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sábado, outubro 29, 2022

A arma do cidadão é o voto, e nem importa o eleito, porque é a democracia que sempre vence

Publicado em 28 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do JCaesar | VEJA

Charge do JCaesar (Veja)

Vicente Limongi Netto

Domingo, o sol e o coral de anjos do firmamento saudarão o encontro dos brasileiros com a democracia. A arma do cidadão de bem, a mais forte, a mais necessária, é o voto. Nessa linha, tem razão a jornalista Ana Dubeux (Correio Braziliense – 27/10 – Crônica da Cidade- “Tempo de esperançar”), quando exorta a fé em dias melhores.

A reflexão de Ana Dubeux: “A palavra tem força. As atitudes têm força maior. Ainda é tempo de diálogo e de convencimento. De pacificação e de alegria em demonstrar as convicções. Não tenhamos medo, tenhamos respeito, acima de tudo, pelo outro”, assinalou a jornalista.

OUTRO FIGURINO – A partir de segunda-feira, o figurino do Brasil será outro. O vencedor do pleito terá pela frente, em 4 anos, o dever e a obrigação de cumprir as promessas de campanha. O Brasil precisa voltar a ter o respeito do mundo.

Com fome, miséria, desemprego e insegurança, não vamos a lugar nenhum. Continuaremos embrutecidos, marcando passo, revoltados e indignados com o próximo e com nós mesmos.

Políticos, empresários, jornalistas, juristas, religiosos, todos precisam passar a borracha em desavenças. Espantar maus presságios. Compreender, finalmente, que a desunião, o rancor, ambições desenfreadas e a intolerância atraem desgraças. O povo precisa ser respeitado e ouvido nas decisões governamentais. O diálogo tem que ser permanente. A verdade do chefe da nação tem que trazer benefícios para a coletividade. O mandato não é dele. É da população.

PEQUENO ENGANO – Lamento contradizer o excelente repórter e zeloso editor de política, Carlos Alexandre de Souza (“Darcy Ribeiro, 100 anos depois”- Crônica da Cidade-Correio Braziliense-  26/10) mas quem criou a Universidade de Brasília foi Juscelino Kubitschek, e não Darcy Ribeiro.

Darcy foi o primeiro reitor, mas foi Juscelino que determinou todas as providências para criá-la, incumbindo o ministro da Educação, Clóvis Salgado, que as levou a bom termo.

Quem se interessar por detalhes, pode consultar, na Biblioteca Central da UnB, além do depoimento do Cyro dos Anjos, ex-secretário particular de JK, também os relatos do ministro Clóvis Salgado, e de historiadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com perto de 10 horas de gravações que integram o projeto “História Viva”, daquela universidade.

RADIOGRAMA – Nessa linha, destaco o radiograma de JK ao ministro Clóvis Salgado, datado de 2 de abril de 1960:

“Ministro Clovis Salgado vg a fim completar programa cultural nova capital não posso deixar de fundar a Universidade de Brasília portanto peço estudar plano e redigir mensagem a ser enviada ao congresso tendo em vista desse objetivo pt precisamos porem criar universidade em moldes rigorosamente modernos pt gostaria mandar mensagem congresso dia 21 abril pt sds jk”.

O radiograma de JK coroou os esforços de seu ministro da Educação, Clóvis Salgado, de todos conhecidos e relevados no relatório quinquenal do MEC apresentado a Juscelino em 31 de dezembro de 1960, em cujas páginas de números 286 a 295, no capítulo Universidade de Brasília, estão todos os procedimentos que nortearam a criação da UnB estabelecidos pela comissão norteada por Clóvis Salgado. O professor Darcy Ribeiro foi o implantador.

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