Publicado em 9 de junho de 2022 por Tribuna da Internet
Ana Mendonça
Estado de Minas
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se limitou, nesta quarta-feira (8/6), a ler o Artigo 142 da Constituição quando questionado se as Forças Armadas apoiariam um eventual golpe orquestrado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Nogueira participava de uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, onde prestava informações sobre temas polêmicos envolvendo militares.
Confira o artigo 142 citado pelo ministro: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
VIAGRA E PRÓTESES – Mais cedo, Paulo Sérgio Nogueira afirmou que as compras de Viagra e de próteses penianas pelas Forças Armadas “atenderam todos os princípios de eficiência da Administração Pública”.
“Como qualquer cidadão, os militares, seus pensionistas e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas, têm direito a atendimento médico especializado. Assim, possuem acesso a consultas de qualidade e procedimento médico, hospitalar e dentário, para o qual contribuem mensalmente, e coparticipam de despesas em caso de procedimentos, exames e internações”, afirmou o ministro da Defesa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O ministro da Defesa respondeu à altura às provocações sobre o golpe. Ao exibir o inteiro teor do famoso artigo 142, o general Paulo Sérgio Nogueira criou um enigma tão indecifrável quanto o da Esfinge egípcia. Em tradução simultânea, a ação das Forças Armadas nas eleições vai depender de quem solicitar, por que solicitar e em que termos solicitar. Realmente, um baita enigma. (C.N.)