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sexta-feira, maio 21, 2010

Alunos da zona rural se arriscam em ônibus precário para estudar

Cristina Santos Pita l Santo Antônio de Jesus

Fábio Silva/Agência A TARDE
Os  alunos enfrentam vários problemas. Um deles é a falta de encosto nas  cadeiras do ônibus

Os estudantes de Benfica, localidade na zona rural do município de Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador) se arriscam diariamente para estudar, durante a viagem no único ônibus escolar disponibilizado pela prefeitura. São conduzidos, diariamente, 150 alunos, 50 em cada um dos três turnos. Crianças e adolescentes, com idades entre 8 e 15 anos, além de adultos, vão às escolas na sede do município em veículo sem as mínimas condições de segurança. A precária situação compromete a frequência dos alunos.

A TARDE acompanhou a viagem dos alunos de Benfica até o ponto de parada do ônibus, na biblioteca municipal no centro de Santo Antônio de Jesus, de onde seguem para os colégios estaduais Francisco da Conceição Menezes e Luís Viana, e os municipais Hercília Tinôco e Luís Eduardo Magalhães.

Por volta das 12 horas, na zona rural, os estudantes começam a chegar no ponto do ônibus escolar na Escola Municipal José Sá Teles, no arraial de Benfica. Há alunos que percorrem até 3 km a pé para chegar ao ponto, uma caminhada de cerca de 40 minutos. Depois disso, são mais quase 40 minutos de viagem em estrada de chão em ônibus velho, com os assentos rasgados, cinco deles sem o encosto; piso danificado, teto desabando, para-choque quebrado e com pintura desgastada. Atrás de um dos assentos, dois galões de óleo usados como combustível dividem o espaço com os passageiros.

O ônibus não viaja lotado e sobra até espaço, mas o estado precário do veículo assusta. “Quando meus filhos entram num ônibus nesse estado eu fico preocupada. Já houve situação em que faltou freio. Fico imaginando um acidente”, teme a agricultora Raquel Cruz de Jesus, mãe da estudante Adriana Cruz de Jesus, de 15 anos. Segundo a aluna, a situação do ônibus escolar compromete a frequência nas aulas.

“Vez ou outra quebra o ônibus por falta de manutenção. Ocorrem constantes defeitos no veículo durante o trajeto. Quando não tem ônibus, tem que esperar pela vontade das pessoas para trazer a gente. Muitas vezes perco o primeiro horário ou não tenho como ir à escola e fico sem nota por causa da baixa frequência”, declarou a estudante.

Alguns professores afirmam que os alunos estão tendo baixo rendimento escolar pelo desconforto e o cansaço da viagem. Uma professora de uma escola municipal, que não quis se identificar, confirma o problema. “Os alunos da zona rural sempre chegam atrasados, muitos até dormem sobre a mesa. A falta de estímulo é clara”, ressaltou.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta sexta-feira, 21, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.


COMENTE ESSA MATÉRIA 4 comentários

O que você achou desta matéria?

José Miranda (21/05/2010 - 09:58)

A tarde, visite o municipio de Coração de Maria, Ba, vc vai ver o obsurdo. Ônibus caindo os pedaços. E olhe são todos alugados.

Margarete Xavier (21/05/2010 - 08:02)

E "eles" dizem, que a população brasileira precisa ser alfabetizada. Morro de vergonha!!!

Jose Montalvão (21/05/2010 - 06:31)

Esse ônibus em comparação aos de Jeremoabo é carro de luxo, situação calamitosa é em Jeremoabo, ônibus impróprios para transportar gente, e assim mesmo tem motorista que anda de pé em baixo, isso sem falar nos que não são habilitados.

Pedro Virgilio Da Silva Filho (21/05/2010 - 00:22) Não é só em Benfica, façam uma reportagem na região do Sisal, especialmente em Biritinga... nunca vi algo

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