Michelle e Jair Bolsonaro. Felicidade de fachada
Não foi à toa o descaso com os milhões de famintos do Brasil, o desprezo com os índios yanomâmis, a chacota com os enlutados da Covid
Por Ricardo Kertzman
Com depoimentos gravados por funcionários e ex-funcionários do Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, o site Metrópoles detalhou o dia a dia da família Bolsonaro a partir, não de fofocas e “dizem que”, mas testemunhas oculares dos fatos.
Brigas de casal, uma quase agressão da ex-primeira-dama, Michelle, pelo filho 04 (Renan Bolsonaro), roubo de alimentos e bebidas, rachadinhas e ameaças a trabalhadores. Até as moedinhas que os visitantes jogavam no espelho d'água foram levadas pela família
Eu estudei no Colégio Antônio, em Belo Horizonte, e antes disso, no Colégio Marista, em Brasília. Assim, apesar de ser judeu, tive uma educação cristã. Por isso, eu sempre me lembro de algumas passagens bíblicas e citações religiosas que li e ouvi durante a vida:
“Dê comida a quem tem fome”.
“Dê água a quem tem sede”.
“De abrigo a quem não tem teto”.
Os Bolsonaros são ricos e poderosos. Ou melhor, muito ricos e muito poderosos (ainda, infelizmente). Mas dinheiro e poder nem sempre, ou raramente, trazem felicidade. Como é mesmo? Você pode comprar remédios, mas pode comprar saúde. Nessa linha:
- Eles tinham um palácio, mas não tinham uma casa
- Eles tinham filhos e funcionários, mas não tinham uma família
- Eles tinham comida, muita fartura, mas continuaram com fome
- Eles tinham vinhos, uma adega cheia, mas nunca mataram a sede
- Eles tinham dinheiro, mas acabaram catando as moedas do Alvorada
Que família triste. Que gente desprezível. Não foi à toa o descaso com os milhões de famintos do Brasil, o desprezo com os índios yanomâmis, a chacota com os enlutados da Covid e tantas outras atrocidade advindas do clã das rachadinhas e das mansões milionárias compradas com panetones e dinheiro vivo.
AFP / Estado de Minas