Publicado em 10 de outubro de 2021 por Tribuna da Internet
Eliane Cantanhêde
Estadão
Ao convocar Walter Correa de Souza Neto e Tadeu Frederico Andrade, médico e paciente da Prevent Senior, respectivamente, para depor na data em que seriam encerradas as oitivas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid teve um “fecho de ouro” que acabou adiado.
Os dois depoimentos fizeram muita gente chorar e foram fundamentais para “jogar luz” sobre dois órgãos: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por não ter visto tudo o que estava se passando de terror dentro da Prevent Senior e o Conselho Federal de Medicina (CFM), que não acompanhou e não fez nada contra o uso ilegítimo, perigoso e comprometedor de medicamentos sem comprovação de eficácia contra a covid-19.
FALTA QUEIROGA – A previsão de que essas seriam as últimas oitivas da comissão não se confirmou, já que os senadores aprovaram a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para novo depoimento — seu terceiro.
As duas principais explicações que o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro terá de levar aos senadores serão as seguintes: como ser tocado o Plano Nacional de Imunização de 2022 e por que a discussão sobre barrar cloroquina no SUS foi retirada da pauta da reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).
O relatório final está praticamente pronto e só depende desse último depoimento.