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sexta-feira, junho 03, 2022

Bolsonaro quer subsidiar preço dos combustíveis, mas Paulo Guedes ainda tenta resistir


Charge de Carol Cospe Fogo (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

Na medida em que se aproximam as eleições cresce a preocupação do governo sobre os aumentos seguidos da gasolina, do diesel e do gás e como esses possam afetar, o que é uma realidade, o comportamento dos eleitores nas urnas de outubro.

Com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do senador Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil, Bolsonaro, como revela reportagem, de Idiana Tomazelli, Julia Chaib e Mariana Holanda, Folha de SP desta quinta-feira, quer decretar calamidade pública para poder intervir no mercado de combustíveis cujos preços atingem a população como um todo, de forma direta ou indireta.

PREOCUPAÇÃO – A maior preocupação de Bolsonaro refere-se ao diesel, responsável por 50% do consumo de petróleo no país e também o reflexo que produz o transporte de cargas no preço dos alimentos que já estão superando em muito a inflação calculada pelo IBGE. No O Globo o assunto é focalizado por Bruno Rosa, Manoel Ventura e Julia Noia.

O embate com Paulo Guedes em matéria de subsídio a preços no mercado é antigo e agora ingressa numa nova fase. Claro que o presidente sempre termina impondo a sua vontade. Um aspecto importante foi focalizado no programa Em Pauta, na GloboNews, nesta quarta-feira, quando Elaine Cantanhede, Flávia Oliveira e André Trigueiro destacaram o que as bancadas do PL no Congresso consideram como consequência negativa para Bolsonaro da política econômica de Guedes. Aliás, na minha opinião, não há política econômica de Paulo Guedes; ele só cuida da política financeira.

LULA E O PSDB –  Reportagem de Vitória Azevedo e Cauê Fonseca, Folha de S. Paulo, revela que depois de dizer na terça-feira que o PSDB acabou, o ex-presidente Lula procurou recuar da afirmação dizendo que no tempo em que a polarização era entre PT e PSDB, “o Brasil era muito mais feliz”. Ele se referia às vitórias de FHC nas urnas de 1994 e 1998, e nas vitórias dele, Lula, em 2022 e 2006. Há também a vitória de Dilma Rousseff em 2010 e 2014.

Mas, para mim, a afirmação de Lula de que o PSDB acabou não é sem propósito. É uma expressão que se usa quando determinada corrente ou partido político se enfraquece. É inegável que ele tenha razão. Se o PSDB está aceitando indicar o candidato a vice-presidente numa chapa que é liderada por Simone Tebet, do MDB, é mais que evidente o seu enfraquecimento, que não é apenas no plano federal, mas também em planos estaduais.

O PSDB se esvaziou muito ao ponto de ser vice de uma candidata que registra, no máximo, 2 % nas pesquisas das intenções de votos. Os tucanos não têm razão para se sensibilizar com a expressão de Lula da Silva. Os fatos estão aí.

PERFIL EDUCACIONAL – A edição de ontem, quinta-feira, a Folha de S. Paulo, reportagem de Júlia Barban, apresenta o perfil educacional dos eleitores de Lula e Jair Bolsonaro. Lula prevalece nas diversas categorias, menos a dos empresários. Entre os estudantes, Lula alcança 44 pontos contra 22 pontos de Bolsonaro. Entre os empresários, Bolsonaro coloca-se melhor, alcançando 49% contra apenas 20% de Lula. Entre os funcionários públicos, Lula tem 39 pontos contra 19 de Bolsonaro.

Quanto a Ciro Gomes, o seu desempenho é mínimo, totalizando apenas 6 pontos entre os funcionários públicos. Entre os eleitores e eleitoras que concluíram o Ensino Fundamental, Lula tem 43%, Bolsonaro somente 17%. Entre os que concluíram o Ensino Médio, Lula tem 36% e Bolsonaro 24%. Entre os que concluíram o Ensino Superior, Lula registrou 33 pontos e Bolsonaro 27 pontos. O panorama favorece Lula da Silva na estrada das urnas que leva às eleições de 2 de outubro.

BIDEN QUER ASSINATURA  – A jornalista Beatriz Bulla, o Estado de S. Paulo, edição de sexta-feira, revela que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na reunião Cúpula das Américas, que começa na próxima semana, espera que Bolsonaro seja signatário de um documento em defesa da democracia.

Ao mesmo tempo, Bide quer que Bolsoanro apoie a presença de observadores internacionais nas eleições brasileiras, e nas que se realizam no continente americano. A diplomacia brasileira, acentua a matéria, sinalizou que Bolsonaro assinará o documento.

REAJUSTE  – Se o governo, como propõe Paulo Guedes, substituir o reajuste geral de 5% por um aumento no vale-alimentação, o que exclui os militares, terá cometido, a meu ver, um erro eleitoral tremendo.

Conforme acentuei neste site, é incrível a política traçada pelo Ministério da Economia em relação aos salários não só dos funcionários públicos, mas de todos os trabalhadores, entre os quais os servidores das empresas estatais regidos pela CLT. 

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