatizou.

Ataques foram "no limite do limite", avaliam dilmistas

A equipe de Dilma Rousseff admite que ela extrapolou no tom agressivo em alguns momentos e ficou no "limite do limite" do aceitável, mas avalia que cumpriu os objetivos traçados para o debate da Band. A campanha da petista avalia que ela atingiu três metas no debate: 1) colar em José Serra a imagem de responsável pela campanha de "baixaria do submundo da política"; 2) inserir na pauta da eleição temas como privatização de pré-sal e Petrobras e 3) mobilizar a militância. O desempenho de Dilma foi considerado tão "satisfatório" que cenas do debate foram editadas às pressas pelo marqueteiro João Santana e ocuparam mais da metade do programas de TV de ontem da petista.

Vou investigar escândalos, diz candidata do PT

Questionada sobre a pesquisa Datafolha que mostrou que o escândalo que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil tirou mais votos do que a polêmica religiosa, a candidata Dilma Rousseff (PT) afirmou que todos os casos serão investigados em seu eventual governo. "Vou investigar todas as questões e malfeitos que aparecem dentro do governo federal, isso é a primeira coisa", afirmou a petista. Dilma voltou a falar sobre os rumores de que tem sido vítima e citou diretamente Monica Serra, mulher de seu adversário, José Serra.

Dilma quer usar máquina eleitoral de Cabral

A campanha de Dilma Rousseff (PT) quer aproveitar a máquina eleitoral do governador Sérgio Cabral (PMDB) no segundo turno da disputa presidencial para tentar crescer no terceiro maior colégio do país, o Rio de Janeiro, com 11, 6 milhões de eleitores. Além do governador reeleito, estão sendo mobilizados senadores, deputados e prefeitos para tentar alavancar a candidatura de Dilma no Estado -a petista teve 3,7 milhões de votos, cerca de 1,5 milhão a menos que Cabral. É esse patrimônio que a petista vai buscar conquistar agora no segundo turno. Segundo pesquisa Datafolha realizada na sexta-feira, Dilma tem 48% dos votos contra 41% do tucano José Serra. Mas, na região Sudeste, o candidato do PSDB alcança 44%, com a candidata do PT ficando em 41%.

Folha e Rede TV! fazem domingo novo debate com presidenciáveis

Em parceria com a Rede TV!, a Folha promove no próximo domingo, dia 17, às 21h10, o segundo debate presidencial do segundo turno. Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) confirmaram presença no debate, que será mediado pelo jornalista Kennedy Alencar, repórter especial da Folha e apresentador do programa "É Notícia", da Rede TV!. O debate, que acontece nos estúdios da sede da emissora, em Osasco, será transmitido ao vivo pelo UOL (Universo Online), portal de internet do Grupo Folha, com comentários em tempo real feitos pela equipe de jornalistas escalados para a cobertura do evento.

Ex-diretor da Dersa ataca Dilma e cobra Serra

Citado pela candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) como o homem que "fugiu" com R$ 4 milhões da campanha de José Serra (PSDB), o ex-diretor de Engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza, cobrou em entrevista à Folha que a petista apresente provas e que o tucano o defenda. Paulo Preto, como o ex-executivo da empresa estatal é conhecido, disse que todas as suas "atitudes" foram informadas a Serra. Por isso, afirma, o tucano deveria responder às acusações que ele vem sofrendo. "Não somos amigos, mas ele [Serra] me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder [...] Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala consente". No domingo, Paulo Preto foi citado por Dilma durante o debate da TV Bandeirantes para atacar Serra.

Engenheiro emprestou R$ 300 mil a Aloysio

O senador eleito pelo PSDB de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira é amigo do ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza há 20 anos.
Mas, segundo afirma o engenheiro, nem por essa amizade ele arrecadaria recursos para campanhas do tucano. Contudo, em 2007 sua família emprestou dinheiro para que o hoje senador eleito adquirisse um imóvel de R$ 300 mil em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. A Folha revelou a transação em 17 de dezembro de 2009.

Dilma indica que câncer a reaproximou da fé

Em visita ontem ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (SP), a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) deu a entender que a doença que enfrentou no ano passado foi o fator que a reaproximou de Deus. Dilma é atacada por ter mudado suas posições religiosas desde que se tornou candidata. Em sabatina à Folha, em 2007, quando ocupava a Casa Civil, foi questionada se acreditava em Deus e respondeu: "Eu me equilibro na questão". "Eu tive um processo recente e este processo me fez retomar várias coisas que estavam já dentro de mim. Essas questões dizem respeito a mim e eu não autorizo, não legitimo ninguém a julgar minha crença. Acho que isso é o cúmulo do preconceito."

Campanha quer que eleitos peçam votos pelo país

A campanha de José Serra (PSDB) quer usar tucanos que saíram vitoriosos das eleições no primeiro turno como porta-vozes do candidato pelo Brasil. Até agora, no entanto, o acerto só foi feito com Geraldo Alckmin, vencedor em São Paulo, que deve ir ao Acre e aos Estados do Centro-Oeste pedir votos para Serra. A cereja do bolo é a participação efetiva de Aécio Neves (PSDB-MG) como cabo eleitoral de Serra para além das montanhas de Minas. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), fiadora da estratégia na campanha de Serra, deve propor ao mineiro, eleito senador com o dobro de votos obtidos por Serra no Estado, viagens para Bahia e Alagoas, inicialmente. A última pesquisa Datafolha mostrou que o Nordeste é a região que assegura a vantagem de Dilma Rousseff (PT) sobre Serra.

PF faz busca e apreende documentos em comitê de dois senadores eleitos

A Polícia Federal do Amazonas fez ontem busca e apreensão de documentos no comitê central da coligação dos senadores eleitos Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PC do B), em Manaus, e também na empresa e na casa do servidor público municipal Abrahim Calil Nadaf Neto.
Eles são acusados pelo PSDB de envolvimento num suposto esquema de compra de votos e abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral. Todos negam. Com a vitória de Braga e Grazziotin, o senador tucano Arthur Virgílio Neto -um dos principais opositores do governo Lula no Congresso- não conseguiu se reeleger. A ação da PF foi determinada pelo juiz federal, Márcio Luiz Coelho de Freitas, do Tribunal Regional Eleitoral, que atendeu a um pedido do procurador eleitoral Edmilson Barreiros, que abriu inquérito civil para apurar o caso.

Justiça bloqueia os bens de gigante da tecnologia

A Justiça determinou o bloqueio dos bens da Cisco do Brasil no processo em que a companhia é acusada de importação fraudulenta com uso de empresas fantasmas. Duas delas foram usadas para fazer doação de R$ 500 mil ao PT, na campanha presidencial de 2006, conforme a Folha revelou em 2007. Com a decisão, a Cisco ficou sem poder movimentar bens e contas bancárias. Recorreu, mas conseguiu liberar somente ativos financeiros. Na última semana, cartórios e juntas comerciais já registravam os bloqueios. A Cisco é a maior empresa do mundo em equipamentos para redes de computadores. Aparece na 58ª posição no ranking das 500 maiores empresas da revista "Fortune" de 2010. No ano passado, suas vendas somaram US$ 40 bilhões (R$ 68 bilhões).

O Globo

Na Praça da Bíblia, o mea-culpa de Lula

A Praça da Bíblia, em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, foi o local cuidadosamente escolhido para a reaparição do presidente Lula ao lado da candidata do PT, Dilma Rousseff, e do vice, Michel Temer (PMDB-SP), em evento de campanha do segundo turno. Antes de discursar, o presidente passeou pelo palanque tentando passar confiança, abraçando os aliados e sorrindo bastante. Dilma repetiu o tom agressivo do último debate, acusando o adversário José Serra (PSDB) de fazer a campanha do ódio. Distante do público desde o primeiro turno, no melhor estilo de animador de comício, o presidente levantou os militantes e conclamou todos a trabalharem pela eleição de Dilma e do candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Ele voltou a admitir o “salto alto” no primeiro turno. - Não se pode achar que tem eleição ganha antes do tempo. Quando no primeiro turno eu estava indo para o aeroporto, vi que tinha pouco papel vermelho e muito papel azul. Não se pode cantar vitória antes do tempo, se não acontece que nem com Corinthians e Fluminense: acharam que seriam campões e perderam uma atrás da outra, disse Lula.

Dilma e Serra mantêm a mudança de tática

O primeiro confronto direto do segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) estabeleceu a tônica das duas campanhas para as próximas semanas, na qual deve perdurar a inversão de papéis dos candidatos. De acordo com as respectivas coordenações de campanha, a petista deve manter a postura “assertiva”, enquanto Serra evitará acompanhar a escalada — a lição foi aprendida quando Geraldo Alckmin despencou nas urnas após atacar o presidente Lula no segundo turno das eleições de 2006. Mesmo sob pressão do PT, o comando de comunicação da campanha tucana não pretende subir o tom daqui em diante, ao contrário da estratégia adotada até então, quando o foco estava nos escândalos envolvendo a Casa Civil. O publicitário Luiz Gonzalez admitiu que o partido tem preocupação de evitar danos eleitorais. Sobretudo, por conta do rescaldo político da última eleição.

Dirceu e Ciro passaram a ser mais ouvidos na campanha

A postura apresentada pela candidata petista, Dilma Rousseff, no debate da TV Bandeirantes, na noite de domingo, foi uma orientação do presidente Lula. Com isso, a mudança de comportamento da petista, abandonando o figurino “Dilminha paz e amor” do primeiro turno, marca uma nova correlação de forças no comando da campanha com a realização inesperada do segundo turno. Perde força o comando de marketing liderado com autonomia até agora pelo publicitário João Santana. Diferentemente do primeiro turno, o marketing será subordinado às decisões estratégicas. Em 7 de outubro, Lula discutiu mudanças na campanha com Dilma e a orientou a fazer ajustes em sua imagem, sendo mais espontânea. Dentro dessa determinação é que a candidata assumiu o figurino “Dilma como ela é”, nas palavras de um petista.

Entre a firmeza e a agressividade

Em vez de apenas responder a acusações, Dilma Rousseff (PT) partiu para cima antes. Na opinião de cientistas políticos, esse fator surpresa, assim como a atitude de indignação frente a boatos, rendeu pontos positivos para a petista no debate de anteontem na TV Bandeirantes. Já José Serra (PSDB) acertou ao manter postura menos exaltada durante o confronto, no qual houve momentos em que a petista foi da firmeza para a agressividade. Pesquisadora de comunicação política, Alessandra Aldé, da Uerj, avalia que Dilma se saiu melhor do que nos debates anteriores, quando ela estava “pouco à vontade”: — O eleitor sabe que, no horário eleitoral, o candidato está num espaço controlado. Então, num debate, quer ver o candidato fora da maquiagem, e espera que o candidato tenha atitude mais autônoma mesmo. Por isso, acho positivo Dilma ter se posto mais enfaticamente.

Projetos aeroportuários ficam na pista

Em um ponto os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) chegaram a um entendimento no debate: a situação caótica vivenciada pelos aeroportos brasileiros. Serra reclamou e Dilma admitiu que está “desagradada” com a estrutura aeroportuária. Como solução, ela prometeu reestruturar a Infraero, estatal que administra os 67 principais aeroportos brasileiros. Mas, enquanto promete mudanças administrativas, o governo atual já tem duas opções para minorar os problemas do setor — ambas engavetadas, esperando que sejam superadas divergências com os militares (ainda muito influentes no setor, e na Infraero particularmente) e que se encerrem as eleições.

Nossa Caixa aproximou Serra de Lula

A venda da estatal paulista Nossa Caixa para o Banco do Brasil, em 2009, foi um dos pontos de discussão mais acirrados no debate entre Dilma Rousseff e José Serra. A petista usou a operação para chamar de privatista o tucano, que defendeuse dizendo que o negócio preservou a essência pública da instituição e fortaleceu o BB. A diferença nem de longe lembra a convergência de interesses de dois anos e meio atrás, no início da negociação conduzida pelo então governador Serra. Em 2008, Serra viveu um dos momentos de maior aproximação com o governo Lula. Seu objetivo era vender a Nossa Caixa para o BB. Serra chegou a se reunir com Lula para tratar do assunto, que teve o ministro da Fazenda, Guido Mantega, como interlocutor, e do qual Dilma não participou — o tucano, no debate, disse ter ouvido que ela foi contra.

Santas Casas somam dívida de R$ 5,9 bilhões

Tema levantado pelo candidato tucano, José Serra, no debate de anteontem, a situação das Santas Casas é um problema que pressionará o próximo governo. A dívida das instituições, que prestam assistência médica a pacientes do Sistema Único de Saúde, chega a R$ 5,9 bilhões. Segundo o diretor-executivo da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, José Luiz Spigolon, o governo Lula interrompeu uma linha de crédito aberta no governo Fernando Henrique Cardoso no BNDES para que as instituições refinanciassem seus débitos. Ele conta que, quando as entidades procuraram o governo, na gestão de FH, a dívida era de R$ 1,3 bilhão.

Zylbersztajn: acusação é 'má-fé cínica'


A exemplo do escritor português Eça de Queirós, o ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP) David Zylbersztajn — primeiro a comandar a agência reguladora, no governo Fernando Henrique Cardoso — costuma qualificar de “obtusidade córnea ou má-fé cínica” as afirmações da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, de que ele defenderia a privatização do pré-sal. A acusação ao executivo foi feita no debate de domingo, com base em declarações dele durante o fórum sobre energia realizado pela revista “Exame”, no dia 20 de setembro, em São Paulo. Zylbersztajn afirma que defende a manutenção do atual sistema de contratos de concessão no setor de petróleo, em vez da proposta de partilha, que está em discussão no Congresso.

Arcebispo ataca Dilma e PT na internet

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e seu partido foram acusados, em vídeo gravado pelo arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, de mentir sobre seus verdadeiros projetos. No vídeo, ele diz que Dilma e o PT estariam comprometidos com a “cultura da morte”. No documento que serviu de base para a gravação, postada na internet, o arcebispo não poupou nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que as ações de seu governo teriam desmentido uma carta que ele teria enviado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), negando que estivesse disposto a legalizar o aborto. No vídeo de quase 15 minutos, postado domingo no YouTube e que ontem à tarde já havia sido acessado por mais de 3 mil internautas, dom Pagotto faz um apelo para que seus diocesanos o ajudem a divulgar a gravação, assim como um documento de igual teor elaborado pelos bispos de São Paulo.

Tucano condena petista por críticas feitas a sua mulher

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, reclamou ontem das críticas de sua adversária, Dilma Rousseff (PT), à família dele, no debate de anteontem. Serra afirmou que campanhas devem priorizar propostas e não ser usadas para ataques “à família de candidato”. Ele se referia ao fato de Dilma ter citado declaração atribuída a sua mulher, Mônica, que teria acusado a petista de querer “matar criancinhas”: — (A atitude ofensiva) é uma estratégia dela. Para mim, foi até uma surpresa ela voltar a atacar a família. Campanha eleitoral é para discutir propostas, comparar os candidatos, para eles (candidatos) apresentarem o que fizeram ou que vão fazer. Não é atacar reiteradamente a família de candidato.

Estevão, novo embaraço para Weslian Roriz

A relação de mais de 15 anos entre o casal Roriz e o ex-senador Luis Estevão, cassado em 1999 por envolvimento no desvio de R$ 169 milhões das obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), criou novo constrangimento para a candidatura de Weslian Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal. Estevão atua como consultor informal da campanha, tendo participado de momentos decisivos, como a desistência de Joaquim Roriz, a uma semana do primeiro turno. Polêmico empresário da construção civil e dono do Brasiliense, time de futebol do DF, Estevão mantém estreitos laços de amizade com Roriz desde a campanha de 1994, quando o marido de Weslian perdeu a disputa para governador. Na ocasião, Estevão foi eleito deputado distrital e liderou a oposição ao governo de Cristovam Buarque. Em 98, foi eleito senador, sendo cassado um ano depois.

O Estado de S. Paulo

MTA perde contrato e pode parar de voar para Correios

Personagem da crise que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, a empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA) caminha para fechar as portas e abandonar os contratos que mantém com os Correios. Desde 27 de setembro, a companhia não está operando grande parte dos contratos das linhas de transporte de carga aérea postal. E tem levado multas diárias por causa disso. Não tem dinheiro para combustível e começa a procurar fornecedores para fazer acordos. O empresário argentino Alfonso Rey, dono oculto da empresa, já disse aos diretores no Brasil que, se a situação financeira piorar, pretende retirar do País os aviões que alugou para a MTA funcionar. O peruano Orestes Romero, que dirigia a empresa no Brasil, foi para o exterior desde o início da crise e não voltou mais.

Presidente da estatal fica em situação insustentável

A crise política nos Correios deve fazer sua próxima vítima dentro de algumas semanas: ninguém menos que o próprio presidente da estatal, David José de Matos. É consenso no Palácio do Planalto que sua permanência no cargo é insustentável. Indicado por Erenice Guerra - de quem é amigo pessoal -, Matos é o elo que ainda resta entre a ex-ministra da Casa Civil e o primeiro escalão do governo Lula. É amigo de Erenice desde os tempos em que trabalharam juntos na Eletronorte.

Igreja antecipa ida de Dilma a Aparecida

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, visitou ontem o Santuário de Aparecida, onde assistiu à missa das 9 horas, deu duas entrevistas e rezou aos pés da imagem negra da padroeira do Brasil, santa de sua devoção, conforme declarou à imprensa ao explicar o objetivo de sua peregrinação. Dilma, que chegou à cidade de helicóptero numa manhã fria coberta de neblina, entrou na basílica nacional 15 minutos antes do início da cerimônia. Sentou-se na primeira fileira de cadeiras reservadas às autoridades, ao lado de prefeitos e deputados da região do Vale do Paraíba.

''Ninguém tem direito de dizer qual é a minha crença''

Aborto, debate na televisão e prática religiosa foram os principais temas de que a petista Dilma Rousseff tratou na entrevista coletiva de ontem de manhã, no auditório do Santuário Nacional de Aparecida, depois de assistir à missa das 9 horas, na véspera da festa da Padroeira do Brasil. Dilma começou tendo de explicar por que decidiu rezar na Basílica de Aparecida, ao iniciar a campanha do segundo turno para as eleições de 31 de outubro. "É a primeira vez que venho à basílica, mas tenho devoção especial a Nossa Senhora, mais especial a Nossa Senhora Aparecida, por circunstâncias recentes na minha vida. Preferiria não falar sobre isso, é uma questão pessoal. Prefiro ter uma manifestação (religiosa) mais recatada. Minha religião diz respeito à minha convicção, à imagem de Deus dentro de mim."

TSE não consegue punir autor de site

Uma das principais fontes de informação dos eleitores brasileiros, a internet tem sido também um dos grandes desafios da Justiça Eleitoral na campanha deste ano. Os juízes têm dificuldade para identificar e punir os autores de sites e blogs que divulgam notícias falsas e ofensivas sobre os candidatos. No caso mais recente, o ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reconheceu que era impossível punir o autor do site www.dilmentiras.com.br, que apontava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "bebum" e a presidenciável Dilma Rousseff (PT) como preconceituosa com nordestinos. No site, Dilma também aparecia - em uma montagem de imagens - treinando o Rebolation, hit do carnaval baiano deste ano.

Aécio viajará o País em nome de Serra

O comando do PSDB "terceirizou" parte da mobilização da campanha do candidato José Serra para puxadores de voto do partido. A partir dessa semana, o senador eleito por Minas, Aécio Neves, e os governadores eleitos Geraldo Alckmin (SP) e Beto Richa (PR) viajarão pelo País em articulações políticas e contato com a militância em nome do presidenciável.

Mudança de estilo surpreende Serra

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, admitiu ontem que ficou "surpreso" com a "agressividade" da petista Dilma Rousseff no debate de anteontem na TV Bandeirantes. Ele está convencido de que a adversária foi "treinada" para dar declarações no debate com o objetivo de usá-las no horário eleitoral - o que, de fato, aconteceu ontem. Indagado sobre a falta de uma resposta enfática à insinuação da rival de que o PSDB defende "a privatização do pré-sal", Serra argumentou que não entendeu o que ela queria. "O que a Dilma disse foi ininteligível e sem sentido. Eu não entendi."

Lula pôs recursos do governo a favor de Dilma, diz FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que Lula "colocou todos os recursos do governo em favor de sua candidata", Dilma Rousseff (PT), "como nunca fez outro presidente". As declarações foram feitas à Agência Efe, em Cartagena das Índias, na Colômbia, onde participa de um seminário sobre relações políticas na América Latina. FHC afirmou acreditar que o candidato de seu partido (PSDB), José Serra, possa ser eleito em 31 de outubro. Mas desprezou a hipótese de que, com uma possível eleição de Dilma, se reforce na América Latina a tendência que se percebe nos governos de Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Equador.

Lula aprovou mudança de tom de Dilma


A mudança de estratégia na campanha de Dilma Rousseff (PT) foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em conversas com auxiliares, Dilma avaliou como "muito acertado" o tom mais contundente da candidata do PT à Presidência no debate de domingo, realizado pela TV Bandeirantes. O marqueteiro João Santana resistiu o quanto pôde a adotar a nova tática, sob o argumento de que quem bate perde votos. Até mesmo o presidente Lula chamou Santana para um tête-à-tête e cobrou dele nova tática para enfrentar a polêmica do aborto e a investida do adversário do PSDB, José Serra.

Na agenda, encontros com Chico e Ronaldo

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, abriu espaço em sua agenda, pautada nos últimos dias pelos temas religiosos, para um roteiro à lá "ilha de Caras", cheio de celebridades. Na próxima segunda-feira, Dilma aparecerá ao lado de Chico Buarque, num evento de apoio à sua candidatura que marca o retorno do compositor à cena política. Antes, nesta semana, a petista comparece a um jantar na casa do jogador Ronaldo, do Corinthians - encontro que causou saia-justa no comando da campanha.

Caso Roriz leva CNJ a propor código de ética

A estratégia montada pelo ex-candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) para influenciar seu julgamento de ficha-suja no Supremo Tribunal Federal (STF), levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a propor a criação de um código de ética para a magistratura. A medida passou a ser defendida pela corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, depois que Roriz tentou contratar o genro do ministro do Supremo Carlos Ayres Britto como seu advogado. "Nunca precisou, mas agora eu acho que nós precisamos, com urgência, baixar um código de ética da magistratura", defendeu a corregedora em entrevista ao Estado. "Do ponto de vista ético, temos hoje uma sociedade bastante esgarçada e a magistratura sofre muito com isso."

Fonte: Congressoemfoco

Marina Silva bateu pesado no candidato Serra (PSDB)

Marina Silva bateu pesado. Ela disse que “Serra vai perder perdendo”. Isso porque ele desconstruiu a própria imagem na campanha eleitoral. Ela disse que Serra não preparou um programa de governo e subestimou Dilma Rousseff. “Ele achava que, quando fosse falar, o mundo iria estremecer”.

Foi quase um lamento. Para Marina Silva “ele (Serra) tinha toda essa imagem de uma pessoa que prima pela gestão pública, pela eficiência, e descambou para o caminho do vale-tudo eleitoral. E disse mais: “Ele apelou para o “promessômetro” quando o discurso não deu certo”.

Marina também criticou as contradições entre a imagem construída por Serra e as propostas de criar novos ministérios e duplicar o Bolsa Família. “Ele criticava o inchaço da máquina pública e sai da campanha prometendo dois ministérios, isenção de impostos para tudo quanto é lado… eu não sei como é que isso se realiza. Então vai perder perdendo”, profetizou.

O bom da imprensa é que ela grava o que as pessoas dizem.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

CNBB contesta material

Folha de S.Paulo

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) disse que sua regional paulista, que assina os panfletos, não pode falar em nome da entidade.

Para a CNBB, as manifestações oficiais são emitidas só pela cúpula nacional.

Ninguém da regional paulista da CNBB foi encontrado pela reportagem.

A Arquidiocese de Belo Horizonte, que fez a missa em Contagem, diz não ter relação com a autoria ou a distribuição do material.
Nota da semana passada dizia que a CNBB não indica candidato.

Fonte: Agora

Panfleto prega voto anti-PT

Folha de S.Paulo

Um panfleto assinado por um braço da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) recomendando que fiéis contrários à legalização do aborto não votem no PT foi distribuído ontem, em Aparecida (SP) e em Contagem (MG), antes e durante missas em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida.

O documento atribui posições pró-aborto ao PT, ao governo federal e, apesar de não citá-los nominalmente, ao presidente Lula e a presidenciável Dilma Rousseff.

Trata-se do mesmo panfleto que já havia circulado entre fiéis durante o primeiro turno e no dia das eleições,

O texto é assinado pelos bispos da Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, responsável pelo Estado de São Paulo.

A seção é presidida pelo bispo de Santo André (SP), dom Nelson Westrupp. O conteúdo do panfleto também está publicado no site da regional da CNBB.

O panfleto, datado de 26 de agosto, diz que Lula e Dilma assinaram o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, "no qual se reafirmou a descriminalização do aborto".

A defesa da legalização é chamada de "política antinatalista de controle populacional, desumana, antissocial e contrária ao verdadeiro progresso do país". O texto diz ainda que, no mesmo congresso em que deu "apoio" ao plano, o PT aclamou Dilma como candidata. Ao fim, o panfleto pede que os brasileiros "deem seu voto a candidatos contrários à descriminalização do aborto".

Fonte: Agora

Confira se você está na malha fina do IR

Débora Melo
do Agora

O contribuinte que entregou a declaração do Imposto de Renda deste ano no início do prazo e não enviou uma retificadora, mas ainda não recebeu a restituição, pode ter caído na malha fina.

Muitos contribuintes que enviaram a declaração no último dia do prazo (30 de abril) foram incluídos no quinto lote de restituições, que foi liberado na semana passada e será pago na próxima sexta-feira.

A ordem da fila de pagamentos das restituições é formada principalmente com base na data da entrega da declaração. Quanto antes o contribuinte envia o documento à Receita, mais cedo recebe a restituição. Quem envia uma retificadora, no entanto, vai para o final da fila. Além disso, declarações entregues em formulários impressos são sempre as últimas a serem processadas.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta

Aposentado de 1988 a 2003 ganha nova revisão

Ana Magalhães
do Agora

Os segurados que se aposentaram ou tiveram algum benefício do INSS concedido entre 1988 e 2003 e ganhavam mais do que um salário mínimo (hoje, R$ 510) podem conseguir, na Justiça, uma nova revisão.

Uma decisão do Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, de 26 de agosto, concedeu a um segurado um aumento de 4% na sua aposentadoria e os atrasados (diferenças não pagas pelo INSS nos últimos cinco anos). A revisão pode dar um ganho mensal de até R$ 134,31.

O aumento concedido pelo Judiciário deve-se ao fato de o governo ter reajustado, em junho de 1999 e em maio de 2004, o teto previdenciário com um índice superior ao dos demais benefícios.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quarta

Fotos do dia

O ensaio de Raquel Tolardo é sucesso no site "The Girl" A loira é de Curitiba e mantém o belo corpo jogando frescobol O projeto de vida da fofa é ter um restaurante alternativo
35 mil pessoas assistiram à missa solene na basílica de Aparecida Romaria ao santuário de Aparecida no dia da padroeira reuniu 147 mil Fiéis colocam velas na capela do santuário de Nossa Senhora da Aparecida

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Bancários devem terminar greve na quinta-feira, diz Contraf

Agência Brasil

Bancários de todo o país realizam assembleias na quarta-feira, 13, para avaliar as propostas dos bancos privados e oficiais que oferecem reajuste médio de 7,5%, mais correções diferenciadas de benefícios. Diante do ganho real de 3,08% proposto pelos bancos, a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e do Comando Nacional dos Bancários é pela suspensão da greve e volta ao trabalho na quinta-feira, 14.

A informação é do presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, divulgada nesta terça-feira, 12, pela internet. Ele diz que, além do aumento real de salário para quem ganha até R$ 5.250, o que atinge 85% dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) garante valorização dos pisos em até 16,33%, maior participação nos lucros e resultados (PLR), combate ao assédio moral e avanços na parte de segurança.

O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal garantem reajuste de 7,5% para todos os salários, sem a limitação proposta pela Fenaban, e elevação de 12,99% no piso salarial, que passa para R$ 1,6 mil. O BB promete ainda implantar uma classificação de mérito no plano de carreiras, cargos e salários, com efeito retroativo a 2006.

A Caixa também se compromete a elevar o piso para R$ 1.637 depois de 90 dias e oferece acréscimo linear de R$ 39 em todas as referências do Plano de Cargos e Salários. Além da proposta de PLR acordada na mesa unificada, a direção da Caixa promete 4% do lucro líquido da instituição, com distribuição linear para todos os funcionários.
Fonte: A Tarde

terça-feira, outubro 12, 2010

Caso Roriz leva CNJ a propor código de ética

Renato Araújo | ABr
Ministra Eliana Calmon acredita que sociedade está "esgarçada" e magistratura "sofre com isso"

A estratégia montada pelo ex-candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) para influenciar seu julgamento de ficha-suja no Supremo Tribunal Federal (STF), levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a propor a criação de um código de ética para a magistratura. A medida passou a ser defendida pela corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, depois que Roriz tentou contratar o genro do ministro do Supremo Carlos Ayres Britto como seu advogado.

"Nunca precisou, mas agora eu acho que nós precisamos, com urgência, baixar um código de ética da magistratura", defendeu a corregedora em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Do ponto de vista ético, temos hoje uma sociedade bastante esgarçada e a magistratura sofre muito com isso."

A contratação do genro de Ayres Britto foi uma estratégia de Roriz para obrigar o ministro a desistir de ser o relator do recurso no STF, evitando um voto em favor da Lei da Ficha Limpa. Eliana Calmon lembra que, em casos como esse, cabe ao CNJ baixar uma resolução "lembrando o que pode ou não ser feito". Seria um texto mais abrangente do que a Lei Orgânica da Magistratura (Loman). O assunto vai estar na pauta do CNJ, em reunião dia 19.

O genro de Ayres Britto, Adriano Borges, protagonizou um dos inúmeros episódios que envolveram parentes de ministros de tribunais superiores. Ele é um entre os aproximadamente 20 parentes de ministros que advogam nos tribunais superiores. Borges foi filmado numa conversa com Roriz negociando pagamento de R$ 1,5 milhão de pró-labore e mais R$ 3 milhões se conseguisse garantir a candidatura de Roriz no STF. Barrado pela Lei da Ficha Limpa, Roriz sabia das poucas chances de manter a candidatura por causa do voto do relator, Ayres Britto.

O advogado Eri Varela, ligado a Roriz, afirma na queixa-crime que protocolou na Procuradoria-Geral da República que Adriano negociava com Roriz justamente o impedimento de seu sogro na votação. Sem Britto pelo caminho, Roriz conseguiria reverter a decisão que barrou sua candidatura por 5 votos a 4. Como não obteve sucesso - o julgamento terminou empatado em 5 votos a 5 -, Roriz desistiu da candidatura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo./A Tarde

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Parem, antes que seja tarde

Carlos Chagas

A impressão foi de um bate-boca entre o Joãozinho e o Juquinha. Se quiserem, entre dona Mariquinhas e dona Maricota. Falamos do primeiro debate do segundo turno entre Dilma Rousseff e José Serra. Os mesmos chavões, as mesmas propostas, ainda que em decibéis mais agudos.

Tudo organizado para um show daqueles da década de cinqüenta, tanto faz se “Espetáculos Tonelux” ou “Noites do Ponto Frio”, com direito a orquestra e apresentação dos candidatos como num programa de calouros. Felizmente o mediador, Ricardo Boechat, evitou transformar-se no Chacrinha ou no Flávio Cavalcanti. Manteve-se sóbrio, sem exageros, deixando as baixarias para os convidados.

Dilma agrediu, passando da defesa ao ataque. No começo, Serra caiu na armadilha, mas, fora as acusações mútuas de duas caras ou de mil caras, acima e além do uso continuado do verbo tergiversar e de pegadinhas sobre os telefones celulares e os “orelhões”, pouco conteúdo sobrou para esclarecer quem se dispôs a ficar acordado até depois da meia-noite.

Pela primeira vez num debate o candidato tucano valeu-se do governo Fernando Henrique, citado nominalmente algumas vezes como base das realizações do governo Lula. Dilma rebateu acusando o sociólogo de tentar a mudança de nome da Petrobrás para Petrobrax, mas viu o Lula ser atacado por privatizar dois bancos estatais, no Pará e no Maranhão. Serra anunciou que, eleito, irá “estatizar” a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, os Correios, o BNDES, a Vale do Rio Doce e outras empresas transformadas pelo governo Lula em cabide de emprego para companheiros.

Registre-se, também, a sutil acusação de Serra contra a adversária que, no passado, teria dito duvidar da existência de Deus, mas hoje apresenta-se como uma beata, segundo o tucano. No mais, um amontoado de chavões e falsas promessas.

PARA EVITAR ERROS FUNDAMENTAIS

Vai para os dois candidatos presidenciais, a título de esclarecimento, para evitar futuros vexames:

Calúnia é a imputação falsa de um fato definido como crime. Exemplo: “Fulano de Tal é ladrão”. Trata-se de calúnia quando ele não é ladrão, porque roubar é crime. A acusação exige a exceção da verdade, ou seja, a prova da verdade, em juízo, para que alguém não seja condenado por calúnia.

Difamação é a imputação de um fato que não é crime, mas ofende a reputação de alguém. Exemplo: “Fulano de Tal era pobre mas ficou rico depois que foi para o Ministério”. Ser pobre não é crime, enriquecer também não, mas do jeito que a acusação foi formulada, acaba com a imagem da pessoa. A exceção da verdade só é admitida em juízo quando a denúncia se faz contra funcionário público no exercício da função pública.

Injúria é a ofensa à dignidade e ao decoro de alguém. Exemplo: “Fulano de Tal é um merda”. Fica proibida a prova da verdade, porque nenhum exame revelará que nas veias do injuriado corre cocô, em vez de sangue…

MILAGRES ACONTECEM

Em Washington o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, declarou que o Brasil não colocará em risco o bom momento de nossa economia para ajudar os países ricos a saírem de suas dificuldades. Criticou os Estados Unidos, que querem tirar as castanhas do fogo com a mão do gato, ou seja, com o sacrifício dos emergentes.

Há quem identifique nessa surpreendente declaração de Meirelles um movimento à esquerda, visando permanecer no governo, na hipótese de vitória de Dilma.

ALTERNATIVAS

Luciano Coutinho na Fazenda, Antônio Palocci na Petrobrás, Paulo Bernardo na Casa Civil, Edison Lobão nas Minas e Energia, Fernando Pimentel no Desenvolvimento Industrial, Franklin Martins nas Comunicações – esses os nomes objeto de especulação da semana, para o futuro ministério. Claro, se Dilma Rousseff vier a ser eleita.

Do lado de José Serra, caso ele ganhe a eleição, alguns nomes são tidos como prováveis: José Gregori, para a Justiça; Sergio Amaral ou Rubens Barbosa, para as Relações Exteriores; Aloysio Nunes Ferreira, eleito senador, para a Casa Civil; Aécio Neves, eleito senador, para líder do governo no Senado; Paulo Renato, para a Educação.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Lula aprova mudança de tom de Dilma

A mudança de estratégia na campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em conversas com auxiliares, Dilma avaliou como "muito acertado" o tom mais contundente no debate de domingo, realizado pela TV Bandeirantes. Para Lula, a posição mais incisiva de Dilma no duelo com Serra mostrou para os eleitores uma mulher com decisões próprias, capaz de rebater críticas sem a sua ajuda.

Lula aprova mudança de tom de Dilma

O marqueteiro João Santana resistiu o quanto pôde a adotar a nova tática, sob o argumento de que quem bate perde votos. Até mesmo o presidente Lula chamou Santana para um tête-à-tête e cobrou dele nova tática para enfrentar a polêmica do aborto e a investida do adversário do PSDB, José Serra.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que o comando da campanha de Dilma decidiu subir o tom contra Serra para "desmascarar" o tucano. "Serra faz uma campanha na TV e outra nos subterrâneos da política e precisávamos mostrar isso", afirmou Dutra.

"Dilma se colocou no debate do segundo turno, que é o confronto de propostas", comentou Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência. Ele tirou férias há mais de dois meses para coordenar o programa de governo da candidata.

Indagado se a campanha petista não adotara estratégia de alto risco ao optar por mais agressividade, Garcia justificou: "Arriscar é ficar levando porrada e não responder", disse. No diagnóstico do assessor de Lula, Serra procurou desqualificar Dilma, mas "ficou incomodado" com o "tom forte" adotado por ela, que tratou de temas como aborto, privatizações e segurança pública. "Não foi uma agressividade gratuita. Ela ficou indignada com as acusações e reagiu", insistiu o secretário de Mobilização do PT, Jorge Coelho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: A Tarde

Dilma diz que está “mais assertiva” no 2º turno

Candidata petista nega ter sido agressiva em debate da Band e diz que apenas reagiu a acusação de mulher de Serra

Edson Sardinha

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou hoje (12) que sua participação no segundo turno da eleição presidencial está “mais assertiva”. A petista negou que tenha adotado um tom agressivo durante o debate promovido no último domingo pela Band. Segundo ela, houve apenas uma reação mais forte desencadeada por uma declaração de Mônica Serra, mulher de seu adversário no segundo turno, José Serra (PSDB).

"Eu fui atacada de forma clara. Quem deixou claro que eu estava sendo atacada foram até vocês, que registraram em todos os jornais há um mês atrás a fala da senhora Mônica Serra contra mim. E não era uma fala suave, era que a Dilma é a favor de matar criancinhas. De fato, um absurdo notório. Então, eu não acusei ninguém de nada. Eu constatei o que vocês noticiaram e está gravado", disse.

O discurso mais duro da candidata do PT no debate da Band indica uma alteração de estratégia em relação ao primeiro turno, quando a petista evitou fazer ataques mais diretos aos adversários. A mudança de postura pegou de surpresa até José Serra, como mostrou o Congresso em Foco.
Durante evento promovido em Brasília em comemoração ao Dia das Crianças, Dilma disse que não fez nenhuma acusação contra o seu adversário e que se ateve a fatos durante o debate. "Eu não usaria a palavra 'agressivo', eu acho que mais 'assertivo'. Porque não houve nenhum ataque pessoal, houve afirmação de propostas. Agressiva a campanha esteve no primeiro turno, quando houve a campanha de boatos, ou quando as pessoas que acusavam não apareciam", declarou a candidata”, declarou.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também reclamou da campanha dos tucanos. Segundo ele, os petistas não vão “aceitar calados” os “argumentos medievais” contra Dilma. "Eles têm uma campanha na televisão, no debate político. Ao mesmo tempo no submundo, nos subterrâneos, têm uma campanha com argumentos absolutamente medievais. Todo mundo que tem computador em casa está vendo isso", afirmou.
Fonte: Congressoemfoco

Dilma e a armadilha conservadora

“O PT sempre pregou que a rede pública deveria dar assistência a essas mulheres. Dilma mesmo já deu entrevistas defendendo tais posições. Ao recuar atabalhoadamente dessas convicções, Dilma está mesmo passando uma impressão de que seu discurso agora não é sincero, é apenas mero cálculo eleitoral”


Se forem comparadas biografias, intenções e parcerias, Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, se equivalem do ponto de vista ideológico. Por isso é que lá atrás, no começo da campanha, quando, no momento do discurso mais interno, para convencer militantes, o PT começou a dizer que Dilma era a opção de esquerda para conter a volta dos conservadores, eu escrevi que tinha “caô” nesse embate ideológico.

Dilma, com o PMDB de hoje e os PPs e PRs da vida ao seu lado, fica tão limitada quanto Serra ao lado do DEM. Enquanto perdurar essa fragmentação partidária e a noção de que não dá para governar de outro jeito senão cedendo para obter apoios e maiorias no Congresso, a coisa não vai mudar. Com essas duas premissas, qualquer governo caminha para o centro.

De um modo geral, a situação é essa. Mas as estratégias adotadas especialmente pela turma de José Serra neste início de segundo turno estão confirmando a demarcação de terreno que o PT pregava lá no início da campanha, no começo do ano. Se alguém desembarcar de Marte neste momento, sem conhecer passados e posturas dos dois candidatos à Presidência, dirá, sem sombra de dúvida, diante do debate posto sobre a legalização do aborto, que Serra é de direita. O problema para a campanha de Dilma é que esse marciano talvez tenha alguma dificuldade para definir a candidata do PT como sendo de esquerda.

Sem dúvida nenhuma com a autorização de Serra, que incorporou esse discurso, a turma mais conservadora de sua campanha montou uma armadilha para Dilma com esse debate periférico e pouco útil sobre o aborto. E Dilma, pelo menos até o momento, vem caindo com um patinho na esparrela. Na reunião feita pelo PSDB na semana passada para comemorar suas vitórias no primeiro turno e a passagem de Serra para o segundo turno, um panfleto distribuído apontando que Dilma era a favor do aborto, do casamento entre homossexuais, etc, tinha a assinatura da famigerada Tradição, Família e Propriedade (TFP), uma múmia direitista que saiu da sua tumba para aderir à campanha tucana. Mas lá estava Serra em seu discurso dizendo que Dilma mudava suas convicções sobre o tema conforme a ocasião, que mudava com o vento, etc. Tudo sairia de forma perfeita no script combinado não fosse o ato falho de Serra ao dizer primeiro que era a favor do aborto para corrigir-se em seguida.

Na verdade, o que vem mudando de acordo com o vento nessa campanha é a utilização feita desses temas ligados ao comportamento. No primeiro turno, Marina Silva é que era atacada por ser evangélica e pessoalmente contrária ao aborto, à união homossexual e à pesquisa com transgênicos. Ela chegou mesmo a reclamar que ninguém perguntava a ela sobre outros temas além desses, e disse a este Congresso em Foco que se sentia discriminada por suas convicções religiosas. Na ocasião, a intenção era tentar diminuir a votação que já se apontava em favor de Marina de jovens e pessoas de esquerda descontentes com o PT. Agora, provocada pelos mesmos grupos, a utilização desses temas deu uma guinada para a direita para atingir Dilma.

Ficaria demarcado um embate entre um pensamento mais liberal em termos de comportamento social e outro mais conservador. Se Dilma e sua equipe de campanha não tivessem mordido a isca jogada pelos adversários. Dilma faz um recuo na discussão do assunto convencida de que já foi a exploração de tal tema que a fez perder votos no primeiro turno, levando a eleição para o segundo turno com Serra. Por esse raciocínio, isso é que teria engordado os votos de Marina. Pode até ser que sua equipe tenha números de pesquisas que demonstrem isso. Mas parece algo pouco provável, pelos resultados conhecidos de Marina. Ela cresceu em grandes centros. Ganhou a eleição em Brasília, por exemplo. A maioria de seus eleitores era das classes mais escolarizadas e da classe média alta. Não parece bem o perfil que pautaria seu voto por tal discussão.

A candidata do PT se embanana toda no recuo que vem fazendo. E termina por produzir um discurso sobre o tema que parece mesmo oportunista, eleitoreiro. Porque nega tudo o que ela e o PT sempre disseram.

Historicamente, o discurso petista sobre o aborto prega que esse é um tema de saúde pública. Milhares de mulheres morrem ou sofrem graves problemas porque procuram clínicas clandestinas para fazer aborto. O partido sempre pregou que a rede pública deveria dar assistência a essas mulheres. Dilma mesmo já deu entrevistas defendendo tais posições. Ao recuar atabalhoadamente dessas convicções, Dilma está mesmo passando uma impressão de que seu discurso agora não é sincero, é apenas mero cálculo eleitoral.

*É o editor-executivo do Congresso em Foco. Formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília em 1986, Rudolfo Lago atua como jornalista especializado em política desde 1987. Com passagens pelos principais jornais e revistas do país, foi editor de Política do jornal Correio Braziliense, editor-assistente da revista Veja e editor especial da revista IstoÉ, entre outras funções. Vencedor de quatro prêmios de jornalismo, incluindo o Prêmio Esso, em 2000, com equipe do Correio Braziliense, pela série de reportagens que resultaram na cassação do senador Luiz Estevão
Fonte: Congressoemfoco

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