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sábado, maio 22, 2010

Procuradora admite palavra rude, mas nega agressão

A procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, presa acusada de agredir uma menina de 2 anos que tentava adotar, disse que gritava com ela e usou palavras grosseiras na tentativa de educar a menina. Depois de fugir e de se esconder da Justiça, ela resolveu falar na prisão.

Vera Lúcia disse que nunca agrediu a menina e que não sabe como a criança ficou com os hematomas no rosto.

A procuradora foi perguntada se agrediu e torturou a criança de 2 anos: “De maneira nenhuma. Isto é a maior calúnia, maior infâmia, a maior loucura.”

A procuradora negou que tenha partido dela algumas expressões frases que constam na denúncia como sendo dela, segundo testemunhas: “Você não vale nada”; “sua vaca”; “cachorra”; “você é igual a sua mãe”. E declarou: “Eu quero tanto quanto a senhora saber, se essas lesões existem, quem as realizou. Porque de uma coisa a senhora pode estar certa: eu não fui”.

'Acho que errei, mas não sou perfeita'
A procuradora aposentada afirmou que nunca bateu na criança que pretendia adotar e admitiu ter falado uma vez palavras rudes para a menina, “para ela comer, com o intuito dela comer. E sabe o que ela fazia? Derramava na roupa”, justificou, completando: “Olha eu sou mãe para educar. Eu peguei uma criança para educar. Eu não posso admitir que uma criança pegue uma xícara de leite... eu dizia pra ela: minha filha, (se) você não quer, você diz: ‘mamãe não quero, mamãe to com dor de barriga, não quero’, mas você não pode jogar (o leite) pra frente”.

A procuradora ainda disse: “Acho que errei, mas quero dizer pra senhora que não sou perfeita. A senhora erra, eu erro, quero saber qual é a mãe que nunca errou com o filho, que se estrapolou, que nunca falou uma palavra mais rude”.

Perguntada se achava que seria difícil provar a inocência, a procuradora afirmou: “Não acho que vai ser difícil, não. Eu acho que eu tenho uma vida no Ministério Público, eu nunca fui uma pessoa violenta. Como eu não pratiquei um crime, eu quero provar e quero que o culpado vá para cadeia”. As informações são da TV Globo.

Fonte: Correio da Bahia

Delegado baiano foragido há 2 anos é preso em São Paulo

Redação CORREIO

Foi preso nesta sexta-feira (21) em São Paulo um delegado baiano que está foragido desde 2008, acusado de cometer um duplo homicídio. Fábio Luís Silva é acusado de ter matado o ex-vereador Edmeres José de Almeida, em 2004, e o filho do político, Edmeres José de Almeida Filho, em 2006, em Uibai. Na ocasião, ele era delegado da cidade de São Gabriel, a 482 km de Salvador.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a prisão foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias baiana e paulista na capital de São Paulo. Dois mandados de prisão já haviam sido expedidos contra Fábio Luís, das comarcas de Ubaí e de Ibititá. Fábio era investigado pelo crime e estava preso na Corregedoria da Polícia Civil quando a Justiça concedeu um alvará de soltura, em junho de 2008. Depois disso ele fugiu e nunca mais se apresentou.

Além de responder a processo criminal, Fábio Luís também responde a dois processos administrativos na Polícia Civil pelo duplo homicídio, um latrocínio em São Gabriel e formação de quadrilha. “Iremos apurar sempre com maior rigor a participação de policiais civis em atividades ilícitas”, declarou o delegado-geral, Joselito Bispo da Silva.

Os policiais militares Natanael Daltro dos Santos e Ivan Carlos Correia Vital, suspeitos de participação no crime, também estão sendo investigados.

O crime
O corpo do ex-vereador foi encontrado carbonizado próximo à cidade de Xique-Xique. Ele era suspeito de envolvimento com tráfico de drogas e agiotagem. Após sua morte, em 2004, seu filho assumiu o comando dos 'negócios' e tentou descobrir quem era o assassino do pai. Ele chegou a contratar matadores de aluguel para buscar vingança. Dois anos depois, Edemeres Filho foi executado a tiros em um povoado de Ibititá.

As investigações apontaram para o envolvimento do delegado Fábio Luís, que é acusado de ter sequestrado e extorquido o ex-vereador, para depois matá-lo.

Fonte: Correio da Bahia

Polícia encontra drogas e dinheiro em fraldas de bebês em Conquista

Redação CORREIO

A polícia encontrou na manhã desta sexta-feira (21) em Vitória da Conquista, sudoeste baiano, 80 papelotes de cocaína e R$ 978 dentro das fraldas de dois bebês de três e quatro meses. Eles foram encontrados dentro da casa onde três traficantes foram presos, dentre eles, a mãe das crianças.

O local funcionava como um ponto de venda de drogas. Na casa também estavam oito adultos e outras três crianças de oito, sete e cinco anos. A polícia acredita que a droga foi colocada dentro das fraldas no momento em que os policiais entraram na casa.

A operação foi conjunta entre a Polícia Federal e a Companhia Estadual do Sudoeste e Gerais. Ao todo, sete pontos de tráfico foram desativados. Os políciais apreenderam ainda maconha, aparelho eletrônicos e material para uso de crack. As crianças estão com uma Conselheira Tutelar.
Fonte: Correio da Bahia

Prefeitos ainda empregam esposa na Assistência Social

Agência Estado

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2009 revelou que uma prática antiga, que se julgava ultrapassada, ainda é realidade em quase um quarto dos municípios: a primeira-dama ainda é a titular da pasta de assistência social. Em algumas regiões do País, esse índice surpreende: no Centro-Oeste, 51,9% das gestoras são casadas com o prefeito. No Norte, isso ocorre em 38% dos casos. Em Roraima, na região Norte, esse índice chega a 73,3%.

"Acreditava-se que a presença da primeira-dama (nas secretarias de assistência social) estivesse abolida. Por isso foi uma surpresa grande quando encontramos a primeira-dama como gestora de assistência social em 1.352 municípios", afirmou a gerente da pesquisa, Vânia Pacheco. "Não estamos desmerecendo a figura da primeira-dama. Mas esta é uma prática antiga, que representa uma política assistencialista".

O dado positivo é que quase a metade delas havia concluído o ensino superior (47,4%); 42,1% das primeiras-damas tinham o ensino médio completo. Mas ainda havia aquelas que tinham apenas o ensino fundamental (6,9%) e as que nem sequer terminaram essa etapa (3,6%). Presidente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), Elaine Rossetti Behring, avaliou que a prática "desprofissionaliza a assistência social e retira o caráter de política pública da pasta". "Reproduz-se, assim, o clientelismo e o assistencialismo".
Fonte: A Tarde

Roberto Jefferson defende Ficha Limpa

Agência Estado

O ex- deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), disse hoje, em Maceió, que é favorável ao projeto "Ficha Limpa" e defendeu a pré-candidatura do senador Fernando Collor ao governo de Alagoas. Jefferson espera que o projeto aprovado no Senado seja sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Vivemos num País em que a democracia rege a legislação. Não estamos falando de uma Venezuela", disse Jefferson durante a Assembleia Legislativa. O ex-deputado elogiou o empenho da sociedade e da Justiça Eleitoral para punir os "maus candidatos".

O ex-deputado disse ainda que o partido aposta na vitória do ex-presidente Fernando Collor na disputa pelo governo do Estado. "Além de eleger o governador, o PTB está se preparando para eleger dois senadores em Alagoas na disputa eleitoral que se avizinha", afirmou.

Jefferson disse ainda que não vê a ex-ministra Marina Silva (PV) com força suficiente para disputar com Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Fonte: A Tarde

Pré-candidatos ao governo presenciam furtos em procissão

Felipe Dieder l Agência A TARDE

Dois dos pré-candidatos ao governo do Estado, Paulo Souto e Geddel Vieira Lima, presenciaram evento inusitado na manhã desta sexta-feira, 21, na cidade de Poções (sudoeste do Estado): durante a chegada da cavalaria que conduz as bandeiras da tradicional procissão do padroeiro do município, o Divino Espírito Santo, na porta da igreja de Poções, na Praça da Matriz, dezenas de fiéis tiveram bolsas e objetos pessoais roubados.

Segundo o padre da Paróquia do Divino Espírito Santo de Poções, Estevam Santos, o arrastão ocorreu por volta das 11h. “A todo momento pessoas reclamavam comigo, dizendo que celulares, bolsas e câmeras fotográficas haviam sumido. A celebração junta muitas pessoas, e os criminosos se aproveitaram para agir”, declarou. Ele disse ainda que um efetivo considerável da Polícia Militar fazia a segurança no local. Os bandidos, contudo, parecem não ter se intimidado.

Reação - Paulo Souto aproveitou o episódio para voltar a criticar a área de segurança pública do governo: “Se na capital, onde está concentrada a maior parcela do contingente policial, a situação é caótica, no interior, então, vive-se um verdadeiro salve-se-quem-puder. É preciso que o governo acorde para o problema”, disse.

Geddel Vieira Lima, por sua vez, narrou parte do ocorrido. “O próprio padre, enquanto rezava a missa, pediu para que todos tomassem cuidado com os bandidos. O que fiz foi colocar a minha carteira no bolso da frente, para protegê-la melhor”.

Assim como Paulo Souto, o ministro se valeu do caso para tecer críticas à gestão atual: “É lamentável a falta de atitude do governo. Tratam a questão como se não houvesse solução à vista. Eu me recuso a admitir isso”.

Procurados pela reportagem, funcionários da delegacia de Polícia Civil de Poções não se pronunciaram – mesmo tendo admitido que os furtos, de fato, ocorreram. Um deles, que não quis se identificar, usou a justificativa da greve da categoria para não entrar em detalhes. “Estamos em greve, não sei de nada do que aconteceu por aqui, não. Ninguém registrou queixa e não há boletim de ocorrência. Vocês, inclusive, sabem disso, não deviam nos procurar”, ressaltou.

Fonte: A Tarde

Ladrões preferem assaltar em pontos de ônibus de manhã cedo

George Brito/A Tarde


Arestides Baptista/Agência A TARDE
Moradores de São Marcos dizem que ladrão usa revólver para levar  celulares, relógios e dinheiro

São 5h30 no fim de linha do bairro de São Marcos. Um homem jovem, alto, aparentemente 23 anos e 1,80 m de altura, magro e negro, assalta à mão armada moradores que esperam no ponto o ônibus para ir ao trabalho. Leva relógios, celulares e dinheiro. A cena já se repetiu pelo menos por três vezes neste mês, em apenas 19 dias. Mas os assaltos começaram desde abril, dizem testemunhas.

“Estou com medo de ir ao ponto. Ele vem agindo desde abril. Nas últimas vezes, cobriu o rosto e chegou a dar tiros para cima e no chão para provar que a arma não era de brinquedo”, conta uma moradora com 20 anos no bairro, pedindo anonimato. A irmã dela, disse, já foi assaltada duas vezes, e teve levados carteira, celular e relógio.

Segundo a moradora, o ladrão age sobretudo em dias de quinta-feira. Na semana passada, o bandido afrontou um morador que de casa tentou assustá-lo. “Meu marido gritou ‘deixe o povo trabalhar, a polícia está vindo aí’. Ele atirou para o alto, meu esposo ficou agachado, depois ele fugiu correndo”, contou outra moradora, de uma casa em frente ao ponto, também pedindo anonimato.

O medo gerado pelas recentes ações de um único bandido tem provocado o silêncio. A TARDE esteve no local, a Praça São Marcos, na quinta-feira, por volta das 5h40. Encontrou três mulheres já assaltadas pelo ladrão. Nenhuma quis dar entrevista. “Realmente está tendo assalto direto. Está todo mundo assombrado. Eu ando com muito medo de pegar carro aqui”, disse a trabalhadora doméstica Sônia Maria, 42, quebrando o silêncio. Ela pega ônibus todo dia no fim de linha e teve a sorte de ainda não ter sido alvo do bandido.

Periperi - A situação de insegurança é parecida em Periperi. Difere um pouco porque os assaltos não são especificamente no ponto e não são realizados por um único bandido, mas por vários. Eles têm agido nas ruas Dom João VI e Almaque Vasconcelos, as mais movimentadas vias de acesso ao final de linha.

No percurso matinal de casa até o ponto, às 5h, bandidos abordam as vítimas. “Minha irmã foi assaltada semana passada, às 5h30. O ladrão estava todo arrumado e fingiu que estava armado. Levou o celular dela”, contou o auxiliar de laboratório Romário de Brito, 31.

Segundo o morador José da Silva, 56 anos, há 46 no bairro, “os garotos não podem passar de bicicleta e celular. Você vê marido trazendo esposa, pai trazendo filho até o ponto com medo”.

O vigilante Carlos de Jesus Ferreira, 46, é um deles. Acompanha a filha de 20 anos todos os dias até o ponto. “Essa semana, dois motoqueiros fizeram um arrastão na Rua Dom João VI. Roubaram celulares e dinheiro”, contou o vigilante.

A reportagem tentou contato com os delegados das delegacias de Periperi, Deraldo Damasceno, e de Pau da Lima (que abrange São Marcos), Pedro Andrade, mas não conseguiu localizá-los nas respectivas delegacias.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta sábado

sexta-feira, maio 21, 2010

Programação Forró Caju 2010

18 de junho (sexta-feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Clemilda
22h - Orquestra Sanfônica de Aracaju
23h - Petrúcio Amorim
0h30 - Cavaleiros do Forró
02h - Calcinha Preta

Arraial

17h – Trio Bem Te Vi
Trio Repente

Palco Gerson Filho

18h - Trio Ceará
21h – Edinho do Acordeon
22h - Walter Nogueira
23h - Xotekero
0h30 - Luiz Paulo
02h - Cabeça de Frade


19 de junho (sábado)

Palco Luiz Gonzaga

21h - Danielzinho e Forrozão Quarto de Milha
23h - Adelmario Coelho
0h30 - Forró Maior
02h - Aviões do Forró

Arraial

17h – Trio Ralacoxa
Trio Canal do Forró

Palco Gerson Filho

18h - Trio Pé Quente
21h - Trio Pavio do Forró
23h - Balança Eu
00h30 - Rojão Diferente
02h - Forró Paraxaxá


20 de junho (domingo)

Palco Luiz Gonzaga

21h - Passarada do Ritmo
23h - Targino Godim
0h30 - Banda Calypso
02h - Mulheres Perdidas

Arraial

17h – Trio Itaporanga
Trio Nordeste do Forró

Palco Gerson Filho

18h - Trio Abusado da Roça
21h - Café Suado
23h - Luiza Lú
0h30 - Forro Skema de Três
02h - Forró Bis


21 de junho (segunda-feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Samfonada
23h – Naurêa
00h30 – Estakazero
02h – Forró Fantástico

Arrail

17h – Trio Espinho de Mandacaru
Trio Cassarema

Palco Gerson Filho

18h - Negão do Xaxado
21h - Trio Asa Branca
23h - Forró Tudo de Bom
0h30 - Lourival Mendes
02h - Forró Trêm Baum


22 de junho (terça-feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Erivaldo de Carira
23h - Trio Nordestino
0h30 - Forró da Pegação
02h - Fogo na Saia

Arrail

17h – Trio Coração do Nordeste
Trio Coelho dos 8 Baixos

Palco Gerson Filho

18h - Trio Nordestino do Ritmo
21h - Trio Itapoã
23h - Rodriguinho
0h00 - Waltinho do Acordeon
02h - Virginia Fontes


23 de junho (quarta-feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Dominguinhos
23h – Xotebaião
0h30 - Zé Ramalho
02h00 - Forró do Muído

Arraial

17h – Trio Tina Alves
Trio Estrela do Norte

Palco Gerson Filho

18h - Correia dos 8 Baixos
21h - Ismael e os Filhos do Nordeste
23h - Sena
0h30 - Nino Karvan
02h00 - Os Brasas Nordestinos


24 de junho (quinta- feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h - Zé Tramela
23h - Genival Lacerda
0h30 - Gilberto Gil
02h - Cia do Calypso

Arraial

17h – Trio Catuense
Trio Voz de Ouro

Palco Gerson Filho

18h – Trio Ravengar
21h – Carlos Moreno
23h - Joesia Ramos
0h30 - Mestiça Raiz
02h – Forró Candeeiro de Prata


25 de junho (sexta-feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Amorosa
23h - Geraldinho Lins
0h30 - Anjo Azul
02h – Cintura Fina

Arraial

17h – Trio Amizade
Trio Borborema

Palco Gerson Filho

18h – Trio Ave Rara
21h – Joseany di Josa
23h – Casaca de Couro
0h30 - Jailson do Acordeon
02h - Forró Mª Gazzulina


26 de junho (sábado)

Palco Luiz Gonzaga

21h - Trio Juriti
23h - Alceu Valença
0h30 - Gatinha Manhosa
02h - Garota Safada

Arraial

17h – Trio Geração
Trio João da Paraiba

Palco Gerson Filho

18h – Marcus Guedes
21h – Antonio Carlos Du Aracaju
23h - Xotirado
0h30 – Banda Cariri
02h - Forró Corpo de Mulher


27 de junho (domingo)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Sergival
23h - Glaucio Costa
0h30 - Geraldo Azevedo
02h - Forro dos Plays

Arraial

17h – Trio Capunga do Forró
Trio Vassoural

Palco Gerson Filho

18h – Zenilton
21h - Edgar do Acordeon
23h - Zé Rosendo e Marluce
0h30 - Zé Américo do Campo de Brito
02h - Forró Colcha de Retalho


28 de junho (segunda feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h - Lourinho do Acordeon
23h - Flávio José
0h30 - Elba Ramalho
02h - Mastruz com Leite

Arraial

17h – Trio Cassiano do Forró
Trio Iracema do Forró

Palco Gerson Filho

18h - Robertinho dos 8 Baixos
21h - Eugenio Bispo
23h - Trio de Mala e Cuia
0h30 - Cobra Verde
02h - Forró Tô Aqui


29 de junho (terça feira)

Palco Luiz Gonzaga

21h – Rogério
23h - Jorge de Altinho
0h30 – Falamansa
02h - Limão com Mel

Arraial

17h – Trio Jacaré
Trio Originais do Ritmo

Palco Gerson Filho

18h - Béskua do Acordeon
21h - Caçula do Forró
23h - Pense Neu
0h30 - Bago de Jaca
02h - As Patricinhas do Forró

/www.aracaju.se.gov.br

Alunos da zona rural se arriscam em ônibus precário para estudar

Cristina Santos Pita l Santo Antônio de Jesus

Fábio Silva/Agência A TARDE
Os  alunos enfrentam vários problemas. Um deles é a falta de encosto nas  cadeiras do ônibus

Os estudantes de Benfica, localidade na zona rural do município de Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador) se arriscam diariamente para estudar, durante a viagem no único ônibus escolar disponibilizado pela prefeitura. São conduzidos, diariamente, 150 alunos, 50 em cada um dos três turnos. Crianças e adolescentes, com idades entre 8 e 15 anos, além de adultos, vão às escolas na sede do município em veículo sem as mínimas condições de segurança. A precária situação compromete a frequência dos alunos.

A TARDE acompanhou a viagem dos alunos de Benfica até o ponto de parada do ônibus, na biblioteca municipal no centro de Santo Antônio de Jesus, de onde seguem para os colégios estaduais Francisco da Conceição Menezes e Luís Viana, e os municipais Hercília Tinôco e Luís Eduardo Magalhães.

Por volta das 12 horas, na zona rural, os estudantes começam a chegar no ponto do ônibus escolar na Escola Municipal José Sá Teles, no arraial de Benfica. Há alunos que percorrem até 3 km a pé para chegar ao ponto, uma caminhada de cerca de 40 minutos. Depois disso, são mais quase 40 minutos de viagem em estrada de chão em ônibus velho, com os assentos rasgados, cinco deles sem o encosto; piso danificado, teto desabando, para-choque quebrado e com pintura desgastada. Atrás de um dos assentos, dois galões de óleo usados como combustível dividem o espaço com os passageiros.

O ônibus não viaja lotado e sobra até espaço, mas o estado precário do veículo assusta. “Quando meus filhos entram num ônibus nesse estado eu fico preocupada. Já houve situação em que faltou freio. Fico imaginando um acidente”, teme a agricultora Raquel Cruz de Jesus, mãe da estudante Adriana Cruz de Jesus, de 15 anos. Segundo a aluna, a situação do ônibus escolar compromete a frequência nas aulas.

“Vez ou outra quebra o ônibus por falta de manutenção. Ocorrem constantes defeitos no veículo durante o trajeto. Quando não tem ônibus, tem que esperar pela vontade das pessoas para trazer a gente. Muitas vezes perco o primeiro horário ou não tenho como ir à escola e fico sem nota por causa da baixa frequência”, declarou a estudante.

Alguns professores afirmam que os alunos estão tendo baixo rendimento escolar pelo desconforto e o cansaço da viagem. Uma professora de uma escola municipal, que não quis se identificar, confirma o problema. “Os alunos da zona rural sempre chegam atrasados, muitos até dormem sobre a mesa. A falta de estímulo é clara”, ressaltou.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta sexta-feira, 21, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.


COMENTE ESSA MATÉRIA 4 comentários

O que você achou desta matéria?

José Miranda (21/05/2010 - 09:58)

A tarde, visite o municipio de Coração de Maria, Ba, vc vai ver o obsurdo. Ônibus caindo os pedaços. E olhe são todos alugados.

Margarete Xavier (21/05/2010 - 08:02)

E "eles" dizem, que a população brasileira precisa ser alfabetizada. Morro de vergonha!!!

Jose Montalvão (21/05/2010 - 06:31)

Esse ônibus em comparação aos de Jeremoabo é carro de luxo, situação calamitosa é em Jeremoabo, ônibus impróprios para transportar gente, e assim mesmo tem motorista que anda de pé em baixo, isso sem falar nos que não são habilitados.

Pedro Virgilio Da Silva Filho (21/05/2010 - 00:22) Não é só em Benfica, façam uma reportagem na região do Sisal, especialmente em Biritinga... nunca vi algo

Márlon Reis: “ficha limpa já mudou a política”

“ficha limpa já mudou a política”

Presidente da Associação de Magistrados Eleitorais considera que o projeto de iniciativa popular, antes mesmo de ser sancionado e independentemente de sua extensão, já alterou a forma como a sociedade enxerga o comportamento ideal de seus políticos

Abracci
Márlon Reis, presidente da Associação dos Magistrados Eleitorais: "ficha limpa já mudou política brasileira"

Renata Camargo

Presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe), o juiz de direito Márlon Reis, do Maranhão, foi desde o início um dos mais entusiasmados apoiadores do projeto ficha limpa. O projeto chega ao final de sua tramitação no Congresso envolvido na polêmica sobre a sua extensão – se valerá ou não para os processos anteriores à sua sanção – por conta da mudança de redação feita pelo senador Francisco Dornelles (o senador do PP do Rio de Janeiro trocou o tempo verbal nos artigos, do passado – “que tenham sido condenados” – para o futuro – “que forem condenados”). Para Márlon, a mudança não provocará qualquer alteração significativa no projeto. Foi, na sua avaliação, apenas uma “adequação jurídica” que não modificará o mérito da proposta.

Acima da polêmica, porém, Márlon Reis considera que o grande mérito do projeto ficha limpa foi começar a mudar o paradigma pelo qual a sociedade enxergará o comportamento ideal de seus políticos. Para ele, o projeto, que chegou ao Congresso apoiado por quase 2 milhões de assinaturas, representa “uma transição rumo ao aprofundamento da democracia”.

“Para mim, o maior mérito da campanha do ficha limpa foi ressaltar uma questão que era colocada em segundo plano, que é a vida pregressa dos candidatos, como parte da campanha. Vários candidatos já começaram a se preocupar em dizer que não têm problemas com a Justiça”, disse Márlon.

O juiz acredita que o Brasil está vivendo um importante momento de mudança vindo “debaixo para cima”, ou seja, da sociedade para as instituições. O principal resultado disso é a “retomada de um sentido positivo para a política” e “um convite para ocupar os espaços que ainda estão preenchidos por pessoas que não deveriam estar na vida pública”.

Em entrevista ao Congresso em Foco, o juiz Márlon Reis adianta que a aprovação do ficha limpa não aposenta o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), criado para apoiá-lo. Márlon revela que, agora, o MCCE encampará a bandeira da reforma política. O jurista avalia que, da mesma forma, a sociedade empunhará a bandeira apesar da resistência do Congresso. “Essa reforma vai acontecer por iniciativa popular. A sociedade é, sim, muito madura e capaz de entender. Hoje, para ser eleito, tem que ser amigo das empreiteiras. Não há espaço para pessoas verdadeiramente vocacionadas que não tenham espaço no financiamento privado das grandes corporações do país. Essa já é uma distorção que justifica a necessidade de mudanças profundas”, afirma.

Na entrevista, Márlon fala ainda da importância da internet nas eleições de outubro e afirma ser contrário às punições da Justiça Eleitoral às campanhas antecipadas. “Em matéria de propaganda eleitoral, eu tenho uma visão de extrema liberdade. No Brasil, temos a cultura de reprimir demais os políticos e isso inibe a verdadeira política, o debate. A Justiça deveria reprimir é o abuso de poder político, de poder econômico, o uso da máquina pública na campanha”, conclui.

Leia abaixo a entrevista completa:

Congresso em Foco - A sociedade tem visto com receio as mudanças feitas pelo Senado. Na sua avaliação, essas modificações diminuem o mérito do ficha limpa?
Márlon Reis
- Essa alteração é meramente redacional e não muda nada. Não houve diminuição do mérito do projeto. Por conta de ter mudado o tempo verbal, passou a impressão de que os que cometeram isso no passado estariam livres. As normas sobre inelegibilidade geralmente são regidas nesse tempo verbal. É uma forma de redigir hipóteses, ‘os que forem’. Não quer dizer que são ‘os que vierem a ter’. Na técnica jurídica, é assim que se escreve. É um jargão jurídico. A prova disso é a lei de inelegibilidade, que é construída nesse tempo verbal. O Supremo Tribunal Federal interpretou a questão e disse que essa lei se aplicava a fatos pretéritos. Para nós, foi apenas uma mudança redacional e está mantido todo o teor que a gente queria. A questão é só aparente. Em termos de técnica jurídica. é assim que se faz. Além do mais, tem um artigo no ficha limpa, o parágrafo 3º do art. 26 C, que é uma norma que diz como o ficha limpa se aplica aos casos pendentes. Esse dispositivo tira qualquer dúvida se ele se aplica a situações que já ocorreram.

O projeto ficha limpa foi aprovado, o Supremo condenou dois políticos, a súmula do nepotismo impede a contratação de parentes. Está havendo alguma mudança para melhor na política brasileira?
Está havendo uma mudança sim, e uma mudança debaixo para cima. O que estamos vendo nas instituições é reflexo de uma mudança de postura da sociedade, que está se tornando menos tolerante com a corrupção. A cultura de tolerância com a corrupção está começando a mudar. Os brasileiros se indignam mais com alguém que roubou o botijão de gás do que alguém que roubou o dinheiro do posto de saúde. Movimentos de baixo para cima estão fazendo com que isso mude. O que estamos vendo com o ficha limpa é o efeito disso. A sociedade transformando indignação em ação. É uma mudança da sociedade que vai se refletindo nas instituições.

Ninguém inicialmente acreditava que o projeto ficha limpa fosse ser aprovado, mas ele foi. O que isso representa?
Vou dizer o que ouvi de um deputado: ele disse que entrou em um tempo em que as coisas estão se tornando diferentes, que está em um momento de transição e que ele nunca imaginou que seria parlamentar em um momento como esse, em que as coisas estão mudando tanto. Inspirado no que ele disse, eu diria que o ficha limpa inaugura uma transição, uma transição rumo ao aprofundamento da democracia. Muitos tentaram ver no ficha limpa um movimento contra a política, para enfraquecer as instituições, enfraquecer o Legislativo. Mas, na verdade, esse movimento se revelou como um movimento fortíssimo no sentido de aprimoramento das instituições democráticas, na busca de uma retomada de um sentido positivo para a política. Foi um convite para a sociedade participar e se aproximar da política. Esse, para mim, foi o significado principal do ficha limpa. Um convite para ocupar os espaços que estavam e ainda estão preenchidos por pessoas que não deveriam estar na política.

Levantamentos iniciais apontam que, dos atuais parlamentares, o projeto Ficha Limpa deixaria muito poucos inelegíveis. Diante disso, já há quem desdenhe do projeto e diga que ele é uma enganação. Como lidar com isso?
Tem matérias jornalísticas que não têm a menor base. Vi matérias dizendo que o [Joaquim] Roriz (ex-senador do Distrito Federal, que renunciou para não ser cassado) e o [Paulo] Maluf (deputado paulista que já foi condenado por órgão colegiado do Judiciário) estão fora do ficha limpa e, na minha avaliação, isso não tem a menor base. O presidente do TSE [Ricardo Lewandowski] deu uma declaração muito interessante. Ele já havia dado a entender que a lei do ficha limpa era inconstitucional e, hoje, ele disse que a lei era bem-vinda e moralizadora. Mas disse que só se aplica a casos recentes. Mas isso é uma interpretação dele. Não é a jurisprudência existente. Se o Supremo der a jurisprudência que já existe, na nossa avaliação, essa lei vai pegar sim gente como o Quércia, o Maluf, até o próprio Collor. O Collor tem duas condenações por colegiado, por crime contra a ordem tributária, me informou hoje um advogado de Alagoas. A lei está muito boa. Na minha avaliação, atinge todos os governadores cassados. É claro que haverá uma disputa interpretativa e esperamos que o Judiciário não marche no sentido contrário à vontade da sociedade.

Essa onda de pressão popular e mobilizações pelo ficha limpa vai repercutir nas eleições? De que forma?
Vai repercutir sim, porque o tema do ficha limpa foi popularizado. Uma questão que era colocada em segundo plano, que é a vida pregressa dos candidatos, agora certamente será parte da campanha. Vários candidatos já fazem questão de ressaltar que não tem problemas com a Justiça. Esse assunto finalmente vai entrar nas preocupações dos candidatos. E isso para mim é o maior mérito da campanha do ficha limpa. Muitas pessoas questionavam o trabalho pedagógico dessa campanha. Esse é o trabalho, trabalhamos nessa lógica de mostrar às pessoas o que esse passado pregresso dos candidatos representa.

O STF condenou dois parlamentares em duas semanas [Zé Gerardo e Cassio Taniguchi], coisa que nunca tinha feito, pelo menos desde 1988, quando foi promulgada a Constituição. O que representa isso?
Em primeiro lugar, é a abertura de um precedente. O Supremo não tinha nenhuma decisão condenatória dessas desde 1988. E agora, com essas condenações, houve essa importante quebra de precedente para mostrar que é possível essas condenações. Abre a possibilidade de haver outros casos de condenação.

A Justiça tem sido muito criticada, especialmente, em termos de morosidade para julgar casos de corrupção. Como o senhor avalia isso?
Existe sim uma morosidade. Mas essa morosidade não é devida a nenhuma responsabilidade pessoal de um juiz, mas fruto de uma necessidade de aprimoramento institucional do Supremo. Uma das coisas que é necessária foi feita recentemente, que é uma lei que permite aos juízes fazer audiências para processos criminais. O volume de trabalho no Supremo é tão grande, que era impossível um ministro dar conta de fazer as audiências.

Muitos deputados com biografia respeitada vão deixar a política desiludidos sob o argumento de que o Congresso não é capaz de aprovar reformas estruturais, como a reforma política. Caso, por exemplo, do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). Como o senor avalia isso?
Infelizmente, a gente tem observado com tristeza a perda de excelentes quadros do Congresso. O que se deve realmente à incapacidade do Parlamento se transformar no ambiente almejado por esse tipo de pessoa. A sociedade está precisando de ajuda para que mais pessoas como essas voltem e outras como elas voltem. A chave disso é a reforma política. Esse é o próximo passo do MCCE. Nós temos que mudar o sistema eleitoral que temos hoje que fomenta a corrupção.

Que importância têm essas mudanças estruturais na política?
Hoje, para ser eleito tem que ser amigo das empreiteiras. Hoje não há espaço para pessoas verdadeiramente vocacionadas que não tenham espaço no financiamento privado das grandes corporações do país. Essa já é uma distorção que justifica a necessidade de mudanças profundas. A igualdade de acesso aos cargos públicos é um princípio fundamental. Mas infelizmente, no Brasil isso tem sido evitado pelo abuso do poder econômico.

Como o senhor avalia a atual política brasileira, o Congresso Nacional e seus partidos?
Um deputado uma vez me disse que existem 513 partidos políticos na Câmara. Na verdade, encontramos hoje um verdadeiro desfacelamento dos partidos. Há poucas distinções entre os maiores partidos. Há poucas bandeiras diferentes. E isso, de certa forma, atordoa o próprio eleitorado que se vê carente de opções verdadeiramente que encarnam projetos diferentes do país. Isso também precisa ser remediado através de uma reforma política, que faça com que os partidos funcionem como grupos. Hoje o sistema eleitoral alimenta a divisão dentro de um partido, ele alimenta disputa entre os membros de um mesmo partido, por conta dessa falsa lista aberta apresentada à sociedade.

Na sua avaliação, é possível a sociedade brasileira pressionar o Congresso pela aprovação de um financiamento público de campanha ou ela ainda não alcançou maturidade suficiente para ver relevância nisso?
A sociedade tem um nível de maturidade impressionante. O que falta é ela ser ouvida. Nós testemunhamos isso com o ficha limpa. As pessoas que vimos estavam indignadas, querendo participar da campanha junto conosco. Isso é o que vai acontecer com a reforma eleitoral. O Congresso já demonstrou que não tem capacidade de fazer essa mudança. Essa reforma vai acontecer por iniciativa popular. A sociedade é, sim, muito madura e capaz de entender. Só precisa ser ouvida. Quando se fala de financiamento público de campanha, por exemplo, a população entende imediatamente o que é quando a gente explica o verdadeiro sentido dessa proposta. Trata-se de não subestimar a sociedade e convidá-la para protagonizar esse processo. Com o ficha limpa, fizemos um verdadeiro laboratório para fazer a reforma política com participação popular.

A Justiça Eleitoral tem punido com várias multas o que considera abusos na pré-campanha eleitoral. Primeiro, puniu o PT e o governo, e agora o DEM. O ministro Marco Aurélio Mello chegou a dizer que nunca viu afrontas à lei tão “escancaradas” como as que foram cometidas. O senhor concorda que estão acontecendo tais abusos?
Sobre esse assunto, eu vou emitir uma opinião que pode parecer até surpreendente para uma pessoa que tem uma postura de cobrança e rigor eleitoral. Mas em matéria de propaganda eleitoral, eu tenho uma visão de extrema liberdade. No Brasil, temos a cultura de reprimir demais os políticos e isso inibe a verdadeira política, o debate. Nos Estados Unidos, não existe período de campanha eleitoral. Você, em qualquer momento, pode falar sobre sua campanha. Acho que nós deveríamos ter um modelo que valorizasse mais a inteligência das pessoas. A Justiça deveria reprimir é o abuso de poder político, de poder econômico, o uso da máquina pública na campanha. Agora, falar de candidatura deveria ser uma coisa considerada normal. O valor da liberdade de informação é um valor fundamental, que não está devidamente tratado na legislação eleitoral.

Vários autores, colunistas e políticos defendiam que a internet não faria diferença no cenário político nem nas eleições. Qual a sua avaliação sobre o papel da internet no processo político?
A internet, nós, do MCCE, podemos dar um depoimento muito importante sobre isso. Ontem mesmo, fomos um dos mais acessados do twitter. Chegamos a ser o tema mais comentado na quarta-feira (19) no twitter. Só no facebook, são mais de 20 mil pessoas que participam de comunidades ativamente. A gente tem observado que a internet é um espaço de expressão política para pessoas que não têm um local adequado para se manifestar. Apesar de terem preocupações políticas, a rotina dessas pessoas não contempla espaço de mobilização maior do que a internet. Nós, do ficha limpa, nos beneficiamos muito com a internet. Tenho certeza de que a internet vai beneficiar candidaturas verdadeiramente sintonizadas com o momento que estamos vivendo. Agora, o alerta que dou sobre a internet é para aqueles que têm práticas políticas ultrapassadas: a internet é árida para políticos com ideias ultrapassadas.

Leia tudo sobre o projeto ficha limpa

Fonte: Congressoemfoco

Nos jornais: especialistas divergem sobre ficha limpa

O Globo

Especialistas divergem sobre nova lei

A decisão do Senado de aprovar o projeto Ficha Limpa é vista por advogados especialistas em direito eleitoral como uma violação ao dispositivo constitucional que prevê presunção de inocência, até que uma ação seja transitada em julgado. Outros, porém, aprovam a proposta.

Para o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-SP, Silvio Salata, a exclusão de um parlamentar, nesse caso, mostra um "vício de inconstitucionalidade".

Eles (senadores) estão violando o princípio da presunção de inocência, quando o acusado só poderá ser responsabilizado após a ação ser transitada em julgado - disse Salata.

Na mesma linha, o especialista em direito eleitoral Alberto Rollo também defende que, neste caso, parlamentares só devem ser condenados depois do trânsito em julgado da ação pela qual respondem:

- Lá atrás, uma decisão dessas era ditadura.

Ficha Limpa só para o futuro

Aprovado pelo Congresso como remédio contra a corrupção na política, o projeto Ficha Limpa não deve alterar o perfil das candidaturas este ano. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, jogou um balde de água fria na euforia dos que esperavam que a lei enquadrasse os candidatos já condenados. Segundo o ministro, ela só poderá ser aplicada contra pessoas condenadas no intervalo de tempo entre a sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o registro das candidaturas.

Como Lula tem até 15 dias para confirmar ou não o texto do projeto - ou seja, 3 de junho -, dificilmente algum candidato será enquadrado nas novas regras para as eleições deste ano. O prazo para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral vai de 10 de junho a 5 de julho.

Senador nega que seu objetivo tenha sido favorecer Maluf

Autor das cinco emendas de redação aprovadas pelo Senado durante a votação do projeto Ficha Limpa, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) está sendo acusado de ter derrubado a possibilidade de condenados por colegiado serem barrados na eleição deste ano. Ele rebateu ontem a insinuação de que as mudanças teriam sido propostas para beneficiar colegas de partido como o ex-prefeito Paulo Maluf (SP). Independentemente das mudanças impostas ao texto, Dornelles considera que só o Judiciário poderá dizer se as mudanças serão aplicadas nas eleições deste ano ou não.

Quando a mudança do tempo verbal cria polêmica e divide as opiniões

Autor do anteprojeto que resultou no projeto Ficha Limpa, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) saiu ontem em defesa das mudanças de redação feitas pelo Senado. Em nota, o movimento endossou a tese defendida pelo relator do projeto, Demóstenes Torres (DEM-GO), de que foram só emendas de redação ao texto, sem alteração de mérito. O Movimento entende que há outro artigo na lei que garante a aplicação das novas regras aos candidatos que têm problemas com a Justiça e cujos processos estão em andamento e podem ter desfecho após a sanção.

Em entrevista, integrantes do movimento elogiaram o Senado e abriram espaço para que o senador Demóstenes explicasse no que se baseia seu entendimento de que a mudança não implicou prejuízo ao projeto.

Segundo Demóstenes, o texto que saiu da Câmara tinha diferentes tempos verbais e, na discussão, o entendimento foi o de que era preciso harmonizar o texto: quatro dispositivos mencionavam "os que forem condenados" e quatro em "os que tenham sido condenados".

Deputado do DEM é condenado, mas crime prescreveu

O Supremo Tribunal Federal condenou ontem por crime de responsabilidade o deputado Cássio Taniguchi (DEM-PR). Mas o parlamentar ficará livre porque o crime já prescreveu. Taniguchi foi acusado de, em 1997, quando era prefeito de Curitiba, desviar dinheiro de um convênio entre a administração de Curitiba e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ele teria usado parte dos recursos para pagar um precatório (dívida do poder público com o cidadão) de R$3,8 milhões a um amigo, Luís Gastão de Carvalho. O dinheiro estava previamente destinado ao aperfeiçoamento da malha viária de Curitiba. Segundo a denúncia do Ministério Público, o pagamento da dívida foi feito sem respeitar a ordem cronológica - ou seja, outras pessoas com precatórios a receber foram prejudicadas.

Em sua defesa, o então prefeito alegou que o precatório referia-se a uma indenização devida a Luís Gastão porque o estado precisou usar um terreno de sua propriedade para construir, no local, uma avenida. Portanto, seria possível interpretar que o dinheiro foi usado para a melhoria do sistema viário da cidade.

No Rio, envolvido com milícia poderá disputar

Alguns políticos do Rio - alvos de processos no Tribunal de Justiça do Rio, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região e no Tribunal Regional Eleitoral - não têm por que se preocupar com o projeto Ficha Limpa. Na Câmara de Vereadores, por exemplo, o vereador Cristiano Girão (PMN) foi preso no fim de 2009 por suspeitas de envolvimento com milícias, e condenado pelo TRE-RJ ao pagamento de multa por ter as contas da campanha de 2008 desaprovadas por unanimidade. Ele está respondendo a processo por envolvimento com as milícias, mas ainda não tem condenações e está fora do alcance do Ficha Limpa.

Condenados no processo AG Nª 7236 por crimes eleitorais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ex-governadora Rosinha Garotinho, atual prefeita de Campos, e seu marido, Anthony Garotinho, pré-candidato ao governo do estado pelo PR, apenas receberam multa de 100 mil Ufirs (R$193.820). Também estão fora das punições previstas no Ficha Limpa.

Aposentados: Lula critica quem aprovou pacote

Irritado com a aprovação do fim do fator previdenciário e do reajuste de 7,7% para pensões e aposentadorias do INSS acima do salário mínimo, o presidente Lula acusou os parlamentares de votarem segundo conveniências políticas para garantirem a sobrevivência do mandato, e não pelo interesse do país. O veto a essas matérias pode ter impacto negativo no futuro político de sua pré-candidata, Dilma Rousseff (PT). Para neutralizar o veto ao fim do fator, Lula deverá aceitar os 7,7%.

No encerramento da Marcha dos Prefeitos, Lula criticou deputados e senadores que apoiaram o pacote previdenciário, indicando que vetará o fim do fator, aprovado, em última votação, anteontem no Senado:

- Vocês viram a votação da Previdência, do fator previdenciário... Tem gente que acha que ganha votos fazendo isso, quando, na verdade, se o povo compreender o que significa isso, essas pessoas podem até não ganhar o tanto de votos que esperavam ganhar.

Funcionárias fantasmas depõem

Duas mulheres contratadas como funcionárias fantasmas do gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB) prestaram depoimento ontem à polícia do Senado. Kelriany e Kelly Nascimento da Silva foram questionadas se o senador sabia da irregularidade, mas os depoimentos não foram divulgados. Se a polícia achar indícios de envolvimento do parlamentar, o caso será remetido à Corregedoria da Casa. Efraim nega as acusações.

O processo foi aberto quarta-feira, após as duas irmãs contarem ao "Jornal Nacional" que duas amigas ofereceram bolsa-educação de R$100 mensais. Em troca, pediram documentos e autorização para abrir contas bancárias, que seriam usadas para o pagamento. Ao tentar abrir uma conta recentemente, Kelriany descobriu que constava como funcionária do senador, com salário de R$3,8 mil. Teria até recebido uma promoção.

Serra investe no PMDB e no PP gaúchos

Em cinco horas em Porto Alegre, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, conseguiu acelerar ontem um acordo com o PP gaúcho e angariou simpatias no PMDB, depois de reunião com a bancada peemedebista na Assembleia Legislativa.

Marcado na quarta-feira pelo próprio Serra e articulado pelo deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), o encontro reuniu sete dos nove deputados estaduais do PMDB, além de um suplente - os ausentes alegaram viagens pelo interior do estado. Embora não admitam oficialmente que a legenda apoia a pré-candidatura de Serra, os peemedebistas não negam que são mais próximos do tucano que da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff - cujo vice deverá ser o presidente nacional do PMDB, Michel Temer.

PSDB mineiro defende Aécio como vice

O secretário-geral do PSDB de Minas, deputado estadual Lafayette de Andrada, disse ontem que, se depender da militância tucana no estado, o ex-governador Aécio Neves será candidato a vice de José Serra na eleição presidencial. É a primeira vez que um líder tucano em Minas defende a possibilidade de Aécio, que deixou o governo com aprovação recorde, participar de uma chapa puro-sangue para a Presidência.

- Existe um grande desejo da militância do PSDB, enfim, dos mineiros de modo geral, de que o ex-governador Aécio seja o vice do governador José Serra. É um desejo dos mineiros, e isso é verdade - disse Andrada.

TCU condena empresa de Marcos Valério

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou dois ex-dirigentes da Fundação de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), ligada ao Ministério do Trabalho, e a agência de publicidade SMP&B São Paulo Comunicação, de Marcos Valério de Souza (o operador do mensalão), a devolver R$4,1 milhões aos cofres públicos, em valores corrigidos, por desvios de verba entre 1998 e 1999. Os envolvidos são acusados de forjar despesas, canalizando-as para a empresa de Valério. Investigações do MP e da CPMI dos Correios apontaram indícios de ligação do esquema com o chamado mensalão mineiro, do PSDB.

O problema foi com o XV Congresso Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho, coordenado pela fundação, em abril de 1999. A SMP&B produziu material impresso para o encontro. Segundo o TCU, o ex-diretor financeiro da Fundacentro Marco Antônio Seabra Abreu da Rocha autorizou a confecção de 6,1 milhões de peças. Entre outras ilegalidades, não houve comprovação de que os serviços foram prestados na integralidade. Pelo esquema, o ex-diretor teria elevado os gastos do congresso de R$2,9 milhões para R$7,4 milhões.

Folha de S.Paulo

Presidente do TSE diz que lei só vale para nova condenação

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, afirmou ontem que, pelo texto do projeto Ficha Limpa, aprovado anteontem no Senado, os políticos só ficarão inelegíveis se forem condenados na Justiça depois da promulgação da lei.

"Se prevalecer a redação, a meu ver, sem conhecer o texto ainda, é só [para] aqueles que forem condenados depois da promulgação da lei. É a leitura que se faz, pelo menos, gramatical", disse Lewandowski.

STF condena ex-prefeito de Curitiba

O Supremo Tribunal Federal condenou ontem o ex-prefeito de Curitiba (PR) Cássio Taniguchi (DEM) por usar verba de empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para pagar dívidas não previstas.

O STF puniu o hoje deputado federal com três meses de detenção por desvio de finalidade de recurso público e outros três meses por ordenar despesas não autorizadas em lei.

O prazo de prescrição para as penas é de dois anos. Como a denúncia contra Taniguchi foi aceita em 2002, os crimes estão prescritos desde 2004. Por isso, ele não perde seus direitos políticos.

Para a defesa do deputado, não existem elementos que comprovem a sua responsabilidade. "O prefeito não tem poder sobre o pagamento de precatório. O simples fato de ser chefe do Executivo municipal não presume a sua responsabilização penal."

"Não sou malufista", diz autor de mudança

Cogitado para vice na chapa de José Serra (PSDB) à Presidência, o senador Francisco Dornelles (PP), autor de emenda do projeto Ficha Limpa, negou ter feito alteração para beneficiar o deputado Paulo Maluf (PP). "Não sou malufista." Dornelles reafirmou que a mudança serviu para unificar tempos verbais diferentes. Deputados afirmam, porém, que, com a mudança, só políticos condenados depois da aprovação serão atingidos. Dessa forma, quem já foi condenado por um colegiado, como Maluf, não ficaria mais inelegível.

Após queixa de Serra, TV Brasil cria manual

A EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) adotará, a partir da semana que vem, um manual para a cobertura das eleições. Além da TV Brasil, a agência Brasil e oito emissoras de rádio serão subordinadas à resolução, que prevê sanção em caso de descumprimento.

Elaborada pelo Conselho Curador da EBC, a resolução não estabelece apenas regras para a cobertura, como a exigência de tratamento isonômico e vedação de reportagens sobre a vida pessoal dos candidatos. Incluirá também normas de conduta, como a proibição de uso de botons ou outras manifestação de preferência eleitoral.

PF faz blitz em comitê de Dilma em Brasília

A Polícia Federal fez ontem uma blitz no escritório de campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e constatou que a empresa paulista CR 5, contratada pelo PT para realizar a sua segurança, trabalha irregularmente em Brasília.

A blitz foi motivada por reportagem da Folha, publicada no último domingo. A PF descobriu que, dos 4 seguranças que estavam no local, 3 eram contratados pela PK9, empresa de limpeza e conservação do grupo CR 5, como forma de burlar a legislação em vigor para uma empresa de segurança.

Três agentes da Delegacia de Controle de Segurança Privada estiveram no local onde costumam ocorrer reuniões da cúpula da campanha petista e apreenderam os rádios comunicadores dos seguranças, porque eles não apresentaram a licença de frequência da Anatel.

Após viagem de 1ª classe a NY, petista almoça com Marta e Palocci e passeia

Depois de viajar a Nova York na primeira classe de um voo de carreira (sua passagem era de executiva, mas ganhou um upgrade), a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aproveitou o dia livre para passear pelas ruas da cidade e almoçar com suas companhias de viagem: seu coordenador de campanha, Antonio Palocci, e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.

À noite, a ex-ministra participou de jantar em homenagem ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que recebeu o prêmio Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-EUA.

Para evitar desgaste, Lula cogita reajuste a aposentados

O presidente Lula vetará o fim do fator previdenciário, aprovado anteontem pelo Senado. Quanto ao reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, a Folha apurou que a decisão ainda não foi tomada.

O presidente poderá sancionar o aumento, mesmo que não concorde com o índice, para que o desgaste com veto não recaia sobre o Executivo.

Presidente lança pacote de bondades para prefeitos

O presidente Lula anunciou ontem pacote de medidas aos prefeitos, entre elas um mecanismo permanente de compensação para evitar perdas dos municípios nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Com a medida, o governo fica obrigado a transferir aos municípios, no mínimo, o valor pago de FPM no ano anterior -se houver queda na arrecadação de impostos que irrigam o fundo, o governo completará o repasse com verba do Tesouro.

A proposta ainda tem de passar pelo Congresso. Como não há queda na arrecadação neste ano, os efeitos só serão sentidos pelo sucessor de Lula.

A compensação é uma forma de estancar críticas dos prefeitos que reclamam das medidas adotadas para conter os efeitos da crise econômica, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - cuja arrecadação compõe parte dos repasses ao FPM.

Estado de S.Paulo

Novo esquema de escutas da PF deixa empresas telefônicas de fora

A Polícia Federal vai ter um novo sistema de escutas telefônicas com duas novidades: as operadoras de telefonia serão excluídas do processo de interceptação e o Judiciário terá controle informatizado sobre todas as autorizações e sobre o início e o fim de cada escuta.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o qual foi negociado o novo modelo, terá online o número de processos que envolvem grampos telefônicos.

O novo modelo, chamado Sistema de Interceptação de Sinais (SIS), começou a ser negociado com o CNJ, Ministério Público e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dois anos atrás, quando chegou ao Congresso a informação de que as operadoras de telefonia - mesmo com autorização judicial - teriam realizado 407 mil escutas só em 2007.

Pressão por lei que não limite prazo para interceptação

No debate em curso, no Congresso, sobre a nova lei de interceptações que deve substituir a legislação de 1996, a Polícia Federal tem um lobby específico e aberto junto aos parlamentares e demais envolvidos na discussão, como o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PF não quer que a nova lei fixe um prazo máximo para as investigações com a ajuda da técnica da escuta telefônica.

O seminário internacional Interceptação de Comunicações Telefônicas e Telemáticas, realizado ontem e anteontem, em Brasília, com patrocínio das Nações Unidas (ONU), juntou especialistas de sete países - EUA, Inglaterra, França, Colômbia, Portugal, Nova Zelândia e Canadá - para tratar das legislações, das práticas e casos de escutas nos respectivos países.

Diferenças políticas, legais e policiais à parte, todos os países apresentaram um ponto em comum: os prazos iniciais de escuta são sempre prorrogados a critério dos juízes pelo tempo que considerarem necessário às investigações.

Para TSE, Ficha Limpa terá aplicação limitada

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, disse ontem que o Ficha Limpa poderá ter uma aplicação limitada na eleição deste ano.

Graças a uma mudança redacional apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) e aprovada pelo Senado, os políticos que foram condenados antes da entrada em vigor da lei estarão livres para disputar cargos eletivos.

"Se prevalecer a redação (aprovada pelo Senado), a meu ver, sem conhecer o texto ainda, é só (para) aqueles que forem condenados depois da promulgação da lei. É a leitura que se faz, pelo menos, gramatical", afirmou Ricardo Lewandowski. O ministro elogiou a lei aprovada e observou que há um princípio segundo o qual uma lei não pode retroagir para prejudicar.

Alteração no projeto de lei opõe Câmara ao Senado

À espera de ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei conhecida como Ficha Limpa, que dificulta a candidatura de políticos condenados por órgão colegiado da Justiça, transformou-se em alvo de controvérsia entre a Câmara e o Senado. O projeto foi aprovado e enviado anteontem à noite em tempo recorde para sanção presidencial.

A polêmica em torno do projeto surgiu depois da aprovação de emenda do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que trocou em cinco dispositivos da lei a expressão "tenham sido" por "os que forem". Essa alteração deixou claro que os políticos condenados e que já cumpriram suas penas não serão atingidos pelas novas regras de inelegibilidade.

Novo texto da proposta facilita compreensão, diz movimento

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), rede de 44 entidades responsável pela aprovação do Ficha Limpa, assegurou ontem que a redação da proposta na emenda apresentada pelo senador Francisco Dorneles (PP-RJ) não alterou o espírito do projeto. "Nosso entendimento é de que a mudança não mudou em nada o mérito do projeto. Tratou-se, apenas, de uma nova redação para facilitar a compreensão", afirmou o cientista político e membro da coordenação nacional do MCCE, Daniel Seibel.

A ONG chegou a reunir seus juristas e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator do projeto, para analisar dúvidas sobre a redação final, vista por alguns deputados como um golpe semântico com potencial para desfigurar o projeto.

Agora, de acordo com ele, as entidades vão acompanhar a apresentação do projeto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que monitoram reações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

PSDB de Minas fala de Aécio na vice de Serra

O secretário-geral do PSDB mineiro, deputado estadual Lafayette de Andrada, disse ontem que existe "um grande desejo" da militância do partido e dos "mineiros de um modo geral" para que o ex-governador Aécio Neves aceite compor como vice na chapa encabeçada pelo presidenciável José Serra.

É a primeira vez que um dirigente tucano mineiro tratou abertamente com simpatia a hipótese de uma chapa puro-sangue envolvendo os ex-governadores dos dois Estados mais populosos do País.

Serra tem 33% entre beneficiários de programas sociais, mostra Sens

O tucano José Serra é o presidenciável preferido de um terço dos beneficiários de programas sociais do governo - grupo comumente apontado como eleitorado cativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua candidata, Dilma Rousseff (PT).

Segundo a última pesquisa CNT/Sensus, dos entrevistados que dizem participar de programas como o Bolsa-Família e o Primeiro Emprego, 46% pretendem votar em Dilma e 33%, em Serra.

Corte no Orçamento ''segura'' pacote de Lula para prefeitos

Depois de anunciar um corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento, a equipe econômica segurou a lista de bondades que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendia conceder aos prefeitos. Com isso, ao participar ontem do encerramento da XIII Marcha em Defesa dos Municípios, Lula divulgou um tímido pacote de benefícios, frustrando as expectativas.

O presidente encaminhou ao Congresso projeto de lei que estabelece a chamada "equalização" do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Trata-se de um mecanismo para a União compensar eventuais quedas na arrecadação nominal do Imposto Sobre Produtos Importados (IPI) e Imposto de Renda, que compõem o fundo.

Câmara fica refém de lobby policial durante votação

O plenário da Câmara ficou praticamente refém de policiais que tomaram as galerias pressionando pela votação das propostas de emenda constitucional que fixa o piso salarial nacional da categoria e cria a polícia penal. Deputados identificaram falta de controle dos manifestantes e se sentiram ameaçados temendo uma onda de agressão.

O clima de tensão crescente na noite de quarta-feira provocou a suspensão da sessão pelo presidente em exercício, Marco Maia (PT-RS), só retomada na madrugada de ontem e exclusivamente para ser encerrada, porque não havia condições de garantir a segurança na Casa. Havia suspeita da presença de policiais armados nas galerias, o que foi negado pelos seguranças da Câmara.

Site do Exército reescreve versão sobre o golpe militar de 1964

O Exército reescreveu a História do Brasil. Sua página na internet afirma que o golpe militar de 1964 foi uma opção pela democracia. "Eufórico, o povo vibrou nas ruas com a prevalência da democracia", lê-se em um dos capítulos da sinopse histórica do Exército, intitulado Antecedentes e Revolução Democrática de 1964.

O mesmo capítulo diz que "os recentes fatos da história contemporânea demonstraram que o povo brasileiro estava certo quando, na década de 60, optou pela democracia".

O Estado questionou o Comando do Exército sobre que fatos seriam esses. A resposta, por escrito: "A queda do Muro de Berlim e suas consequências, por exemplo". A queda do muro, que abriu caminho à reunificação da Alemanha e representou o colapso do comunismo, aconteceu em 1989, quatro anos depois do fim do regime militar no Brasil.

Correio Braziliense

Brecha para sujos escaparem ilesos

Aprovado pelo Congresso, mas ainda pendente de sanção presidencial, o projeto Ficha Limpa tem, sim, chances de ser aplicado nas eleições deste ano. No entanto, para especialistas ouvidos pelo Correio, mesmo que a lei torne-se válida em 2010, dificilmente a medida impedirá políticos de se candidatarem, pois a maioria avalia que só os que forem condenados depois que a lei entrar em vigor ficarão inelegíveis. É unânime, porém, a opinião de que ficará nas mãos do Judiciário a palavra final.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, afirmou ontem que a Corte vai se pronunciar sobre a aplicabilidade da lei antes do fim do prazo para registro de candidaturas, que termina em 5 de julho. Lewandowski interpreta que, caso seja mantido o texto aprovado pelo Senado, só estarão inelegíveis políticos que forem condenados por um colegiado após a lei ser sancionada. A lei só pode retroagir para beneficiar alguém. Nunca pode prejudicar. Esse princípio vale no direito penal. Em tese, pode se aplicar na norma.

Dornelles defende texto

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) negou que a emenda de redação apresentada por ele na última quarta-feira interfira diretamente no efeito do projeto Ficha Limpa, que prevê punição para políticos condenados pela Justiça. Segundo ele, a polêmica gerada pela mudança é um absurdo, totalmente sem nexo, sem sentido.

A alteração, sugerida pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça, trocou o tempo verbal de cinco itens da proposta, substituindo a expressão os que tenham sido para os que forem. Assim, na interpretação de alguns parlamentares, a aplicação da nova regra não seria possível para processos já julgados, mas que se encontram em grau de recurso. Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o Senado deu um jeitinho para fazer alterações no conteúdo e, ao mesmo tempo, evitar que a matéria retorne à Câmara. O petista atribuiu ao apelo popular a pressa dos senadores em enviar o projeto para sanção presidencial. O autor da mudança, entretanto, defendeu que a nova redação facilitou a compreensão do texto. Como estava, seria vetado com mais facilidade. Era preciso unificar a redação, defendeu Dornelles.

Cruzada muito impopular

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está numa encruzilhada: seguir o que recomenda a área econômica e vetar o reajuste de 7,72% para aposentados e pensionistas, ou sancionar o aumento, como pedem os políticos da base aliada, incluindo aí deputados e senadores de todos os partidos. Os parlamentares apostam que Lula não vetará o projeto aprovado no Congresso, mas o primeiro sinal do presidente foi na direção inversa.

Ao discursar na Marcha dos Prefeitos ontem, em Brasília, Lula reclamou dos congressistas: Vocês viram a votação da previdência, do fator previdenciário. Tem gente que acha que ganha voto fazendo isso. Quando, na verdade, se o povo compreender o que significa isso, essas pessoas podem até não ganhar o tanto de votos que pensam que vão ganhar, disse. A gente tem que agir com a maior responsabilidade, porque se a gente quebrar a prefeitura, o estado, ou quebrar o governo, não recuperamos no curto prazo.

Servidora fantasma com o ponto abonado

A funcionária fantasma Kelly Janaína Nascimento Silva, 32 anos, teve o ponto abonado pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), onde estava lotada, apesar de afirmar que nunca apareceu no Senado para trabalhar. Na lista de funcionários comissionados do gabinete, o nome de Kelly aparece destacado como servidor em regime especial de freqüência ou seja, é o nome utilizado pela Casa para designar quem não precisa comprovar presença. Kelly e a irmã Kelriany Nascimento da Silva, 32 anos, registraram ocorrência na 13ª DP (Sobradinho) denunciando que foram contratadas pelo Senado sem conhecimento (leia Entenda o caso).

A assessoria de comunicação do Senado explica que obrigatoriamente o senador é o responsável pelo abono do ponto da funcionária. A estudante é registrada na Casa desde 6 de abril de 2009 e o ponto eletrônico foi tornado obrigatório para os funcionários em 1º de fevereiro de 2010. Com isso, nos meses de fevereiro e março, o senador abonou o ponto de Kelly. Boletins administrativos de pessoal do Senado mostram que Efraim delegou a responsabilidade pela liberação de ponto dos servidores ao subchefe Marcos Vinícius Souto em abril deste ano. De acordo com o Senado, o pedido de liberação de ponto é comum em cargos como chefe de gabinete, assessores de imprensa e motoristas porque as funções têm caráter itinerante. No caso de Efraim, dos 50 funcionários lotados no gabinete apenas sete têm frequência registrada.

Fonte: Congressoemfoco

Homens mentem mais e com menos culpa que mulheres, diz pesquisa

Britânico bebendo cerveja

A mentira que o britânico conta com mais frequência: 'Não bebi muito'


Uma pesquisa que analisou os depoimentos de três mil britânicos concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.

O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano.

Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.

A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria.

Chamada Who Am I? (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.

Mães

Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe.

Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres.

Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.

Mentiras mais contadas pelos britânicos

  • 1. Não bebi muito
  • 2. Está tudo bem
  • 3. Não tinha recepção no celular
  • 4. Não foi tão caro
  • 5. Estou chegando
  • 6. Estou preso no trânsito
  • 7. Não, seu bumbum não fica grande nessa roupa
  • 8. Desculpe, não ouvi você ligar
  • 9. Você emagreceu
  • 10. É o presente que eu sempre quis
  • Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito.

    Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.

    As mulheres se revelaram mais propensas a sentir culpa após dizer uma mentira: 82% delas disseram que a mentira pesa em sua consciência, em contraste com 70% dos homens.

    Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim.

    Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados.

    E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes presenteou.

    Mentiras mais contadas pelas britânicas

  • 1. Está tudo bem
  • 2. Não sei onde está, eu não mexi
  • 3. Não foi tão caro
  • 4. Eu não bebi muito
  • 5. Estou com dor de cabeça
  • 6. Estava na liquidação
  • 7. Estou chegando
  • 8. Já tenho essa roupa há um tempão
  • 9. Não, eu não joguei fora
  • 10. É o presente que eu sempre quis
  • Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.

    Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira.

    "Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais", disse Maggs.

    Fonte: BBC Brasil

    Enquanto Glória progride, Jeremoabo a terra do "já tinha ou já teve"regride

    TREZE NOITES DE FESTA
    por: www.acordasertaonoticias.com

    De 1º a 13 de junho a área do entorno da Igreja Católica de Glória será transformada numa verdadeira praça de eventos com palco, som, luz.

    A programação festiva do padroeiro de Glória, Santo Antônio, sob realização da Prefeitura, promete agitar a cidade e região em 13 noites de muita diversão. De 1º a 13 de junho a área da Igreja será transformada numa verdadeira praça de eventos com palco, som, luz, área de alimentação e muitos shows! Entre as grandes atrações contratadas pela Secretaria Municipal de Turismo, estão: Tairone Cigano, Flávio Leandro, Mayara e Banda 737, Super Oara, Zezinho da Ema, Banda Imortal (Nino Coutinho) e França e Forró da Pisada. Também participam do evento os artistas da terra: Origem do Forró, Carlinhos do Forró, Toneladas do Forró, BillHallys, Toinho do Acordeon, Ferrerinha e Rosana, Forró Bagaço, Edy do Forró, Asa Branca e Licinho e Bruno.


    GLORIA


    "Incentivar e desenvolver o resgate e a preservação cultural das tradições religiosas e das manifestações populares, fomentando a economia do município através de uma das festas juninas mais populares da região, são objetivos da Prefeitura Municipal de Glória, com a realização da Festa de Santo Antônio", comentou o secretário Municipal de Turismo, Tássio Castor. Além de proporcionar cultura e diversão, a meta da Prefeitura de Glória é o aumento da geração de emprego e renda. "Pelo menos 500 empregos diretos e indiretos devem ser formados neste período", afirma Tássio Castor. Programação completa: 01(terça-feira) - Forró Bagaço. 02(Quarta-feira) - França e Forró da Pisada/Origem do Forró. 03(Quinta-feira) - Jorge Brandão. 04(Sexta-feira) - Mayara e Banda 737/Carlinhos do Forró. 05(Sábado) - Flávio Leandro/Zezinho da Ema. 06(Domingo) - BillHallys. 07(Segunda-feira) - Toinho do Acordeon. 08(Terça-feira) - Ferrerinha e Rosana. 09(Quarta-feira) - Plenitude do Arrocha. 10(Quinta-feira) - Edy do Forró. 11(Sexta-feira) - Banda Imortal(Nino Coutinho)/Asa Branca. 12(Sábado) - Tairone Cigano/Tonelada do Forró/ Licinho e Bruno. 13(Domingo) - Super Oara.

    Fonte: Joilsoncosta

    Cartão do Bolsa Família é usado para pagar aborto em Sergipe

    Jovem usa cartão do Bolsa Família para aborto

    Agência Folha

    Uma jovem de 23 anos foi presa em flagrante, na noite de anteontem, pela PM de Sergipe acusada de usar o cartão do Bolsa Família para pagar seu aborto.

    A prisão de Juliane Santos Oliveira ocorreu instantes após o aborto, realizado por Maria José dos Santos, que também foi presa. Segundo a polícia, ela confessou o crime e disse que realiza abortos em sua casa, onde foram achados medicamentos e instrumentos cirúrgicos.

    De acordo com a polícia, Maria José recebeu R$ 200 em dinheiro, e R$ 90 seriam pagos com o Bolsa Família de Juliane, que entregou a ela o cartão e a senha.

    O crime foi descoberto durante uma ronda, na qual policiais flagraram a irmã de Juliane e três homens enterrando o feto, de cinco meses, em um terreno baldio.

    Juliane, que já tem um filho, foi hospitalizada. Não há informações sobre seu estado de saúde. Ela e Maria José responderão pelo crime de aborto. Os demais serão indiciados por ocultação de cadáver. A reportagem não conseguiu localizar os advogados das presas ontem.

    Segundo Lúcia Modesto, responsável pela gestão do Bolsa Família no Ministério do Desenvolvimento Social, denúncias são encaminhadas à Caixa Econômica. Sobre o caso, disse que o benefício não será suspenso.

    Fonte: Agora

    O que há de especial em Cel. João Sá?

    Evandro Matos

    A passagem do atual deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) pelo Ministério da Integração Nacional continua rendendo polêmica, principalmente, depois dos estragos causados pelas chuvas no Rio de Janeiro, quando vieram à tona as denúncias de que a maior parte dos recursos da pasta foi destinada à Bahia. Segundo dados da Ong Contas Abertas, dos R$555 milhões transferidos do ministério aos municípios do país em 2009, 45,9% foram para as prefeituras baianas, especialmente as administradas pelo PMDB.

    Dentro desse contexto, dois municípios baianos se destacam pelo volume de recursos recebidos. Um deles é Salvador, que recebeu R$ 113 milhões, quase 15 vezes mais que todos os municípios do Estado de São Paulo receberam juntos no ano passado. O outro é Coronel João Sá, localizado na região Nordeste da Bahia, com 21 mil habitantes. Mas qual a justificativa para a liberação de R$70,1 para a cidade? O próprio ministério responde: “para a construção de uma barragem no povoado de Gaspareno, localizado a 18 km da sede, que vai beneficiar a população de outros seis municípios da região”.

    O prefeito da cidade, Carlinhos Sobral (PMDB), fez questão de explicar com detalhes como e onde os recursos foram liberados. “São três projetos diferentes: um para a construção de uma barragem, no valor de R$ 100 milhões, outro para serviços de macrodrenagem e pavimentação, e o outro para a construção do mercado municipal, no valor de R$ 500 mil cada um”, disse.

    Sobral procurou afirmar que o ex-ministro Geddel não privilegiou a cidade na liberação de recursos em detrimento de outros. “Não é uma barragem do município de Coronel João Sá. O projeto é que tem a autoria do município, mas abrange sete cidades (Coronel João Sá, Sítio do Quinto, Paripiranga, Pedro Alexandre, Jeremoabo, Adustina e Antas) e beneficia cerca de 300 mil pessoas”, frisou. “A imprensa nunca divulgou que a obra é regional. Nunca ninguém ligou nem foi ver a obra”, observou.

    Segundo o prefeito, considerando-se os valores já liberados, o projeto para a construção da barragem no povoado de Gaspareno ultrapassará os R$ 100 milhões, mas poderá enfrentar dificuldades para a sua conclusão. “A obra pode parar. Só não parou ainda porque tem recursos na conta do último repasse que foi feito”, alertou. Quanto às obras do mercado municipal e os serviços de macrodrenagem e pavimentação, ele disse que “elas foram concluídas desde janeiro deste ano”.
    Sobral revela ainda que a obra fica no rio Vasa Barris, que divide os municípios de Coronel João Sá e Sítio do Quinto.

    “Ela (a obra) é administrada pela prefeitura de Coronel João Sá porque foi quem fez o projeto. O projeto passou seis anos para sair do papel”, explica, alegando as dificuldades para conseguir. “O dinheiro chega por parcelas. Eles liberam, fiscalizam, aprovam e liberam de novo. É rigoroso. O Ministério das Cidades e de Esportes também tem obra aqui. Os municípios não conseguem obras porque, ou não tem projetos, ou a prefeitura está em situação irregular. Aqui nós estamos com tudo certo”, argumenta.

    A assessoria do Ministério da Integração Nacional informou que “as obras estão perfeitamente dentro de uma normalidade. Dos três convênios realizados pelo Ministério com o município de Coronal João Sá, não existe qualquer irregularidade”. Sobre o andamento da obra, a assessoria não confirmou a sua data de conclusão, mas explicou que, para a construção da barragem de Gaspareno (que é uma obra do PAC), já foram liberados R$ 70 milhões, mas o projeto total é de R$ 123 milhões.

    Importância social

    O principal motivo alegado pelo prefeito Carlinhos Sobral sobre a possibilidade de atraso na liberação de recursos para a obra de construção da barragem de Gaspareno é a pendência sobre a indenização das terras aos produtores da região. “O Ministério disse que não pode liberar mais recursos enquanto não forem indenizadas as terras pelo governo do estado”, frisou. “Já foi protocolado ofício solicitando uma posição do governo em 2008, 2009 e 2010, mas eles não se manifestaram”, acusou.

    Independentemente dessa situação, além de garantir que as obras estão sendo realizadas com normalidade, o prefeito Sobral também destaca a sua importância social. Ele disse que já foi feita uma carta para o ministro João Santana comunicando sobre a situação, alegando a necessidade de interferência do presidente Lula para resolver o impasse sobre a indenização das terras que serão cobertas pelas águas. “Porque é uma obra do PAC. O Projeto é desde a época de Ciro Gomes, mas Geddel deu continuidade”, explicou.

    Sobral informa ainda que o projeto foi liberado desde 2008, durante o mandato do seu antecessor, o ex-prefeito Romualdo Souza Costa (PSDB). “A obra já está 70% concluída. Ela tem uma importância social muito grande. Além de matar a sede do povo, vai tornar o rio perene, abastecer a população com água, incentivar o turismo, a piscicultura e a irrigação”, enumerou, lembrando ainda que a barragem compreende 60 milhões de m3 de água, que se estende por uma área de 17 quilômetros

    Ex-ministro nega favorecimento

    O ex-ministro Geddel Vieira Lima se mostrou indignado com a repercussão dos fatos e negou qualquer concentração de recursos nos municípios administrados pelo PMDB. Sobre a obra em Coronel João Sá, ele confirmou as informações do prefeito e do Ministério.

    “É uma obra regional que vai matar a sede dos moradores de vários municípios do Raso da Catarina. Se partisse de alguém do sul, eu admitia. Mas fico admirado quando um baiano queira negar recursos para a sua própria terra”, colocou, insinuando questões políticas. O peemedebista também argumentou que os recursos eram liberados com base em projetos. “Todos que pediram recursos e tiverem projetos, foram liberados”, sustentou, citando como exemplo prefeituras geridas por outros partidos.

    Fonte: Tribuna da Bahia

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