Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, fevereiro 04, 2023

Lula vê traição do presidente do BC e tentativa de levar o país à recessão


Leia a íntegra da entrevista de Lula para a RedeTV!

Grosseiro, Lula chama Campos Neto de “esse cidadão”…

Mônica Bergamo
Folha

O presidente Lula e ministros de seu governo consideram que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, traiu a confiança que o governo depositava nele para dialogar e participar de um esforço conjunto para que o Brasil supere os problemas econômicos que hoje enfrenta sem passar por uma recessão.

No entendimento do mandatário e de sua equipe, o governo atual, com pouco mais de um mês no poder, não tem responsabilidade sobre o déficit fiscal e a inflação, que impulsionam as taxas de juros. E mereceria um voto de confiança em seu compromisso de levar o rombo para 1% neste ano, e de zerá-lo em 2024.

CONTRA O COPOM – Mesmo diante das metas claras, dizem interlocutores diretos de Lula, o Banco Central não apenas manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva —a primeira desde que Lula tomou posse —, como endureceu o discurso e disse que deve deixar as taxas em patamares altos por mais tempo.

Com essa mensagem, o BC estaria dificultando a recuperação do crédito e a atividade econômica no país, e colocando o Brasil na rota da recessão.

Lula e o governo acreditam que os alertas feitos pelo Copom foram muito além do que seria necessário. E passaram a desconfiar da atuação de Roberto Campos, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro para um mandato de quatro anos. Ministros de primeiro escalão começaram a evitá-lo. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o elogiava, já mostrou contrariedade com sua atuação.

SEM RECIPROCIDADE – Lula tem afirmado, segundo os mesmos interlocutores, que Campos foi tratado com respeito e consideração, e que não houve reciprocidade por parte dele.

O presidente do Banco Central sempre foi alinhado com o bolsonarismo.

Apesar da autonomia da instituição, aprovada no governo passado, Campos chegou a ir a jantares de Bolsonaro com empresários organizados para apoiar as medidas econômicas adotadas pelo presidente e pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes.

Campos até discursava nos encontros, e admitiu em um deles que recebia conselhos de não ir a eventos com políticos que integravam o governo. Mas justificava: como os ministros de Bolsonaro eram ‘técnicos’, não haveria problema em se misturar com eles. A proximidade não macularia sua autonomia e independência.

AINDA PRÓXIMO – O presidente do Banco Central se mantém próximo dos bolsonaristas. Foi à posse de Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo e, até meados do mês, seguia em um grupo de WhatsApp que reúne ex-ministros de Bolsonaro.

Em entrevista à Rede TV! nesta semana, Lula deixou claro que está contrariado com Roberto Campos, a quem se referiu como “esse cidadão”.

“Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse Lula.

ALERTA DE INFLAÇÃO – O BC divulgou o comunicado em que subiu o tom e contrariou o governo Lula na quarta (1º), depois de manter a Selic em 13,75%.

O texto fazia alertas sobre as incertezas fiscais e a piora nas expectativas de inflação, que estão se distanciando da meta em prazos mais longos. Sinalizava ainda que o BC deve deixar os juros no patamar atual por mais tempo — hoje o mercado prevê o início do afrouxamento monetário em setembro.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, afirmava o comunicado.

 (Com Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith)

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Caramba, a Folha precisou de quatro repórteres para fazer esta pequena matéria absolutamente lulista? As quatro jornalistas chegam a dizer que Campos Neto “sempre foi alinhado com o bolsonarismo”. Mas como? Isso é a maior maluquice. Ao contrário, o presidente do BC tem mostrado não ser alinhado a nada, a não ser ao seu trabalho de macroeconomia, que tem sido admirável. Lula se porta sempre grosseiramente em relação a Campos Neto, enquanto o presidente do BC não mostra a menor subserviência ao ex-presidiário, que na cadeia deve ter estudado muito, a ponto de se julgar mestre em Economia Política, conforme tenta demonstrar agora, sem ter medo do ridículo. (C.N.)   


Em destaque

Mauro Cid depõe e diz nada saber sobre plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

Publicado em 19 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Cid prestou depoimento e corre o risco de perder...

Mais visitadas