terça-feira, dezembro 16, 2025

Perícia médica oficial em Bolsonaro reforça princípio da imparcialidade, destaca especialista

Perícia médica oficial em Bolsonaro reforça princípio da imparcialidade, destaca especialista
“O perito oficial atua como auxiliar da Justiça, com compromisso técnico isento e fundamentado em evidências”
 

O ex-presidente Jair Bolsonaro passará por perícia médica oficial nesta quarta-feira (17), conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A avaliação será conduzida pelo corpo técnico da Polícia Federal, com objetivo de verificar a real necessidade das cirurgias solicitadas pela defesa.
 

A decisão atende ao pedido dos advogados de Bolsonaro, que alegam dor por hérnia inguinal e soluços persistentes, mas reconhece que os laudos apresentados são antigos – o mais recente data de três meses atrás – e, portanto, não refletem sua condição atual.
 

De acordo com a médica Caroline Daitxespecialista em medicina legal e perícia médica, essa medida reforça o princípio de que, para a Justiça, só tem validade a “fotografia do momento”, com documentos atualizados e produzidos por peritos oficiais. O uso de laudos antigos pode distorcer a avaliação técnica, impactando decisões judiciais relativas à saúde e regime de cumprimento de pena.
 

A médica esclarece que a decisão de recorrer ao corpo técnico da Polícia Federal fortalece a credibilidade e a imparcialidade do processo. Para ela, o perito oficial, diferentemente do médico assistente da parte interessada, atua como auxiliar da Justiça, com compromisso técnico isento e fundamentado em evidências.
 

A perita enfatiza que “a premissa número um, a regra de ouro, a alma da perícia médica é a imparcialidade”. O perito analisa documentos, examina o periciando e responde objetivamente aos quesitos técnicos, sem influência de ideologia, pressões midiáticas ou comoção social. O resultado é um laudo técnico frio, mas confiável. Esse documento — longe de ser parcial — confere segurança ao juiz para decisões equilibradas. “Um laudo parcial contamina o processo. Um laudo imparcial ilumina.”, afirma.
 

Segundo a especialista, “para nós, médicos, o ponto principal não é político. Trata-se da essência do nosso trabalho como peritos. A perícia médica é um pilar da justiça, e a imparcialidade não é só desejável — é condição de existência do ato pericial.”
 

Daitx também destaca o desafio enfrentado por peritos que atuam em casos de grande repercussão: “manter-se neutro mesmo sob pressão intensa. A substituição de relatórios médicos por perícia oficial promove maior transparência, integridade e confiança no sistema judicial, valorizando a verdade técnica como instrumento de justiça”, enfatiza a pertita.
 

Fonte: Caroline Daitx: médica especialista em medicina legal e perícia médica. Possui residência em Medicina Legal e Perícia Médica pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como médica concursada na Polícia Científica do Paraná e foi diretora científica da Associação dos Médicos Legistas do Paraná. Pós-graduada em gestão da qualidade e segurança do paciente. Atua como médica perita particular, promove cursos para médicos sobre medicina legal e perícia médica. CEO do Centro Avançado de Estudos Periciais (CAEPE), Perícia Médica Popular e Medprotec. Autora do livro “Alma da Perícia”. Doutoranda do departamento de patologia forense da USP Ribeirão Preto.

Caroline Daitx: crédito Moniz Caldas

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