Vicente Limongi Netto
Tem razão a letra do samba “Pois É”, consagrado por Ataulfo Alves: “A maldade dessa gente é uma arte“. Que o diga o probo senador Davi Alcolumbre. Nuvens sombrias, o fogo do inferno e a inveja tiraram o sossego do roliço amapaense.
Não serviu para nada o ex-presidente do Senado ser “terrivelmente israelita”, porque o momento é dos evangélicos, cujos votos Bolsanaro tenta manter ao indicar ao pastor presbiteriano André Mendonça para ser ministro do Supremo Tribunal Federal(STF).
FIM DO DESEMPREGO – O motivo para insistirem em tirar o couro do Davi Alcolumbre para fazer cuíca, não se sustenta. Tudo porque o bondoso Davi caiu na esparrela de colaborar com o governo, na sublime tentativa de diminuir o desemprego e a miséria no Brasil. Por isso caiu nas garras da “Veja”.
O então presidente do Senado contratou para seu gabinete as doces desempregadas Marina, Érica, Lilian, Larissa, Adriana e Jessyca. Fez um pedido cativante para elas, adotando a versão moderna de São Francisco das rachadinhas, “Eu te ajudo e você me ajuda”. Slogan abençoado para as próximas eleições.
Em pouco tempo, já faturou R$ 2 milhões. Se patentear esse tipo de campanha beneficente contra o desemprego, que aprendeu ao conviver com a família Bolsonaro, Alcolumbre ficará rapidamente rico e poderá aposentar-se da política, que dá muito trabalho, provoca inveja e críticas despropositadas. ´
PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO – O guloso, infame, serviçal e nada republicano bloco do Centrão, engatilha nova excrescência política para socorrer o ainda presidente Jair Bolsonaro diante de uma possível derrota nas eleições de 2022.
Querem violentar a Constituição para transformá-lo em senador vitalício, junto com os ex-presidentes José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, para que Bolsonaro continue tendo foro privilegiado e possa escapar da série de indiciamentos criminosos impostos pela CPI da covid-19.
Esperamos que o bom senso do Congresso repudie esse desonroso e sinistro “prêmio de consolação”.