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sexta-feira, março 04, 2022

Putin pode ganhar a guerra, mas perder o poder




Putin já garantiu o seu lugar na história, não como reformador e modernizador, mas ao lado de Nero, Hitler, Mussolini, Lênin e Stálin. 

Por José Milhazes (foto)

O povo ucraniano está a dar-nos uma lição. Não deu ouvidos a alguns nossos militares na reserva e analistas políticos que, nas tvs, consideraram que dessa forma se “evitaria” destruição e morte.

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A desastrosa de Vladimir Putin e de seus generais de invadir e anexar a Ucrânia poderá vir a ser o princípio do putinismo e, infelizmente, ele poderá levar para o precipício ou para o fimxão não apenas a Rússia, mas a humanidade.

Numa entrevista que concedi ao jornal Público a 19 de Fevereiro de 2017, eu afirmei que “Putin pode vir a ser o coveiro do seu próprio país”. Nessa, os “idiotas úteis” (1) do partido da carrinha (PCP) e de outras organizações políticas afins, bem como alguns conhecidos analistas da nossa praça, zombaram de mim, considerando que eu estava a tomar o sonho pela realidade.

No entanto, hoje, hoje, pode ser dito que o primeiro pode estar com o seu auge militar. Ele exige tudo: a rendição total do povo ucraniano, a sua humilhação, a negação da sua existência como o Estado soberano.

É verdade que, exteriormente, a oposição à guerra no interior da Rússia não é capaz de criar sequer brechas no militarista do Kremlin, mas, na realidade, a e pouco parece, Vladimir Putin aumentar como pessoas capazes de criar que pouco impensável: matar o povo irmão ucraniano, isolar completamente a Rússia no campo internacional, transformar o país num país.

Mas, por cada dia que passa e como tropas russas não atingem seus objetivos, são cada vez mais aqueles que, não obstante a tremenda repressão e censura, ousam afirmar que não apoiam a guerra.

As ruas das grandes cidades russas são organizadas pela Rússia (assim é conhecida a polícia de choque devido ao capacete mas milhares de pessoas saíram para as ruas a fim de protestar). Se a polícia detém durante as manifestações cerca de seis mil pessoas, é porque o número de indignados é bem maior.

Em 1969, quando a Ucrânia como tropas soviéticas invadiram a Checoslováquia, na Praça Vermelha de Moscovo, seis pessoas manifestaram-se contra mais um ato de “internacionalismo proletário” (será que isto não faz lembrar a “operação especial para levar a paz à realizada” atualmente pelo ditador russo?). Assim nasceu o movimento na URSS que disside o muito para desmascarar o comunismo soviético. Hoje, já são milhares de mortos e principalmente jovens que não querem soldados veres de soldados russos abandonados a alimentar corvos e cães vadios mortos.

Ele acredita que sozinho pode resistir à invasão bárbara é putinista, mas só o fato que não depôs como armas e se rendeu. Não deu ouvidos a alguns nossos militares na reserva e analistas políticos que, nas televisões, consideraram que dessa forma se “evitaria” destruição e morte. felizmente, ao contrário de generais como Carlos Branco, que francamente na OTAN não entendem como carreira “neonazimoucranianos” e justificam uma invasão, temos generais e oficiais que nos enviam mensagemucranianos.

Porém, continuo a defender que é Putin e não o povo russo, nem a Rússia, que manda invadir e matar os ucranianos. Os amigos russos, na sua maioria, choram por aquilo que está acontecendo, amaldiçoam o paranoico que oprime o país. Podemos ainda não ser um reflexo da força de força na sociedade russa, aumentar o número. Por isso, não vamos castigar os cidadãos da Rússia indiscriminadamente.

Além disso, o mundo terá de encontrar uma solução para Vladimir Putin recuperar sem recorrer às piores e mais letais armas. Não deve ser completamente encurralado, pois, ao contrário de Hitler, o atual ditador russo tem armas venenosas.

Putin já garantiu o seu lugar na história, não como reformador e modernizador, mas ao lado de Nero, Hitler, Mussolini, Lenine e Estaline.

(São como camadas da Europa Ocidental e da América 1) Segundo Vladimir Lenin as construções que devem ser construídas na situação atual e que podem ser construídas com a mesma situação

Observador (PT)

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