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sábado, outubro 30, 2021

Roma, cidade aberta ao debate: Clima, um risco político para Bolsonaro


Bolsonaro será questionado pelo aumento da poluição e do desmatamento 

Pedro do Coutto

O presidente Jair Bolsonaro chegou à Roma na manhã de ontem e amanhã, domingo, participará da reunião do G20 que debaterá uma série de temas, entre eles o clima e o desmatamento como problemas essenciais para a humanidade. Ao mesmo tempo ocorre a Conferência do Clima em Glasgow, na Escócia.

Nos dois eventos, o governo do nosso país será questionado pelo aumento da poluição e do desmatamento na Amazônia. A questão é que o desmatamento no Brasil juntamente com a emissão do carbono registrou em 2020 um aumento de 9,5%, enquanto no mundo inteiro houve uma queda de 7%. O Brasil está assim contribuindo, e é o que mais preocupa os países nórdicos, para o aquecimento global.

REFLEXOS – Os dados são do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Observatório do Clima, integrado por cientistas, executivos de empresas e ONGs vinculadas ao meio ambiente. A situação do Brasil assim se complica e com ela  a imagem do próprio governo com reflexos em todo o país. O aumento das emissões de carbono e do desmatamento da Amazônia em 2020 foi o maior dos últimos 15 anos. O Brasil, desta forma, não está cumprindo o protocolo do Acordo de Paris.

O engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador brasileiro do projeto de combate ao efeito estufa, disse que o Brasil ocupa o quinto lugar entre os maiores emissores de carbono, somente suplantado pelos Estados Unidos, China, Índia e Rússia. Se considerarmos, disse Azevedo, a União Europeia como um país, o Brasil passa para o sexto lugar.

A emissão de calor por parte dos Estados Unidos e China decorre pelo fato de os dois países utilizarem o carvão como principal matéria produtora de energia elétrica.

DESMATAMENTO – Tanto as queimadas quanto os desmatamentos são atividades que produzem especulação fundiária, contribuem para poluição e não geram qualquer reflexo econômico positivo. O desmatamento no Brasil deu um salto de mais de 176% no governo Bolsonaro em relação aos números de 2018.

Na Folha de S. Paulo, Amélie Bottollier escreve artigo dizendo que na reunião vão crescer os apelos para que sejam adotadas ações fortes em defesa do clima no planeta.

É uma loucura, disse ela, fazer sempre a mesma coisa, repetindo promessas e esperar disso um resultado positivo diferente.

PRIVATIZAÇÃO – Ao anunciar o projeto da Petrobras no terceiro trimestre do ano da ordem de R$ 31,1 bilhões, o general Silva e Luna, presidente da Petrobras, nitidamente quis responder às afirmações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes em favor da privatização da estatal.

A questão é muito simples, se o lucro líquido, o que significa que já considerados os impostos pagos, foi de R$ 31 bilhões em três meses, não faz o menor sentido desejar-se a privatização da empresa.

No fundo, foi isso que o general Luna e Silva passou para a opinião pública brasileira, resposta principalmente ao próprio presidente da República. A respeito do lucro da Petrobras, a reportagem no O Globo é de Bruno Rosa, Marianna Muniz, Renan Setti e Dimitrius Dantas. No Estado de S. Paulo a matéria é de Fernanda Nunes e Denise Luna.

SENADORES VITALÍCIOS –  Na manhã de ontem, durante mesa redonda que reúne sempre jornalistas que abordam temas políticos e econômicos, no qual participaram  José Roberto Burnier, Leilane Neubarth, Valdo Cruz e Julia Duailibi, na GloboNews, foi revelado que no Centrão está sendo articulado um projeto de emenda constitucional, criando no país a figura do senador vitalício.

Seria um cargo destinado a ex-presidentes da República.  Mas, se viesse a ser consumado, abrangeria José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. 

Não creio que possa ser aprovado um absurdo desta ordem, copiando a solução biônica adotada pelo governo Ernesto Geisel para escolha de senadores.


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