Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, agosto 27, 2022

Em relatório de inspeção, CNJ aponta erro que contribui para 'inigualável mora' na Justiça baiana

 Sábado, 27 de Agosto de 2022 - 00:00

por Cláudia Cardozo / Mauricio Leiro

Em relatório de inspeção, CNJ aponta erro que contribui para 'inigualável mora' na Justiça baiana
Foto: Reprodução / TJ-BA

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentou o relatório de inspeção ordinária do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), durante a gestão do desembargador Nilson Castelo Branco, onde buscou analisar os processos do Judiciário baiano. O material obtido pelo Bahia Notícias, foi submetido para a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, que à época ainda era corregedora Nacional de Justiça.

 

No relatório, o CNJ identificou, ao longo dos trabalhos de inspeção em diversas unidades judiciais, a necessidade de instauração de pedido de providências específico, pela Secretaria Processual do CNJ, com a finalidade de monitorar algumas providências nas varas do Tribunal. 

 

Entre um dos problemas detectados no relatório está a "proibição da exigência de pagamento prévio de custas por cada ato processual — citação, intimação, transporte de oficial de justiça etc". "As custas devem ser calculadas e pagas, ao final, em uma só vez, pelo vencido. Esse tipo de exigência é um dos fatores que contribui para a inigualável mora na prestação jurisdicional da justiça estadual da Bahia", aponta.

 

Apesar disso, a inspeção indica que a unidade física do TJ-BA "encontra-se bem localizada, com instalações apropriadas à adequada prestação de serviços à população, não tendo sido observados maiores problemas". 

 

Uma das temáticas apuradas pelo CNJ fica por conta das providências que a unidade tem implementado para a adequação dos serviços às disposições contidas na LGPD. Segundo o CNJ, o TJ-BA informou que "já foi nomeado o encarregado de dados da serventia, tendo procedido à ampla divulgação de sua identidade".

 

O relatório indica ainda que, durante os trabalhos de inspeção, foram percebidos diversos aspectos positivos do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e das unidades visitadas. "Foram, também, apontados pontos merecedores de recomendações e, em alguns casos, de determinações cujo cumprimento, sugere-se, deve ser monitorado pela Corregedoria Nacional, por meio da instauração de pedidos de providências específicas", finaliza o material.

 

A análise foi feita entre os dias 16 a 20 de maio de 2022, e coube ao desembargador Luís Paulo Aliende Ribeiro, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que coordenou a inspeção; aos desembargadores Luiz Fernando Tomasi Keppen e Octávio Campos Fischer, ambos do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná; ao juiz federal Gustavo Pontes Mazzocchi, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região; e aos juízes de direito Consuelo Silveira Neto, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Emerson Luis Pereira Cajango e Gabriel da Silveira Matos, ambos do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso.

Em destaque

Herança Maldita: A Gestão Deri do Paloma e os Desafios do Novo Governo em Jeremoabo

    Herança Maldita: A Gestão Deri do Paloma e os Desafios do Novo Governo em Jeremoabo A administração pública de Jeremoabo enfrenta um des...

Mais visitadas